segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Do sexo ao gênero: a monumental armadilha

Helena Matos

Pedro Bacelar de Vasconcelos repete várias vezes nesta declaração à Rádio Observador a expressão identidade de gênero. Repete-a como quem decorou uma lista de compras. Nunca explica o que tem a dita identidade de gênero a ver com  a defesa da Constituição, em que aliás o  único gênero que se pode escolher é o do trabalho. Muito menos se percebe o que pretende o deputado com a invocação da “visão patriarcal milenar das sociedades humanas” para explicar o que entende ser a rejeição “das questões de gênero e de sexo”.

Pedro Bacelar de Vasconcelos, deputado socialista, foto: António Cotrim/Lusa
É o clássico misturar e baralhar de expressões como deve ser.

O primeiro passo para nos libertarmos desta patranhologia é perguntar exatamente o que se entende por gênero e por identidade de gênero. Talvez depois percebamos que caímos numa monumental armadilha ao deixarmos que os direitos humanos deixassem de ser direitos dos humanos para se tornarem no glossário do ativismo.

Título e Texto: Helena Matos, Blasfémias, 6-9-2020

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