Celebração lembra o primeiro embarque dos soldados brasileiros para lutar na Segunda Guerra Mundial. A placa foi esculpida por Mario Pitanguy
Patricia Lima
Os 80 anos do primeiro embarque dos soldados brasileiros para lutar na Segunda Guerra Mundial, no dia 2 de abril de 1944, foi motivo de homenagem nesta terça-feira (2). Com a presença do ex-combatente Walfrid de Moraes, de 102 anos, o prefeito Eduardo Paes (PSD) e o autor da homenagem, o músico dos Paralamas do Sucesso e pesquisador, João Barone, inauguraram uma placa comemorativa de bronze, na Praça Mauá, no Centro do Rio. A solenidade contou com a participação da Banda dos Fuzileiros Navais.
O secretário da Casa
Civil, Lucas Padilha, pediu aos presentes uma salva de aplausos
ao pracinha Walfrid de Moraes pela sua importância histórica para a manutenção
da paz.
“A mais importante pessoa
entre nós, um grande brasileiro que representa exatamente a importância da
história do Rio de Janeiro, desse porto, dessa praça para a história do Brasil.
Muitos ficaram lá, e outros voltaram para contar a história. Uma história que é
geral. O fascínio pelas guerras não é coisa de quem é belicoso, é coisa de quem
ama a paz”, disse Padilha.
A homenagem levou o
ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira (FEB) às
lagrimas por lembrar das muitas cenas tristes que viu nos combates travados
na Itália.
“Estou muito emocionado com
a homenagem. Vimos muita miséria na Itália, crianças e mulheres passando fome.
Eles pediam pão, calçados a nós, brasileiros. As pessoas não sabem o que é uma
guerra”, afirmou Walfrid de Moraes.
O secretário de Conservação, Marco Aurélio Regalo, ressaltou o heroísmo dos soldados que deixaram os seus familiares para lutar pela liberdade em outro continente.
“É uma homenagem muito
importante realizada pelo prefeito Eduardo Paes para celebrar a memória
daqueles que, há 80 anos, deixaram suas famílias e ofereceram seu coração, suas
vidas, sua energia à luta pela liberdade em nome do nosso País”, pontou
Marco Aurélio.
O idealizador da homenagem,
João Barone, enalteceu a história dos ex-combatentes e localização da placa
comemorativa, que será vista por um grande número de pessoas.
“É um marco em um
logradouro público em homenagem aos 80 anos do embarque da Força Expedicionária
Brasileira para combater na Segunda Guerra Mundial, na Itália,
lutar pela democracia, pelo mundo livre. É muito gratificante ver esse local,
onde todo mundo que passar por aqui vai lembrar desse esforço muito grande que
o Brasil fez naquela época pela democracia”, comentou Barone que é
autor das obras sobre a Segunda Guerra: “1942: O Brasil e sua guerra
quase desconhecida” e “Soldado Silva, a jornada de um
brasileiro”.
A gerente de Monumentos e
Chafarizes da Secretaria Municipal de Conservação, Vera Dias destacou
a importância de lembrar esse importante capítulo da história no século XX.
“O patrimônio vive de
memória. É a preservação da história dos brasileiros que enfrentaram a Segunda
Guerra Mundial, um monumento que homenageia aqueles que lutaram pela
liberdade”, concluiu Vera.
Também participaram do evento
autoridades militares, como o comandante da Primeira Divisão do
Exército, o General Eduardo Tavares Martins, e o Contra-almirante João
Candido Marques Dias.
A placa tem 70 centímetros de
largura por 50 centímetros de altura, e o pedestal onde está instalada tem 1,70
de altura e 1,90 de largura. A obra foi esculpida por Mario Pitanguy com
base em fotos antigas e extensa pesquisa iconográfica da época.
Título e Texto: Patricia
Lima, Diário do Rio, 3-7-2024
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