sábado, 23 de outubro de 2010

Brasil argentinizado

Ninguém tem dúvidas do insuflado ego do presidente Lulla que o leva a pensar ser o descobridor do Brasil e o criador de tudo que de bom existe neste País. Até aí tudo é passível de aceitação, mesmo que sabendo ser um comportamento não muito compatível com um ser normal, equilibrado. Ao se deixar levar pela irracionalidade de seus atos, o presidente se enquadra, por livre e espontânea loucura, no rol dos que a vaidade e a prepotência fazem submeter-se a irracionalidade e a soberba ao ponto máximo de se nivelar ao filho de DEUS. Mais, este a ele, Lulla, ao dizer que CRISTO tinha barba igual a dele.
O desequilíbrio daquele que deveria ser um exemplo de postura, dignidade moral e ética, até em razão do cargo que ocupa, está se tornando um agitador e promotor de um momento de risco ao processo de estabilidade emocional da população no período eleitoral. Impõe ondas de terror e ataques bem ao estilo de movimentos radicais, com alta dose de fanatismo, assim como os dominantes no território de seu amigo fundamentalista iraniano Ahmadinejad. O presidente transforma os ditos constitucionais em meras formalidades, assim como faz o outro amigo Hugo Chávez. “O Estado sou eu”.

É certo que jamais lhe poderia passar pela cabeça o momento eleitoral atual. É visível o seu sentimento de derrotado, mesmo que ganhe em 31 de outubro. O mito se fez de barro e ainda é possível que se descubra feito de areia. Ao classificar de farsa o acontecimento no Rio de Janeiro em que Serra levou um Ovni na cabeça, Lulla se esqueceu de que havia uma verdade presente no momento do fato, a imprensa. Ao ridicularizar as imagens e indiretamente, atribuir como farsa a matéria jornalistica, colocou em cheque a credibilidade de um dos maiores ícones da comunicação mundial que é a Rede Globo. A suspeição da matéria pelo presidente recebeu uma resposta a altura desta emissora de televisão com detalhes, inclusive de outras reportagens presentes ao evento, além de análise de perito de ilibada reputação sobre as imagens do acontecimento. Acostumado ao deixa pra lá da maioria dos órgãos de imprensa que já consideram suas falas um folclore, desta vez a “verdade” presidencial foi por terra.
“O dia de ontem deve ser chamado de o dia da farsa”, disse o presidente Lulla em seu discurso no dia 21/10/10 no Paraná sobre o ataque a Serra. Aliás, estado que a candidata imposta chamou de estado do Pará, mais perdida que cego no meio de tiroteio. Pelo já exposto, o dia deve ser chamado de “o dia da verdade” porque nele ficou clara a montagem, a farsa presidencial. O ataque desferido em Goiás contra o candidato Marconi Perillo foi de uma agressividade ímpar e mostrou o estado emocional em que se encontra o presidente. É inconteste a sua preocupação na possibilidade de destruição de sua imagem forjada no mundo todo e mais ainda, a de maior liderança da América Latina e do Brasil. Alguns comentam que são as contas do governo nas mãos de adversários que fazem Lulla tremer.
Na mesma toada investe contra a imprensa chegando ao ápice de dizer que “enquanto a classe política não perder o medo da imprensa a gente não vai ter liberdade de imprensa neste país”. Leia-se, na sua visão presidencial, aprovação de leis que tolham a atividade de informação dos fatos e se transformem em meros informativos da vontade imperial do presidente, do governo. É a suprema negação da sua história pessoal da qual a imprensa foi o caminho que o construiu e o levou ao lugar em que está: a presidência. Aliás, sobre este assunto acima, me pasma a cumplicidade do povo cearense com o texto aprovado por unanimidade pela Assembléia Legislativa do Ceará. Nota: sem qualquer contestação do domesticado pela Dilma, o Sr. Ciro Gomes.
O que se nota na América Latina é a construção de uma nova teoria política institucional: a ditadura democrática. Ou seja, uma mistura “a la chinesa” na forma de condução do país. Democracia até o limite da rampa do Planalto, no caso brasileiro. Temos vários aspirantes a construção da nova via política e já manifestados, além do Brasil, na Venezuela, Equador, Bolivia e Argentina. São as linhas traçadas pelo “Foro São Paulo”, de orientação cubana. A metodologia de manutenção do poder pelo voto está no discurso inflamado. É uma ação de fazer a eleição presidencial em uma tomada de decisão do eleitor pelo emocional, pela paixão e pelo apelo do que já foi feito ou quase feito e deixam de lado as razões do existir do próximo governo, qual será a sua vocação e condução diante da realidade mundial e brasileira. Pelo exposto, estão “argentinizando” a política no Brasil.
Raphael Curvo, no blog "Prosa & Política"

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