A mídia é um comércio, apesar da sua relevante função social de informar e de auxiliar na formação a opinião pública, a mídia é um comércio como outro qualquer, que precisa lucrar para sobreviver, essa é a verdade.
A tal realidade devemos somar o fato de que no Rio os governos federal, estadual e municipal são excelentes anunciantes, quem sabe os melhores, o que deixa o dono do negócio em dificuldades quando a notícia a ser veiculada não agrada ao cliente (governo). Portanto, o posicionamento chapa branca de parte da mídia fluminense chega a ser compreensível, embora totalmente condenável em virtude da função social.
É uma decisão difícil, sem dúvida, falar ou escrever contra os governos (clientes), entretanto, ela precisa ser adotada em alguns momentos, caso contrário a complacência pode virar cumplicidade.
Do blogue: http://profgaspardesouza.blogspot.com/2010/05/o-perigo-da-complacencia-crista.html |
No Rio de Janeiro, alguns acontecimentos na área da segurança pública que se iniciaram em 2008, começam a apresentar um cheiro estranho, desagradável para narinas mais treinadas na área. O mau cheiro só tem aumentado, o que determina que algo está apodrecendo nos bastidores.
É bom que a mídia melhore o seu olfato.
Hoje os gestores da segurança pública realizaram mais uma operação para ocupação de comunidades e não evitaram a saída tranqüila dos traficantes de drogas e de seus fuzis, novamente, uma ineficácia inexplicável.
Isso é um fato.
Ouvido a respeito o secretário de segurança, o gestor maior da segurança pública faz a seguinte declaração:
SITE G1:
"Prefiro que os traficantes saiam (das comunidades) a entrar à custa da vida de um inocente", disse o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, para justificar o fato de a operação de ocupação das favelas de Catumbi, Estácio, Santa Teresa, no Centro, ter sido amplamente divulgada com quase uma semana de antecedência” (leiam).
E a mídia se cala, não questiona um tamanho absurdo.
Como aceitar placidamente que o secretário de segurança minta de forma tão descarada.
Sim, ele mentiu. Essa não é uma preocupação da secretaria de segurança, evitar vítimas inocentes, aliás, nunca foi. Será que a mídia já esqueceu da primeira batalha do Alemão, por exemplo.
As Polícias Civil e Militar fazem incursões diariamente em comunidades carentes usando desde o início do governo Sérgio Cabral (2007) a tática do “tiro, porrada e bomba”, sem qualquer preocupação com as vítimas inocentes.
Há pouco tempo um Policial Militar do BOPE matou uma vítima inocente em razão de confundir uma furadeira com uma arma, será que já esqueceram?
Quer dizer que só existem vítimas inocentes nas comunidades onde serão realizadas ocupações?
Nas outras comunidades, as quais representam 95% do total, não existem inocentes que podem ser feridos ou mortos?
Pelo amor de Deus, respeitem a população fluminense, não somos estúpidos, embora muitos pareçam.
O cheiro de podridão é forte, a mídia fluminense caminha para ser cúmplice.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
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