Aparecido Raimundo de Souza
A ALEMANHA DO ESCRITOR e romancista Thomas Mann, autor de “Os
Buddenbrook” e “A Morte em Veneza”; de Michael Schumacher, automobilista, sete
vezes campeão mundial; de Robert Koch, médico e patologista; de Sophie Scholl,
membro da Rosa Branca, movimento da resistência alemã antinazista, comemorou
recentemente vinte e oito anos da queda do BERLINER MAUER, ou MURO DE BERLIM,
com a maior festa já realizada desde a noite do dia 9 de novembro de 1989,
quando o governo comunista da República Democrática Alemã (RDA) liberou a
passagem nas fronteiras entre o leste e o oeste do país, colocando fim
definitivo na enorme barreira física que circundava toda a Berlin Ocidental
(capitalista) da Oriental (socialista). Além de cindir a metrópole ao meio,
simbolizou a divisão do mundo em dois blocos: República Federal da Alemanha
(RFA) encabeçada pelos Estados Unidos e a República Democrática Alemã (RDA),
sob a bandeira perversa das garras soviéticas.
Embora o dia 9 de novembro (este ano caído numa
quinta-feira) não seja feriado nacional no país, inúmeros eventos na capital
promoveram a mesma união vista nos anos anteriores, oportunidade em que os
berlinenses demoliram o emparedado de concreto (iniciado na madrugada de 13 de
agosto de 1961, cinquenta e seis janeiros passados), igualmente o símbolo
máximo da Guerra Fria (1946-1989), pedaço por pedaço.
O ponto ápice das comemorações aconteceu à noite,
a partir das 19 horas, quando as autoridades esperavam uma multidão de
quinhentas mil pessoas (turistas de mais de sessenta nações) se aglutinando na
Praça de Paris, em frente ao Portal de Brandemburgo [imagem abaixo], símbolo da antiga divisão
da cidade. No local onde ficava a chamada “Terra do Nada”, o terreno baldio que
separava Berlim, várias bandas como Rammstein, Nena, Tangerine Dream e dezenas
de outros artistas locais, como Andreas Bourani, Mark Forstes, Judit Holofernes
incluindo roqueiros, fanqueiros e até alguns grupos folclóricos se apresentaram
sobre o imenso palco montado. As “duas Berlim”, generosamente se espargiram num
imenso mar de luzes. Realmente, um divertimento bonito, do qual tivemos o
prazer de participar com toda a equipe da redação.
Lá estavam, entre tantos talentos, Elena
Rostropovich, 69 anos, pianista e Olga Rostropovich, 61, violoncelista, filhas
do notável e inconfundível Mstislav Rostropovich (falecido em 27 de abril de
2007, aos 80 anos). Ambas executaram obras de Bach e Villa-Lobos, acompanhadas
por mais de cento e sessenta e cinco músicos de toda a Europa. Igualmente a
Orquestra Filarmônica de Berlim, sob a batuta de Simon Rattle, deu um show à
parte relembrando obras de Beethoven e Schütz. No final do evento, holofotes
acesos simultaneamente no norte e no sul delinearam com focos elétricos toda a
extensão dos cem quilômetros onde se ergueu a notória e, ao mesmo tempo,
funesta e catastrófica construção.
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No vestíbulo de Brandemburgo centenas e centenas
de peças de artifício pirotécnico, iluminaram com esplendor magnânimo, o
folguedo adormecido dos alemães. Sem falar na imponente Fernsehturm,
carinhosamente apelidada de “A Bola”, edificada no centro da Alexanderplatz, a
mais importante Praça de Berlin. Com seus trezentos e sessenta e oito metros de
altura, a estrutura mais alta de toda a cidade, indubitavelmente sobressaiu com
elegância e garbo, se transfigurando nas cores incomparáveis do arco-íris,
encantando, sobremaneira, a todos que desviavam os olhos ou circundavam a sua
excelsitude e esplendor.
Também se vestiram para a festa, a Catedral, o
Hotel de Rome, o prédio da Postdamer Platz, a Faculdade de Direito e a
Embaixada Americana entre outros marcos históricos de relevantes valores. Pela
manhã, às oito, uma cerimônia religiosa na Igreja de Santa Maria “em alemão
Marienkirche”, na Karl-Liebknecht-Strasse (uma zona, na época do muro bastante
nevrálgica), deu início às celebrações. Logo após, políticos das redondezas se
encontraram nos jardins bem cuidados da Rotes Rathaus, localizada na parte
oriental. “Por algumas horas, Berlim foi o centro de convergência do mundo” –
disse o atual prefeito Michaël Mülher, em entrevista ao canal público local
RDA. E o cidadão aproveitou para renovar um recado enviado a Donald Trump, em
janeiro deste. “Que o ilustre renuncie à construção de um muro entre os Estados
Unidos e o México”, destacando, evidentemente, a “infâmia e o sofrimento”
causados em seu país, e na Europa, pelo fardo do baluarte que deixou
divorciadas famílias inteiras.
Com essa fala, Mülher voltou a pôr em questão e,
no mesmo bombear de águas passadas, solidificou uma vez mais os momentos
inesquecíveis, em que os habitantes orientais, eufóricos e risonhos, num ritual
perene, cruzaram maciçamente a linha divisória, ao tempo em que foram recebidos
de braços abertos com doces respingos de nostalgia e esperança pelos vizinhos
ocidentais.
Berlim é sem dúvida alguma uma metrópole moderna
erguida sobre os destroços da Segunda Guerra Mundial. Apareceu em 1230, como uma coluna de
pescadores junto ao Rio Spree com seus quatrocentos quilômetros. Esse Rio é um afluente do Havel e corta não
só a cidade de Berlim, como também Fürstenwalde, Cottbus, Köpenick, Lübbenau,
Lübben (Spreewald), Spremberg, e Märkisch Buchholz. Até o final do século XV,
sediou a capital de um então feudal germânico, considerado o eleitorado mais
vasto de Brandemburgo.
Parcialmente aniquilada na Guerra dos Trinta Anos
(1618/1648), se tornou o principal refúgio dos protestantes perseguidos.
Napoleão a ocupou em 1806, mas, após a derrota dos franceses, em 1815, a
província chegou a capital da Prússia, que se erigia, apressada a caminho de
estonteante potencia. Berlim hospedou a Liga do Norte em 1867 e o império
alemão em 1871.
Com a proclamação, em 1918, a casa do governo se
transferiu para Weimar. No final da segunda guerra mundial, devastada e
assolada, Berlim se encravou esquecida, na parte da Alemanha, ocupada pela
União Soviética. Acabou dividida em quatro zonas: a oriental (soviética) e as
três ocidentais (norte-americana, inglesa e francesa). Em 1961, o regente da
zona oriental edificou o pestífero e agourento muro do pejo, separando-a das
ocidentais. O regime capitalista vigorou na fração ocidental, enquanto o
socialismo criou corpo e se agigantou na oriental.
O muro com seus cento e cinquenta e cinco
quilômetros, custou caro à RDA (República Democrática da Alemanha). Dele faziam
parte 66,5 km de gradeamento metálico, 302 cabines de observação, 127 redes
eletrificadas com alarmes e 225 pistas para cães ferozes treinados a matar quem
tentasse atravessar a alargada quadrela em rota de fuga, fosse para o lado de
lá, ou de cá. Sem falar nos militares
armados que, sem nenhum constrangimento cortavam, na bala, no fuzil, ou de
metralhadora, os incautos que se insurgiam na vã proeza de pular dispersando de
uma banda para outra.
FESTA LEMBROU MOMENTOS
TRISTES DA HISTÓRIA
Vamos abrir um parêntese e voltar um pouco na
história. Os “então presidentes” dos Estados Unidos e da extinta União
Soviética, George W. Bush e Mikhail Gorbatchev, respectivamente, principais
colaboradores da reunificação alemã, participavam dos atos políticos locais.
Nesse dia, os dois discursaram acaloradamente no Palácio do Reichstag (Conjunto
das Câmaras Alemãs), no distrito de Mitte, ou mais precisamente na Platz der
Republik.
“O freio havia sido quebrado, e a liberdade caía,
literalmente, como uma cascata” – disse Bush, trazendo à memória à noite em que
o chamado Muro da Vergonha veio a baixo, lançado, por terra pela população em
desenfreado atropelo. Em alguns momentos, as recordações jubilosas se
misturaram com instantes de ponderações sobre outros aniversários mais sombrios
e tétricos da Alemanha do século XX. “É
um dia de alegria, mas também de desonra e reflexão – observou, logo depois, o
chanceler Gerhard Schroeder, lembrando a Kristallnacht, ou “A noite dos
Cristais”“.
No dia 9 de novembro de 1938, os nazistas
destruíram templos e sinagogas, em uma ação que culminou com a morte trágica de
pelo menos novecentos judeus e a prisão de milhares, num prelúdio de expiação e
holocausto. Schroeder citou, sobremaneira, esse 9 de novembro de 1938, época em
que se declarou a República de Weimar. Nesse mesmo dia, quatro anos depois, a
República sobreviveu à tentativa de golpe de Estado de Adolf Hitler, que acabou
chegando ao poder por meio de eleições, em 1933.
Gorbatchev recebeu elogios dos alemães por ter se
negado a usar as tropas soviéticas contra os civis que buscavam atravessar a
linha de frente da Guerra Fria. “Fizemos o correto”, salientou Michail, com
ênfase, ao parlamento no edifício do Reichstag frente aos soldados soviéticos
que ergueram o estandarte vermelho em 1945, imagem que se converteu no símbolo
da derrota nazista. Parêntese fechado.
BERLIM 2017. ARTE DECORA
PEDAÇOS DO MURO, PAREDÃO INFAME CONSIDERADO O OPRÓBRIO E A INDIGNAÇÃO DA
HUMANIDADE
Com incrível paciência, Günter Schefer, do alto
dos seus 89 anos de idade, desenha, traça e colore (sobre a muralha que dividiu
Berlin de 13 de agosto de 1961 a 9 de novembro de 1989) uma bandeira alemã com
a Estrela de Davi em seu centro. A obra desse cidadão, cujo título é
“Vaterland” (em português, “Pátria”), é uma das setenta e três que ornam o
maior trecho do muro mantido em pé.
Nos floridos dias que se seguiram ao 9 de novembro
de 1989, cento e dezoito artistas contribuíram para essa decoração. A faixa de
1,3 quilômetros de comprimento – das dezoito que sobraram com proteção oficial,
foi batizada de East Side Gallery (Galeria Lado Leste). Preservado da
demolição, com 1.113 metros, se situa ao ar livre, na Mühlenstrabe, ao longo do
Rio Spree. Comporta desenhos de vários pintores e grafiteiros conhecidos e
anônimos, de várias nacionalidades. Em 1990, havia 105 desenhistas, hoje somam
mais de 300.
Refrescado o momento de algazarra, entretanto,
poucas pessoas se interessaram pela sua conservação. Alguns artistas ensaiaram,
em vão, restaurar o projeto, mas nenhum trabalhou com tanta avidez e afinco,
como Schefer. Para se ter uma ideia, ele chegou a pintar 21 vezes esse trecho
acautelado, na tentativa de apaziguar todas as “feridas e cicatrizes” que se
produziram ao longo do tempo, em maioria sinais de pichadores baratos e
elementos de ideias e pensamentos contrários ao sistema.
Dessa época, outro que merece destaque. Hagen
Koch. Nascido em 1940, ex-funcionário do Ministério da Segurança da Alemanha
Oriental (MISAO), Koch até hoje insiste em ostentar o símbolo da Guerra Fria
como parte da sua vida. O cidadão de 77 anos está vinculado ao início e ao fim
do muro. Foi ele que, em 1961, traçou a linha branca demarcando os pontos onde
seria exatamente construído o divisor que veio a ser a maior desgraça
endereçada a seus consanguíneos. Vinte e oito anos consumidos, Kock (ainda) se
encarrega de vender a quem o procura, os fragmentos (fotografias, recortes de
imprensa, fitas cassetes, discos de vinil, quadros, documentos oficiais e
cartas privadas, entre outros objetos, do seu arquivo pessoal do muro) aos
museus e colecionadores de todo o planeta.
CURIOSIDADES
Vejamos agora, algumas preciosidades que os caros
leitores poderão encontrar e não só encontrar, serem vividas na pele, na linda
e acolhedora Berlim. A Tower Fernsehturm com seus 368 metros de altura,
carinhosamente apelidada de “Bola”, possui dois andares para visitação. No
primeiro piso, um panorâmico com bar, a duzentos e três metros e um
restaurante, quatro metros acima. Em menos de quarenta segundos, dois
elevadores vão do chão ao andar da esfera, com vista única da cidade. Um painel
interno mostra uma luz subindo, enquanto o equipamento vence o pico metro a
metro.
No primeiro pavimento, se tem uma visão magnífica
e imperdível de toda a cidade, com pequenos mapas indicando cada ponto a ser
observado. No segundo andar, repetindo, quatro metros acima, um amplo
restaurante (o “Sphere”) oferece outro quadro jubiloso, e o mais incomum. O
mecanismo assentado sobre uma plataforma giratória viaja todo o espaço, 360
graus a cada vinte minutos. Os vidros que cobrem toda a cúpula de aço
inoxidável, quando o sol se reflete, pela manhã, dá para se ver claramente uma
cruz no centro da esfera. Esse fenômeno, segundo a plebe local, é conhecido
como “A Vingança do Papa”, em face dos ocidentais (absolverem o efeito) como o
símbolo do poder soviético, à construção da torre, deitando, por terra,
logicamente, a propaganda comunista.
Berlim tem a maior estação de trem da Europa. A
Hauptibanhof é uma construção envidraçada com 321 metros de largura. Em larga
escala, pombos e cachorros não ficam em plano inferior. É mais fácil os
senhores saudarem um pombo que trocar um bom dia, ou boa noite com um morador
local. Não se vê mendigos, não se topa com ambulantes vendendo balas, doces,
picolés, charutos e réplicas da “Bola”, nos ônibus e trens.
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Não há camelôs ou assaltos nas ruas. As pessoas
respeitam os sinais, os ciclistas (aqui muita gente corta a cidade pedalando) e
os motoristas com seus automotores particulares param, antes mesmo dos
pedestres colocarem os pés nas faixas de proteção. Há um respeito total e mútuo aos caminhantes,
uma espécie de reverência que não se consegue ver, por exemplo, no Brasil.
Em 2002, o falecido popstar Michael Jackson quando
veio receber o premio Bambi, ficou tão eufórico que balançou seu filho Prince
Michael II da sacada da janela do 5º andar do luxuoso Hotel Adlon, na Unter den
Linden, perto do Portal de Brandemburgo, na Pariser Platz.
Quando os senhores e as senhoras resolverem dar
uma voltinha por aqui, não deixem de conhecer os Restaurantes Dunkelrestaurant,
ou “restaurante às escuras”. Um deles o Unsicht-Bar, na Gormannstrabe e o
outro, o Nocti Vagus, na Saarbrucher Str. Ambos os estabelecimentos são
servidos por garçons cegos. Interessante e uma experiência jamais vivida. A
gastronomia é variada. Apesar disso, as pessoas podem optar pelos pratos
“surpresas”.
NOSSAS CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pelo exposto, queremos finalizar enfatizando que o
famoso Muro de Berlim (ponto de partida de nossa vinda à Alemanha), traduz nos
dias de hoje, com todas as letras, o egoísmo, a ignorância e o desamor entre os
seres que habitavam ambos os lados do mesmo chão.
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Questionamos, quantas vidas ficaram distantes,
quantas famílias estiveram separadas? Quantas esposas perderam seus maridos,
quantas crianças ficaram sem o carinho e a proteção de seus pais? Não obtivemos
respostas a nenhuma de nossas indagações. No mesmo gosto que sentimos no
transcorrer da viagem, percebemos que o muro não está mais lá, bem sabemos.
Porém, ainda que ninguém note o vento do ódio, a fúria do individualismo, a
mesquinhez do racismo, o sopro de ideologias insalubres e a aragem de conceitos
diferentes as convicções uiva fortemente.
Esse vento assovia, covarde e estuporado cortando
o silêncio, quebrando sonhos e levando, para longe, certezas que poderiam se
tornar realidades plenas. O muro foi
derrubado, isso é fato notório. Sua presença, porém, se enxerga se sente, se
pega, se toca, se cheira, se degusta. Ainda que totalmente fragmentada por toda
a cidade, por todos os cantos, becos e ruelas, ELE ESTÁ LÁ. Aparta corações, almas e vidas, vidas e almas
que não ousaram se misturar no mesmo compasso cadenciado pela harmonia de um
novo porvir.
Percebemos, em rápidas entrevistas com gentios
locais, que uma camada de viventes seguirá construindo muros, redomas, e cercas
imaginárias à sua volta. O Muro de Berlim, ou o Muro da Vergonha, na verdade,
vinte e oito anos depois, continua lá. Pulsante, palpitante, escondido,
atocaiado. Perdido em algum lugar do não sei onde. Existe, senhoras e senhores,
de fato, dentro de cada berlinense. E essa sombra imorredoura, durável,
perpétua, prolongada, imperecedora em seu simulacro maligno, apesar de toda a
modernidade gritante que revestiu de palpitante, de dádiva e benéfico à cidade
das inesquecíveis sinfonias de Beethoven, convive com as famílias antigas e, de
certa forma, com as atuais, como se fizesse parte da literatura histórica de
cada uma delas.
Talvez, um dia, consigamos ser todos iguais diante
do espelho da vida, diante (não do muro da vergonha), mas do umbral da
misericórdia divina, do ádito eterno, quando, evidentemente, unidos numa só
meta de conquista e comiseração ampla do futuro, derrubaremos os paredões de
concretos ilusórios e imaginários dentro de nossas cabeças. Afastaremos os
conceitos iracundos que nos tolhem e nos impedem de expandirmos com plena
convicção os próprios passos em assomo da auspiciosa Felicidade e da
congratulante e sonhada Paz Universal.
Título e Texto: Aparecido Raimundo de Souza. Do Mercure Hotel, em Alexanderplatz,
Berlim, Alemanha. Na festa de comemoração dos 28 anos da derrubada do maior
símbolo da Guerra Fria: O Muro de Berlim. 17-10-2017
Fotos: Realize Produções
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