Cristina Miranda
Eu não quero saber o que um
professor universitário faz na cama, só com um ou vários parceiros ao mesmo
tempo, com cordas ou sem cordas. Eu não quero saber se gosta de mulheres,
homens ou outros espécimes. Não quero saber, nem tenho nada que saber,
porque não me diz respeito.
Mas quero saber e devem-me uma
explicação, sobre o que faz um indivíduo destes doutrinar crianças, jovens ou
adultos, de acordo com a sua ideologia, sem o conhecimento nem consentimento
dos pais. Porque eu posso amar quem e como eu quiser, mas não posso
impingir os meus gostos nem a minha visão da vida, como agora estes
pseudointelectuais o fazem, num lugar público, com responsabilidades públicas, com a maior
desfaçatez possível. Ponto. A pergunta que todos os pais deveriam estar a
formular neste momento, é: “Como chegamos até aqui?” porque é exatamente nesta
resposta que temos a chave do “mistério” e da solução.
Não foi por acaso que numa
ficha sociodemográfica distribuída às crianças do 5º ano, com 9/10 anos, numa
escola pública, se pedia que dissessem por quem se sentiam atraídos: meninos,
meninas ou outros. Há um ano que no nosso país, arrancou um projeto
piloto do ensino da Teoria da Ideologia de Género nas escolas, que
pretendem tornar obrigatório (veja aqui).
É nesse projeto que se
materializa o ensino de coisas tão estapafúrdias como beijar os avós é
violência ou ninguém nasce menino ou menina porque é uma construção
meramente social. Surpreendido? Não esteja. Você está a ser formatado pela
ideologia que inventou esta asneirada toda, durante anos: o marxismo
cultural. Quer saber como?
Quando António Gramsci, um
filósofo italiano marxista, descobriu que a teoria de Marx, que defendia que o
proletariado iria provocar naturalmente o conflito entre as classes e
consequentemente destruir a sociedade capitalista, era um fiasco,
analisou o fenómeno e logo percebeu que, para fazer vingar o marxismo,
era preciso usar outra estratégia. Percebeu que as pessoas
prezavam mais Deus, o amor à família e nação do que davam importância à
solidariedade de classes. Aí, deu-se a alteração da táctica: a
revolução já não seria entre classes, mas sim, uma revolução cultural através
da qual se dominaria a mente, levando os indivíduos a subverter os valores e
tradições que são a base da sociedade ocidental, desconstruindo-a até à sua
destruição total. Com isto, cria uma geração de idiotas úteis,
burrificados, escravos voluntários, que amam a sua servidão ao Estado sem o
questionar. E assim, de forma pacífica, implantaria uma sociedade marxista sem
verter um pingo de sangue, como sucedeu sempre, em todo o Mundo, com golpes de
Estado, para impor o marxismo.
Para que esta transformação
social fosse possível, foi necessário colonizar devagarinho as instituições
culturais. Entrar por dentro da educação, da Igreja, dos jornais e revistas, da
literatura, da música, arte visual e por aí em diante, de modo a alcançar o
controlo absoluto do pensamento e imaginação humana. Digam lá se isto não é
brilhante?
Para tal, o processo passou
por várias etapas. Primeiro infiltrou-se na Igreja onde os discursos
politicamente motivados dão ênfase à justiça social e igualdade com base nas
doutrinas milenares, mas “modernizadas” segundo o padrão de “valores”
marxistas. O atual Papa é disso exemplo. Depois, substituir a educação rigorosa
e de excelência com base no esforço e mérito, por currículos escolares
estupidificantes e politicamente corretos, com docentes de baixa qualidade
académica. Seguem os órgãos de comunicação social, que são usados como instrumentos
de manipulação e descrédito das instituições tradicionais. Depois, a
perseguição à moralidade e valores do passado, que são literalmente
ridicularizados. Por fim, atacam-se todos os membros da sociedade que são
tradicionais e conservadores classificando-os de fascistas, homofóbicos,
racistas , por aí afora.
Assim, a cultura passa
a ser um meio de destruição de ideias e não o suporte da herança
nacional. Por isso, vemos o ataque cerrado à nossa História onde a tentam
reescrever demonizando os atos heroicos dos nossos antepassados, que conotam de
racistas, sexistas e hediondos, para transformar em heróis modernos, as
estrelas de Rock ou do cinema que denunciam estes “factos” na História. É a
substituição da cultura tradicional cristã, que dizem ser repressora, pelo
multiculturalismo “libertador” que acolhe todo o tipo de culturas, até daquelas
que, pela sua natureza, não se integram, mas antes combatem o
cristianismo e cultura ocidental, para ser esse o novo modelo de
sociedade. Isto é-lhe familiar?
Esta ideologia medonha
entrou no nosso Parlamento em 10 de outubro de 1999 quando o Bloco de Esquerda, com
132 000 votos, conseguiu eleger dois deputados “intelectuais”: Manuel Fazenda e
Francisco Louçã. Foi aqui, nesse preciso momento, que Portugal abriu a “Caixa
de Pandora”. Aqui começou todo um assalto ao pensamento e à palavra que
permitiu que hoje, estivéssemos a ser confrontados com esta destruição social que
já chegou ao nosso ensino pré-escolar, às nossas crianças, sem que nos déssemos
conta.
Aprenda de uma vez que o
marxismo é o veneno que se administra aos cidadãos fazendo crer que é
remédio, só porque na posologia está descrito que cura a desigualdade, a
injustiça, traz mais liberdade, menos opressão, mais direitos, sem nunca
referir, que os efeitos secundários são o efeito contrário da medicação, ou
seja, a morte da sociedade livre.
No combate, só há um antídoto:
resistência. E com ele, nós educadores, tomarmos o poder na educação dos nossos
filhos, transmitindo os valores e amor à nossa herança cultural, enquanto
exigimos aos nossos políticos, uma atitude clara contra a estratégia gramsciana
de subversão cultural, com a promessa de os banir do Parlamento caso se
recusem.
Beijar os avós é violência?
Sim, se não for acompanhado de um grande abraço, seguido de um “gosto muito de
ti avô e avó” ao ouvido.
Título e Texto: Cristina Miranda, Blasfémias, 19-10-2018
Título e Texto: Cristina Miranda, Blasfémias, 19-10-2018
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