Vitor Cunha
Virtude. Virtude por todo o
lado. Imensa gente com necessidade de dizer que ama os passarinhos, as
crianças, as flores que brotam numa contagiante tarde de Primavera, os pés dos
outros no Instagram e a democracia, a verdadeira, a de Lula e Dilma, a de
Maduro, a de Costa e Catarina e Jerónimo, a de Galamba, a de Sócrates. É tanto
amor pela humanidade, pela empatia, pela ternura do hálito do velho com chagas
que, com o fim da austeridade, deixou de morrer sozinho nos corredores dos
hospitais. É andar a cavalo em África, sentir-se fresca, sentir-se Evax®, com
vontade de jogar ténis e de ir para a piscina porque, com a virtude, uma pessoa
pode fazer tudo e a ovulação deixa de ser incomodativa para se tornar numa
exultação da liberdade de julgar os outros, os passivos, os que se limitam a
viver a vida sem fingirem que esta se assemelha a um anúncio de tampões.
Todas as Marias e Maneis
sentiram a necessidade de dizer em quem os brasileiros deveriam votar, talvez
porque não terem nada para fazer, talvez por ainda crerem terem algo a dizer
sobre o destino da colónia. Aquilo ainda é nosso! Das novelas ao financiamento
dos nossos médias, Portugal está mesmo em todo o lado, da irrelevância no rumo
da Europa à irrelevância dos portugueses para a aristocracia azeiteira que
manda nisto.
Quem não vota Haddad não é boa
gente. É só fascistas. Logo, lá vai tudo, em bicos de pés, assegurar que o “eu
fragmentado” da solitária angústia em patológica existência nacional não é, ele
próprio, o fascista. Do #MeToo para o #EleNão, as serigaitas (que são aves que
trepam) asseguram ao circuito do baile de debutantes que prefeririam votar em
Lula (acho que usa outro nome, Haddad, que significa “luto” em árabe, e que,
infelizmente, não é Polvo) do que no tipo que vai vencer as eleições.
Feitas as contas, o mundo lá
continua indiferente a nossa opinião. Deve ser isto, a tal de condição humana.
Título, Imagem e Texto: Vitor
Cunha, Blasfémias,
27-10-2018
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Todas as Marias e Maneis sentiram a necessidade de dizer em quem os brasileiros deveriam votar, talvez porque não terem nada para fazer, talvez por ainda crerem terem algo a dizer sobre o destino da colónia. Aquilo ainda é nosso! "Ou não entendi ,ou não gostei do trecho acima!
ResponderExcluirFaltou os Vitors nas Marias e Maneis?
De qualquer maneira há que ser brasileiro, e lamentar que metade do povo, acordará triste na segunda feira.
E a metade que estiver feliz, deve entender que isto não os faz mais brasileiros do que os outros.
Teremos pela frente meio Brasil tentando governar , e a outra metade tentando dificultar.
Acho que só com muito diálogo ... Senão , pobre Brasil!
Tomara que eu esteja errado...mas tempos difíceis vem aí pela frente
Independente de quem ganhe o pleito, boa sorte!
Vai precisar de muita, pois do eleito dependerá o futuro desta amada terra, e seu povo.
Paizote
Faltou dizer o óbvio!
ResponderExcluirQue o presidente eleito será presidente de todos os brasileiros ,e para estes deverá constitucionalmente trabalhar.
E a principal tarefa será a de pacificar e unir ,mesmos os adversários na defesa dos interesses dos Brasileiros,
E aí, todos, sem partidarismos ou revanchismos de parte à parte,
trabalharem para seu patrão,conforme o ideal democrático...sua excelência o povo!
Paizote
Francisco Assis: "Se houver ameaça real à democracia brasileiros sairão às ruas"
ResponderExcluirEurodeputado socialista Francisco Assis está em São Paulo a convite do Partido dos Trabalhadores para acompanhar a segunda volta das eleições presidenciais, deste domingo, no Brasil.
Outro idiota from Portugal! Os brasileiros estão de olho como os políticos, politiqueiros, militantes de esquerda e de extrema-esquerda, acantonados nas redações, têm panfletado contra o candidato que a MAIORIA do povo brasileiro VOTARÁ!
Como luso-brasileiro, chegado nesta manhã ao Rio para votar (e tratar de outras burocracias pessoais), tenho vergonha de toda essa cambada de 'democratas de meia-tigela' como sói acontecer com esquerdistas e esquerdeiros!