quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Irmã de "homem sem rosto" nega que SNS tenha pago todas as despesas nos EUA

A irmã de José Mestre, o homem que foi operado nos Estados Unidos a um tumor no rosto, afirmou que o Estado português apenas pagou as despesas da cirurgia, tendo todas as outras expensas sido suportadas por terceiros.



Edite Abreu negou assim a informação avançada, na segunda feira, à agência Lusa, por Cláudio Correia, responsável da Direção Geral da Saúde pela área da assistência médica no estrangeiro, segundo o qual teria cabido ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) o pagamento de toda a despesa: intervenção cirúrgica, alojamento, viagens e acompanhamento. 
"O Serviço Nacional de Saúde só pagou a cirurgia, só as despesas hospitalares. Tudo o que é extra hospital foi pago por outros meios: a viagem, a estadia, a alimentação e o tradutor", disse à Lusa Edite Abreu, especificando estar nos Estados Unidos com o irmão e com a filha. 
Cláudio Correia esclareceu, entretanto, que de acordo com o regime legal que regula o regime de assistência médica no estrangeiro todas as despesas são pagas pelo hospital público português onde o doente é seguido. 
Neste caso concreto, foi prescrito que José Mestre - conhecido por "homem sem rosto" - deveria ser acompanhado pela irmã e, consequentemente, seriam pagas as despesas do doente e da acompanhante. 
Deste modo, ficariam de fora apenas as despesas da filha de Edite Abreu. Contudo, esta afirma que não estão a ser pagas por Portugal as despesas extra-hospitalares de nenhum dos três. 
Contactada pela Lusa, fonte oficial do conselho de administração do Hospital Amadora Sintra afirmou, igualmente, que a lei obriga que o hospital assuma todos os encargos, se for caso disso, como é esta situação. 
A mesma fonte acrescentou apenas que o hospital já assumiu algumas despesas clínicas, mas que ainda não foram contabilizadas no total, porque o doente ainda não teve alta. 
Quanto a outras despesas "está tudo em aberto", face ao que a lei determina, ou seja, relativamente a outros encargos. 
Correio da Manhã, 21-10-2010

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