quinta-feira, 11 de setembro de 2025
quarta-feira, 10 de setembro de 2025
A história oficial dos novos democratas
Rafael Nogueira
Autoridades descobriram, assanhadas, o ofício de ensinar história oficial. A nova tendência tem personagens ilustres: ora o Presidente da República declara que a independência verdadeira foi em 2 de julho; ora perfis governamentais reapresentam o sentido das cores e dos símbolos da bandeira; e agora, um ministro do STF invoca a Constituinte de 1823 e a Revolução de 1930 para iluminar o presente.
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Arte: Paulo Márcio |
O problema é que, quando a história vira argumento de autoridade, conceitos de
hoje são projetados em épocas distintas e casos complexos viram parábolas
morais convenientes. Assim, o método — pesquisa, crítica de fontes e prudência
conceitual — cede lugar à narrativa legitimadora.
O primeiro tropeço é o
anacronismo. Aplicar “Estado de Direito” a 1823 significa transportar um
conceito amadurecido no Brasil ao longo do século XX para um país ainda em
consolidação. Naquele contexto, havia um arranjo em disputa: de um lado, uma
Assembleia nascente, de base social estreita, empenhada em limitar a Coroa; de
outro, um imperador que, apoiado em prerrogativas que culminariam no Poder
Moderador, buscava centralizar para estabilizar o Estado. Julgar aquele momento
por categorias atuais não esclarece: confunde.
Daí vêm os paralelos fáceis. Em 1823, D. Pedro I não era um outsider; era o próprio poder constituído, com comando sobre as Forças Armadas e a máquina administrativa. Projetar esse quadro sobre circunstâncias recentes — em que um líder derrotado e politicamente isolado apareceria como “novo Pedro I”, enquanto instituições hoje robustas posariam de “constituinte vulnerável” — inverte papéis sem apoio na evidência histórica.
A imprensa chama o que está acontecendo no Nepal de protesto
Silvio Grimaldi
Botaram fogo no parlamento.
Botaram fogo nas casas dos políticos do partido comunista.
Arrastaram o ministro das finanças de cuecas pelas ruas e o espancaram.
Queimaram viva a ex-primeira-dama.
O primeiro-ministro comunista renunciou e o governo revogou a censura ao X e ao Facebook.
A população ignorou o toque de recolher e foi para o confronto com a polícia nas ruas de Katmandu.
Isso é Protesto.
Aqui, uma tia escreve com
batom naquela estátua horrorosa e macabra na frente do STF, é chamada de
terrorista, pega 17 anos de cadeia por tentativa de abolição do Estado, e a
imprensa aplaude e repete: terrorismo, golpe de estado.
Título, Imagem e Texto: Silvio
Grimaldi, X,
9-9-2025, 18h03
O juiz fez um acerto de contas com o réu...
A naturalidade com que a militância de redação do regime noticia um réu sendo julgado pelo seu desafeto e vítima:
Título, Imagem e Texto: Leandro Ruschel, X, 9-9-2025
[Quadro da Quarta] A Liberdade guiando o Povo
A Liberdade guiando o povo (em francês: La Liberté guidant le peuple) é uma pintura de Eugène Delacroix em comemoração à Revolução de Julho de 1830, com a queda de Carlos X.
Uma mulher representando
a Liberdade, guia o povo por cima dos corpos dos derrotados,
empunhando a bandeira tricolor da Revolução francesa numa mão e
brandindo um mosquete com baioneta na outra.
A pintura é talvez a obra mais
conhecida de Eugène Delacroix. Wikipédia
Pescador
Madona e o Menino Jesus
Família
Having a coffee
La Songeuse (A Pensativa)
Mulher lendo
La libération d’Orléans par Jeanne d’Arc
terça-feira, 9 de setembro de 2025
“O Ocidente é hoje um hospício repleto de tribos, turbas histéricas…”
João Maurício Brás
(…)
O Ocidente vive um surto de
novo jacobinismo com a respectiva sobranceria moralista. A vitude e o terror
estão de novo de mãos dadas em nome do grande bem. Voltamos a assistir a taras
purificadoras, e autos-de-fé diários e condenações sem julgamento.
Gritamos histericamente nas
redes sociais, na mídia e nas ruas o gozo infantil e sádico das nossas
denúncias e punições. O controle e a vigilância, a boa, a normopatia é zênite
civilizacional.
Sê puro, sê neutro, sê
assexuado, sê vítima e estarás a salvo de ser preso e reeducado ou exterminado.
Já não sabemos ser livres nem responsáveis, nem tomar a nossa vida nas próprias
mãos. O Estado vai nos proteger e defender até de nós próprios.
O manicômio americano e a regulamentação
sinistra de Bruxelas, a destruição da comunidade e do bem comum, o indivíduo
solitário e neurótico triunfaram.
O Ocidente é hoje um hospício repleto de tribos, turbas histéricas e insanidade bem patente num beatismo insano e totalitário, a que chamamos progressismo. Uma mistura de estalinismo e nova inquisição sobressai entre gente vulgar que odeia e se odeia, sedenta de vingança e instintos sádicos que vivem para criminalizar o mundo.
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Cena de "Um estranho no ninho/Voando sobre um ninho de Cucos" |
O que nos define já não é o que escolhemos, não é o que nos distinguiu por esforço, mérito e sacrifício, mas o que nos fizeram e o quanto de mau nos aconteceu.
[Livros & Leituras] A Igreja Católica e a Outra – Artigos sobre a crise da Igreja
Gustavo Corção, Editora Permanência, 50 anos, Niterói, setembro de 2018, 142 páginas.
Gustavo Corção foi um escritor e pensador católico brasileiro, autor de diversos livros sobre política e conduta, além de um romance. Foi membro da antiga União Democrática Nacional (UDN) e um expoente do pensamento conservador no Brasil.
Sua obra é influenciada pelo
Distributismo, a apologia católica do escritor inglês G.K. Chesterton,
influência extensamente explicada no seu ensaio Três Alqueires e uma Vaca.
Entretanto, uma outra influência sobre o seu pensamento veio do filósofo
Jacques Maritain.
Formado engenheiro, Corção só
obteve notoriedade no campo das ideias aos 48 anos, ao publicar o livro A
Descoberta do Outro, narrativa autobiográfica de sua conversão ao
catolicismo (influenciado por Alceu Amoroso Lima).
Como engenheiro, era um
apaixonado pela eletrônica. Foi durante anos professor dessa disciplina na
Escola Técnica do Exército, atual Instituto Militar de Engenharia. O amor à
eletrônica e à música sacra levou-o a ser um estudioso e intérprete de órgão
Hammond. Este instrumento musical tornou-se uma de suas paixões, tanto pela
engenhosidade de sua construção como por sua sonoridade.
Sua produção literária e seu
estilo foram considerados por muitos na mesma altura da de Machado de Assis,
autor que o inspirou a produzir e publicar uma antologia (de Assis).
Sobre Gustavo Corção, Raquel de Queiroz afirmou em 1971: “A maioria dos brasileiros conhecem duas faces de Gustavo Corção. Uma, a do escritor exímio, a usar como ninguém a língua portuguesa, o autor que, vivo ainda, graças a Deus, é um indiscutível clássico da literatura nacional. [...] A segunda face é a do anjo combatente, de gládio na mão, a castigar os impostores que vivem a gritar o nome de Deus e da Sua Igreja, não para os louvar, antes para apregoar na feira inocente-útil do ‘progressismo’.
França: Assembleia Nacional faz cair terceiro governo em 21 meses
Paulo Hasse Paixão
Como o ContraCultura
tinha previsto na
semana passada, o terceiro governo francês desde Janeiro de 2024 não sobreviveu
a uma moção de confiança na Assembleia Nacional.
A França está assim – e de novo – mergulhada no caos político, com o primeiro-ministro François Bayrou a ver chumbada por um diferencial de 174 votos a moção que ele próprio convocou para galvanizar o apoio ao seu plano orçamental de 2026.
Bayrou, nomeado pelo
presidente Emmanuel Macron em dezembro do ano passado, expressou recentemente a
sua exasperação com o cenário político fragmentado do seu país, numa entrevista
em que protestou assim:
“Qual é o sentido de
derrubar o governo? São grupos políticos que não só não concordam em nada, mas,
pior ainda, estão a travar uma guerra civil aberta entre si”.
O impasse na legislatura francesa é resultado da tentativa dos partidos de extrema esquerda e do estabelecimento globalista de excluir do poder executivo o partido nacionalista Rassemblement National, liderado por Marine Le Pen, apesar de este ter se tornado o maior partido na Assembleia Nacional, depois de Macron ter convocado eleições legislativas antecipadas no ano passado.
Carro de frete atravessa Ponte Rio-Niterói com pilha de eletrodomésticos no teto
Veículo carregava diversas geladeiras, fogão e até uma
máquina de lavar
O Dia
Um carro de frete completamente abarrotado com diversos eletrodomésticos empilhados foi flagrado carregando enquanto atravessava a Ponte Rio-Niterói. A cena inusitada foi protagonizada por um Ford Versailles Royale, modelo que parou de ser fabricado em 1996.
Nas imagens, que circulam nas
redes sociais, é possível observar que o carro, que chegava a estar rebaixado
devido ao peso, carregava ao menos três geladeiras, fogão e máquina de lavar,
que juntos formavam uma pilha enorme. O flagra foi feito no sábado (6) por
quem passava pela via.
No porta-malas, que estava com
o vidro quebrado, é possível ver que mais eletrodomésticos foram posicionados
dentro do veículo.
A Ecoponte,
concessionária responsável pela Ponte Rio-Niterói, informou apenas que foi
verificado pelo Centro de Controle Operacional que o veículo cruzou a Ponte no
sábado (6).
Veja o vídeo:
Alguns não gostaram da bandeira dos EUA na Paulista…
Nossos mais bem pagos analistas do bem, do amor, da democratura, nossos experts em hipocrisia sobre todas as coisas, bastiões horizontais da grande e velhaca imprensa caolha… todos eles fazendo troça da bandeira dos EUA na manifestação de 7 de setembro na Avenida Paulista…, mas ZERO, NEM UMA, NENHUMA, palavra sobre a bandeira da Palestina no 7 de setembro dos filhos do 7 peles.
Texto e Imagem: Pavinatto, X, 8-9-2025, 16h38
8-9-2025: Oeste sem filtro – Manifestações de rua pedem anistia aos presos do 8 de janeiro + Ministros do STF reagem a discurso de Tarcísio na Paulista
[Aparecido rasga o verbo] Foi assim, inexplicavelmente incrível
Aparecido Raimundo de Souza
E eu, que só queria
pular da cama, preparar um breakfast tranquilo e em seguida desfrutar de um
pouco de paz antes de começar a escrever meu texto, vi meu dia que prometia ser
maravilhoso se curvar diante dela. A luz que eu havia acendido, mudou de tom, a
música vinda do radinho de cabeceira se calou em chiados esquisitos e
espaçosos.
A alegria que antes
dançava leve, se recolheu num canto, tímida. Não era tempestade, mas silêncio.
Desses que no meu entender pesam mais que o ribombar de um trovão enfurecido A
nuvem não anunciou chuva. Apenas ficou. E às vezes, é isso que mais machuca o
que permanece assim do nada, sem explicação. Meu Deus, o que está acontecendo?
Era um dia bonito, desses que parecem prometer redenção. Sem falar na magia do
céu.
Entretanto, por algum
motivo, a beleza que dele emanava, não impediu que a nuvem se distendesse — e
se fizesse pesada, escura, cheia de lembranças que não cabiam mais no meu
presente. Com ela, de braços dados, a solidão. Também essa criatura não
alardeou estrondo. Veio vindo e se instalou como quem já conhecia a casa: e, de
fato, conhecia. Se recostou numa mesinha de canto ao lado da minha cama e no
minuto seguinte se levantou indo até meu guarda-roupas.
Mexeu nas gavetas da memória, acendeu a luz de outros cômodos, inclusive aqueles dos meus escondidos que eu tentava manter apagados. Para destruir, de vez, meu dia, a tristeza veio logo no encalço. Sem pedir licença, se abancou ao meu lado trazendo o fracasso como companhia. E eu, que só queria me levantar, tomar meu dejejum e ir para o escritório no começo do corredor e escrever meu texto, me vi parado, olhando para o nada com olhos cheios de tudo.
[Livros & Leituras] O Laboratório Progressista e a Tirania dos Imbecis
João Maurício Brás, Opera Omnia, Braga, fevereiro de 2025, 334 páginas.
A ideia de ilimitado e da
liberdade individual irrestrita e sem limites, características do nosso
presente, são as piores inimigas da ideia de liberdade e da própria humanidade.
Este livro aborda o triunfo dessas concepções e as suas implicações quer nos
novos desafios da biologia, da genética e da robótica, quer nas legislações
ditas progressistas.
Paradoxalmente o que nos
define já não é o que escolhemos, não é o que nos distinguiu por esforço,
mérito e sacrifício, mas o que nos fizeram e o quanto de mau nos aconteceu.
Estamos protegidos da liberdade, da vida e da responsabilidade, cuidam de nós como
crianças idiotizadas.
O mundo é apenas um experimento contra a realidade, subjugado por uma visão jurídico-penal da correção existencial com selo de região progressista demarcada onde não há gordura, nem açúcar, nem ereções ilícitas. O herói do totalitarismo do presente é a vítima e o indivíduo atomizado produzido por uma sucessão de processos de desidentificação e desenraizamento.
segunda-feira, 8 de setembro de 2025
Os dois Brasis: crônica de um país refém
Paulo Briguet
Brasília desfilou poder e ódio; a Avenida Paulista, povo e liberdade. Dois Brasis, um abismo entre o poder e o clamor por justiça. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil; Sebastião Moreira/EFE
Eu vi os dois Brasis neste domingo — e existe um abismo entre eles. Há um Brasil que grita por socorro e um Brasil que saliva de ódio. Um Brasil que clama por liberdade e um Brasil que exige censura. Um Brasil que pede misericórdia e um Brasil que nunca perdoa. Um Brasil da compaixão e um Brasil do ressentimento. Um Brasil das multidões e um Brasil dos gatos-pingados. Um Brasil do povo e um Brasil do poder. Um Brasil dos brasileiros e um Brasil de Brasília.
Tempos atrás, um dos Brasis —
aquele que manda — declarou guerra ao outro e o fez de refém. O Brasil da
liberdade foi sequestrado pelo Brasil da ditadura. O Brasil da
lei foi engolido pelo Brasil da vontade. O Brasil que ora foi colocado na
clandestinidade pelo Brasil que pune.
Em um show de constrangimento, o
Brasil de Brasília desfilou neste domingo para
um ralo público de ministros, assessores, funcionários, militantes e militares.
Enquanto isso, o Brasil dos brasileiros lotou as ruas das grandes cidades. Não
poderia haver retrato mais perfeito do abismo que separa a realidade factual da
narrativa oficial. São dois países tão distantes e incomunicáveis que parecem
pertencer a universos diferentes.
E justamente agora, depois dessa cabal demonstração da desigualdade entre os dois Brasis, o país do poder se prepara para dar o golpe fatal no país do povo. Sem provas e sem pudor, vão executar a última parte do massacre. O objetivo é dar a última facada no inimigo — a definitiva.
Anistia já: por uma saída legal e pacífica para o Brasil
Sergio MoroFoto: Sebastião Moreira/EFE
O Brasil tem uma série de
problemas urgentes e relevantes para resolver. A dívida pública cresce por
conta da irresponsabilidade fiscal do Governo Lula, colocando
em risco o futuro do país. Os juros básicos da economia estão em 15% ao ano,
comprometendo o orçamento público com o serviço da dívida e elevando as dívidas
das empresas e das famílias.
O país assiste à infiltração
do crime organizado no domínio econômico, o que foi ilustrado pela
recente Operação Carbono, e os grupos criminosos organizados
controlam até mesmo partes do território nacional, especificamente bairros nas
periferias de grandes cidades.
A prevenção e o combate à
corrupção foram abandonados pelo Governo Lula, o que gerou escândalos como o
do roubo dos aposentados e pensionistas do INSS. O Brasil
vivencia uma crise diplomática com os Estados Unidos, ilustrada
pela imposição de tarifas punitivas às nossas exportações.
Apesar disso, a agenda do país
está dominada pelo STF e pelo julgamento da acusação de tentativa de golpe
contra o ex-presidente Bolsonaro, além do debate que já se arrasta sobre o
excesso punitivo contra os manifestantes do 8/1.
Esse é um dos motivos
pelos quais defendo a anistia. O país não pode ficar paralisado pela
polarização política e pelo destino desse julgamento e das questões correlatas
Quero deixar bem clara minha posição. Os manifestantes do 8/1 erraram ao invadir prédios públicos, inclusive o STF, e uma minoria deles errou ainda mais ao destruir patrimônio público. Também devem ser reprovados por postularem, na ocasião, uma intervenção militar para alterar o resultado das eleições.
Anistia já: o recado das ruas
Rodrigo Constantino
Feriado de 7 de setembro, o
mais importante da Pátria, pois celebra sua Independência, e o povo foi em peso
às ruas de todo país gritar por anistia. O povo fez sua parte, lotando a
Avenida Paulista, Copacabana e outras cidades país afora. O contraste com
o festejo oficial do governo Lula, totalmente esvaziado, e com o "grito dos excluídos", organizado pela esquerda radical, mostrou que a
direita tem a hegemonia das ruas.
Vários cartazes pediam Anistia
Já, impeachment de Alexandre de Moraes e Fora Lula. As pautas giram
em torno do mesmo tema: o desejo de resgatar a democracia perdida
em nosso Brasil. Temos presos políticos, caça às bruxas, censura, e Moraes
virou o grande ícone desse estado de exceção, dos abusos supremos.
A normalidade institucional precisa ser resgatada já,
agora mesmo, não amanhã ou depois. E para tanto é preciso anistiar os inocentes
condenados pelo Supremo para dar respaldo a uma narrativa fajuta de golpe
Bandeiras americanas mostraram a gratidão do povo pela pressão que tem feito o governo Trump contra tais abusos. De Tabata Amaral e Ricardo Noblat, a esquerda tentou ver contradição nisso, já que a direita grita que nossa bandeira jamais será vermelha. Confundem a paixão da própria esquerda pelo comunismo, querendo substituir a bandeira verde e amarela pela vermelha, com uma singela homenagem aos americanos. E são os mesmos que ostentam bandeiras palestinas em seus protestos!
São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília...
Algumas fotos das muitas manifestações pelo Brasil afora... 7 de Setembro
Brasil, 7 de Setembro: O medo acabou!
Vaza Toga: The Witch, the Infiltrator, and the Informant
🚨Trata-se do grupo Prerrogativas, Folha!
Chamar de "julgamento" é ser muito generoso. O que ocorre no STF é um circo
📣Oeste está no ar!
5-9-2025: Oeste sem filtro – Declaração de Barroso sobre anistia expõe racha + Alckmin acha que julgamento de Bolsonaro não afeta negociações sobre tarifaço + Moraes pede sessão extra
Brunno Sartori condenado + Vídeo do Globo, novembro de 2024, quem se lembra?
Por que essa BOMBA não está na capa de todos os jornais?
4-9-2025: Oeste sem filtro – Discussão sobre anistia avança no Congresso + Trinca de ministros do STF tenta sabotar o perdão aos condenados do 8 de janeiro
Vamos tornar esse X9 famoso?
O que mais precisa acontecer para transformar o Brasil numa Venezuela?!
Brasil, 7 de Setembro: O medo acabou!
Pedido por anistia ampla, geral e irrestrita e clamor por “Fora, Moraes!” marcam os protestos em todos os Estados do Brasil neste 7 de Setembro de 2025
domingo, 7 de setembro de 2025
A Suécia sabe
A Suécia tem um problema grave que a obriga agora a rever as tontices que fez por querer ser um país moderno. Já no Brasil, Glória Perez, a escritora de telenovelas famosas, dá o Grito do Ipiranga e arrasa a cultura woke. E Portugal? Vai continuar a querer ser modernaço e tonto?
Vítor Rainho
Não sou infoexcluído, mas não
tenho qualquer fascínio pelas novas tecnologias. Há muitos anos que trabalho
com computador, mas não me façam perguntas técnicas, pois sou capaz de não
saber responder, embora saiba perfeitamente o necessário para desempenhar o meu
trabalho. Sei, no entanto, o suficiente para perceber que a rapaziada está
viciada no scroll, nome que se dá ao gesto de ir ‘descendo’, com o
dedo, as notícias e publicações publicadas no Google. Olhando para as notícias
que versam sobe o mundo ocidental, ficamos a saber que muitos homens,
principalmente nos EUA, decidiram começar a andar de minissaia, ou que os
adultos gostam de chuchar a chucha para desanuviar o stress. Fica-se também a
saber que há uma nova categoria de heterossexuais, os ‘hétero flex’, e já cá
regressamos, ou que um grupo de ativistas vai a caminho de Gaza para libertar o
povo palestiniano, sem mostrar um dente à rapaziada do Hamas, que mantém
sequestrados, maioritariamente, jovens que estavam numa rave. Nessa viagem
no scroll podemos ver também as maravilhas do mundo woke,
esse novo fascismo ou comunismo travestido de humanismo.
E o que vemos sobre o mundo oriental? Que a China mostrou todo o seu poderio militar e que outras grandes democracias, como a Rússia, a Coreia do Norte, Cuba, Venezuela ou Irão, querem pertencer a essa nova ordem mundial, liderada por Xi Jinping, onde calculo, não faltem homens de minissaia, ‘hétero flex’ ou adultos a chucharem na chucha. Brincadeira à parte, é fácil perceber que o ocidente entrou numa deriva completamente parva, decadente e que corre sérios riscos de ir parar ao outro extremo do ‘filme’ – os abusos de qualquer lado costumam acabar com abusos do outro lado.
Vaza Toga: The Witch, the Infiltrator, and the Informant
New leaks suggest that evidence was fabricated after a
police raid on pro-Bolsonaro businessmen
David Agape
Our investigation had exclusive access to WhatsApp conversations between Eduardo Tagliaferro — then head of the Special Office for Combating Disinformation (AEED) at Brazil’s Superior Electoral Court (TSE) — and journalist Letícia Sallorenzo, known by insiders as “the Witch.” The messages reveal how, in August 2022, at the height of Brazil’s presidential campaign, private data from businessmen aligned with Jair Bolsonaro was secretly funneled to the court, just days after Justice Alexandre de Moraes ordered raids against them.
The August 23 operation, justified solely on the basis of a single news article, struck at the core of the business network seen as crucial for financing and digitally amplifying Bolsonaro’s campaign. With bank accounts and social media profiles frozen overnight, the group’s ability to mobilize was abruptly dismantled — silencing influential voices just days before the first presidential debate on August 28.
Moraes only archived most of the case a year later, once Lula was in office. The minister admitted that, for six businessmen, there was no evidence to justify prosecution. Two remained as targets: real estate mogul Meyer Joseph Nigri and retail tycoon Luciano Hang. Federal Police alleged that Nigri had direct ties to Bolsonaro in spreading anti-electoral system messages, while in Hang’s case Moraes claimed further analysis of his password-locked phone was still pending. Hang’s social media accounts remained suspended for over two years, until Moraes finally lifted the block in September 2024. The case file remains fully sealed.
The leaked chats obtained by A Investigação show that, faced with flimsy evidence and growing backlash, Moraes pressured his staff to produce backdated documents. To meet the demand, Tagliaferro turned to Sallorenzo, who served as a bridge between the court and an infiltrator inside the WhatsApp group “Entrepreneurs & Politics.” A Investigação identified this informant as journalist Lucas Mesquita, who now works as an aide in Lula’s government.
In other words, an organized
infiltration fed material directly to the TSE, with no formal chain of custody.
Screenshots, membership lists, and even full exports of private conversations
were handed over on the night of August 27, with the explicit aim of
“reassuring the friend” — a reference to Moraes, anxious to quiet criticism.
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Nuno Moreira fala sobre futuro no Vasco e sonha com seleção de Portugal
O atacante Nuno Moreira se diz feliz no Vasco da Gama e não se vê retornando ao futebol europeu em um curto tempo
França Fernandes
Em boa fase e um dos destaques do Vasco, Nuno Moreira não se vê retornando ao futebol europeu em um curto tempo. O atacante foi perguntado, em entrevista ao canal português Sport TV, sobre seu futuro e descartou deixar o Cruzmaltino.
“Não tenho pensado muito no
meu futuro, sinceramente. Estou muito feliz de estar aqui, gosto de jogar e de
viver aqui. Se calhar, num futuro próximo não pretendo muito sair do Brasil”,
disse.
Mesmo assim, o jogador
português tem esperança em ser convocado, apesar de atuar no Brasil. E não
esconde que é um desejo: “O meu sonho maior é jogar na seleção (de Portugal),
claramente”.
Momento certo de deixar
Portugal
Nuno Moreira também avaliou o momento da carreira em que aceitou a proposta vascaína. Ex-jogador do Casa Pia, ele vive a primeira experiência fora de Portugal.
[As danações de Carina] Como pequenas farpas de uma alma em silêncio
Carina Bratt “De repente, das lágrimas dos meus olhos, meu mundo se fez pequeno dentro do beijo que você me deu”.
Aparecido Raimundo de Souza (de Viagem imersiva)
Quase carnal
Na noite silenciosa a lua, em
desespero, fustigou o bambu.
Morte
A chuva no asfalto refletia luzes
vermelhas sem ninguém por perto.
Amanhã sem talvez
Meu grito derreteu no vazio da
madrugada um porvir obscuro.
Sem eira nem beira
Suas palavras cortantes no
silêncio que sangrou me tiraram do sério.
Elevador
A porta se fechou, rostos se
prenderam no abismo. Desci sem saber.
Nuvem passageira
Uma sombra ao acaso desliza sobre meu rosto distraído.
🚨Trata-se do grupo Prerrogativas, Folha!
Título, Imagem e Texto: André
Marsiglia, X, 6-9-2025,
20h45
sábado, 6 de setembro de 2025
[Pernoitar, comer e beber fora] A Casa do Bacalhau: atendimento analfabeto
“Especializada” em bacalhau.
Fomos, o casal HT/LT e eu, ao “A Casa
do Bacalhau” num belo entardecer de setembro.
Pelo que vi, julgo que uns 90% dos clientes eram estrangeiros.
Pedimos:
Eu: Bacalhau assado com batatas ao
murro;
HT: Filetes de bacalhau.
Para acompanhar: Vallado Douro 2023
Primeira frente fria de setembro chega ao Rio com chuva e queda de temperatura
Depois do veranico de inverno, frente fria traz rajadas de vento de até 50 km/h, máxima de 26°C neste sábado e 23°C no domingo, segundo Sistema Alerta Rio
Gabriella Lourenço
Depois de uma semana de sol intenso e praias cheias de banhistas aproveitando o calor em pleno inverno, o chamado “veranico” no Rio de Janeiro chega ao fim. Para este sábado (6), a previsão é de mudança no tempo com a aproximação de uma frente fria, e os amantes do friozinho já podem receber a notícia de forma positiva.
O dia terá céu nublado a
encoberto, com chuva fraca a partir do final da manhã. A temperatura entra em
declínio, e, segundo o Sistema Alerta Rio, a máxima não deve ultrapassar 26°C,
com mínima de 18°C. Os ventos estarão moderados, com rajadas de até 50 km/h.
No domingo (7), o transporte de umidade do oceano em direção ao continente manterá o tempo instável. O céu estará nublado a encoberto, com chance de chuva fraca isolada durante todo o dia. A temperatura máxima deve ficar em torno de 23°C, e a mínima em 15°C.
Motociclista é flagrado levando porco pelas ruas de Belford Roxo
Infração é considerada grave, podendo render cinco
pontos na CNH, multa e retenção do veículo
O Dia
Dois homens foram flagrados
transportando um porco em uma motocicleta pelas ruas de Belford Roxo, na
Baixada Fluminense. Não há confirmação sobre a data de gravação do vídeo, mas a
cena inusitada começou a viralizar nas redes sociais nesta quinta-feira (4).
Veja o vídeo:
Motociclista é flagrado levando porco vivo pelas ruas de Belford Roxo.
— Jornal O Dia (@jornalodia) September 5, 2025
Crédito: Reprodução pic.twitter.com/e4RThrllnN
Nas imagens, é possível ver o motociclista parado em um sinal vermelho, enquanto o garupa segura o porco. O animal, aparentemente com as patas traseiras amarradas, ameaça se debater, mas logo é contido pelo homem.
Chamar de "julgamento" é ser muito generoso. O que ocorre no STF é um circo
Rui Pimenta explica na TV 247:
Eu não sei o que significa essa atitude dos advogados de defesa de colocarem a culpa no Bolsonaro. Pode ser uma tática, inclusive, de se eximirem de culpa para que, depois, o Bolsonaro seja anistiado. Como não há muita reação ao bolsonarismo, dá a impressão de que é uma manobra.
Agora, chamar de 'julgamento' é ser muito generoso. Não é julgamento, é um circo. Todo mundo sabe que o Bolsonaro vai ser condenado. Não é de agora. É de meses que a gente sabe que Bolsonaro vai ser condenado. Ele já está condenado. Sempre vai ter aquele ingênuo que vai dizer que as provas são abundantes. Não, ele vai ser condenado porque o objetivo é condená-lo.
Eu acho o circo escandaloso. O advogado de defesa do Bolsonaro foi muito claro ontem ao falar que a defesa não teve acesso ao conjunto das declarações e documentos do processo, o que é uma coisa completamente escandalosa. Segundo ele, quando receberam uma parte do material, era um volume tão grande e o tempo para analisar era tão curto que não foi possível analisar essas questões.
📣Oeste está no ar!
[Versos de través] A luz passageira do dia
Inesperadamente, sentindo o ruído
Ribombante do trovão;
Esvoaçando, como rouxinol em armadilha
Susto e surpresa que fazem emudecer
Perdendo o fio, esquecendo as estrelas,
O ano, o mês e o dia,
Sucumbindo a todos os desejos,
Afastando de mim o Bem e o Mal.
E tu, distante, muda e indiferente,
A passos curtos, mas apressados,
Com os teus olhos castanhos,
Passando por mim num rasto perfumado,
Reduzindo, à luz passageira do dia.
João Franco
A morte
Ode ao status quo
Há formas
Na partida da senhora Beatriz
Rosa dos Ventos
Da saudade que também se acende
Tríade
sexta-feira, 5 de setembro de 2025
A flotilha e a ajuda humanitária
Henrique Pereira dos Santos
A flotilha que resolveu ir a
Gaza levar ajuda humanitária tem um problema de fundo: nunca dá informação sobre que
ajuda humanitária transporta, e como tenciona entregá-la em Gaza e a quem.
Tenho visto comentários de
pessoas que consideram indignas as críticas, as observações ou as piadas sobre
esta flotilha, porque nem que fosse apenas uma mão cheia de couscous, era ajuda
humanitária e é preciso ter um coração de pedra ou estar subordinado a
interesses inconfessáveis para pôr em causa ajuda humanitária.
Não sou eu (ou melhor, não sou
apenas eu) que digo que a flotilha não tem nenhuma relação com ajuda
humanitária, é um ato político (legítimo, reforço eu para que não haja
dúvidas), é a organização que é clarinha, clarinha a esse respeito: "The
Global Sumud Flotilla is a coordinated, nonviolent fleet of mostly small
vessels sailing from ports across the Mediterranean to break the Israeli
occupation's illegal siege on Gaza. It brings together a diverse coalition of
international participants, including those involved in previous land and sea
efforts like the Maghreb Sumud Flotilla, Freedom Flotilla Coalition*, and Global
Movement to Gaza. Each boat represents a community and a refusal to stay silent
in the face of genocide. ... These boats don't just carry aid; they carry a
message: the siege must end."
A ajuda humanitária é aqui apenas um pretexto para tornar moral e midiaticamente aceitável uma ação política hostil a um dos beligerantes em Gaza, o que explica por que razão a organização nunca perde um segundo a explicar que ajuda humanitária transporta e qual é o modelo logístico que garante que essa ajuda chega a quem precisa.
Brunno Sartori condenado + Vídeo do Globo, novembro de 2024, quem se lembra?
Recentemente, o influenciador Brunno Sarttori, conhecido por deepfakes contra Bolsonaro e pela militância pró-Lula, foi condenado pela Justiça a indenizar integrantes do movimento Gays com Bolsonaro, fundado por @domlancellotti, após associá-los ao nazismo.
— David Ágape (@david_agape_) September 4, 2025
Mas os bastidores da… pic.twitter.com/J7VSzRazbx
Quem se lembra desse vídeo publicado pela Globo em novembro de 2024?
— Jeffrey Chiquini (@JeffreyChiquini) September 4, 2025
Agora entendemos como funcionava o vazamento do gabinete paralelo dentro do STF para a imprensa.
Uma vergonha! pic.twitter.com/bIKns9KIQF
Por que essa BOMBA não está na capa de todos os jornais?
É uma acusação gravíssima, embasada por testemunha e
documentos
O ex-diretor da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação AFIRMA que preparou, a pedido do gabinete de Moraes, um relatório para embasar operações contra empresários "bolsonaristas", após a operação ter acontecido, modificando a data!
Por que
essa BOMBA não está na capa de todos os jornais?
Título, Imagem e Texto:
Leandro Ruschel, X, 4-9-2025,
18h27
[Aparecido rasga o verbo] Ela seria uma espécie desconhecida de sólido geométrico?
Aparecido Raimundo de Souza
Há quem diga que a
bunda é vulgar. Que é demais. Que é desnecessária. Mas quem define o
“demais”? Quem mede o limite entre
expressão e exposição? A bunda, coitada, não tem culpa. Ela apenas existe. O
que fazemos com ela — isso sim — diz muito sobre nós. Berramos, inclusive, até
mais do que realmente gostaríamos de deixar realmente caracterizado num simples
amontoado de palavras. Contudo, todavia, porém, em vão. A crônica que agora
escrevo aos meus ilustres amigos e leitores da “Grande Família Cão que Fuma”,
sobre esse desconhecido naco voluptuoso da mulher, a bunda, é também a crônica
envolvente do olhar. Porque não é só sobre quem mostra, mas sobre quem vê. E
sobre como vê. O olhar que julga, que consome, que reduz. O olhar que
transforma o corpo da dona da bunda que ele está olhando em vitrine e mulher em
produto. Tudo ao mesmo tempo. E aí, talvez, o vulgar não esteja na bunda — mas
no “espiar” intransigente que não sabe ver além dela.
No fim das contas, o cu —, perdão —, a bunda, é só mais uma parte do corpo. Claro está que se fez símbolo, discurso, fomentou estado de guerra. E o pior de tudo, virou e virualizou sacanagem. E como todo símbolo, merece ser pensado. Não para ser escondido, nem exaltado sem reflexão. Mas para ser compreendido. Porque entre o que as pessoas chamam de “empoderamento” e a “objetificação,” há um abismo enorme — maior, diga-se de passagem, que o rabo-traseiro onde se esconde a bunda da justiça, aquela vagaba sentada com seu fiofó sujo em frente ao STF. (Sentadinha Tentando Fofocar ou Fo...). Como essa bunda da mascarada com a espada no colo, em frente ao STF, muitas outras bundas se sentem fragilizadas, vencidas, cansadas, enfim, mesmo que alguém lhe aplique uma mancha de batom, no final, com o tempo, todas elas caem, despencam, desabam, desmoronam, degringolam, às vezes até sem saber.
quinta-feira, 4 de setembro de 2025
O leninismo-globalismo em falência técnica
Paulo Hasse Paixão
Os factos são inescapáveis: depois de décadas de
governação globalista, o Reino Unido, a França e a Alemanha encontram-se agora
a um passo do colapso econômico
O Reino Unido e a França estão prestes a entrar em incumprimento da dívida pública e a Alemanha, que na verdade está em recessão desde 2023, apresenta indicadores económicos assustadores, com as falências a aumentarem 20% em Julho e o desemprego a atingir 3 milhões de alemães.
Chegamos ao ponto surrealista
em que a dívida pública portuguesa apresenta uma taxa de juro inferior à mesma dívida francesa, ou seja, os
investidores acreditam que o Estado português é mais capaz de satisfazer as
obrigações financeiras que mantém nos mercados do que o Estado francês, mesmo
quando a França tem um PIB dez vezes superior ao do nosso país.
As razões da ruína, que são constantemente escamoteadas pelos políticos, pelos economistas e pela imprensa do estabelecimento, são óbvias e podem ser resumidas em seis segmentos fundamentais.
O Estado corporativo
O leninismo-globalismo assenta
necessariamente numa ideia corporativa do Estado, em que o sector público
estende os seus promíscuos tentáculos sobre a esfera privada para centralizar o
poder e dirigir inorganicamente a economia. As empresas privadas pactuam, na
medida em que, quando as coisas correm mal, como aconteceu por exemplo em 2007,
os governos estão lá para as redimir da sua má gestão.
Esta lógica de poder explica por
que é que as grandes corporações trabalham muitas vezes contra os seus próprios
interesses, como é o caso claríssimo da indústria automóvel alemã, que Berlim e
Bruxelas têm obrigado a uma aberrante espécie de suicídio (os automóveis já não
são fabricados para serem desejados pelo consumidor, mas para cumprirem os
regulamentos da nomenclatura europeia).
As experiências corporativas
de inspiração marxista nunca deram bons resultados económicos, como é
historicamente demonstrável. E é discutível que o corporativismo fascista da
primeira metade do século XX tenha sido bem sucedido, considerando que o crescimento
económico da Itália e da Alemanha nos anos 30 se deveu a uma economia de
guerra, que o desenvolvimento infraestrutural da Espanha de Franco não se refletiu
em índices de competitividade empresarial comparáveis aos seus rivais europeus
e que a experiência portuguesa de um corporativismo colonial atávico beneficiou
mais as colónias do que a metrópole, que permaneceu subdesenvolvida.
Parece também líquido que nenhuma filosofia de desenvolvimento económico inorgânico, centralizada pelo Estado, tenha alguma vez sido frutífera, desde que o Sapiens decidiu cunhar moeda.