Como se estivesse em outro planeta, Haddad
tentou limitar os crimes que teriam sido praticados pelos dirigentes petistas
O Estado de S. Paulo
O candidato Fernando Haddad,
preposto do presidiário Luiz Inácio Lula da Silva, acaba de explicar como vê a
ligação do seu partido com o crime. Durante o programa Roda Viva, da TV
Cultura, o candidato petista fez a seguinte declaração, em referência aos atos
de corrupção praticados por dirigentes do PT: “Houve crime? Na minha opinião,
provavelmente, sim”.
É de perguntar o que falta ao
poste de Lula para ele ter certeza dos crimes cometidos pelo PT e por seus
dirigentes. Se não foi suficiente o que até agora veio à tona para formar no
candidato petista a plena convicção de que sua legenda esteve envolvida em
muitos crimes, o que mais será preciso?
Como se estivesse em outro
planeta, Fernando Haddad tentou ainda limitar os crimes que “provavelmente”
teriam sido praticados pelos dirigentes petistas. “São dois crimes”, explicou o
candidato petista. “Financiamento de caixa 2 e enriquecimento ilícito, que é
ainda mais grave. Acredito que teve gente que se valeu disso e acho que
necessita de punição exemplar”, disse Fernando Haddad na TV.
Ora, todo mundo sabe que a
Justiça condenou dirigentes petistas por outros crimes, e não apenas por
enriquecimento ilícito e caixa 2. A própria história pessoal de Fernando Haddad
comprova essa realidade. Ele só é o candidato do PT à Presidência da República
porque o sr. Lula da Silva foi condenado em segunda instância por corrupção
passiva e lavagem de dinheiro. Há mais crimes na história do PT do que os que
vê Fernando Haddad.
Quando o preposto de Lula da
Silva fala apenas em “dois crimes” vinculados ao PT, há uma explícita negação
de tudo a que o País vem assistindo desde o julgamento do mensalão. Naquela
época, a legenda tentou vender a ideia de que seus malfeitos se reduziam a mero
caixa 2, isto é, a uso de recursos não contabilizados. O Supremo Tribunal
Federal (STF) rejeitou a manobra. Por exemplo, os petistas José Dirceu, Delúbio
Soares e José Genoino foram condenados por corrupção ativa e formação de
quadrilha. O então deputado petista João Paulo Cunha foi condenado pela Suprema
Corte pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro.
Depois, com o escândalo do
petrolão, mais dirigentes petistas foram condenados pela prática de crimes
diferentes daqueles citados pelo preposto Haddad. Por exemplo, em novembro do
ano passado, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 4.ª Região condenou João
Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, a 24 anos de reclusão pelo crime de
corrupção passiva.
O PT, no entanto, ignora a
existência de toda essa trajetória criminosa e manda o preposto do sr. Lula da
Silva pôr de novo na vitrola o disco de que a legenda teria cometido apenas
financiamento de caixa 2 e que, se algum dirigente incorreu no deslize do
enriquecimento ilícito, deve ter “punição exemplar”. Assim, o partido dá novas
mostras de que não reconhece seus erros - indicando, portanto, que não deixará
o mau caminho - e que não tem nenhum inconveniente em tratar o povo como
idiota.
O País está às vésperas do
segundo turno das eleições presidenciais e o máximo que o candidato Fernando
Haddad admite é que “provavelmente” deve ter havido crimes por parte do PT. Com
isso, Fernando Haddad reitera uma vez mais que o seu papel nesta eleição é ser
exclusivamente preposto do presidiário Lula da Silva. Não é possível que
alguém, livre e desimpedido, no pleno uso de suas faculdades mentais, tenha o
descaramento de dizer que “provavelmente” o PT cometeu crimes.
Um candidato que age assim, de
forma tão acintosamente contrária a contínuas evidências, não está de fato
almejando conquistar a confiança de eleitores indecisos. A impressão é que
Fernando Haddad simplesmente obedece a ordens superiores, por mais que elas
sejam prejudiciais à sua imagem e retirem qualquer esperança de que o candidato
pudesse, em algum momento desta campanha, formular uma avaliação autônoma. A
conclusão é inequívoca: Fernando Haddad é apenas e tão somente o pixuleco de
Lula.
Título, Imagem e Texto: Editorial, O Estado de S. Paulo, 24-10-2018
Os comícios dele assemelham-se mais a um despacho com pai-de-santo!
ResponderExcluirProfessor cara de pau.
ResponderExcluirCom Promessas de esmolas aos carentes de tudo, este “pau mandado” de Lula quer tomar o Poder. O Brasil precisa sim ter uma assistência aos mais carentes, mas como um todo, o País precisa de muito mais, como Progresso e Empregos, aproveitar nossas Riquezas, e Limpar e enxugar as contas, da máquina Governista.
ResponderExcluirSe o cidadão ou a cidadã está empregado não precisa de esmola – sob a designação "bolsa isto ou aquilo". Ponto.
ExcluirConcordo com você! O PT é um partido de encostados que querem tudo doado. Ficam fazendo filho enquanto eu trabalho duro e ainda querem que eu pague a pensão dos filhos da p... com o bolsa família.
ExcluirVem aí o Bolsa Nó no Pinto.
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