quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Lesa pátria


Oswaldo Colombo Filho
A candidata Dilma Rousseff e o presidente do PT, José Eduardo Dutra, aliás, aquele que foi presidente da Petrobras sem nunca ter sido, colocam em pauta a questão privatização como se fosse um pecado mortal tal qual a descriminalização do aborto.
Tratam o tema como um achaque aos interesses nacionais, quando na verdade a questão é o de dimensionar o verdadeiro tamanho que a sociedade queira dar ao papel do Estado. Quão menor ele for mais desenvolvidas são as sociedades. Não é uma questão de opinião, é uma constatação; tal qual o inverso explica a mesma questão. Tomemos a Coreia do Norte e Cuba como exemplos, onde todos são empregados do Estado e a miséria é latente e mais uma vez se prova a falência do comunismo.
O tamanho ideal do Estado está na dimensão em que ele cumpra o exato papel que não possa ser executado pela iniciativa privada. Mais especificamente:- legislar; distribuir justiça; saúde pública, saneamento, previdência; assistência social, segurança pública e nacional (forças armadas), ensino fundamental, regulamentação; estímulo e fomento à atividade privada, proteção à propriedade, à competência e aos direitos constitucionais. Em alguns países, dadas algumas características existem exceções, mas que pouco distorcem o que já foi elencado.

Tudo mais na economia concerne ao capital de risco. O papel do Estado empresário nada mais é do que um enorme cabide de empregos, e o Brasil é um grande exemplo disso. O Brasil tão apenas ganhou estágio desenvolvimentista quando estabilizou sua moeda (Real) e através das privatizações resolveu vários gargalos gravíssimos que se apresentavam nos anos 90. Comunicações; aço; e até mesmo energia; petróleo; estradas e até o bancário. Tudo que se desenvolveu e apresentou resultados veio das privatizações, e em nenhum desses setores houve decréscimo econômico, ao contrárioA Petrobras se apresenta como uma das maiores petrolíferas e empresas do mundo porque cresceu 118% no Governo FHC e apenas 33% no Governo Lula, e na época de FHC os trabalhadores puderam comprar ações com seus saldos do FGTS – participaram dessa riqueza; assim como fizeram com a Vale. Esta quando foi privatizada valia pouco mais de R$ 8,1 bilhões; hoje seu valor é quase R$ 280 bilhões e de R$ 760 milhões de lucro passou a dar R$ 10 bilhões ao ano. De 11 mil funcionários em 1997, hoje possui 40 mil, e está presente em 35 países; e de 114 milhões de toneladas de aço que produzia passou para 300 milhões de toneladas ano, e vive sendo alvo de críticas diretas de Lula da Silva (?). Em apenas 15 anos implantamos 38 milhões de telefones fixos no Brasil, quase duas vezes o que foi feito cinquenta anos antes. De quatro casas com telefone fixo em cada dez, hoje temos nove para cada dez. Em 1997 tínhamos menos de 8 milhões de celulares e antes de Lula ser o Presidente já tínhamos quase 130 milhões – hoje temos 190 milhões.
Tudo que hoje está “travado no Brasil” – literalmente depende do Estado empresário  - infraestrutura, portos; aeroportos; ferrovias; metrôs e estradas.
Mas o que Lula e Dilma fizeram no governo virtuoso deles se a privatização foi tão ruim como dizem e acusam? Nada, felizmente nada, pois mesmo que quisessem não teriam competência a fazer nada. Exceção a alguns nomes como Meirelles, o que daria para fazer com Mantega e Paulo Bernardo; no máximo uma  festa junina na Granja do Torto e encher a cara com quentão. Felizmente pararam por ai, caso contrário, iriam entortar o Brasil de tal forma que demoraria mais de uma década para desentortar.
É uma hipocrisia ridícula que tem como objetivo fazer um discurso nacionalista estúpido enquanto todo mundo sabe o loteamento que Dilma faz na Petrobras. Quem comanda a BR distribuidora é o pessoal de Collor. Dilma fechou uma área virtuosíssima na Petrobras – a área de Gás Energia e que eu não ouvi ninguém falar nesta campanha; competentemente dirigida pelo Dr. Ildo Sauer; este sim, douto na área energética. Cedeu US$ 2 bilhões de dólares em instalações da Petrobras para Morales na Bolívia que contínua a ser recebido no Brasil como “cumpanheiro”; alías, recentemente recebeu um grande empréstimo do BNDES para construir a sua estrada; sua mesmo – é a Transcocaleira (lá isto é lícito). Este marginal não só roubou uma empresa que é de todos brasileiros e o atual governo lhe empresta ainda recursos para facilitar a vinda de drogas ao Brasil. Demos as instalações para o cocaleiro; e antes disso construímos o Gasoduto Brasil – Bolívia – a segunda maior obra energética da América do Sul, ficando atrás somente de Itaipu com capacidade de transferência de 30 milhões de metros cúbicos/dia de gás natural. No Governo FHC tudo se fez para incentivar o mercado do gás natural com vistas a mudar a matriz energética e veicular; chegamos bem perto da aquisição diária de 30 milhões de metros cúbicos/dia; hoje pagamos mais que o dobro por unidade consumida (em termos reais); e o cocaleiro nos vende apenas 14 milhões de metros cúbicos dia e pagamos por 17 milhões (sistema take or pay)  e ainda queimos 12 milhões em nossas plataformas por falta de instalações para trazermos ao continente; ou para manter a oferta reduzida e o cocaleiro poder pressionar sempre o seu preço. Prefiro a segunda hipótese.
Dilma fala do pré-sal como se qualquer pessoa que minimamente estude o assunto não soubesse que se reúnem conhecimentos a respeito desde os anos 70, quando ela participava, e como diz orgulhosamente, de guerrilhas para impostar uma ditadura comunista no Brasil, mas deixa de lado os campos de gás dissociado em águas rasas na Bacia de Santos que há muito poderiam estar servindo o Brasil, e ai mandaríamos o cocaleiro às favas.
Tão apenas para concluir sobre esta malacafenta hipocrisia que se lança sobre a Petrobras, existem duas empresas numa só. Uma extremamente competente com funcionários brilhantes e de carreira, e outra nefasta de apaniguados deste ou de qualquer governo que vier. Eu não só prefiro a competente, e com cada vez mais ações no mercado como também todo brasileiro devem zelar pelos nossos concidadãos que lá trabalham e são obrigados a conviver com grupelhos políticos. Sabe-se lá quantos bons e capazes brasileiros perderam seus cargos para dar lugar a estafetas e vagabundos.
Cito ainda que a candidata Dilma critica o que diz ter sido a privatização da Petrobras enquanto ela doou para Morales. Prefiro mil vezes ampliar o capital da Petrobras com o FGTS dos brasileiros como FHC fez, do que como LULA fez vendendo a fundos estrangeiros e até na Bolsa de Nova York ações do Banco do Brasil. Citado estes fatos, que autoridade moral Dilma Rousseff tem de acusar quem quer que seja de querer entregar recursos e patrimônio do país a interesses estrangeiros. Lula e Dilma ao capitalizarem a Petrobras e o Banco do Brasil lesaram a pátria não dando chances aos trabalhadores brasileiros e agora fingidamente praticam um pseudo discurso nacionalista.
Oswaldo Colombo Filho  - Movimento Brasil Dignidade

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