FratresInUnum.com
Foi uma semana tensa para a
ansiedade da velha guarda da CNBB, aqueles petistas de sacristia que alçaram
voos para o episcopado com o pacto firme de promover a ascensão do partido mais
corrupto da história, mas que, no final, fracassaram e estão terminando a vida
frustrados. Frustrados! Fracassados! Diga-se em alto e bom tom! Frustrados,
porque o povo pobre preferiu seguir as seitas pentecostais e renegar a
politicagem mofada desses fanáticos comuno-lulistas. Fracassados, porque, salvo
eles mesmos, ninguém leva a sério as notinhas que eles pretensiosamente pensam
ser “profecia”.
A conivência com a qual esses
mesmos senhores sempre trataram os crimes do PT é vergonhosa. Eles sempre
usaram a Igreja como máquina de propaganda do partido, sempre a
mantiveram calada quando foi para proteger a sua cria, e, agora, querem usá-la mais uma vez
para uma afronta que só beneficiaria o PT.
Por isso, a agitação
panfletária da semana passada foi tão febril. Mesmo não conseguindo senão uma
adesão minoritária, os bispos da esquerda não conseguiram se conter e soltaram
para ninguém menos que a Folha de São Paulo o seu odioso panfleto.
Programada para ser publicada
no dia 22, festa de Santa Maria Madalena, graças ao protesto de muitos bispos
que não se quiseram acumpliciar, a tal “Carta ao Povo de Deus” foi adiada,
adiada, até que… vazou! Assim, ingenuamente, aproveitando a
impossibilidade de que os bispos se reúnam fisicamente, já que a epidemia de
coronavírus obteve o cancelamento da assembleia geral deste ano.
É interessante como, para as
manifestações tradicionais, a CNBB precise manter a comunhão e os bispos devam
conservar o consenso na mordaça, mas, para as manifestações de esquerda, os
minoritários reivindiquem o direito de autonomia para se manifestar e publicar
o seu protesto ideológico.
Nos bastidores, conjectura-se
que o autor da carta tenha sido Dom Joaquim Mól, o qual aparece na matéria da
Folha como um dos signatários. Se isso for verdade, como os bispos podem
permanecer calados?
Eles votaram em quem para ser
o Secretário Geral, em Dom Joel Portella ou em Dom Joaquim Mól?
Mól, de campanha vigorosa nas
últimas duas eleições da CNBB, foi rejeitado em ambas pelo episcopado, graças
também aos apelos feitos por este blog.
Como pode um bispo não eleito
ter tanto poder assim?
Outro articulador relevante do
“manifesto” foi Dom Leonardo Ulrich Steiner, também defenestrado da presidência
da CNBB na última eleição.
Ora, senhores bispos: a Assembleia
Geral da CNBB, que elege e é a autoridade maior da entidade, é um simples jogo
de cena?
Os senhores rejeitam dois
prelados, mas deixam-se indiretamente ser guiados por eles?
Tomem postura! Falem! Façam
algo!
É verdade que esse cenário
contrasta com outra informação de bastidores, a de que o seu arcebispo, o
presidente da CNBB, Dom Walmor Azevedo, teria se posicionado internamente
contra a publicação. Mas, nesta altura do campeonato, isso é apenas um boato ou
é realmente um teatro voluntário? Quem o pode saber?
Para além das conjecturas, um
fato impõe-se como verdadeiro: Dom Walmor não teve a fibra moral de manter a
Conferência Episcopal naquela propagada união de consenso e, agora, sob a sua
presidência, a divisão que já era antiga fica escancarada. A tal “comunhão” foi
quebrada.
Há um grupo de agitadores que
mantém a CNBB sob as suas rédeas e que agora se precipitou e causou escândalo.
Apesar de uma grande parcela de bispos ter mandado notas de repúdio à presidência,
a ala comunista avançou obstinada como um trem. Bom… Um mérito ela tem: para
que serve uma Conferência Episcopal já que eles podem se lançar em iniciativas
independentes e falar o que querem, aos quatro ventos, nos jornais? Justo esses
que sempre usaram o nome da CNBB, agora, jogam a colegialidade do Vaticano II
bem na lata do lixo!
Dane-se! Façamos profecia!
Seria esta uma oportunidade
para os bons bispos do Brasil se posicionarem. O Brasil tem dimensões
continentais… para que ter uma Conferência Episcopal única? Não seria a hora de
levar adiante o processo que já começaram na Amazônia, com a criação da tal
Conferência Eclesial Amazônica – um organismo novo, desprovido de personalidade
canônica e que ninguém sabe exatamente no que vai dar – e criar várias
Conferências Episcopais no Brasil?
Que a CNBB era canhota todo
mundo já sabia, mas, agora, realmente virou bagunça. Dividida, a CNBB virou um
circo que perdeu a razão de existir. De partido político, virou uma piada
política, e piada de mau gosto.
Uma pergunta fica: por que a
matéria da Folha divulgou apenas alguns nomes dos 152 signatários, escondendo
todos os demais? Será que alguém ali está com medo de ser exposto?
Ora, o que mais interessa
neste imbróglio é saber o nome de quem assinou: precisamos
saber exatamente quem são e onde estão.
Dom Walmor deveria pura e
simplesmente renunciar! Ou, que tal — e os petistas tremem só de ouvir falar —
um impeachment?
Título, Imagem e Texto: FratresInUnum.com, 27-7-2020
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