Portfólio atraente põe o país na mira de
investidores, disse ministro
Pedro Peduzzi
O ministro da Infraestrutura,
Tarcísio de Freitas [foto], disse hoje (28) que a superação de gargalos que
envolviam direitos dos trabalhadores, obtida com a reforma trabalhista, já foi
percebida pelos investidores estrangeiros e, com o portfólio de ativos
atraentes para leilões no país; a trajetória de recuperação fiscal; e a
queda da taxa básica de juros (Selic), representa um conjunto de fatores que
colocam o Brasil na mira dos investidores.



Freitas disse que toda essa
conjuntura permitirá que, até o final do mandato, mais de 100 leilões de ativos
sejam implementados pela pasta e destacou os projetos de concessão das rodovias
BR-116/101 (a Nova Dutra, entre Rio de Janeiro e São Paulo) e a BR-163, no
Pará, e a Ferrovia de Integração Oeste-Leste, além da sexta rodada de concessão
de 22 aeroportos.
“Se colocarmos em um gráfico
países de dimensão continental, acima de 5 milhões de quilômetros quadrados
(km²), com uma população gigantesca, acima de 200 milhões de habitantes,
portanto, com grande mercado consumidor, e PIB [Produto Interno Bruto] acima de
US$ 1 trilhão, veremos que, na intersecção desse diagrama, teremos apenas três
países: Brasil, China e Estados Unidos”, disse Freitas, ao participar do webinar Invest
Brasil Infraestructure 2020, promovido pela Apex-Brasil. “Isso, por si só, já
chama a atenção dos investidores estrangeiros."
"E tem mais ainda: a
trajetória em que nos encontramos, tendo passado por crise severa; e, a partir
daí, a mudança estrutural onde os principais riscos percebidos pelos
investidores foram atacados, como a questão trabalhista", acrescentou o
ministro, ao reiterar que, com a reforma, o país conseguiu superar os gargalos
que envolviam direitos trabalhistas. "Houve uma diminuição extraordinária
dos processos trabalhistas após a reforma.”
Atratividade
Ainda segundo o ministro, o
cenário ficou mais atrativo com a aprovação do teto dos gastos, que iniciou uma
trajetória de recuperação fiscal, e com a reforma da Previdência. Além disso, a
queda dos juros teve continuidade, com a taxa Selic em 2,25%, o que é
"extraordinário" para os investimentos em infraestrutura. “Temos o
maior programa de concessão do mundo, que trará avalanche de dinheiro privado à
nossa economia, transformando nossa infraestrutura nos próximos anos”, destacou
Freitas, ao lembrar que o Brasil tem também “um histórico de respeito a
contratos”, que é bem visto pelos investidores.
De acordo com Freitas, o país
aprendeu a estruturar suas concessões e, por isso, tem hoje, provavelmente, “a
estrutura mais sofisticada do mundo, no que diz respeito a compartilhamento de
riscos”. Como exemplo, citou o risco cambial, um assunto que, apesar de
aparecer como preocupação dos investidores, sempre foi “jogado para debaixo do
tapete”.
Para superar tal problema, o
ministro disse que a estratégia adotada nos leilões foi a “outorga variável”,
medida que, segundo ele, amortece as variações de câmbio nas situações em que o
investidor tem de tomar dinheiro no exterior. “Vamos abater, do valor da
outorga variável, a perda com eventual desvalorização de câmbio, ou acrescentar
o ganho com eventual valorização. Vamos trabalhando com débitos e créditos numa
conta gráfica até o final do período do financiamento, deixando um período de calda
para o acerto de contas”, explicou o ministro.
Título e Texto: Pedro
Peduzzi; Edição: Nádia Franco – Agência Brasil, 28-7-2020, 22h47
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-