quinta-feira, 23 de outubro de 2025

[Daqui e Dali] Serei de Cristo ou de Pedro e Paulo?

Humberto Pinho da Silva


Quando Paulo ouvia crentes afirmar "Eu sou de Paulo ou de Pedro" agastava-se muito.

Em Corintos 3:4,7, disse: Quando escuto dizer: "Eu sou de Paulo ou eu sou de Apolo, é prova que precedeis como homens. Quem é, pois, Apolo? E quem é Paulo? Servidores, porque quem foste trazido à fé. Cada um deles agiu segundo os dons que o Senhor lhes concedeu. Eu plantei, Apolo regou, mas Deus fez crescer. Nem o que plantou nem o que rega são coisa alguma; mas só Deus, que dá o crescimento."

Semelhante parecer teve Lutero ao escrever, em 1522 "Sinceras Admoestações a Todos os Cristãos", advertindo os crentes para essa abominável tendência:

"Eu peço que se queira calar o meu nome. O que é Lutero? A doutrina não é minha; e eu não fui crucificado por ninguém. São Paulo, Iº Corintos, 3,4,5, não suportava que os cristãos se quisessem chamar discípulos de Paulo ou de Pedro, mas cristãos, que posso eu, pobre invólucro de carne pestilenta prometido aos vermes, para que o meu miserável nome seja dado aos filhos de Cristo? Não, meus bons amigos! Extirpemos antes de mais os nomes partidários e chamemo-nos discípulos de Cristo, de quem temos a doutrina."

Eu sei que a pulverização de Igrejas e Igrejinhas, seitas e seitinhas, são, em regra, devido a meras quezílias domésticas.

quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Germany Stands To Lose & Poland To Gain From The EU’s Latest Energy Move

Andrew Korybko 

Poland’s role in providing more US LNG to Central & Eastern Europe is expected to erode Germany’s influence in this region and accelerate Poland’s revival of its lost Great Power status

The European Council decreed that the import of Russian gas will be banned across the bloc next year, but with varying lengths of grace periods for countries with short- and long-term contracts, the longest of which will last till 1 January 2028. The Council earlier admitted that pipeline gas and LNG combined accounted for a little less than a fifth of the bloc’s imports last year. It should also be mentioned that the EU continues to import Russian oil too, including indirectly, which has proven to be similarly scandalous.

Nevertheless, the EU’s plans to phase out the remaining fifth of its gas imports from Russia will further enfeeble its economy by leading to their replacement with more expensive US LNG, which will predictably result in the costs being passed down to consumers. This was entirely predictable too since the EU agreed to purchase $750 billion in US energy by 2028 per the terms of their lopsided trade deal from last summer that was assessed here as having turned the EU into the US’ largest-ever vassal state.

Germany is expected to be the most dramatically affected by this development in terms of its domestic politics and geostrategy. As regards the first, a greater decrease in living standards caused by the costs of more expensive US LNG being passed down to consumers could accelerate the AfD’s rise, which would lead to significant political changes if they’re ever able to form a government. Even if they’re kept out of power, such blatant meddling by the elites could worsen political polarization and associated tensions.

O Caso que nos julga


Rafael Nogueira

Não é “mais um caso”. É O Caso. E não por falta de material, mas por excesso de despropósito. Filipe, jovem inteligente, conselheiro do presidente (sem poder de decisão), virou peça de uma máquina que, em nome da democracia, desaprendeu o ABC da lei e do respeito ao indivíduo. O leitor faça a bondade de trocar o nome pelo de alguém próximo: filho, amigo, noivo, neto. Se não mexe com você, o problema deixou de ser jurídico. É de consciência.

A prisão preventiva nem deveria ter sido cogitada. O tal “risco de fuga” que lhe daria justificativa está baseado numa viagem que não houve. Quando ele já estava preso, brotaram registros migratórios nos EUA — todos falsos — para mantê-lo por mais de 185 dias no cárcere. Contagem de hoje. Vai saber onde isso vai parar? A história agora viaja, ora ora, para uma investigação nos EUA.

No mérito, tudo se baseia numa delação de terceiro, aquela da suposta reunião antecipatória de “golpe”. Delação não é prova. É buzina para chamar a prova. Daí veio o depoimento de um general e uma caderneta de entradas no Alvorada. Depois, por escrito, o general avisou que não podia cravar presença nenhuma, e um “possivelmente” foi promovido a “esteve lá”, por força mesmo.

A defesa trouxe geolocalização, corridas de aplicativo e versões oficiais anteriores, via Lei de Acesso à Informação, que desmentiam viagens e quaisquer papéis da vez. Encerrada a instrução, surgem cópias reprográficas do nada. Ao olhar de perto: rasuras, caligrafias que trocam de mão, assinaturas com humor variável. Erguem andares e mais andares sobre a lama da confusão e/ou da mentira. Uma hora dá bode.

Biometria obrigatória do INSS começa em novembro: idosos devem atualizar cadastro para não perder o benefício


O Dia

A partir de novembro de 2025, aposentados, pensionistas e beneficiários do BPC/LOAS deverão realizar o cadastro biométrico obrigatório, por meio de reconhecimento facial ou digital, para continuar recebendo seus benefícios. A medida, prevista no Decreto nº 12.561/2025, integra a política de modernização da Previdência Social e tem como objetivo reforçar a segurança, evitar fraudes e agilizar a verificação dos dados em todo o país. Embora o governo garanta que haverá ampla divulgação e prazos estendidos, a orientação é clara: quem não atualizar o cadastro dentro do prazo poderá ter o pagamento suspenso temporariamente, e, em casos mais graves, o benefício pode ser cancelado.

Como será feita a atualização
O processo será gradativo, conforme cronograma que será divulgado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). O segurado poderá realizar a atualização de duas formas:

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* On-line: pelo portal ou aplicativo Meu INSS, utilizando o reconhecimento facial integrado à conta Gov.br;
* Presencial: em agências do INSS, especialmente para quem não tem acesso à internet ou encontra dificuldades técnicas.

Enquanto o novo sistema não estiver totalmente ativo, o INSS continuará aceitando biometrias já registradas em documentos oficiais como Carteira Nacional de Habilitação (CNH), Título de Eleitor com biometria, Carteira de Identidade Nacional (CIN) ou registros da Polícia Federal.

Quem já possui biometria não precisa refazer
Segundo o governo, mais de 150 milhões de brasileiros já possuem algum tipo de registro biométrico, o que permite o reconhecimento automático sem necessidade de novo cadastro. A integração entre as bases do TSE, Detran e Polícia Federal garantirá que esses dados sejam aproveitados para o cruzamento de informações.

A burca e o rosto

Mahmood procurou legitimar o radicalismo islâmico apresentando-o como algo de potencialmente benéfico até para as teorias feministas. Haverá loucura maior?

João Maurício Brás

O debate sobre a proibição de tapar o rosto, especialmente por motivos religiosos, tem suscitado inúmeras questões e os respetivos equívocos. A questão não é apenas legal, nem religiosa ou política: é muito mais profunda no plano humano. O significado do rosto, mostrar ou ocultar, pertence ao domínio da própria construção e destruição da humanidade.

Emmanuel Levinas foi um dos grandes filósofos do século XX, e o tema do rosto ocupa um lugar central na sua obra. É sobre este conceito que deveria assentar o debate. O rosto é a possibilidade de ser na relação com o outro e do outro comigo, constituindo também o fundamento da ética. Sem rosto, a humanidade é danificada, daí a destruição do deste em certos crimes psicopáticos e a sua deformação nas torturas dos sistemas totalitários. O rosto não é uma simples aparência física, mas a epifania do outro. É principalmente através do rosto que se dá a presença que me interpela e me diz: “não matarás”.

No rosto, o outro revela-se como infinito, isto é, como alguém que não posso dominar, reduzir nem compreender totalmente. A sua exposição, na sua fragilidade e vulnerabilidade, desperta em mim a responsabilidade e rompe a lógica da indiferença ou do poder. Assim, este é o lugar onde nasce a relação ética: é nele que o eu descobre o dever de responder ao outro antes mesmo de afirmar a sua liberdade. Ocultá-lo é, portanto, negar o próprio espaço da humanidade e da transcendência que ele encarna. Tapá-lo é, em última análise, negar a humanidade.

Também Hannah Arendt nos recorda que este é o símbolo da presença pública do indivíduo, o modo como cada pessoa se dá a ver e se torna reconhecível entre os outros. No espaço público, o verdadeiro lugar da liberdade segundo Arendt, o ser humano “aparece” diante dos demais e revela quem é através da palavra e da ação. Esse aparecer é inseparável de um rosto: só quem o mostra, quem se expõe, pode participar na vida comum. Por isso, Arendt opõe-se a todas as formas de anonimato, mascaramento ou uniformização que apagam a singularidade, sejam elas totalitárias, religiosas, burocráticas ou tecnocráticas. O rosto representa a individualidade irrepetível, a diferença que torna possível a pluralidade humana. Escondê-lo, é negar a possibilidade da comunidade livre e do reconhecimento mútuo.

Nuno alcança feito importante pelo Vasco e repercute na imprensa portuguesa

Um dos grandes reforços do Vasco da Gama na temporada, Nuno Moreira chama atenção da imprensa de Portugal por feito inédito

Aniele Lacerda

Uma das principais contratações do Vasco da Gama para esta temporada, Nuno Moreira brilhou contra o Fluminense. O português teve um bom desempenho na etapa complementar da partida e marcou um dos gols.

Foto: Thiago Ribeiro

Assim, com o tento anotado contra o rival, o atacante chegou a marca incrível de balançar as redes contra os principais times do Rio de Janeiro. O feito inédito chamou a atenção e repercutiu na imprensa de Portugal.

– Nuno Moreira já marcou a todos os rivais do Vasco no seu primeiro ano no futebol brasileiro: um golo contra o Flamengo, um golo contra o Botafogo e um golo contra o Fluminense – escreveu o perfil português.

Veja:

21-10-2025: Oeste sem filtro – PF pede investigação de advogados que criticaram prisão de Filipe Martins + Fux diz que STF cometeu injustiças em julgamentos do 8 de Janeiro + Lula embarca em mais uma viagem internacional

[Língua Portuguesa] A favor ou em favor


Flávia Neves 

As locuções a favor e em favor existem na língua portuguesa e estão corretas. Embora estejam dicionarizadas como expressões sinônimas, há uma preferência pelo uso da expressão a favor.

Exemplos com a favor

·         Você é contra ou a favor?

·         O meu posicionamento é a favor.

·         Apenas serei eleita se tiver mais que 30 votos a favor.

A favor indica uma posição favorável, com concordância de opinião. Ser a favor é sinônimo de ser simpatizante, favorável, em prol, defensor, apoiador e partidário.

A favor de ou em favor de

Com a junção da preposição de, as locuções a favor e em favor se transformam em locuções prepositivas, igualmente sinônimas, apresentando não só o sentido de ser favorável a, como também o sentido de: para o benefício de, em proveito de, em prol de.

A locução a favor de é mais usada como sinônimo de favorável a.
A locução em favor de é mais usada como sinônimo de em prol de.

[Quadro da Quarta] Avestruzes Bailarinas do filme 'Fantasia' de Walt Disney

Paula Rego

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Criança dormindo sob a guarda de um cão corajoso 

terça-feira, 21 de outubro de 2025

[Livros & Leituras] OMERTA – Le nouveau magazine d’enquêtes et de reportages

Numéro 10 – Trimestriel – Septembre-Octobre-Novembre 2025, Omerta Media, Nanterre, 112 pages.


Roosevelt preocupado em não perder votos

Retrato oficial, 1945
(…)

Stálin ficou particularmente satisfeito com a posição de Churchill sobre a Polônia. O primeiro-ministro sugeriu que, após a guerra, a Polônia “possa se mover na direção oeste”, o que significava abdicar da região da fronteira leste em favor da URSS. Em compensação, receberia uma fatia do leste da Alemanha.

Certamente Churchill queria “uma Polônia independente e forte”, como declarou numa reunião na noite de 28 de novembro com FDR e Stálin, mas mudar as fronteiras do país na direção oeste era algo que podia aceitar. Churchill escreveu em suas memórias: “Isso agradou a Stálin e, nessa atmosfera, nos separamos pelo momento”.

Roosevelt concordou com essa medida drástica, mas, numa reunião privada com Stálin no início da tarde de 1º de dezembro, pediu-lhe para compreender que, como um político que estaria buscando a reeleição, não desejava ver a sua posição divulgada, a fim de não perder o voto polonês-americano.

FDR observou que as repúblicas bálticas da Estônia, Letônia e Lituânia “já haviam sido na história, e novamente mais recentemente, parte da Rússia, acrescentando como piada que quando os exércitos soviéticos reocupassem suas áreas, ele não teria a intenção de entrar em guerra com a União Soviética”., mas

Roosevelt esperava que houvesse um referendo nesses Estados, mas Stálin era um especialista em conseguir fazer com que as pessoas expressassem “livre vontade” de se juntar à URSS. Roosevelt deu-lhe sinal verde.

(…)

Texto: Robert Gellately, in “Lênin, Stálin e Hitler – A era da catástrofe social”, página 635
Digitação e Título: JP, 21-10-2025

Franklin Delano Roosevelt, também conhecido como FDR (Hyde Park, 30 de janeiro de 1882 – Warm Springs, 12 de abril de 1945) foi um advogado e político norte-americano que serviu como o 32.º presidente dos Estados Unidos de 1933 até sua morte em 1945. Membro do Partido Democrata, foi eleito para quatro mandatos presidenciais, sendo o presidente que ficou mais tempo no cargo, e tornou-se também uma figura central dos eventos históricos mundiais da metade do século XX. Wikipédia

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Merkel Is Half-Right & Half-Wrong About Who’s Responsible For The Ukrainian Conflict

Andrew Korybko 

The US was most responsible for the Ukrainian Conflict by refusing to reach a compromise with Russia for defusing their security dilemma, but Germany deserves as much blame as Poland and the Baltic States, perhaps even more because it was the EU’s de facto leader at the time.

Former German Chancellor Angela Merkel strongly implied in an interview that Poland and the Baltic States are partially responsible for the Ukrainian Conflict. According to her, “I wanted a new format… back then (in June 2021) where we could talk to Putin directly as the EU. Some [at the European Council] did not support that. They were primarily the Baltic States; but Poland was also against it because they feared that we would not have a common policy towards Russia.” She’s half-right and half-wrong.

What she’s right about is that those four are resolutely opposed to Russia for historical reasons (it’s unimportant whether or not readers believe that those reasons should influence contemporary policy) and would therefore certainly obstruct any proposed EU-Russian dialogue on security matters. Had Germany bilaterally engaged in talks with Russia on this matter or together with a “coalition of the willing” comprised of Western European countries, then that would have further divided the EU.

In that scenario, the US could have taken advantage of this serious rift to deploy more troops and equipment towards Russia’s borders for ruining the abovementioned hypothetical dialogue and provoking Putin into what ultimately became the special operation, which Merkel wanted to avoid. Like many, she underestimated how seriously he considered his country’s security dilemma with NATO to be by that point, ergo why she assumed that he wouldn’t resort to kinetic means in Ukraine for resolving it.

Rio amanhece com mínima histórica de 12°C e registra o outubro mais frio dos últimos dez anos

Segundo o Inmet, a última vez que a cidade marcou temperatura semelhante foi em 2014. Fenômeno La Niña e massa de ar polar explicam o frio fora de época que surpreendeu os cariocas nesta terça-feira

 Gabriella Lourenço


O Rio de Janeiro amanheceu nesta terça-feira (21) com um frio atípico para a primavera. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a estação de Jacarepaguá, na Zona Oeste, registrou 12°C às 6h — a menor temperatura para o mês de outubro nos últimos dez anos. A última vez que o Rio registrou um amanhecer tão gelado foi em 2014, quando os termômetros marcaram 11°C.

O frio surpreendeu os cariocas, que desde o fim de semana enfrentam céu nublado e garoa intermitente. Casacos, guarda-chuvas e até cachecóis reapareceram pelas ruas da cidade. A queda brusca nas temperaturas foi provocada pela chegada de uma massa de ar polar, que rompeu a sequência de dias chuvosos observada no início da semana.

De acordo com meteorologistas, esse frio inesperado está relacionado ao fenômeno climático La Niña, caracterizado pelo resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico na faixa equatorial. Essa condição altera a circulação atmosférica global e influencia o clima em várias regiões do planeta. No Sudeste, o fenômeno provoca uma maior frequência de massas de ar frio, o que faz com que ocorram friagens tardias mesmo durante a primavera.

No interior do estado e na Região Serrana, o frio também marcou presença. Em Nova Friburgo e Petrópolis, as temperaturas ficaram próximas dos 10°C, com sensação térmica ainda mais baixa nas áreas de maior altitude.

Previsão do tempo para os próximos dias

Nesta terça-feira, o dia segue com céu parcialmente nublado e sem previsão de chuva. Os ventos variam entre fracos e moderados, e as temperaturas devem permanecer estáveis, com mínima de 11°C e máxima de 26°C, segundo o sistema Alerta Rio.

Sanae Takaichi é eleita no Japão e será a primeira mulher a governar o país na história

Política se beneficiou com um acordo de coalizão entre partidos influentes

AFP

A líder conservadora Sanae Takaichi [foto], conhecida por defender uma posição mais dura em relação à China, tornou-se nesta terça-feira (21) a primeira mulher a governar o Japão, após negociar um acordo de coalizão de última hora

Foto: Kazuhiro Nogi/AFP

A política de 64 anos será a quinta pessoa a ocupar o cargo de chefe de Governo do país asiático em cinco anos. Ela assume um governo de minoria com uma agenda intensa, incluindo uma visita do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na próxima semana a Tóquio.

O Parlamento nomeou Takaichi, admiradora da britânica Margaret Thatcher, como primeira-ministra, depois que ela conquistou a maioria já no primeiro turno da votação para suceder Shigeru Ishiba.

Ela assumirá formalmente o cargo após uma reunião com o imperador Naruhito mais tarde.

Ex-baterista de uma banda de heavy metal, Sanae Takaichi foi designada em 4 de outubro a líder do Partido Liberal Democrático (PLD), que governa o Japão de maneira quase ininterrupta há décadas, mas que registra uma queda constante de popularidade.

Seis dias depois, o PLD perdeu seu aliado na coalizão de governo, o partido minoritário Komeito, que discorda das posições conservadoras de Takaichi e critica um escândalo de financiamento do PLD.

A saída do Komeito obrigou Takaichi a formar uma aliança com o Partido da Inovação do Japão (PIJ), um acordo assinado na segunda-feira.

A líder conservadora assumiu o compromisso de "fortalecer a economia japonesa e reorganizar o Japão como um país que pode ser responsável com as gerações futuras".

Vasco vence o Fluminense no Maracanã e vai a 8° no Brasileiro

Com a vitória diante do Fluminense, o Vasco sobe para o 8° lugar e entra de vez na briga por vaga na Libertadores

França Fernandes

O Vasco venceu o Fluminense por 2 a 0 nesta segunda-feira (20), pela 29ª rodada do Brasileirão, em uma atuação segura, madura e com a marca da joia Rayan, o garoto que vem transformando potencial em protagonismo. Após um bom começo do Tricolor, o cria da base do Gigante da Colina abriu o placar ainda no primeiro tempo e no início da segunda etapa Nuno Moreira fechou o placar. 

Foto: Matheus Lima

Como foi Vasco x Fluminense?

Logo nos primeiros minutos, Barros errou na saída de bola, entregando o presente para Germán Cano. O artilheiro tricolor finalizou com força, e Léo Jardim fez um milagre digno de aplausos no Maracanã. O Fluminense dominava o jogo, trocava passes com facilidade e parecia perto de abrir o placar. Mas o futebol tem dessas: quando o adversário parece mais confortável, surge o imponderável.

Aos 38 minutos, Rayan mostrou por que é tratado como joia em São Januário. Recebeu de Paulo Henrique, arriscou de fora da área e contou com um desvio em Freytes para enganar Fábio. A bola morreu no fundo da rede e incendiou o setor vascaíno. O gol mudou o clima, e o Vasco passou a jogar com confiança. O primeiro tempo terminou com desentendimento entre Rayan e Canobbio, mas o recado estava dado: o garoto não se intimida em clássicos.

Na volta do intervalo, o Vasco manteve o ritmo. Logo no início, Rayan novamente arriscou de fora, Fábio espalmou e, após uma sequência de rebotes, Nuno Moreira apareceu para empurrar a bola para o gol e ampliar. O 2 a 0 parecia definitivo — e foi. O Fluminense, abalado, não conseguiu reagir nem com as entradas de John Kennedy e Keno. Enquanto o cruzmaltino trocava passes, a torcida fazia a tradicional “Ola” nas arquibancadas já aos 27 minutos do segundo tempo.

20-10-2025: Oeste sem filtro – Lula entra na crise entre EUA e Venezuela para atacar americanos + Chefe do MST quer enviar brigadas para defender Maduro + Caso de Filipe Martins volta a repercutir na imprensa internacional

[Aparecido rasga o verbo] Pra burra só faltavam as penas...

Aparecido Raimundo de Souza

A BABÁ VINHA logo atrás da menina que pilotava um carrinho cor de rosa importado, movido a bateria, esses da boneca Barbie, com capacidade para quatro crianças. A pequena condutora era a filha da patroa. Distraída, a motorista tocava o carrinho a seu bel prazer, dirigindo aos trancos e barrancos, sem olhar exatamente onde passar. Com isso, atropelava as pessoas que iam e vinham pelo calçadão da praia, enquanto a babá, grudada no celular, sequer dava a devida atenção por onde a mocinha seguia em guinadas à torto e a direito. 

Ao se aproximarem de mim, resolvi fazer uma brincadeira com a jovem. Indaguei, de supetão, o rosto fechado, para dar mais seriedade à abordagem:
— Bom dia, senhorita.
A jovem parou de “futucar” o telefone para me atender:
— Pois não?
— Estou vendo essa mocinha linda e simpática dirigindo esse carrinho. Acaso é sua filha?
— Não senhor. É da minha patroa, dona Elisa.
— A senhorita, por acaso, está com os documentos da futura motorista?
— Sim, a certidão de nascimento, cartão de vacina, autorização dos pais dela para viajar com a pequena para onde for necessário...

— Só?
— Sim. Por qual motivo?
— A senhorita sabe se ela está portando a carteirinha de habilitação profissional para dirigir?
— Meu Deus, moço, agora o senhor me pegou. Eu não trouxe. E dona Elisa não me disse que precisaria... O que faço?
— Calma. Relaxa...

A babá assustada, passou a revirar a bolsa:
— Deixa eu ver.… de repente dona Elisa colocou esse documento no meio das minhas coisas. Não sabia que precisava. Meu Deus, moço. Que atitude devo tomar?
— Vou pedir que a senhorita retire a criança do carrinho...
A babá se abaixou e pegou no colo a pequena de olhos verdes. Num primeiro momento, ela fica zangada. Se abriu em choro copioso, fez pirraça, não querendo deixar a direção:
— Pronto...
— Vou precisar que pergunte a ela se essa fofura tem habilitação para dirigir.
— Ela quem, a menina?

[Livros & Leituras] Lênin, Stálin e Hitler – A era da catástrofe social

Robert Gellately, Editora Record, Rio de Janeiro, 2010, 798 páginas. 

Lênin, Stálin, Hitler. Nomes inextrincavelmente ligados ao curso da história contemporânea. No meio do turbilhão europeu da primeira metade do século XX, esses ditadores tomaram decisões que moldaram o mundo como conhecemos. E tornaram impossível conjurar outra imagem para a Europa atual.

Em Lênin, Stálin e Hitler, o renomado historiador Robert Gellately disseca o período entre 1914 e 1945, uma era de turbulência quase contínua: duas guerras mundiais, a Revolução Russa, o Holocausto, a ascensão do Terceiro Reich. E mostra como esses três homens ocuparam posições centrais nesses eventos.

Gellately analisa, ainda, as ligações entre estes momentos históricos e avisa: considerar tais acontecimentos como episódios não conectados equivale a não compreender suas gêneses e naturezas.

O autor foca as potências dominantes da época, União Soviética e Alemanha nazista, mas analisa a catástrofe em termos globais. Afinal, mais vidas foram perdidas nesse intervalo do que em qualquer outro na história.

Poucas semanas após a tomada do poder, os bolcheviques criaram forças policiais secretas muito mais brutais que os similares czaristas. Os nazistas fizeram o mesmo e instituíram a Gestapo. Sob ambos os regimes, milhões foram encarcerados, torturados e mortos.

Neste livro, Gellately argumenta contra a corrente que ameniza o papel de Lenin nos crimes de Stálin e mostra que o terror colhido pelo segundo foi em grande parte plantado pelo primeiro. Na Primeira Guerra Mundial, algo ao redor de oito milhões de homens morreram em combate, sete milhões ficaram permanentemente incapacitados e outros 15 milhões, seriamente feridos. Estimados cinco milhões de civis perderam suas vidas em decorrência de “causas relacionadas à guerra”, tais como doenças e subnutrição.

segunda-feira, 20 de outubro de 2025

Polícia intima 4,2 mil usuários de celulares roubados no RJ; prazo é de 72 horas

A Polícia Civil do RJ iniciou nova fase da Operação Rastreio nesta segunda (20/10) e intimou 4,2 mil usuários de celulares roubados ou furtados


Diário do Rio

Polícia Civil do RJ começou, nesta segunda-feira (20/10), uma nova etapa da Operação Rastreio. Cerca de 4,2 mil usuários foram intimados a entregar seus celulares em até 72 horas, por suspeita de roubo, furto ou receptação. As intimações chegam por mensagem diretamente nos aparelhos.

Quem comprou usado ou seminovo precisa checar se recebeu o aviso de irregularidade. Se foi intimado, deve procurar uma delegacia e devolver o dispositivo ainda nesta semana.

Desde maio, a Operação Rastreio já recuperou 7,2 mil celulares no estado. Desses, cerca de 3 mil foram devolvidos voluntariamente por usuários que se apresentaram em delegacias em fases anteriores. A ação resultou em 420 prisões — 85% por receptação. Todos os aparelhos recuperados seguem para perícia; os proprietários legítimos estão sendo identificados para restituição.

O STF virou piada

Lygia Maria

Supremo ignora jurisprudência sobre crimes contra a honra em caso de suposta fala caluniosa de Sergio Moro contra Gilmar Mendes


Um motorista encosta o carro numa venda para pedir informação. "Amigo, bom dia! Eu tô precisando de um habeas corpus para um empresário investigado pela Lava Jato, sabe onde é que eu consigo?". O comerciante responde sem titubear: "Habeas corpus é lá com o Gilmar Mendes". 

Essa piada está num vídeo de 2018 do grupo humorístico Porta dos Fundos, que não foi acusado na Justiça por difamar o ministro do STF. Trata-se de sátira protegida pela liberdade de expressão.

A jurisprudência brasileira tende a afastar o dolo dos crimes contra a honra quando há animus jocandi (intenção de fazer rir). A mais alta corte do país, contudo, vai no caminho contrário. 

Em junho de 2024, a Primeira Turma do STF aceitou denúncia contra Sergio Moro (União Brasil-PR) feita pela PGR, que acusa o senador de caluniar Gilmar Mendes; neste mês, formou maioria para rejeitar o recurso da defesa. 

Em vídeo que viralizou em abril de 2023, Moro aparece numa festa junina falando sobre a brincadeira chamada "cadeia" (pagar uma prenda para tirar alguém da "prisão"). Alguém diz que ele "Está subornando o velho", e Moro responde, rindo: "Não, isso é fiança. Instituto para comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes". 

"A Folha, que acusa Washington de 'promover instabilidade na América Latina', ignora deliberadamente que a única instabilidade real vem dos regimes autoritários"

Leandro Ruschel

Tanto o Estadão quanto a Folha publicaram editoriais condenando a pressão militar que Donald Trump vem exercendo contra um dos regimes mais brutais e corruptos do planeta — o regime comunista venezuelano, responsável por transformar um país outrora próspero num laboratório de miséria, censura e repressão. 

É sempre o mesmo roteiro: os militantes de redação de esquerda até se permitem críticas pontuais ao chavismo, apenas o suficiente para manter uma aparência de “equilíbrio jornalístico”. Mas, no momento em que algo realmente ameaça o regime — seja uma pressão internacional, uma sanção econômica, ou agora, uma ofensiva diplomática e militar dos Estados Unidos — eles correm em sua defesa, invocando o velho discurso da “soberania nacional” e da “estabilidade regional”. 

O resultado é previsível: em nome da “paz”, legitimam a tirania; em nome da “democracia”, protegem ditadores. A Folha, que acusa Washington de “promover instabilidade na América Latina”, ignora deliberadamente que a única instabilidade real vem dos regimes autoritários — como o de Nicolás Maduro — que reprimem, torturam e exilam milhões de cidadãos. 

domingo, 19 de outubro de 2025

O que falta a Ventura

Presidenciais são terreno para gladiadores e André Ventura veste a armadura de homem forte como tantos outros líderes da nova direita pelo mundo

Rui Calafate

Desenganem-se os incautos muito ágeis a dardejar André Ventura [foto] na noite de domingo, num exercício doentio e pouco decente de vingança do politicamente correto, o líder do Chega está bem vivo e mais forte.

Foto: Manuel de Almeida/Lusa

Foi apenas vítima do excesso de confiança de quem, em apenas seis anos, conseguiu levar um dito ‘partido de um homem só’ a segunda maior força política com 60 deputados. O seu desígnio de 30 câmaras a conquistar era muito optimista por dois motivos.

Em primeiro lugar, ainda não tem estrutura suficiente espalhada pelo território que lhe garantisse bons cabeças-de-lista, conhecidos e respeitados pelas comunidades, em 308 municípios. Depois, a Marca Chega não bastou para empurrar os seus deputados como ganhadores e futuros autarcas. André Ventura ainda teve a habilidade de apelar ao voto útil da direita – nos concelhos em que o Chega podia bater PS e CDU – mas foi infrutífero o seu esforço.

Mas foi um mau resultado? Informo as hienas do politicamente correto que não. Passou de zero câmaras e 18 vereadores em 2021 para 3 e 137 vereadores e ao todo obteve mais de 1900 mandatos na totalidade. Com isso ganha influência local, vai criar gabinetes, o que atrairá mais profissionais qualificados, e assim se cresce estruturalmente. Sem esquecer o futuro, pois o eleitorado jovem está profundamente fidelizado pelo líder e por Rita Matias nas redes sociais.

Um dia, quando aquela Anita do Bloco de Esquerda ganhou a câmara de Salvaterra de Magos (saindo depois por indecente e má figura), aqueles que agora tentaram apedrejar André Ventura quase que a ungiram a nova Santa da Ladeira, entretanto, nunca mais o BE venceu nada nas autárquicas. Portanto, desiludam-se o Chega está a iniciar o seu caminho e também aqui irá crescer.

Le terrorisme comme sacrifice religieux : ce que l’accord Trump a ignoré

En substance, pour le Hamas, le terrorisme est une forme de violence sacrée orientée vers le « sacrifice » des ennemis et des martyrs


Gaïa

Le problème est simple. Le plan en 20 points pour la paix du président Donald Trump repose sur des prémisses manifestement fausses. Même aujourd’hui, alors que les violations commises par le Hamas ne cessent de s’intensifier, les partisans de l’accord refusent de comprendre les motivations profondes du terrorisme arabe palestinien.

En projetant naïvement leur propre vision de l’histoire occidentale sur le Moyen-Orient actuel, ces partisans se sont enfermés dans des schémas explicatifs politiques simplistes. S’accrochant obstinément à des clichés, ils ignorent systématiquement ce qui se passe sous leurs yeux.

En dernière analyse, le terrorisme djihadiste (Hamas, etc.) est une expression du sacrifice religieux. Pour ces criminels (le terrorisme est toujours un crime codifié), la violence contre Israël représente l’accomplissement d’obligations « sacrées ».

Pour les terroristes du Hamas, violence et sacré ne font qu’un. Ils sont logiquement indissociables. Négliger ou méconnaître ce point condamnerait à l’échec tout soi-disant « Conseil de paix ».

L’histoire mérite une place de choix. Auparavant, la politique israélienne soutenait le Hamas contre le Fatah. À cette époque, l’orientation politique du Fatah était exprimée de manière très directe par Othman Abu Gharbiya, vice-président du Bureau national et politique (Al-Hayat Al-Jadida) : « Nous devons toujours être prêts à sacrifier notre sang, comme au début… et comme nous continuerons à le sacrifier. Le Fatah est un mouvement de sacrifice sanglant… Notre peuple a donné une chance au monde, et si le monde ne saisit pas cette chance, la violence et le chaos s’abattront. »

Por que é que a extrema-esquerda gosta de burkas?

Miguel A. Baptista

A esquerda radical acolhe a burka não por ignorância, mas porque ela simboliza o que mais deseja: a erosão moral e cultural do Ocidente. 

A burka, imposta nas versões mais retrógradas e fanáticas do Islão, é um símbolo de violência e humilhação contra as mulheres. 

Ao deixar apenas uma fenda para os olhos, nega à mulher o campo de visão, a expressão e, sobretudo, a identidade. Na nossa cultura, o rosto é a marca da pessoa, o sinal visível da dignidade individual. A burka apaga-o. Transforma o ser humano em sombra. 

Quem a usa dificilmente encontrará emprego, integração ou liberdade. Não é um traje: é uma cela ambulante. Por isso foi, e bem, proibida em boa parte da Europa Ocidental. A burka é um monumento à submissão, uma peça icónica de um mundo em que a mulher é propriedade. Tudo isto parece óbvio, mas, como advertia G.K. Chesterton, “chegará o dia em que teremos de provar ao mundo que a relva é verde”. Pois bem: esse dia chegou. 

E então, porque é que a extrema-esquerda simpatiza com a burka? Porque, para ela, a presença da burka no nosso espaço público é mais do que uma questão de religião: é um símbolo político. Representa, aos seus olhos, o colapso moral do Ocidente, e tudo o que enfraqueça o Ocidente é, por definição, bem-vindo. 

Peine de prison pour avoir critiqué l’islam

La « Palestine » n’est peut-être pas un État, mais l’islam est déjà un « empire » qui s’étend de Milan à Barcelone, et il aimerait également ouvrir les prisons d’Allah aux prêtres


Gally

La condamnation d’un prêtre espagnol pour « discours haineux » a déclenché un débat national sur les limites de l’expression religieuse et de la liberté de conscience en Europe. Custodio Ballester, un prêtre de Barcelone connu pour ses opinions tranchées, a été reconnu coupable la semaine dernière d’avoir tenu des propos « islamophobes » dans un article qu’il avait écrit il y a plus de sept ans.

Ballester a écrit un article intitulé « Le dialogue impossible avec l’islam », dans lequel il affirme que « l’islam radical veut détruire la civilisation chrétienne et raser l’Occident ».

Ballester explique : « Cette réactivation du dialogue entre chrétiens et musulmans, paralysé par les prétendues « indiscrétions » de Benoît XVI, est loin de devenir une réalité. L’islam ne permet pas le dialogue. Pour l’islam, soit vous croyez, soit vous êtes un infidèle qui doit être soumis d’une manière ou d’une autre. Dans les pays où les musulmans détiennent le pouvoir, les chrétiens sont persécutés et tués. De quel type de dialogue parlons-nous ? Les chrétiens en territoire musulman sont tolérés et « protégés », ils sont des dhimmis, c’est-à-dire s’ils paient la jizya, un impôt spécial imposé uniquement aux chrétiens. »

En Afrique, les islamistes imposent la jizya aux communautés chrétiennes : une taxe de 40 dollars.

En Europe, ce sont les magistrats qui imposent la jizya.

Dans les pays islamiques, l’apostasie et le prosélytisme envers toute religion autre que l’islam ne sont pas autorisés et sont sévèrement punis par le code pénal ; aucune nouvelle église n’est construite et les rares qui peuvent exister dans d’anciennes colonies comme le Maroc sont profanées, détruites ou réaffectées. Même notre liberté d’expression et de pensée n’existe pas dans leurs pays, et ici, ils la limitent ouvertement sous le prétexte pervers et insidieux de l’« islamophobie », qui réduit au silence et muselle toute opposition fondée à leur expansion. Nous devons tout accepter sans nous plaindre si nous ne voulons pas être accusés de « racisme ».

Portugal, de novo, nas bocas do mundo, e outra vez pelos piores motivos

Esfaqueamento mortal de turista americano em Cascais levanta debate sobre segurança em Portugal e eventuais consequências para o turismo

Magalhães Afonso

Foto: João Porfírio

Portugal voltou esta semana a ser notícia um pouco por todo o mundo e mais uma vez pelos piores motivos. Depois do acidente do Elevador da Glória em setembro, o esfaqueamento mortal de um turista norte-americano em Cascais na madrugada de quarta-feira – noticiado desde a CNN Internacional ao The Independent – colocou o país sob os holofotes e levantou a discussão sobre a segurança e eventuais consequências para o turismo.

Segundo o Jornal de Notícias, o número de homicídios em Portugal continua a aumentar e já ultrapassou o total registado em todo o ano passado.

Desde janeiro foram assassinadas pelo menos 94 pessoas, segundo dados policiais apurados até à data, o que coloca 2025 entre os anos mais violentos da última década. Em 2024, tinham sido contabilizados 89 homicídios dolosos, de acordo com o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI).

«Os homicídios geram sempre uma maior preocupação pública e isso é preocupante», afirma Hugo Costeira, especialista em segurança interna, que acrescenta haver «mudanças culturais na criminalidade». Segundo o antigo presidente do Observatório de Segurança Interna, ouvido pela Rádio Observador, «atendendo a uma série de fatores externos nós temos importado tendências mais violentas» e «por isso temos de equacionar que temos entre mãos mudanças culturais na criminalidade». 

Hugo Costeira diz que «há muitas coisas a acontecer que vão influenciar a opinião pública nesta matéria e estas perceções de insegurança acabam por se transportar para o setor turístico», afirmando não interessar «a ninguém que os EUA emitam um alerta de segurança sobre o turismo em Portugal». 

Ciclovia Tim Maia é interditada por conta da ressaca que atinge o litoral do Rio

O Centro de Operações Rio informou que a interdição é temporária e que o mar deve continuar agitado até as 21h desta segunda-feira (20/10)

 Victor Serra

A ciclovia Tim Maia, que liga o Leblon a São Conrado, segue interditada desde a manhã deste domingo (19/10) por conta da forte ressaca que atinge o litoral carioca desde a noite de sábado. Equipes da Prefeitura foram acionadas para monitorar a região e garantir a segurança de pedestres e ciclistas.

O Centro de Operações Rio informou que a interdição é temporária e que o mar deve continuar agitado até as 21h desta segunda-feira (20/10). A recomendação é evitar a área e redobrar a atenção nos trechos mais próximos ao mar.

Uma frente fria atua sobre o Rio de Janeiro desde o fim de semana, derrubando as temperaturas e trazendo chuva para a região metropolitana. A máxima neste domingo não deve ultrapassar os 21 graus. 

O rato que ruge

Marco Angeli

Apesar de todas as tentativas desesperadas das chacretes da imprensa – e de seu próprio pessoal – para passar pano e distorcer a real situação entre Brasil e EUA, lula parece estar ensandecido por ver seus planos de dominação 'socialista' para a América Latina sendo demolidos.

Mais uma vez, após as celebradas 'conversas produtivas' de Mauro Vieira – que na realidade foram um balde de água fria na maladragem brazuca que quer ignorar de qualquer forma o contexto político da situação – luladasilva volta a atacar Trump, berrando em evento:

“Ninguém vai falar grosso com o Brasil.”

O desespero é evidente, diante da ofensiva dura dos EUA no cerco a maduro e ao narco tráfico, peças-chave na sustentação do Foro de São Paulo, a ferramenta de lula para implantação de seu poder.

Enquanto vê desmoronar a estrutura suja montada e construída durante décadas em parceria com tiranos como castro ou chavez, lula fica cada vez mais isolado, sem saída, numa sinuca de bico sem solução.

Se ceder ao diálogo proposto por Trump, lula será forçado a discutir e explicar a ditadura brasileira que o sustenta, deixando de lado as bravatas e mentiras sobre questões de tarifas.

O que não quer e não pode fazer.

Se se recusa ferozmente – como faz – a dialogar, isola o Brasil burramente e cada vez mais, indo fatalmente em direção a um impasse sem solução como o que levou Cuba ou a Venezuela à miséria há anos.

"Querem segurança? Prendam bandidos de verdade."

Prof. Claudio Branchieri

Comprei morango na sinaleira e paguei no Pix. Vida real: trabalhador vendendo, consumidor comprando, economia girando. Mas agora cada R$ movimentado vira dado na prancheta do Leviatã digital. Não é “imposto do Pix”; é algo pior: é usar a vida financeira de cidadãos comuns para te vigiar e te multar. 

A manicure, o pedreiro e a vendedora de morango viram “alvo” do mesmo radar que dizem usar contra o crime. O discurso promete pegar megaesquema com offshore; a prática mira quem não emite nota porque está tentando sobreviver. Fintechs deram liberdade ao povo; o sistema responde com demonização e ameaça de cruzamento de dados. 

Querem segurança? Prendam bandidos de verdade. Deixem quem trabalha em paz. O recado é claro: no Brasil de hoje, o pecado não é ser bandido — é ousar ser independente do governo.

Texto e Vídeo: Prof. Claudio Branchieri, X, 18-10-2025, 13h07

[Discos pedidos] Francesinhas (III)

Onde é? Qual o nome? 😉


[Antigamente] Caneco 70


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Cigarros 
Quais dessas moedas você já utilizou? 

[As danações de Carina] Escolhas

Carina Bratt

HOJE, DONA NENÊ aos 78 anos, sentada nos pés da cama meio capenga, o colchão sujo, coberto por um lençol enegrecido pela falta de limpeza, olha longamente para o teto da sua casa como quem procura respostas em algumas das muitas rachaduras. Não há filhos correndo pelos corredores, nem os gritos dos netos lhe pedindo atenção, ou os mais traquinas desenhando figuras no chão e nas paredes com pedaços de giz do tempo em que era professora. Não há casa própria. Apenas um barraco entre tantos outros numa favela sem nome de rua e sem um número no portão de entrada que possa indicar aos passantes, que ali é o seu lar. 

Em contrapartida, há exames pendentes jogados numa cestinha de vime ao lado de um criado mudo próximo à janela. Persistem dores estranhas que não se explicam, e talvez, ‘para ontem’, uma internação à vista, sem acompanhante, sem alguém para segurar a sua mão, se por qualquer motivo precisar deixar o mundo dos vivos. Ela pensa nas escolhas. Pensa muito. Sempre pensa nas malditas escolhas. Ou melhor, rumina lentamente nas ‘não-escolhas’. Nos ‘depois eu vejo’, nos ‘não agora’, nos ‘não sei o que fazer’. Foram tantas vezes em que a vida pediu uma decisão e ela respondeu com silêncio.

E o silêncio, a mudez desses instantes, ela descobriu tarde, também, obviamente por algum motivo que não lembra, mas na verdade, foi uma porcaria de uma escolha. Dona Nenê se quedou em permanecer em relações que não a viam.  Empregos os mais diversificados que pagavam pouco e exigiam muito. Escolheu não pedir ajuda aos vizinhos mais próximos, e o fez por orgulho ou por vergonha e medo. Vai se saber, nessa altura do campeonato! Decidiu não cuidar da saúde, porque sempre havia algo mais urgente. E por ser urgente, achou melhor deixar para outro dia. ‘Talvez amanhã eu acorde mais disposta’. Mas hoje, aos 78 anos, com o corpo pedindo socorro e o coração com um punhado de pontos de interrogações, ela entende que ainda há tempo.

Que mesmo sem o carinho necessário dos filhos, sem a ternura contagiante dos netos, sem a paz acolhedora de uma casa para chamar de sua, e sem companhia para bater papo, há algo que ninguém pode tirar dela: e o que é? A chance de escolher diferente. Dona Nenê, num dado momento, respira fundo. Talvez amanhã (Oxeeeeee!) marque os exames. Talvez depois procure um abrigo, uma conversa, um gesto de cuidado. Talvez, no sábado, ligue para seus filhos e peça que tragam os netos, ou talvez, no pior dos mundos, escreva uma carta para si mesma, dizendo: ‘Nenê, sua abestalhada, você merece mais do que o que aceitou até aqui.’

sábado, 18 de outubro de 2025

17-10-2025: Oeste sem filtro – Moraes manda PF explicar suposta viagem de Filipe Martins aos EUA + Lula reitera simpatia pelo ditador da Venezuela

[Versos de través] Um Deus + A Liberdade

Joel Henriques

Um Deus

Poderia ser alguém que faz chover, 
Mas sou um ser humano, não um deus
E perdi os sinais que eram seus
Com o próprio mistério do ser.

Espírito caído por reler
A vasta condição dos himeneus,
Larguei os universos antes meus
Sem me caber o céu ou rir sequer.

Sofri com a descrença do verão,
Depressa me levou o brando dom
Que depois não ficou para ninguém.

Agora em pleno rio sempre vão
Acerto a palavra com o tom
E vejo nesta terra a minha mãe. 

A Liberdade

O mar, a terra, a flor e a estrela.
A casa, a noite, as aves, a palavra.
O Sol interior, um deus que lavra
E a benção da chuva me desvela.