sábado, 9 de outubro de 2010

O meu netbook é melhor que o teu


A moda  dos netbooks veio para ficar. Criados, essencialmente, para serem usados como segundo computador, o seu sucesso deveu-se ao baixo preço e à extrema portabilidade: sempre mais pequenos que uma folha A4 e com cerca de 1 Kg.Quem aderiu aos pequenos computadores assim que apareceram em 2008, deve ter arrependido-se. Eu arrependi-me. Não é que o computador seja mau, o problema é que os primeiros modelos tinham um ecrã de 7 polegadas (17.7 cm de diagonal) e, sinceramente, torna-se penoso navegar na Internet sem conseguir ver uma página inteira no ecrã. Mas funciona, é leve (pesa menos de um quilo), permite escrever em qualquer lugar e tem o tamanho de uma folha A5.
Os novos modelos, como seria de esperar, são outra loiça: passaram a ter ecrãs de 10.1” (25.5 cm de diagonal), o que faz toda a diferença, maior resolução, discos rígidos com boa capacidade para armazenar tudo o que precisa e, o que realmente interessa, processadores mais rápidos e mais eficientes em matéria de energia e um preço mais agradável. Resultado: trabalham durante longas horas e não se ficam pelas duas.

Mas se a oferta cresceu, as dúvidas sobre qual modelo comprar também aumentaram. E quando não se têm conhecimentos básicos de informática, as dúvidas são ainda maiores. É compreensível: basta entrar numa qualquer loja para ver, alinhados, dezenas de modelos a decorarem as prateleiras e a chamarem por si. Por mim chamam, e muito.
Mas qual é, afinal, o melhor netbook? A resposta está nas letras miudinhas que acompanham cada modelo e que, raramente, são lidas por quem vai comprar. É impresionante a quantidade de pessoas que têm computador e não sabem, de todo, o que está lá dentro: “sei lá, é um portátil!”, respondem quando pergunto qual é o modelo ou, pelo menos, qual é o processador. E a memória? “Sei lá!”
Se quer mesmo um netbook para navegar na Internet, receber e enviar emails, guardar música e fotografias e poder andar com ele para todo o lado sem se cansar, deve ter atenção a três coisas básicas: nome do processador, quantas células tem a bateria e capacidade do disco rígido. O tamanho da memória é importante e a máxima a seguir é “mais é melhor”.
Em relação aos processadores, a norma chama-se Intel e o modelo que deve escolher é o Atom N450 (os antigos são o N270 e N280). Uma das características dos processadores mais antigos é que só utilizam 1GB de memória e, mesmo que aumentasse a memória para 2GB, de nada servia. Com o N450 é diferente, embora a maioria dos modelos só traga 1GB.
A autonomia da bateria também se pode verificar de forma simples: deve ter 6 células, ou mais - as antigas tinham três, ou quatro -, e deve dar um desconto na autonomia anunciada pela marca. Não é que o estejam  a enganar, mas para que se cumpra o número de horas anunciadas, o computador terá de estar a funcionar em modo económico, por exemplo, não ter a ligação Wi-Fi ligada, não estar a ver vídeos, o brilho deve estar no mínimo, etc.
Por último, a capacidade do disco rígido. É exactamente o mesmo que se passa com uma gaveta e um gavetão. Se tem muitas coisas para guardar...
Quanto a marcas... pois. Cada um gosta mais de uma do que de outra e... além do aspecto exterior e da qualidade dos materiais utilizados, no seu interior as diferenças são praticamente inexistentes: China, Singapura e Taiwan dominam o que não se vê.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.

Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.

Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-