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Segundo mapeamento realizado
pela NASA, o Brasil utiliza apenas 7,6% do seu território com lavouras. Foto:
Reprodução/Nasa
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Como sabemos, a NASA
(Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço) é uma agência do governo dos
Estados Unidos responsável pela pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e
programas de exploração espacial.
Essa agência e o serviço
geológico dos EUA publicaram recentemente um estudo sobre as áreas cultivadas
do nosso planeta a partir de monitoramento feito por satélites.
Em relação ao Brasil, a NASA
calculou a nossa área de lavoura em 63.994.479 hectares, correspondentes a 7,6
% do total dos 8.515.767.049 km2 do território nacional.
Por sua vez, a Embrapa
(Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) havia feito esse mesmo cálculo em
2016, também via satélite, chegando a um resultado muito próximo: 65.913.738
hectares ou 7,8%.
Os números da NASA indicam
percentual um pouco menor, mas segundo Evaristo de Miranda — doutor em ecologia
e chefe geral da Embrapa [foto ao lado] —, uma pequena diferença de 2% é normal
entre dados brasileiros e norte-americanos.
O estudo americano, citado em
um artigo de Evaristo de Miranda, revela que a maior parte dos países utiliza
de 20% a 30% de suas terras com atividades agrícolas, sendo que as nações que
integram a União Europeia fazem uso de 45% a 65% de seus territórios para essa
finalidade.
Miranda afirma em seu artigo
que a parcela dedicada pelos produtores à preservação da vegetação nativa e da
biodiversidade em seus imóveis rurais corresponde a 21% do nosso território.
Informa ainda que são mais de 177 milhões de hectares registrados no CAR
(Cadastro Ambiental Rural), sem nenhuma compensação financeira nem ajuda
governamental.
Como se vê, trata-se de um cenário muito
diverso do apresentado de modo descabido e desonesto por muitos ecologistas
desinformados e de visível má fé, pois se percebe que o percentual de áreas
destinadas à agricultura no Brasil é extremamente abaixo da média mundial.
Mapeamento
Esses dados e mapas, confirmados agora
pela NASA e certamente pelo Censo Agropecuário, deverão ser divulgados para
reduzir a visão distorcida sobre a agricultura brasileira.
O mapeamento considera que o Brasil
possui uma extensão territorial de 845 milhões de hectares, dos quais 63,99
milhões são utilizados como área de cultivo. Bem menos, por exemplo, do que os
Estados Unidos, em cujo território de 914 milhões de hectares são cultivados
167 milhões de hectares, o equivalente a 18,34 % da área nacional.
Evaristo de Miranda destaca que
apresentou suas estatísticas durante palestra na SNA (Sociedade Nacional de
Agricultura). Em relação à ocupação de nossas terras, ele mostrou que 61% do
País são ocupados por vegetação nativa e 38,7 % por propriedades rurais, nas
quais há 11% de vegetação, 8% de lavouras e florestas, e 19,7 % de pastagens.
As cidades macrologísticas e
mineradoras, entre outras, somam 11,3 %.
Os números da NASA e da Embrapa podem
rebater as críticas das comunidades internacionais de que os agricultores
brasileiros são desmatadores. O estudo da NASA demonstra como o Brasil protege
e preserva vegetação nativa em mais de 66% de seu território e cultiva apenas
7,6%.
A Dinamarca cultiva 76,8% dez vezes
mais do que o Brasil, a Irlanda 74,7 %, os Países Baixos 66,2%, o Reino Unido
63,9% e a Alemanha 56,9%.
A maior parte dos países utiliza entre
20% a 30% do território com a agricultura. Os da União Europeia usam entre 45%
a 65%, os Estados Unidos 18,3%, a China 17,7% e a Índia 60,5 %, enquanto os
agricultores brasileiros usam apenas 7,7% com muita tecnologia e
profissionalismo, afirma Evaristo de Miranda.
As maiores áreas cultivadas estão na
índia (179,8 milhões de hectares), nos Estados Unidos (167,2 milhões de
hectares), na China (165,2 milhões de hectares) e na Rússia (155,8 milhõesde
hectares). Esses quatro países utilizam 36% da área cultivada do planeta. O
Brasil ocupa o quinto lugar, seguido por Canadá, Argentina, Indonésia,
Austrália e México.
O chefe da Embrapa explica que o
trabalho conjunto da NASA e do Serviço Geológico dos Estados Unidos faz um
amplo levantamento, com o mapeamento e o cálculo das áreas cultivadas no
planeta baseados em monitoramentos por satélites. Durante duas décadas a Terra
foi vasculhada detalhadamente, em imagens de alta definição por pesquisadores,
que comprovaram os dados publicados pela Embrapa. Os europeus desmataram e
exploraram intensamente os seus territórios.
A Europa (sem a Rússia) detinha mais
de 7% das florestas originais de seus países e hoje tem apenas 0,1 %. A soma
das áreas cultivadas da França (31.795.945 hectares) com as da Espanha
(34.994.709 hectares) equivale àquela cultivada no Brasil (63.994.709
hectares), explica o especialista da Embrapa.
O mapeamento considera que o Brasil
tem uma extensão territorial de 845 milhões de hectares, dos quais 63,99
milhões são utilizados para área de cultivo, bem menos que os Estados Unidos.
O território americano possui 914
milhões de hectares, dos quais 167 milhões são cultivados, o equivalente a
18,34 % da área nacional.
Psicose
ambientalista
Existe hoje uma verdadeira “psicose ambientalista”
nacional promovida nos bastidores do ecoterrorismo para implantar uma
“religião” ecológica, igualitária e anticristã no Brasil, como descreve muito
bem o Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança em seu livro Psicose
ambientalista.
Nesta obra, Dom Bertrand afirma
que “O Brasil é o principal alvo no fogo cruzado do debate e da pressão
ambientalista internacional, com a Amazônia sempre nas manchetes. Engrossam
esse coro grupos ambientalistas catastrofistas sustentados por ONGs
internacionais”.
E prossegue: “Há dois pesos e
duas medidas nesse processo, pois sendo a China conhecida como a maior
poluidora do universo, ela é incompreensivelmente pouco citada ou pressionada.
Seria isso por ‘imunidades diplomáticas’ mútuas
de ‘companheiros’ e ‘camaradas’”?
“O movimento ambientalista nacional e
internacional, de orientação neocomunista, engendrou meios para engessar o
agronegócio e as obras necessárias ao desenvolvimento nacional. Foram inseridas
na legislação ambiental inúmeras proibições, restrições, punições destinadas a
imobilizar os propulsores do nosso progresso agropecuário. Inexplicavelmente,
muito disso se manteve no novo Código Florestal, que aparenta beneficiar o
empreendedor agrícola, mas o impede de desenvolver e aplicar suas imensas potencialidades.
“Esta parte é dedicada a avaliar as
consequências da aplicação da legislação ambiental a ser aplicada na economia
rural e nacional. São previstas tantas consequências funestas, que não seria
exagero qualificá-las de crime de lesa-pátria.”
Título e Texto: Carlos Sodré Lanna,
ABIM,
29-7-2019
_____________
Bibliografia:
· Dom Bertrand de Orleans e Bragança, Psicose
ambientalista, BMF Gráfica e Editora, São Paulo, 2019 – 6ª edição.
· Evaristo Eduardo de Miranda, Tons de
Verde, “A sustentabilidade da Agricultura no Brasil”, Livraria Martins
Fontes, São Paulo, 2018.
· Rural Buisiness, Agência de Informações para o
Agronegócio, Campo Grande (MS), 2019.
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