Felipe Souza
Chamei um Uber para ir ao
baile de Carnaval da Vogue na noite de quinta-feira (28), nos Jardins, em São
Paulo. Quando eu e minha mãe entramos no carro, o motorista nos avisou que
havia manifestação de taxistas no local.
Mas uma amiga minha, que já
estava na festa e também tinha ido de Uber, disse que estava tranquilo, então
decidimos continuar. Eu e minha mãe sentamos no banco de trás.
O motorista disse que nos
deixaria na rua de trás do hotel onde ocorreu o evento para evitar o protesto.
Mas, quando chegamos na rua Groenlândia, ela já estava cercada por taxistas.
Foi uma cilada, foi uma armadilha.
Um taxista que estava
encostado num táxi começou a socar o nosso carro sem motivo. Logo, eram uns dez
taxistas batendo. Eles estavam preparados. Foi tudo premeditado.
Eu e minha mãe queríamos
fugir, mas colocaram um táxi na frente do nosso carro e começaram a quebrar o
vidro. Parecia que eles usavam pedras, depois vi que era um pé-de-cabra. Então,
comecei a berrar enquanto escorregava pelo banco numa tentativa de me esconder
e proteger dos estilhaços de vidro.
Foi muita violência. Tive a
sensação de estar vindo pedra na minha cabeça.
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Carro do Uber depredado por taxistas nos Jardins |
Os taxistas forçavam a porta e
pediam para abrirmos os vidros. Eles deram três pauladas muito fortes na porta.
E foi uma violência gratuita contra mim, que não tenho nada a ver com isso.
O nosso motorista conseguiu
acelerar até chegar na avenida Brigadeiro Luís Antônio, onde despistou os
taxistas, depois nos levou de volta para casa. Ficamos mais de uma hora
tremendo em pânico e nos limpando. Eu estava cheia de cacos de vidro no cabelo.
Fui atacada por um bando de
vândalos, bandidos. A gente não chegou a se machucar, mas, se o vidro não
tivesse película, teria sido pior.
Uma hora depois desse choque,
eu e minha mãe decidimos voltar para o evento da Vogue, mas com nosso carro
blindado. O impressionante é que todos os taxistas agressores continuavam na
porta do hotel. Eles olhavam dentro de todos os carros para ver se era Uber para
avaliar se liberavam a passagem ou partiam para a agressão.
Eu uso Uber há um ano e meio e
agora é questão de honra: não entro num táxi nunca mais. E se a polícia quiser
vai identificar os agressores porque eles aparecem em alguns vídeos.
Essa atitude de alguns
taxistas já passou dos limites. Eu trabalho com varejo, mas se abrir uma loja
ao lado da minha não vou dar paulada neles. É uma questão de aceitar a
concorrência.
Agora, como estamos lidando
com bandidos, eu prefiro o anonimato para me proteger.
UBER existe há muito tempo, não o aplicativo, mas a maioria dos hotéis no Brasil sempre teve carros particulares e alguns taxistas em suas atividades.
ResponderExcluirAqui em Porto Alegre você pode passar o Dia em Gramado, Canela, caxias do sul e arredores, por cerca de 500 a 700 reais com almoço num confortável carro com motorista, se for de ônibus cerca de 120 reais com almoço.
Um taxista de merda te leva a gramado por 300 a 500 sem volta.
Nem mais, é isso aí!
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