Luciano Henrique
Ainda hoje publiquei
um exemplo de fala política de Eduardo Cunha [foto]. E, no mesmo dia, sabemos de outro
momento de comunicação adulta, na qual ele enquadrou o PGR (também conhecido como Passador
Geral de Régua) de Dilma, Rodrigo Janot.
Sobre o pedido de afastamento
de Janot contra ele, Cunha disse: “É uma peça teatral, tanto que ela é feita em
atos.
Segundo o UOL, Cunha disse que
no fim de semana leu a peça de 190 páginas e escreveu pessoalmente dez páginas
para integrar sua defesa. “Eu tenho conhecimento integral das 190 páginas da
peça para dizer que é uma peça teatral. Ali não tem fatos, só atos teatrais”.
O truque governista de dizer
que Cunha tinha culpa no cartório por estar de posse do boletim de ocorrência
relacionado ao deputado Fausto Pinato, ex-relator do processo instaurado no
Conselho de Ética, foi refutado, pois os documentos são públicos: “Sim, tinha
várias cópias, várias pessoas me entregaram na véspera”, afirmou.
Ele concluiu: “É processo de
natureza política que tem que ser enfrentado”, afirmou. Quando foi questionado
se perdia o sono, rebateu: “nada me tira o sono, mas a mentira me tira a
tranquilidade”.
Hoje temos 22 deputados
federais e 12 senadores investigados pela Lava Jato. Vários são do PT. Mas
somente o processo contra Cunha caminha rápido. É evidentemente um caso de uso
do aparelho estatal para uso tirânico por parte do PT.
Ademais, 190 páginas escritas
por Janot? Evidentemente, é a técnica de enrolar para esconder a falta de
substância. No mínimo, Janot tentou cansar os outros e tentar impressionar por
volume de páginas.
Recurso típico de estudante
que fez monografia ruim e tenta impressionar os lorpas. Enquanto
isso, os hipócritas gritando “Fora Cunha” fecham a matraca na hora de
gritar “Fora Renan”.
A Globo, obviamente, só ataca
Cunha repetindo o discurso de marketing do PT, demonstrando como é uma emissora
sempre prestes a ficar de quatro para qualquer ditadura que se estabeleça. Já
se mancharam na época da ditadura e estão se manchando de novo.
Se Cunha aumentar o tom no
ataque, vai se dar bem, pois munição há de sobra. Porém, nas eleições de
2014 Aécio também tinha munição de sobra e não usou.
É a escolha que hoje Cunha tem
pela frente. Será que ele utilizará um décimo ao menos da munição que tem?
Hoje, em duas iniciativas, Cunha foi muito bem.
Título, Imagem e Texto: Luciano Henrique, Ceticismo Político, 29-12-2015
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