domingo, 31 de março de 2019

Prepare-se, abril chega com chuva em todo o país

SIC Notícias
Temperaturas vão descer esta semana.

Foto: Brian Snyder/Reuters
As temperaturas vão baixar nos próximos dias e a previsão do IPMA aponta para o regresso da chuva em várias regiões de Portugal.

Este domingo, o Instituto do Mar e da Atmosfera prevê céu nublado e aguaceiros, por vezes fortes, na região sul, com possibilidade de trovoada.

Durante a semana, o frio vai acentuar-se e em cidades como Guarda, Bragança ou Vila Real são esperadas temperaturas perto dos 0 graus.

Está prevista também queda de neve na Serra da Estrela.
SIC Notícias, 31-3-2019

Brazil’s Bolsonaro, arriving on first visit, declares in Hebrew: ‘I love Israel’

Trip to the Jewish state for the right-wing leader seen as boost to Netanyahu’s election campaign; Jerusalem waiting to hear if he plans to move embassy

TOI Staff 

Prime Minister Benjamin Netanyahu greets visiting Brazilian President Jair Bolsonaro after his arrival in Israel, March 31, 2019. Photo: Haim Tzach/GPO

Brazilian President Jair Bolsonaro landed in Israel Sunday morning for the start of a two-day trip seen as a boost to Prime Minister Benjamin Netanyahu ahead of the April 9 elections.

Bolsonaro, a right-wing firebrand who had made headlines for playing down the brutality of the country’s past military dictatorship, opened his comments in Portuguese at the reception ceremony at Ben Gurion Airport on Sunday with the Hebrew phrase “Ani ohev et Israel,” or “I love Israel.”

He was expected to announce during the visit whether he will move the Brazilian embassy from Tel Aviv to Jerusalem.

In his own comments, Netanyahu praised the Brazilian leader for his “faith in our shared heritage” and his commitment to improving Israeli-Brazilian ties.

“When you entered your post in January, we opened a new era in Israel-Brazil relations,” he said. “On your first visit outside the American continents, you’re in Israel to bring our relations to a new high.”


Netanyahu said the two were slated to visit the Western Wall in Jerusalem during the visit.

He also told his guest about the ongoing tensions around the Gaza Strip, saying, “Mr. President, you’ve come at a tense time, and therefore I have ordered IDF forces to remain fully deployed around the Gaza Strip. That includes tanks, artillery, ground forces and air forces. We’re prepared for any scenario, and if we are forced to it — for a broad campaign. We will do what we must for Israel’s security.”

Netanyahu was accompanied by top cabinet members, but only those from his Likud party, a sign of the electoral significance of the event. They included Acting Foreign Minister Israel Katz, Energy Minister Yuval Steinitz, Public Security Minister Gilad Erdan and Deputy Foreign Minister Tzipi Hotovely.

Tarefa do bem

Nelson Teixeira

Na tarefa do bem, cada um de nós possui tarefas específicas, mas que muitas vezes deixamos de lado.

As tarefas são muitas e cada uma mais importante do que a outra. Imperioso, portanto, que cada um faça algo, mesmo que seja uma pequena parte.

Nunca se considere pequeno ou incapaz para exercer uma tarefa do bem, visto que muitos se encontram esperando ajuda diante das dificuldades que você pode e tem condições de ajudar.

Não lave as mãos nem imagine que cada um deve resolver os seus problemas, pois a quem muito já foi dado muito será pedido. Ajude sempre.
Título e Texto: Nelson Teixeira, Gotas de Paz, 31-3-2019

Chegada de Jair Bolsonaro a Israel

[Pensando alto] Reflexões sobre o período militar – parte I (O ambiente)

Pedro Frederico Caldas

Numa ditadura, não daria para fazer uma passeata pela democracia. Numa democracia, você pode fazer uma passeata pedindo a ditadura.
Mario Sergio Cortella

Aqueles que não lembram do passado estão condenados a repeti-lo.
George Santayana


Como os fatos que me proponho a analisar demandam uma explicação um tanto extensa, acho melhor escrever e publicar por partes, semanalmente, caso contrário ficará muita coisa para ser lida de uma só vez. Então, ficamos assim combinados: vou liberar durante as próximas semanas, espero que não muitas, aquilo que for escrevendo em apertada síntese.

O período político de 1964 a 1984, por uns chamado ditadura militar, por outros, governo autoritário, e, por outros mais, ditadura branda, tem recebido aprovação, desaprovação, distanciamento crítico, críticas sinceras, críticas insinceras, apupos e aplausos.

Dos que apoiam, há aqueles que só enxergam virtudes e os que acham que os aspectos virtuosos excedem os aspectos negativos; os contrários acham que só houve coisa ruim ou, minoritariamente, consideram o balanço negativo ao ponderar os prós e os contras.

De todas as tendências, as piores são as sustentadas por fanáticos e mentirosos.

Tentarei fazer uma análise pessoal, uma análise do conjunto de informações de que disponho por ter lido, ouvido e vivido a crônica dos acontecimentos históricos daquele período. Sempre refleti muito sobre o assunto, sem, contudo, ter tido a intenção de me manifestar publicamente, salvo em conversas com amigos e circunstantes, quando o tema vem à baila, ocasiões em que sempre procuro repelir as tentativas solertes de se reescrever a história ou sacar conclusões contra a evidência dos fatos.

Como preliminar, quero pontificar que sempre estive do lado oposto ao regime militar, sempre votei na oposição, cheguei a ser vice-presidente do MDB em Itabuna; vice porque não quis ser presidente, por falta absoluta de tempo e porque nunca me alinhei completamente com qualquer partido, seja qual fosse, para, pelo distanciamento, poder manter meu olhar crítico. Essa posição, inicialmente contrária de forma radical, foi-se ajustando ao longo do período, e se manteve pendular, no ritmo em que se sucediam as medidas tomadas pelos diferentes governos militares.

Ditas essas palavras, começarei a análise dos fatos com a sinceridade que costumo pautar meus pontos de vista e minha visão crítica de mundo. Posso errar, mas o erro não decorrerá de insinceridade ou de falta de fidelidade aos fatos, mesmo por que os fatos estão postos e devidamente registrados.

Minhas palavras dirigem-se preferencialmente aos jovens, que os velhos ou melhoraram ao longo do tempo como os bons vinhos ou se comprazem na radicalização do erro.

Para entender fatos históricos há de se ter em mente um quadro amplo da paisagem histórica que moldura e interage com tais fatos. Como sempre temo não ser claro, gosto de exemplificar para ser melhor entendido. Vamos escolher aleatoriamente um fato da história do Brasil. Vamos pegar a expulsão definitiva dos holandeses, ocorrida ao final do segundo quartel do Século XVII, mais precisamente em l646. Parece ter sido um fato que se esgotou em si mesmo. Não parece que a saída dos holandeses não teve maior consequência que a saída em si mesmo? Ledo engano, amigos. Ao saírem do Brasil os holandeses levaram para as Antilhas toda a tecnologia do plantio e refino da cana de açúcar. Como Amsterdã era o centro financeiro do mundo, uma espécie de Nova Iorque da época, levaram junto os abundantes capitais e o controle das rotas de distribuição do açúcar na Europa, único mercado para tal especiaria. Assim, o açúcar antilhano substituiu o brasileiro, levando nosso país à mais profunda depressão econômica de sua história, que se projetou por mais de cem anos de apatia econômico-financeira, enquanto os Estados Unidos começavam a abastecer de comida e outros produtos as Antilhas, cujas terras estavam em sua quase totalidade voltadas para o cultivo da cana de açúcar. Fácil, portanto concluir que um mesmo fato histórico, a saída dos holandeses do Brasil, que levara o Brasil colonial à ruína, dava início ao impulso da economia dos Estados Unidos, também então colônia.

Charada (802)

Se o oxigênio
só foi descoberto
no século XVIII,
como se
respirava
antes?

[Pensando alto] Verdades incômodas (1) e a coruja do beiral

Pedro Frederico Caldas

Os homens preferem geralmente o engano, que os tranquiliza, à incerteza, que os incomoda.
Marquês de Maricá

O Brasil passa por imensos entraves ao seu desenvolvimento: os macroproblemas. Inflação alta, dívida pública alta, contas públicas desarrumadas, déficit público inconcebível, intervenção em alto grau na economia, insegurança jurídica nos negócios, a eterna espera de que o Estado cuide da vida de cada um, e muito mais.

Ao lado desses problemas, há uma série de outros, que podemos classificar de micros, mas que se traduzem na vanguarda do atraso. Por conveniências pessoais, pequenas espertezas, ou falta de percepção da realidade, cavamos trincheiras do atraso e não percebemos que nossas atitudes fazem parte dos problemas brasileiros. É justamente disso, dessas verdades que nos são incômodas, que quero tratar. Como são inúmeras, incontáveis, coloquei o número (1) no título, o que sugere a promessa de voltarmos ao tema, quando oportuno ou necessário.

PLANOS DE SAÚDE
Por volta dos anos setenta começou a se consolidar no Brasil os chamados planos ou seguros de saúde. A classe média embarcou no sistema para se ver livre da sempre insuficiente assistência médica governamental. Aos poucos, os extratos mais baixos da classe média ou os extratos mais altos dos ainda classificáveis como pobres foram aderindo ao sistema. Tive uma empregada, por quem tenho muita estima e maior admiração ainda, que ingressou no sistema, adquirindo um plano que cabia no seu bolso, sujeito, portanto, a algumas limitações. Para ela, uma conquista. Não mais precisava ficar na fila do SUS, estava feliz da vida, não só porque ela e o filho estavam livres dos péssimos serviços governamentais, mas, também, por se sentir vitoriosa pela conquista alcançada. Era como se tivesse mudado de patamar na classe social. Sentia-se mais cidadã.

Aos poucos, o governo foi interferindo na vida dos planos, criando entraves e obrigações de toda ordem cujo reflexo mais imediato era o aumento dos custos. Além disso, começavam as nossas espertezas. A pessoa, lógico, comprava o plano que cabia no orçamento e tinha serviços equivalentes ao valor pago. Pela regra do mercado e pela melhor lógica econômica, quem mais pagava tinha maior e mais sofisticada cobertura, além de rede hospitalar mais qualificada. Um plano mais barato não poderia cobrir procedimentos cobertos por planos mais caros, conclusão mais do que lógica. Lá estava o contrato, firmado entre as partes, indicando as coberturas pactuadas. E se a pessoa precisasse de uma cirurgia não coberta pelo seu plano? O caminho normal seria pagar do próprio bolso ou recorrer ao SUS, que por este todos pagamos. Qual nada.

Um aqui, outro ali, conseguia que um advogado entrasse com medida judicial requerendo liminar compelindo a seguradora a cobrir todas as despesas. Isso virou moda e os planos começaram a ter que arcar com despesas feitas em proveito de quem não pagou para tanto.

Charada (801)

Complete o
provérbio popular:
“Quem não tem cão, ...”

Bill


a) compra um gato;
b) não vai à caça;
c) caça com gato;
d) tem medo.

[As danações de Carina] O Sexo de Deus. Afinal, nosso Pai Maior é homem ou mulher??!!

Carina Bratt

Estamos condicionadas há milhares de anos, ao entendimento de que Deus é o Pai Celestial, portanto, homem macho, masculino, sim senhor. E fim de papo. Nesta linha, desde que o ser humano se agregou em grupos, sempre teve deuses e seres espirituais de importância relativa, uns mais, outros menos, já outros em cima do muro, sem saber para que lado pular.

E quando decidiam saltar, caíam direto nas bocas nervosas de Pit Bull furiosos e de poucos amigos. O que presenciamos, na verdade, em dias atuais, é um fato psicológico que é sempre o mesmo em todos os lugares, ou seja, a busca e a proteção. Evidenciamos nesta procura, formas diferentes conforme as tradições do lugar.

A história nos informa, por exemplo, que a Vênus de Laussel (mulher com corno e este corno nada tem a ver com traição) [foto] é tida como a primeira imagem conhecida de uma divindade, em posição de estar sendo adorada. A raridade foi encontrada em Laussel, sudoeste da França. Este fato mostra que nas crenças primitivas as forças superiores, criadoras da vida, tinham a expressão de Deus na forma de mulher.

Ainda constam muitas doutrinas como as Vênus paleolíticas (estas datam de trinta a dez mil anos a.C.), a deusa-mulher, na Índia que, mesmo hoje em certos lugares, é a rainha local de maior importância. A gama de deusas Vênus do Paleolítico é muito ampla, mais até que a arte rupestre.  Ela ocorre em locais, como dissemos acima, na França (Pirinéus e Dordogne), na Inglaterra, Itália, Alemanha e vários ex-países do leste, e algumas estatuetas na Rússia, incluindo a Sibéria que não retratam necessariamente as deusas Vênus, todavia são registros de atividades locais.

Falemos, agora, de Grami Devi. Ela pode ser encontrada com muitos nomes, alguns dos quais inseridos nos textos do hinduísmo. A figura feminina como divindade, é mais forte do que um simples canal de ligação com o Altíssimo. Outros vários espécimes seguem. Vejam, por exemplo, o nome Semita invocado para a mais importante deusa-mulher.

Neste contexto, temos Imanna, na Suméria, Isthar, na Babilônia e Astard ou Anat entre os povos de Canaã. No Irã era adorada uma simpática personagem conhecida como Anahita, à deusa que “purificava as sementes dos homens e as entranhas e os leites maternos das mulheres”. No império Persa, seu culto se multiplicou com vários nomes: Atenas, Afrodite e Cibele de Anatólia. No Egito, a figura que comandava as massas não outra senão Isis.

Se dermos uma rápida “de visu” no passado da humanidade (uma vez que este tema trata de um problema além de vasto, profundo e complexo), chegaremos à conclusão de que o Poderoso, que está lá no céu, é uma MULHER. Meu Deus, uma MULHER?! Isto é possível? Mas como? De que maneira? De que forma?

Charada (800)

Qual é o
dobro
do triplo
da metade
do dobro
de 4?

sábado, 30 de março de 2019

Projeto Heróis Para Vida, de grupo israelense, ajuda moradores de comunidades

Um grupo de ex-militares israelenses ensina matemática, inglês e ajuda moradores a fazerem pequenas reformas no Complexo da Pedreira, na zona norte do Rio. O Projeto Heróis Para Vida também esteve em uma creche na comunidade do Pavão Pavãozinho e uma escola pública em Niterói.

Todos os anos os voluntários da ONG levam esperança a crianças em sete países do mundo.

Título, Vídeo e Texto: Balanço Geral RJ, 28-3-2019

[Varig/Aerus] Alerj aprova relatório da CPI da Varig


A criação da Comissão Parlamentar de Inquérito foi requerida pelo Senhor Deputado PAULO RAMOS, em consequência de ainda persistirem os sérios problemas sociais causados aos ex-empregados, as dívidas trabalhistas e os desempregos decorrentes da falência da empresa e da liquidação do Fundo de Previdência AERUS.


Relacionados:

Hora de verão chega na madrugada de domingo; quatro horas de diferença


Em Portugal, os relógios adiantam uma hora na madrugada deste domingo, o início do horário de verão, segundo o Observatório Astronômico de Lisboa (OAL).

Na madrugada de 31 de março, amanhã, domingo, em Portugal continental e na Região Autônoma da Madeira, à 1h os relógios devem ser adiantados 60 minutos, passando para as 2h.  

Na Região Autônoma dos Açores, a mudança será feita à meia-noite de domingo, passando para a 1h.

Portanto, a partir de amanhã e até 27 de outubro, quando voltará o horário de inverno em Portugal, a diferença horária entre Portugal e Brasil será de quatro horas.

Os melhores dos melhores

Alberto Gonçalves


A opinião publicada não contesta o pagode socialista, na medida em que: a) acha que o pagode é normal; b) acha que o pagode é benéfico; c) espera vir a beneficiar do pagode; d) já beneficia do pagode.

O poder das ilusões é uma coisa maravilhosa. E sobretudo patética. Para não admitir o que de facto são, os portugueses fingem-se convictos de que são “os melhores dos melhores”, citando a ladainha humilhante do professor Marcelo. O método é repetirmos com maníaca insistência que somos insuperáveis nisto e naquilo, da bola aos chouriços, das peúgas ao azeite. De tanto entoarem o mantra, alguns, coitados, chegam a acreditar nele. Muitos, porém, permanecem ligeiramente céticos: embora proclamem a superioridade pátria nos “setores” – sei lá – do mobiliário ou da saúde, receiam no fundo estar errados e a fazer o que os clássicos da Antropologia designavam por figura de urso. A conversão dos céticos dispõe da propaganda oficiosa, os “telejornais” que se encarregam, dia após dia, de entrevistar governantes nas imediações de uma inauguração, ou estrangeiros nas imediações dos Jerónimos, todos dispostos a confirmar as incontáveis virtudes deste abençoado país. Se um casal de belgas gosta disto, quem somos nós para discordarmos?

Quase literalmente, não somos ninguém. É a nossa sorte. Dado que o mundo mal dá pela existência de Portugal, Portugal costuma escapar ao escrutínio do mundo. Ambos beneficiam do arranjo. Exceto às vezes. Às vezes, um acontecimento fortuito ou um tique exagerado desperta atenções alheias e indesejadas. Às vezes, as notícias escapam ao controlo, ou aos objetivos editoriais do falecido DN. Às vezes, a realidade espreita e perturba as patranhas que nos oferecem e o idílio em que vivemos. A título de exemplo recente, sugiro o documentário sobre o desaparecimento de Maddie McCann, estreado na Netflix. Ali não há turistas selecionados a louvarem a comida e a hospitalidade e as “startups”: há ingleses que olham para Sul e descobrem um território entregue a bárbaros, onde a polícia se destaca pela espetacular inépcia e a corrupção genérica serve de cenário para apaixonantes enredos. Em meia-dúzia de horas de programa, o mito do paraíso à beira-mar afoga-se com esmero. Mas nada afoga as ilusões dos portugueses, os quais, bem amestrados, tomam a crítica por um ataque movido a inveja. Não importa que, no caso, a “inveja” seja tão fundamentada quanto a da banca suíça face à estabilidade do BES.

Uma outra história atual e digna da estupefacção “externa” é a endogamia governamental. Na sua infinita ingenuidade, o povo garante que a família não se escolhe. A sério? O PS escolhe os familiares que pode e, não satisfeito, nomeia-os para os cargos públicos que não deve. Sendo engraçado que um dos argumentos contra a monarquia consista em impedir a ascensão automática de mentecaptos, também é verdade que a situação desta peculiar república, absolutamente trivial em exotismos marxistas, não é, vá lá saber-se a razão, comum nas democracias civilizadas. É aliás inédita a ponto de impressionar a imprensa espanhola, que habitualmente nos dedica a quantidade de páginas que reservamos às Berlengas: o “ABC” fala numa “rede de nepotismo sem precedentes em toda a Europa”, lembra a “rede de 27 pessoas com vínculos familiares no exercício do poder” e refere que “a indignação tomou conta do país vizinho”. Escusado dizer que se trata de uma série de calúnias, a desmentir com urgência.

Brasil enviou ajuda a Moçambique


Dois aviões Hércules partiram ontem, sexta-feira, para Moçambique, país que foi devastado há quinze dias por um ciclone. A ajuda humanitária brasileira consiste em envio de remédios, água e alimentos. Equipes da Força Nacional de Segurança e dos Bombeiros, especializadas em resgate, também ajudarão no país.


Texto e Vídeo: TV NBR, 29-3-2019

Estatuto dos Animais está na pauta da CAE

Agência Senado

Imagem: Getty Images/iStockphoto
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) tem reunião marcada para a próxima terça-feira (2 de abril), às 10h, com oito itens na pauta. Um dos projetos é o que institui o Estatuto dos Animais (PLS631/2015), de iniciativa do ex-senador Marcelo Crivella, hoje prefeito do Rio de Janeiro. O projeto estabelece os direitos dos animais, define regras para a sua guarda e também trata da proibição de práticas consideradas maus-tratos e de infrações e penalidades.

Entre o rol de maus-tratos, estão os atos de forçar um animal a realizar movimentos contrários à sua natureza ou além de sua capacidade física; abandonar o animal em situação de perigo; abandonar animal criado em cativeiro, quando despreparado para se alimentar de maneira adequada; submeter animal a treinamentos, eventos, apresentações circenses, ações publicitárias que causem dor, sofrimento ou dano físico; privar o animal de água ou alimento adequado e confinar animal com outro que lhe cause medo, perigo, agressão ou qualquer tipo de dano.

O relator na CAE, senador Plínio Valério (PSDB-AM), acatou o substitutivo do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), apresentado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Entre as mudanças no texto, Anastasia inclui no seu texto que o controle de zoonoses, o controle de espécies invasoras e as atividades de ensino e pesquisa científica na área da saúde não serão considerados maus-tratos. Ele determinou ainda que, quando não houver método que evite totalmente a dor e o sofrimento nesses casos, devem ser adotadas todas as medidas disponíveis para reduzi-los ao máximo.

Para Plínio Valério, as atividades culturais, recreativas, sociais e econômicas e o desenvolvimento tecnológico devem seguir princípios morais e éticos para evitar o sofrimento dos animais e, em decorrência, garantir o meio ambiente ecologicamente equilibrado, com plena preservação física e moral dos animais. Se aprovada na CAE, a matéria seguirá para a análise da Comissão de Meio Ambiente (CMA), onde vai tramitar em caráter terminativo.
Título e Texto: Agência Senado, 29-3-2019 

Faxina mental

Nelson Teixeira

Já reparou o quanto de tranqueiras e bugigangas vamos acuculando em nossa vida? Estamos sempre guardando coisas inúteis, vencidas e sem validade. Às vezes devemos parar e separar o que fica e o que vai ser descartado, pois não tem mais serventia.

Na vida também é assim, pois chega um momento em que é preciso se desvencilhar de algo que não vale a pena mais, para trazer coisas melhores.

Devemos constantemente fazer uma faxina em nossos pensamentos e nossas ideias, para separar as que continuam e as que serão incorporadas.

Para que coisas boas sejam colocadas dentro de nós, é preciso espulgar aquelas que não nos servem mais.
Título e Texto: Nelson Teixeira, Gotas de Paz, 30-3-2019

Charada (799)

Quem foi o
quarto rei
da terceira dinastia?




a) D. João IV;
b) D. Sebastião;
c) D. Afonso IV,
d) D. Duarte.

Charada (798)


Como se escreve
“cara do rapaz”
em árabe?

sexta-feira, 29 de março de 2019

Relator confirma apresentação do parecer da reforma da Previdência no dia nove

Delegado Marcelo Freitas não quis antecipar se vai ou não propor a retirada de pontos que poderiam ser inconstitucionais

Paula Bittar

O relator da reforma da Previdência (PEC 6/19) na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG) [foto], disse nesta sexta-feira (29) que já tem convicção a respeito do parecer que deverá apresentar no dia nove de abril.

Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados
"Só não apresentaremos antes em virtude de prazos regimentais, mas já temos total condição de elaborar o relatório no menor tempo possível e submeter à Comissão de Constituição e Justiça”, afirmou.

Freitas também confirmou o calendário antecipado pelo presidente da CCJ, Felipe Francischini. “Os dias 10 e 11 de abril ficam destinados a eventuais pedidos de vista, e acredito que no mais tardar no dia 17 de abril nós já estejamos julgando esse relatório junto à Comissão de Constituição e Justiça."

Inconstitucionalidades
Delegado Marcelo Freitas contou que já tinha sido sondado para a relatoria e vinha estudando a proposta. Ele não quis antecipar, entretanto, se vai ou não propor a retirada de algum ponto da reforma por alguma possível inconstitucionalidade.

Há novidade, sim, Dr. António Costa

Rui Ramos

A endogamia do governo não é uma tradição portuguesa, mas um fenómeno novo, que sugere o isolamento de um regime e o esgotamento político do grupo que domina o país há vinte anos.

De repente, até a imprensa espanhola deu por que a península não acaba em Badajoz e que para além da raia há um curioso país governado por parcerias de pais e filhos, e de maridos e mulheres, como uma empresa familiar. É de facto extraordinário. Mas o primeiro-ministro, muito descansado, matou logo a questão: “não era novidade”. Por quê? Porque já era notícia conhecida? Ou porque, em Portugal, sempre teria sido assim, mas só agora a imprensa, por má vontade contra o governo, estaria a desvendar os parentescos dos políticos? Ora, se foi neste segundo sentido que António Costa disse que não havia novidade, é preciso dizer que sim, que há novidade.


Nos séculos XIX e XX, mesmo sob regimes supostamente representativos e apesar de revoluções frequentes, a base de recrutamento político manteve-se bastante restrita em Portugal, não só pela dimensão do país, mas por a instrução da população ser reduzida. Se a isso adicionarmos o nepotismo, não é surpreendente que os mesmos nomes de família tendessem a repetir-se na vida pública, tal como acontecia em muitas profissões.

Na segunda metade do século XIX, cerca de metade dos deputados tinham alguma relação de parentesco com outro deputado. Houve sempre muitos primos e irmãos na política. Os irmãos Passos, Manuel e José, os líderes da esquerda nos anos 1830, são um exemplo.

Os filhos sucederam por vezes aos pais. Carlos Lobo de Ávila, ministro na década de 1890, era filho de Joaquim Tomás Lobo de Ávila, ministro na década de 1860. Dizia-se até que o velho Lobo de Ávila preparara o filho, desde pequenino, para uma carreira parlamentar, obrigando o miúdo em casa a fazer discursos que ele ia interrompendo com apartes e protestos, para o jovem Carlos se habituar a falar no meio do tumulto das assembleias.

É fácil reconstruir linhagens e redes de políticos aparentados, em alguns casos através de regimes que entre si se contradiziam na ideologia e no funcionamento.

Porque não sou socialista

José Manuel Fernandes

A simples condição de “não socialista” parece estar tocada pela lepra e merecer um cordão sanitário. É, pois, tempo de dizer que não sou socialista porque já fui socialista e sei o que isso significa.

Não sou socialista porque já fui socialista. E não sou socialista porque sei o que isso significa e a ilusão que representa.


Pode parecer estranho vir afirmá-lo aqui e agora é porque se tenta que esta simples condição – a de “não socialista” – seja uma espécie de lepra em torno da qual se deve construir um severo cordão sanitário. E, no entanto, nunca foi tão necessário romper esta espécie de unanimidade não assumida que é uma das razões da nossa desesperança.

Não é fácil. Os alucinados de toda a vida e os idiotas úteis do momento que estão sempre a postos e, logo que ouvem alguém dizer-se “não socialista” às claras, sem medo e sem rodriguinhos, saltam a anunciar que chegou a “alt-right”. O que vai bem com o espírito dos tempos e esta forma de pensar Portugal em que não é necessário ser sequer do PS nem se votar no PS para se fazer parte de uma cultura dominante de inspiração e prática socialista (sendo que no PS nem todos serão exatamente socialistas).

Por outras palavras: não venho aqui dizer que não sou socialista apenas porque não tenho ou tive família no PS (até porque isso seria mentira), antes venho dizer precisamente o contrário. A primeira razão porque não sou socialista é porque aprendi a sua doutrina ainda na adolescência, época em que a sua lógica me enfeitiçou, tempo em que percorri os caminhos da ideologia até aos seus limites mais absurdos, tudo antes de compreender – felizmente ainda bem cedo – a mentira da ilusão e ter deixado de tentar justificar todas as tragédias associadas.

Para mim tudo começou muito cedo, aos 13, 14 anos, quando o meu pai me deu a ler um pequeno opúsculo de Léon Blum, o primeiro socialista a dirigir um governo em França, nos anos da Frente Popular. Nele se procurava explicar o que era o socialismo e, para além de todas as ideias de justiça social, pareceu-me de uma lógica inatacável a ideia de que a economia funcionaria muito melhor existindo planeamento central. Sendo eu então um miúdo com uma fé quase ilimitada no conhecimento científico, era para mim claro que assim se evitaria o desperdício e mais facilmente se garantiria que haveria bens que chegassem para todos. Conhecíamos as necessidades, só havia que organizar a sua produção e distribuição.

Hoje, quase 50 anos depois, sorrio da minha ingenuidade. Na verdade tudo no planeamento central contraria a natureza humana, limita a inovação, estimula a preguiça e conduz à servidão. Tudo no planeamento central leva, mesmo no mais eficiente dos regimes, à produção de Trabant’s, enquanto a “caótica” concorrência vai produzindo Mercedes, Audi’s e e BMW’s.

E não, não descartem já este exemplo por exagerado, pois sei bem que há uma enorme, uma gigantesca distância entre o socialismo democrático de Léon Blum – o ramo a que pertence o nosso PS – e as muitas variantes totalitárias filhas da Revolução Russa e do leninismo – o tronco de que brotou o PCP mas também o Bloco de Esquerda. Contudo não podemos descartar os ensinamentos de décadas de “socialismo real”, sem economia de mercado, até porque não é preciso acabar com as eleições para vermos onde nos leva uma economia onde o Estado trata de mandar em tudo – basta olhar para o que se está a passar na Venezuela.

Trump, os russos e Portugal

Paulo Tunhas

Emitir abundantemente opiniões, exercer um jornalismo militante - sim. Mas informar, oferecer informação que os espectadores possam livremente avaliar segundo as suas próprias luzes - não.

Passei umas horas da tarde deste último domingo em frente à CNN, à espera que fosse divulgada a carta do procurador-geral William Barr ao Congresso americano onde se resumiriam os principais resultados do relatório de Robert S. Mueller sobre a investigação por ele dirigida e que se destinava a averiguar se houve ou não conluio de Donald Trump ou de membros da sua campanha com os russos para interferir nas eleições presidenciais de 2016.


Por volta das sete e meia já se sabia tudo. A carta do procurador-geral era perfeitamente clara: não foram encontradas quaisquer provas que levassem a concluir a existência de conluio de Trump ou de membros da sua campanha com os russos. Quanto à outra questão investigada, a de saber se houvera tentativas de obstrução à justiça por parte de Trump, a carta revelava que o relatório de Mueller não concluía nem o crime de Trump nem a sua inocência. Lendo-a, fica-se com a impressão que a recusa de adoptar uma posição clara se deve à ausência de critérios absolutamente seguros para avaliar as declarações públicas dele relativamente à natureza da investigação de que era alvo. De qualquer maneira, foi uma vitória em toda a linha de Trump.

Naturalmente, a CNN ficou desiludida, para não falar dos democratas. Não se criam esperanças sanguíneas impunemente, e a esquerda americana criou-as como gente grande. O desejo do impeachment fazia alucinar a absoluta necessidade da culpa de Trump, e isso mesmo antes do início, há dois anos, da investigação de Mueller. Era ontologicamente impossível ele não ser culpado. E quando se cai de tão alto é impossível não doer. Para mais, o esquerdismo galopante que tomou conta dos democratas, algo com que, talvez por desatenção, nunca sonhei, vem pôr ainda mais sal na ferida. Confesso que me é difícil deixar de pensar que tanta cegueira e tanto irrealismo mereciam um corretivo destes.

De qualquer maneira, e por muito que se embirre com as obsessões da CNN e com a fantástica radicalização dos democratas, não é por aí que o mundo sai dos gonzos. Dito de outra maneira: apesar de todo o ruído e todo o furor, não há nada do que se passa nos Estados Unidos que seja verdadeiramente incompreensível. Em contrapartida, Portugal oferece sempre surpresas, mesmo ao espírito mais habituado ao convívio com o fantástico. E a noite de domingo trouxe-me uma delas.

Alexandre Garcia: Bolsonaro, Rodrigo Maia e os pessimistas do Brasil

Presidente Bolsonaro participa de cerimônia de hasteamento de bandeira

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Na manhã desta sexta-feira, 29 de março, o presidente Jair Bolsonaro participou, no Palácio do Alvorada, da cerimônia de hasteamento de bandeiras. São três bandeiras: do Mercosul, do Brasil e a bandeira presidencial.

O Brasil está, com autorização do presidente, enviando dois aviões Hércules para Moçambique. Trata-se de ajuda humanitária em resposta ao ciclone que devastou o país. Há o envio de membros da Força Nacional e do Corpo de Bombeiros Militar.

Equipes da TV NBR já estão em Jerusalém para aguardar o desembarque do presidente Jair Bolsonaro em Israel, o qual deve ocorrer neste domingo.

Emocionante: Presidente Jair Bolsonaro participa de cerimônia de hasteamento de bandeira e autoriza envio de forças para Moçambique.


Título, Vídeo e Texto: Folha Política, 29-3-2019

Rodrigo Maia, o senhor não passa de um funcionário do POVO

Major-Brigadeiro Jaime Rodrigues Sanchez


Em entrevista ao Estadão, o senhor Rodrigo Maia [foto] desfechou mais uma flecha envenenada contra as Forças Armadas:

“O BRASIL NÃO TEM NEM CONDIÇÕES DE SEGURAR 24 HORAS DE CONFRONTO COM A VANEZUELA... NÓS ESTAMOS COM A ESTRUTURA DAS FORÇAS ARMADAS DESABASTECIDAS.”

Senhor Rodrigo, sua segunda assertiva está correta. As Forças Armadas do Brasil estão desabastecidas há muitos anos, graças ao Congresso Nacional. Ano após ano, os orçamentos militares são cortados e contingenciados sob a pífia alegação de que são extremamente baixas as possibilidades de que entremos em guerra.

Além disso, o governo federal impõe seguidas missões às Forças Armadas, de todas as naturezas, muitas vezes sem repassar os recursos necessários para o seu desempenho, que são prontamente atendidas.

O senhor, que nem brasileiro é, poderia, pelo menos, olhar o tratamento que o seu país de origem (Chile) dedica às suas Forças Armadas.

Mas, por que o senhor teria nascido no Chile? Eu respondo: Seu pai, como militante de esquerda, pertencente, à época, ao Partido Comunista Brasileiro, foi preso e exilou-se no Chile em 1968. Depois, homem de “firmes” convicções políticas, foi-se chegando sorrateiramente à direita. Frequentou, quando lhe convinha, os quadros do PCB, PDT, PMDB, PFL e DEM (grande democrata!).

Quanto a uma hipotética guerra contra a Venezuela, QUE O NOSSO PRESIDENTE JÁ AFIRMOU ESTAR FORA DE COGITAÇÃO, gostaria de comentar que o Brasil, segundo o site GLOBAL FIREPOWER ocupa o 13º lugar (maior poderio da América Latina), no ranking de 2019, a despeito do tratamento recebido de Vossas Excelências. Por sua vez, a poderosa Venezuela está em 43º, atrás da Argentina, Peru e México.

Considerando apenas a minha área de atuação, a FORÇA AÉREA BRASILEIRA, enquanto o Brasil fabrica e exporta aeronaves militares e civis, a nossa vizinha, segundo a publicação PODER AÉREO possui apenas 20 caças operacionais: metade de seus 23 caças Sukhoi Su-30MK2V (fabricados em 1999), além de seis caças F-16A e um F-16B em operação, (AERONAVES AMERICANAS!). A Rússia é famosa pelo excelente apoio logístico dado aos seus parceiros de 2ª linha. Talvez os americanos pudessem dar uma mãozinha a eles nessa guerra.

Senhor Rodrigo, mais uma vez: em vez de tentar depreciar as Forças Armadas do país que o “acolheu”, fale do toma lá-dá-cá da “antiga política”, do qual o senhor é especialista.

HORA DE MOSTRAR QUEM MANDA

Nada mais velha política do que os caminhos que levaram o filho do ex-prefeito do Rio de Janeiro à presidência da Câmara Federal.

[Aparecido rasga o verbo] O Caleidoscópio das drogas psicodélicas e os unicórnios saltitantes

Aparecido Raimundo de Souza

Vício – o que sempre estamos fazendo pela última vez”.
Leon Eliachar

O GRANDE DESAFIO e a tendência da humanidade, em nossos dias, sem dúvida alguma, é a luta constante e acirrada pela valorização da vida em todos os seus aspectos: corpo (saúde), cabeça (espiritualidade) e natureza (meio ambiente). Trocado em miúdos, isto quer dizer o seguinte: Devemos elevar ou majorar a vida como bem maior, nos colocando a serviço de uma sociedade mais cordial, ou mais digna e igualitária. Isto deveria ser a coroa acima de qualquer coisa. O dever primordial e basilar dos seres humanos que creem e amam viver.  Viver é antes de tudo uma arte. Arte Antiga. Milenar. Como aquela música do Roberto Carlos ensina, “É PRECISO SABER VIVER”. Afinal, tudo é questão de timing.

Reparem, senhoras e senhores. Deveria ser, mas não é. O ser humano, de um modo geral, olha para seu próprio umbigo. Quer que o outro se foda de verde e amarelo. E fim de papo. Ele estando bem consigo mesmo, em paz e com saúde, seu vizinho que se afumente. Este princípio se materializa notadamente quando olhamos, por exemplo, para nossos governantes. Generalizando a coisa. Quem deveria nos dar uma vida melhor, mais íntegra, pura e respeitosa, honrada e idônea, é exatamente quem nos bota para baixo.  Mesmo trilho, nos espezinha e nos fere com força, norteada naquela outra cissura eterna do “e o resto que se exploda”. Difícil mudar certos valores que deveriam ser inerentes do homo sapiens.

Evidentemente os senhores não se lembram, em face da memória distorcida, curta e tacanha. O tempo passa e o que vale a pena ser lembrado vai para o espaço. Pois bem. Vamos refrescar este lado sombrio dos prezados. Em 2001, ou mais precisamente há dezoito janeiros passados, a igreja católica deu uma dentro. Como assim, uma dentro?  A Campanha da Fraternidade, lançada nestes idos, caminhava como um casalzinho apaixonado nesta direção. Que direção? Ela nos chamava à conversão (ou à transformação, ou à metamorfose), nos direcionava a reflexão (o mesmo que análise, importância, propósito) sobre as drogas.


Drogas, amados e amadas, em todos os sentidos. As drogas, desde sempre foram e continuam e infelizmente seguirão em frente, sendo a pior desgraça da humanidade. E percebam. De 2001 até hoje nada, absolutamente nada mudou. Pelo contrário, o problema aumentou, tomou proporções gigantescas. Hoje, diríamos sem medo de erros, se propagou maior que o rombo dos gastos públicos de nossos queridinhos vagabundos e pilantras do Grande Avião Pousado. Vamos abrir um parêntese para esclarecermos um ponto de relevante importância. Este Grande Avião Pousado não é outro senão o Boeing 737 Max. O mesmo modelo da Lion Air que caiu no mar de Java, deixando 189 mortos em outubro, na Indonésia.

O que pretendemos deixar registrado é que o nosso Grande Avião Pousado (Brasília, perdão, Brazzzília), pode se enterrar ainda mais no buraco que se acha atolado. Anda prestes. Os 737 Max (por ordem médica do fabricante estão todos no chão). Enferrujando, aeródromos mundo afora. Com o nosso 737 Max não é diferente.  O pássaro segue na pista. Pronto para bater asas e decolar. Não o fez ainda, porque o peso das falcatruas e das putarias não permite. Quem sabe, um dia, quando a corrupção der uma treguazinha, esta aeronave maravilhosa singre os céus rumo a um absoluto mais próspero, onde esta infindável multidão de imbecis e atoleimados, irmanada num amplexo único, possa participar e desfrutar do sucesso pleno. Parêntese fechado.

Charada (797)

A família
tem dois,
o pai
tem um
e a filha
tem outro,
mas a mãe
não tem nenhum.
A que nos referimos?

28-3-2019: Live da semana com o Presidente Jair Bolsonaro

quinta-feira, 28 de março de 2019

Líder do governo diz que há acordo para apressar pacote anticrime

Rodrigo Maia, Sérgio Moro e Joice Hasselman discutem estratégia de votação dos projetos na Câmara

O presidente da Câmara recebeu o ministro Sérgio Moro e a líder do governo na residência oficial da Câmara. Foto: Reprodução Instagram
A líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), informou em suas redes sociais que o pacote anticrime proposto pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro, caminhará rapidamente na Câmara. “O compromisso de celeridade na Câmara foi assumido hoje durante café da manhã comigo e Moro na casa do presidente da Câmara”, disse a deputada. Ela informou também que os projetos serão analisados ao mesmo tempo pelo Senado.

“O tempo de discussão na Comissão de Trabalho deve cair pela metade. Maia também disse que fará todos os esforços para que o texto tramite o mais rápido possível dentro da Câmara e apresentou as estratégias para Moro”, disse Joice.

“O ministro Sérgio Moro alinhou todos os procedimentos com Rodrigo Maia. Foram 40 minutos de boa conversa e de clima de paz que farão toda diferença para nosso país. Executivo e Legislativo caminhando juntos pelo Brasil. Vamos aprovar a Nova Previdência e o pacote anticrime com serenidade e seriedade”, afirmou.

Título e Texto: Agência Câmara Notícias, 28-3-2019

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O apresentador do Brasil Urgente, José Luiz Datena, entrevistou com exclusividade, nesta quarta-feira, 27, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL), que falou, entre outros temas, sobre a polêmica em relação à homenagem ao golpe militar de 1964, sua relação com o Congresso e planos para a economia do País. Confira na íntegra.

Sobre a questão de um papa herege

Athanasius Schneider

Em toda a tradição católica, a questão de como se comportar com um papa herético ainda não foi tratada, em termos concretos, de modo a obter algo que se assemelhe a um verdadeiro consenso geral. Até agora, nem um papa nem um concílio ecumênico formularam declarações doutrinárias relevantes ou emitiram normas canônicas vinculantes sobre como lidar com um papa herético durante o período de seu mandato.

Papa Francisco e Dom Anthanasius Scheider
Não há nenhum caso histórico de perda de um pontificado por um papa durante seu mandato devido à heresia ou suposta heresia. O Papa Honório I (625-638) foi excomungado postumamente por três concílios ecumênicos (o Terceiro Concílio de Constantinopla de 681, o Segundo Concílio de Nicéia de 787 e o Quarto Concílio de Constantinopla de 870) porque apoiou a doutrina herética daqueles que promoveram o Monotelismo, contribuindo assim para espalhar esta heresia. Na carta com a qual ele confirmou os decretos do Terceiro Concílio de Constantinopla, o Papa São Leão II (682-683) lançou o anátema sobre o Papa Honório (”anathematizamus Honorium”), afirmando que seu predecessor “não esclareceu esta Igreja apostólica com a doutrina da tradição apostólica, mas procurou subverter a fé imaculada com uma traição ímpia” (Denzinger-Schönmetzer, 563).

O Liber Diurnus Romanorum Pontificum, uma coleção heterogênea de formas usadas na chancelaria papal até o século 11, contém o texto do juramento papal, segundo o qual todo novo papa, ao tomar posse, tinha que jurar que “reconhece o Sexto Concílio Ecumênico que golpeou com eterno anátema os criadores da heresia (monotelita), Sérgio, Pirro etc., juntamente com Honório” (PL 105, 40-44).

Em alguns Breviários até o século XVI e XVIII, o Papa Honório foi mencionado como  herege nas lições das Matinas do 28 de junho, festa de São Leão II: “In synodo Constantinopolitano condemnati sunt Sergius, Ciro, Honório, Pirro, Paulus e Petrus nec non et Macarius, cum discipulo seu Stephano, sed et Polychronius et Simon, qui unam voluntatem et operationem in Domino Jesu Christo dixerunt vel praedicaverunt”. A presença desta leitura em alguns Breviários ao longo de muitos séculos mostra que muitas gerações de católicos não consideraram escandaloso que um papa em particular, e em um caso muito raro, tenha sido considerado culpado de heresia ou de favorecer a heresia. Naqueles tempos, os fiéis e a hierarquia da Igreja distinguiam claramente entre a indestrutibilidade da fé católica divinamente garantida pelo Magistério da Sé de Pedro e a infidelidade e traição de um único papa no exercício concreto de seu ofício magistral.

Dom John Chapman, em seu livro “A Condenação do Papa Honório” (Londres, 1907), explica que o Terceiro Concílio Ecumênico de Constantinopla, que lançou o anátema sobre o Papa Honório, determinou uma clara distinção entre o erro de um único papa e a inerrância na fé da Sé Apostólica como tal. Na carta ao papa Agatão (678-681) pedindo-lhe para aprovar as decisões conciliares, os Padres do Terceiro Concílio Ecumênico de Constantinopla afirmam que Roma tem uma fé infalível, promulgada com autoridade para toda a Igreja pelos bispos da Sé Apostólica, os sucessores de Pedro. Pode-se perguntar: como foi possível o Terceiro Concílio Ecumênico de Constantinopla afirmar isso e, ao mesmo tempo, condenar um papa como herege? A resposta é bem clara. Papa Honório era falível, ele estava errado, ele era um herege, precisamente porque não reafirmou com autoridade, como devia, a tradição petrina da Igreja Romana. Ele não apelou para essa tradição, mas simplesmente aprovou e espalhou uma doutrina incorreta. Mas, uma vez desaprovadas por seus sucessores, as palavras do Papa Honório I tornaram-se inofensivas para a inerrância na fé da Sé Apostólica. Elas foram reduzidas ao seu verdadeiro valor, ou melhor, à mera expressão de sua opinião pessoal.