Resultado de junho é o melhor desde 2013
Kelly Oliveira
A criação de empregos com
carteira assinada teve saldo positivo em junho, com a criação de 48.436 vagas.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram
divulgado hoje (25) pelo Ministério da Economia.
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Foto: Marcelo Casal/Agência Brasil |
O resultado de junho foi o
melhor para o período desde 2013, quando, no mesmo mês, foram geradas 123.836
vagas. Em junho de 2018 foram registradas mais demissões do que contratações,
gerando saldo negativo de 661 vagas.
No primeiro semestre deste
ano, foram criados mais 408.500 postos de trabalho (8.221.237 admissões e
7.812.737 desligamentos), o maior saldo para o período desde 2014 quando foram
criadas 588.671 vagas. No mesmo período do ano passado, o saldo foi de 392.461
vagas.
O estoque do emprego formal no
Brasil chegou a 38,819 milhões, em junho, maior do que do o registrado em junho
de 2018 (38,294 milhões).
Para o secretário de Trabalho
do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, os dados indicam que o resultado
deste ano será melhor do que o de 2018. Dalcomo ainda aposta na melhora dos
índices de confiança dos empresários e de consumidores impulsionada pela
aprovação da reforma da Previdência, a criação da medida provisória Medida
Provisória nº 881 (Liberdade Econômica) e a liberação do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço (FGTS).
“[Mas] Essas medidas não
bastam. Uma medida apenas não é suficiente. Nem mesmo a Nova Previdência é
suficiente, mas é indispensável para outras mudanças”, disse. Ele citou a
necessidade da reforma tributária, a melhora do ambiente de negócios, com a MP
da Liberdade Econômica, e outras medidas de desburocratização.
Setores
Em junho, o setor de serviços
foi o que mais gerou empregos, com saldo de 23.020 vagas, seguido por
agropecuária (22.702) e construção civil (13.136). Já a indústria da
transformação demitiu mais do que contratou, registrando saldo negativo de
10.988 vagas. O comércio também apresentou saldo negativo (3.007 vagas).
No acumulado de seis meses, o
setor de serviços se destacou, com geração de 272.784 vagas. A agropecuária
apresentou saldo de 75.380. O terceiro lugar na criação de vagas foi ocupado
pelo setor da indústria da transformação (69.286). Por outro lado, o comércio
registrou saldo negativo (88.772) no mesmo período.
Para o subsecretário de
Políticas Públicas e Relações de Trabalho do Ministério da Economia, Matheus
Stivali, a retração do emprego no comércio é reflexo da atividade econômica em
recuperação. “A explicação é próprio desempenho fraco da economia. O comércio
emprega pessoas de qualificação média e é onde mais a crise econômica é
sentida”, disse.
Regiões
No mês, o Sudeste foi a região
que mais gerou empregos formais (31.054), a mesma situação observada no
acumulado do ano, com geração de 251.656 vagas. O Sul registrou saldo negativo
de 2.714 vagas, mas, na soma dos resultados dos últimos seis meses, a região
teve geração de 11.455 empregos. No primeiro semestre, o Nordeste foi a única
região a apresentar saldo negativo, com 35.193 vagas.
Reforma trabalhista
Considerando as mudanças
introduzidas pela nova legislação trabalhista, o saldo de postos de trabalho na
modalidade intermitente - quando o empregado recebe por horas de trabalho -
chegou a 10.177 vagas. No parcial, 1.427.
Os desligamentos por acordo
chegaram a 17.952, em junho, o equivalente a 1,5% do total de desligamentos no
mês.
O salário médio de demissão
chegou a R$ 1.766,67. O de admissão, R$ 1.606,62.
Texto: Kelly
Oliveira; Edição: Carolina Gonçalves de Oliveira – Agência Brasil, 25-7-2019
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