Eis tudo o que você precisa
saber para filtrar o que lê sobre Trump na grande imprensa: esta odeia aquele,
e vai sempre enxergar as decisões do presidente por um filtro ideológico. O
motivo é basicamente este: Trump é um homem de resultados, e os jornalistas,
quase todos de esquerda, são pessoas que aderiram à visão estética de mundo,
onde a retórica vale mais do que os resultados. É por isso que morriam de
amores por Obama, o rei do discurso vazio e politicamente correto.
Trump é claramente alguém que
consegue fazer coisas, inclusive cumprir promessas de campanha, algo raro na
política. Não parece muito preocupado com o crédito das ações, com os aplausos
da plateia ou, pior, da mídia. E isso é desesperador para esses “formadores de
opinião” acostumados ao mundo encantado de Washington ou de Bruxelas, ao tapete
vermelho e ao luxo na ONU, onde sobram discursos bonitos e faltam resultados
bons para mostrar. Trump não liga para a esquerda caviar, e isso é imperdoável
para a esquerda caviar.
Anda circulando uma lista de
conquistas atribuídas a Trump pelas redes sociais, em apenas seis meses de
governo. Nem tudo deve ser colocado em sua conta, como criação de empregos, mas
não deixa de ser curioso lembrar que os “especialistas” alertavam para um
apocalipse no caso de sua vitória, e estamos vendo o oposto disso. Em que pesem
exageros e propostas ainda não concretizadas, a coisa aponta para uma direção
interessante. Eis a lista de “conquistas” de Trump:
1 – Reduziu a dívida americana em 100 bilhões de dólares!;
2 – Está realizando uma reforma administrativa da máquina estatal e
promovendo cortes de gastos administrativos do governo;
3 – Abriu uma auditoria para inspecionar os gastos públicos;
4 – Estabeleceu um exemplo ao doar todo seu salário de presidente
dos EUA!;
5 – A folha de pagamento da Casa Branca é de 5,1 milhões de dólares
a menos do seu predecessor Obama.
6 –
O número de pessoas desempregadas é o menor em 16 anos;
7 – Anunciou corte bilhões de dólares em financiamento da ONU;
8 – Desde quando Trump foi eleito foram criados mais de 600 mil
empregos;
9 – O aumento na demanda por mão-de-obra já está elevando os
salários reais dos trabalhadores e diminuindo a dependência de programas
governamentais;
10 – O número de pessoas que dependem de benefícios como o seguro
desemprego é o menor desde janeiro de 1974;
11 – Apresentou um programa de reforma tributária, que realizará
uma simplificação e uma diminuição drásticas dos impostos;
12 – Recriou o Conselho Nacional Espacial, ampliou o orçamento da NASA e estabeleceu o objetivo de colocar o homem em Marte até 2030, com a finalidade de facilitar o desenvolvimento de novas tecnologias;
13 – Está pressionando a China e a Rússia e criando um ambiente sem
precedentes para conter as loucuras da Coréia do Norte;
14 – Reverteu as mudanças promovidas pelo Governo Obama que
favoreciam a ditadura cubana;
15 – Encerrou o programa da CIA que armava os rebeldes sírios
(dentre os quais muitos eram ligados à Al Qaeda e ao próprio ISIS);
16 – Anunciou a expansão de 21 bilhões de dólares no orçamento das
Forças Armadas;
17 – Conseguiu a libertação de inúmeros prisioneiros civis e
militares no exterior;
18 – Acordou a venda de recursos energéticos americanos para a Polônia,
dando autonomia e independência para o seu maior aliado no Leste Europeu;
19 – Escolheu, para sua primeira viagem internacional como
presidente, um itinerário simbólico que incluía Jerusalém, Riyadh, o Vaticano e
Bruxelas;
20 – Realizou um dos melhores discursos da história recente em
Varsóvia na Polônia, se comprometendo a defender a Civilização Ocidental;
21 – Reduziu em 73% a travessia ilegal das fronteiras americanas;
22 – Aumentou em 38% a prisão de imigrantes ilegais;
23 – Aumentou em 40% a deportação de imigrantes ilegais;
24 – Aprovou o banimento temporário do ingresso de pessoas
originárias de um grupo de Estados falidos ou que financiam o terrorismo;
25 – Reduziu em 50% a recepção de refugiados;
26 – Os perseguidos (cristãos e outras minorias) passaram a ter
prioridade frente aos perseguidores (terroristas islâmicos) no programa de
refugiados;
27 – Está tomando providências para estabelecer um programa para
vetar o ingresso de extremistas;
28 – Tornou o Departamento de Justiça um ambiente menos hostil para
os policiais e outros agentes de segurança;
29 – Facilitou o processo de levantamento de fundos e de orçamento
por parte das polícias locais;
30 – Aprovou uma lei que facilita e agiliza o auxílio para a família
de policiais mortos em atividade;
31 – Identificou um esquema fraudulento no sistema de saúde
envolvendo 412 pessoas e o desvio de 1.3 bilhões de dólares;
32 – Tomou providências para desregulamentar o setor energético, o
que já tem gerado milhares de empregos;
33 – Ampliou a área do Alaska que pode ser explorada para a
extração de recursos energéticos;
34 – Pediu uma reforma do Departamento de Energia para agilizar o
processo de aprovação de operações de exploração de gás e petróleo;
35 – Eliminou uma lei que impedia a criação de novas operações de
extração de petróleo do fundo do mar e solicitou uma revisão de todas as
regulações do setor energético;
36 – Cortou o financiamento de organizações que promovem o aborto
no exterior;
37 – Aprovou medidas que asseguram e ampliam as liberdades
religiosas;
38 – Anunciou o fim da intervenção federal na educação de crianças
de até 12 anos;
39 – Reverteu a lei que permitia que os estudantes de escolas
públicas utilizassem o banheiro destinado a pessoas do sexo oposto;
40 – Foi o primeiro presidente, desde Ronald Reagan, a discursar na
convenção anual da NRA, a Associação Nacional de Rifles, maior responsável pela
manutenção do direito de portar armas nos EUA e no mundo;
41 – Mike Pence, seu vice, foi designado para fazer um discurso na
Marcha Anual pela Vida, se tornando o primeiro vice-presidente da história a
participar do evento;
42 – Em vez de realizar o seu primeiro discurso de formatura na
Universidade de Notre Dame, como todos os presidentes, Trump fez seu primeiro
discurso numa universidade conservadora, a Christian
Liberty University. No discurso, ele lembrou que “na América, não adoramos
o governo, nós adoramos Deus e Deus somente”;
43 – Ainda em seu primeiro dia de governo, ele retornou o busto do
Primeiro-Ministro britânico Winston Churchill ao Salão Oval, de onde o Obama
havia o removido. Ele também aceitou a oferta do Reino Unido de emprestar outro
busto de Churchill para a Casa Branca.
44 – Em junho, o Homeland Security anunciou o corte do
financiamento para inúmeras organizações islâmicas que recebiam fundos do
Governo Obama.
45 – O Departamento de Justiça abriu um processo contra dois
médicos e uma terceira pessoa por realizarem mutilação genital no território
americano, a primeira demonstração de executar a lei que proíbe esse ato desde
que ela foi criada em 1996.
Faltam algumas coisinhas aí,
como a indicação de um juiz originalista respeitado, como Gorsuch, para a
Suprema Corte, e agora a transferência da embaixada americana em Israel para
Jerusalém, o que foi motivo de emocionado agradecimento do primeiro ministro
Netanyahu, e ódio do Hamas – e dos jornalistas. Sobre isso, Paulo
Figueiredo comentou:
a.
Israel recebe uma média de 3 ataques por MÍSSEIS todos os dias desde 2001. Já
foram mais de 16 mil desde então. A mídia internacional nem noticia. A ONU
faz cara de paisagem e reclama da truculência de Israel.
b.
Trump resolveu reconhecer de vez Jerusalém como capital de Israel. A mídia diz
que o presidente americano é um idiota, provocador e causador da terceira
guerra mundial. A ONU convoca uma reunião de emergência.
Se
você não percebe que tem algo de errado, há algo de errado com você.
Os terroristas palestinos
atacam Israel diariamente, e a mídia ignora. Agora, vai culpar Trump pelos
ataques. É muita desonestidade. Como tudo aquilo que sai da grande mídia sobre
Trump. Como não explicar isso pelo viés ideológico, pela obsessão por palavras
em vez de resultados? Se fosse para analisar os resultados, afinal, haveria
muito que elogiar na gestão, não é mesmo?
Mas o viés é tanto que mata a
lógica. O jornalista Jorge Pontual, da GloboNews, chegou a dizer que o governo
Trump estava prendendo e deportando imigrantes ilegais que não cometiam crime
algum. Como é?! O imigrante é ilegal porque já cometeu um crime ao menos, o de
não ter uma documentação legalizada para poder permanecer no país. O óbvio
ululante, e o “gênio” nem percebe.
Ao julgar pela turma da
GloboNews, aliás, Trump não passa de um maluco perigoso, um imbecil fascista,
um idiota completo. Era a mesma turma de “especialistas” que garantia que Trump
não tinha a menor chance de vitória. Guga Chacra e Caio Blinder, por exemplo,
vão demonizar Trump até o final, cantar seu iminente impeachment a cada
instante, e jamais reconhecer que estavam errados. Essa opção está simplesmente
descartada. Motivo? Viés ideológico. Flavio Morgenstern ironizou:
Isso quer dizer que Trump é
perfeito, infalível, acerta sempre? Claro que não! É perfeitamente legítimo
apontar defeitos, criticar o presidente, ficar até mesmo preocupado com seu
estilo meio impulsivo. Mas daí a não fazer análise de verdade, buscando a
imparcialidade, reconhecendo os vários acertos, vai uma longa distância, que
separa o jornalista sério do militante ideológico.
O fato mais espantoso sobre
isso até aqui é o seguinte: a mídia mainstream esteve errada sobre Trump em
praticamente tudo! Mas é incapaz de fazer um mea culpa, de pedir
desculpas, de mudar o tom, de analisar com um pouco mais de boa vontade as
ações do presidente republicano. Ao contrário: intensifica o ataque, distorce
ainda mais os fatos, dobra a aposta, vira “Fake News” torcedora com mais
vontade ainda.
O público não é trouxa,
percebe o abismo entre as reportagens e os resultados que observa.
Trump tem comprado briga com
os inimigos certos, tem demonstrado coragem e clareza moral, tem tomado
decisões difíceis que outros presidentes, que preferiam jogar para a plateia,
evitavam. Não dá para não reconhecer seus méritos, mesmo admitindo que o homem
tem um jeitão que produz certa instabilidade para quem está acostumado com o
padrão do establishment.
Se Trump continuar assim, tem
o “risco” de se tornar o melhor presidente americano, superando até mesmo
Ronald Reagan. Este, não custa lembrar, também era retratado como um cowboy beligerante,
um imbecil total, um ator de quinta categoria que levaria o mundo à terceira
guerra. O resultado? O fim da União Soviética, a queda do Muro de Berlim, e uma
economia pujante que nunca produziu tanta riqueza assim antes.
O mundo pode ser dividido entre
aqueles que focam nos resultados, e aqueles que focam nos belos discursos, na
retórica, na estética. Obama era o Deus para esse segundo grupo. Reagan e agora
Trump se mostram líderes respeitáveis para o primeiro.
Título, Imagem e Texto: Rodrigo Constantino, Gazeta do Povo, 7-12-2017
Título, Imagem e Texto: Rodrigo Constantino, Gazeta do Povo, 7-12-2017
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