Morsi terá que definir se fará
ou não as mudanças verdadeiras que o Egito necessita...
Beatriz W. de Rittigstein
Por estes dias aniversaria a
rebelião ocorrida no Egito que derrubou o regime opressivo de Muhammad Hosni
Said Mubarak, após mais de trinta anos de ditadura.
De fato, o levante que levou
para as ruas centenas de milhares de pessoas que pediam Democracia e um Estado de
Direito, não deu frutos, pois o movimento foi arrebatado pelos islamitas
radicais que, deixando de lado as aspirações de liberdade do povo egípcio,
estão pondo em vigor outra forma de opressão ainda pior da que afligia o país,
a do fanatismo religioso; por esse motivo, os egípcios reagiram com uma série
de protestos e distúrbios que mostram uma grave crise.
Recentemente, o Ministro da
Defesa, Abdel Fattah al-Sisi, advertiu que "os conflitos políticos,
econômicos e sociais que sacodem agora o Egito, se constituem numa ameaça à
segurança do país". E afirmou que as Forças Armadas são "o pilar
sobre o qual se baseia o Estado", o que significa que a se seguir a frágil
situação, os militares terão que tomar o poder, deitando por terra a possibilidade
de uma evolução democrática.
A mutreta de Morsi (*): ser
eleito através de eleições típicas do sistema democrático de liberdades e de
aspecto legal e a seguir despojá-lo de sua consistência até subvertê-lo
inteiramente e transformá-lo num regime islamofascista nos moldes do regime
iraniano. Mas, a mutreta não está dando resultado. Morsi terá que definir se
continua pela via destrutiva ou conduz o país até as verdadeiras mudanças que
os cidadãos reclamam. No primeiro caso, os egípcios terão que repetir a dose do
remédio que tomaram para se livrar de Hosni Mubarak em 2011.Título e Texto: Beatriz W. de
Rittigstein, para o jornal venezuelano ‘EL UNIVERSAL’
Tradução: Francisco Vianna
(*) Mohamed Mohamed Morsi Issa al-Ayyat (de El-Adwah, Província de Xarqia, nascido em 20 de agosto de 1951) é um político do Egito e, desde 30 de Junho de 2012, o primeiro presidente civil e primeiro ativista islâmico eleito do seu país. Desde 30 de abril de 2011 ele é o presidente do Partido da Liberdade e da Justiça, partido político fundado pela Irmandade Muçulmana após a Revolução Egípcia de 2011.
(*) Mohamed Mohamed Morsi Issa al-Ayyat (de El-Adwah, Província de Xarqia, nascido em 20 de agosto de 1951) é um político do Egito e, desde 30 de Junho de 2012, o primeiro presidente civil e primeiro ativista islâmico eleito do seu país. Desde 30 de abril de 2011 ele é o presidente do Partido da Liberdade e da Justiça, partido político fundado pela Irmandade Muçulmana após a Revolução Egípcia de 2011.
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