sábado, 22 de novembro de 2025

[Versos de través] O pedreiro

Aleksandr Soljenítsyn

Eis-me pedreiro. Como diz o poeta
De pedra bruta ergo uma prisão
Mas em redor não há cidade: é a Zona cercada.
No céu límpido um milhafre plana e espreita. 
Vento na estepe… E não passa ninguém,
Para perguntar: constróis, para quem?
Vigiam-nos com arame farpado, cães, metralhadoras –
É pouco! Precisam de outra prisão dentro da prisão…
De colher na mão, trabalho com moderação,
E o trabalho arrasta-se por si mesmo.
Veio o major: parede mal aparelhada!
Seremos os primeiros presos – prometeu.
Se fosse só isso! Digo uma palavra livre
E no processo prisional alguém por travessura
Disse alguma coisa em denúncia
Ligando-me a mais alguém.
À porfia os martelos quebram e moldam.
Atrás do muro cresce um muro,
Um outro muro para lá dos muros…
Gracejamos depois de fumar
Junto à caixa da argamassa.
Esperamos o pão para o jantar,
Um pouco mais da papa absurda.
E do andaime, por entre as pedras
Os buracos sombrios das celas.
Muda profundeza dos tormentos de alguém…
E todo o fio entre eles – um automóvel
E o zumbido dos fios dos postes recentes.
Meu Deus! Como somos impotentes!
Meu Deus! Que escravos somos!

Aleksandr Soljenítsyn

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Para merecer a poesia + Pastoral 
Um Deus + A Liberdade  
A Palavra + O Sol

[Pernoitar, comer e beber fora] Parada na Estrada: Restaurante Araucária e sua costela no bafo - Vale muito a pena conhecer

A costela preparada no Bafo pela turma do restaurante Araucária é simplesmente deliciosa! Não deixe de provar caso esteja a caminho de São Lourenço e demais regiões hidrominerais.



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sexta-feira, 21 de novembro de 2025

Fórum Barreiro passa a chamar-se Barra Shopping

Marta Guerreiro

Novas lojas e fecho das varandas, entradas e a cobertura do topo são algumas das novidades do centro comercial que tem vindo a ser renovado

O Barreiro acordou esta quinta-feira com uma nova identidade. O conhecido Fórum Barreiro passa, a partir de hoje, a chamar-se Barra Shopping, um espaço que se tem desenvolvido nos últimos tempos e que promete novidades para o futuro.

Num investimento superior a três milhões de euros a Sonae Sierra, agora dona do centro comercial, tem estado a investir na infraestrutura. Exemplo disso é a já instalada Loja do Cidadão, que abriu portas a 17 de fevereiro, e mais recentemente com o fecho das varandas, entradas e a cobertura do topo.

O novo nome é o começar de um novo ciclo, como explica o diretor do Barra Shopping. “É o culminar de um trabalho que tem sido desenvolvido ao longo dos últimos anos e que tem acompanhado o reforço da dinâmica do trabalho. O nosso trabalho vai de encontro ao que tem sido a dinâmica muito positiva da cidade do Barreiro e estamos também a ligar-nos à proximidade e inovação”, explica Paulo Silva em declarações a O SETUBALENSE.

As novas lojas que têm estado a abrir portas, bem como outras que já estão projetadas para abrir portas em 2026, têm ajudado a que este seja “um shopping cada vez mais ligado à comunidade, mais ligado aos nossos lojistas e ligado à inovação e transformação que a cidade está a sofrer”, aponta o responsável.

[Aparecido rasga o verbo] O Ódio e a sua doce face adulterada

Aparecido Raimundo de Souza

NA PRAÇA em frente à pequena igrejinha de Nossa Senhora das Candongas Aflitas, o relógio colocado recentemente pela prefeitura, marca o tempo como quem não se importa com ele. As pessoas vão e vem. Passam apressadas, umas pelas outras, três ou quatro saem da recém terminada missa do padre Faustulóbio. Cinco ou mais, logo adiante, deixam o mercado com sacolas plásticas abarrotadas de compras.

Em comum, sem tirar nem pôr cada uma dessas almas carregam a sua ligeireza sofreguida, como se fosse um segredo perigoso que precisa ser guardado a sete chaves. E aqui, entre o vai e vem que apenas se entrelaça por força das correrias dessas criaturas, vejo surgir um sentimento estranho: o ódio adulterado, ou melhor explicado, a face conturbada das malévolas trazidas em cada coração que bate descompassado.

Esse ódio, é um ódio cru, destemperado e insosso. Não aquele que explode em gritos ou socos. Na verdade, esse agastamento é um mal disfarçado, um enfado repulsivo, camuflado com perfume barato, vestido de boas maneiras, a maioria dessas maneiras entrelaçadas de palavras polidas. Um ódio meio assim neurastênico que sorri, que aperta mãos, que diz “bom dia” por dizer, enquanto na surdina do seu “eu” mais profundo, trama quedas e baques silenciosos.

Esse ódio fustigoso não queima de imediato. Eu corroí devagar, sem pressa, “come pelas beiradas”, se distende como ferrugem em ferro esquecido. Se adultera, misturado com conveniências e vaidades. Se dilata e se torna quase invisível. E por isso, se faz mais letal e perigoso. Mais fulminante e agressivo, pelo fato de não se reconhecer no primeiro olhar.

Ele parece cordial, se mostra justo, se molda perfeito até ao conhecido como racional. Eis alguns exemplos: na fila da padaria, na mesa do jantar, no cotidiano das redes sociais, ele se infiltra. Um comentário irônico, por exemplo, uma piada que não se faz ou não se coaduna só numa piada, uma crítica que veste a máscara da preocupação. Tudo contribuí para o ódio adulterado não gritar: o ódio adulterado, aliás, não faz barulho, apenas sussurra.

E esse sussurro, repetido mil vezes, acaba virando verdade para quem não presta muita atenção. No final da tarde, quando o sol se despede atrás dos telhados da igreja do padre Faustulóbio, mesma forma das casas e prédios no longevo da avenida, percebo que o danado do ódio tipo “as sete vidas de um gato” se transformam literalmente como uma sombra: e, como tal, ele só existe porque há luz.

Analyzing All 28 Points Of The Leaked Russian-Ukrainian Peace Deal Framework

Andrew Korybko 

The overarching theme connecting the substance and timing of this agreement is therefore the US’ eagerness to resolve the Russian-US dimension of the New Cold War in order to prioritize the Sino-US dimension thereof as the next phase of its systemic competition with China over the future world order

The New York Post, which Trump once called his “favorite newspaper”, just published what it claims to be all 28 points of Russian-Ukrainian peace deal framework that Russia and the US have reportedly been working on in secret over the past few weeks. What follows is the text of each individual point as detailed in the infographic shared in their article on this subject, which will then be concisely analyzed, with some observations about the substance of the agreement and its timing rounding out the analysis:

1. Ukraine’s sovereignty will be confirmed.

This relates to Russia respecting Ukraine’s right to manage its affairs, both internal and foreign and each in accordance with the terms specified in this agreement. It’s pretty much symbolic and aimed at spinning the outcome of this conflict as a (faux) victory for Ukraine amidst the narrative that was pushed by it and the West that Russia wants to conquer all of the country. Some state-adjacent “Non-Russian Pro-Russians” (NRPR) also inadvertently lent credence to this through their sensationalist commentary.

2. A comprehensive non-aggression agreement will be concluded between Russia, Ukraine and Europe. All ambiguities of the last 30 years will be considered settled.

This relates to reforming the European security architecture and could thus likely be a protracted process due to the issues involved. Some of them include Russia’s access to Kaliningrad, navigation across the Baltic Sea, and its opposition to nukes in Poland, while Poland, whose lost Great Power status is being revived with US support, wants Russian tactical nukes and Oreshniks out of Belarus. The “EU Defense Line” that’s being built between NATO and Russia-Belarus will likely also become a “new Iron Curtain”.

3. It is expected that Russia will not invade neighboring countries and NATO will not expand further.

This quid pro quo, which might include verification and enforcement mechanisms regarding the status of forces along the “new Iron Curtain”, is meant to alleviate their security dilemma and thus facilitate some of the aforesaid compromises. The US would also have a pretext for redeploying of some of its EU-based forces to the Asia-Pacific for more robustly containing China while Russia would have the same for refocusing its strategic attention southward in response to the expansion of Turkish influence there.

Crise no Vasco: elenco é cobrado e Diniz segue respaldado

Diagnóstico interno no Vasco da Gama e de que a responsabilidade pelo mau momento deve ser dividida entre treinador e jogadores

Altair Alves

O Vasco vive o seu pior momento no Campeonato Brasileiro. O Cruzmaltino chegou a sua quarta derrota consecutiva na competição, sequência idêntica ao Sport, que é o lanterna e já está rebaixado. A má fase tem gerado muitas críticas ao técnico Fernando Diniz. No entanto, o treinador segue respaldado.

Foto: Matheus Lima/Vasco da Gama

O diagnóstico da crise dentro do Vasco é de que Diniz tem culpa pelo mau momento, mas ela precisa ser compartilhada com os jogadores. O entendimento é de que o treinador errou em algumas substituições, mas tem escalado a equipe dentro de uma lógica.

Dessa forma, a cobrança sobre o elenco tem sido intensa, mas individualizada. Muitos jogadores têm rendido muito abaixo do que podem e os esforços que estão sendo feitos é para entender os motivos.

Mudanças à vista

A princípio, a má fase é técnica e não física. De acordo com uma fonte, o GPS dos jogadores apresenta nas derrotas os mesmos dados de quando o Vasco estava vencendo. Portanto, não está faltando fôlego, mas sim concentração para tomar a melhor decisão dentro de campo.

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quinta-feira, 20 de novembro de 2025

COP30 pega fogo


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Once upon a time in America

O português que conquistou a América


Silvana Lagoas

A primeira coisa que vi na capa da Economist foi uma bola de futebol prestes a ser chutada por alguém que lembra, imediatamente, o Cristiano Ronaldo. Obviamente aquela primeira página é muito mais complexa, cheia de camadas políticas e económicas, mas hoje vou concentrar-me no simbolismo futebolístico. 

Sinceramente, não percebo nada de futebol. Fui apanhando uma coisa ou outra ao longo dos anos, mas não é o desporto que me prenda. O que realmente me chamou a atenção foi o ódio quase irracional que os portugueses nutrem pelo CR7. Dei por mim a pensar se a Amália Rodrigues ou o Egas Moniz sofreram o mesmo tipo de preconceito. Seriam eles mais humildes? Ou será simplesmente cultural esta tradição profundamente portuguesa de olhar de lado para quem se destaca, como se o sucesso alheio fosse insolência e precisasse de ser punido? Nesse caso, o Cristiano tem demonstrado uma resiliência fora de série.

Ao analisar aquela capa da Economist, repleta de simbolismos perturbadores, a minha imaginação criou asas e voou imediatamente para um cenário hipotético delicioso. Imaginei Portugal na final do Mundial de 2026 contra a França, nos Estados Unidos, diante de Trump e Macron. Cristiano Ronaldo, odiado pelos portugueses e aclamado pelo resto do mundo, a marcar o golo que decide o título. O laranjão a entregar a taça ao craque, enquanto Macron tenta consolar o inconsolável Mbappé. E, claro, num instante iam surgir teorias de que o Cristiano comprou a Copa.

Europa está prestes a reconhecer a poligamia num caso de direitos humanos que envolve imigrantes muçulmanos


Paulo Hasse Paixão

A Europa poderá em breve enfrentar uma mudança jurídica histórica, uma vez que o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) se prepara para decidir se as famílias poligâmicas devem ser reconhecidas pela lei europeia. O caso envolve Khaled Al-Anesi, um requerente de asilo iemenita que recebeu refúgio na Holanda em 2011. Al-Anesi conseguiu trazer a sua primeira mulher e os seus oito filhos para o país ao abrigo das regras de reagrupamento familiar, mas procura agora trazer as suas outras duas mulheres e cinco filhos adicionais, que permanecem na Turquia.

As autoridades holandesas rejeitaram o seu pedido, alegando a proibição da poligamia no país e o facto de as crianças já viverem com as suas mães em condições estáveis. Segundo os relatos, as autoridades sugeriram-lhe que se divorciasse das suas outras esposas para facilitar o reagrupamento familiar, mas recusou. Desde então, Al-Anesi processou o governo holandês, alegando que este violou o seu direito à vida familiar, de acordo com a Convenção Europeia dos Direitos Humanos (CEDH), que é aplicada pelo Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, um órgão supranacional tecnicamente separado da União Europeia (UE), e que tem jurisdição também sobre o Reino Unido.

Este caso marca a primeira vez que o Tribunal concordou em examinar a poligamia na Europa, e a sua decisão pode estabelecer um precedente de grande alcance para todos os Estados-membros. A ex-ministra do Interior britânica, Suella Braverman, condenou as potenciais implicações do caso, alertando:

“A Europa não tem de cometer este suicídio cultural. Está na hora de sair da CEDH”.

O debate surge no meio da crescente preocupação com a islamização da Europa. Os relatórios indicam que o Reino Unido, por exemplo, alberga atualmente cerca de 85 tribunais da sharia e mais de 100.000 casamentos islâmicos não registados formalmente pelo Estado. Os críticos argumentam que tais desenvolvimentos corroem as normas jurídicas ocidentais e podem abrir caminho a um sistema jurídico paralelo de facto.

Além do Complexo do Maracanã, Alerj coloca à venda a Central do Brasil, a Rodoviária Novo Rio e o Engenhão

Comissão amplia para 75 endereços; proposta é tratada como aposta do Governo do Estado para reduzir déficit de R$ 18,9 bilhões em 2026

Wilson França

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Rio aprovou, nesta quarta-feira (19), por quatro votos a três, o parecer sobre as 92 emendas apresentadas ao Projeto de Lei Complementar (PLC) 40/25, que autoriza o governo estadual a vender imóveis públicos para diminuir o déficit de R$ 18,9 bilhões previstos para 2026.

Com as novas inclusões, a lista sobe para 75 endereços, entre eles a Central do Brasila Rodoviária Novo Rioo Estádio Olímpico Nilton Santos (Engenhão) [foto] e o Complexo do Maracanã, incluindo o Estádio de Atletismo Célio de Barros e a área da Aldeia Maracanã

O texto segue agora para votação em plenário, ainda sem data definida. Não serão permitidas novas emendas, mas deputados poderão apresentar destaques para incluir ou retirar imóveis da relação.

Valor do Complexo do Maracanã é inferior à reforma do estádio para a Copa do Mundo de 2014

O governo estima que a venda dos imóveis ajudará a reduzir o rombo fiscal previsto para o ano que vem, estimado em R$ 18,93 bilhões. Segundo deputados da base, apenas o Complexo do Maracanã poderia render até R$ 2 bilhões aos cofres estaduais, valor apresentado durante reuniões com dirigentes esportivos, entre eles Luiz Eduardo Baptista, o Bap, presidente do Flamengo. Este valor é inferior ao preço da reforma apenas do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014, que fechou em R$ 2,2 bilhões.

Audiência pública exclusiva

Embora o parecer da CCJ mantenha o Complexo do Maracanã entre os bens negociáveis, o presidente da comissão, Rodrigo Amorim (União), pediu a realização de uma audiência pública específica sobre o tema.

O encontro ainda não tem data, mas será realizado mesmo que o PLC seja aprovado em plenário. Segundo Amorim, o debate amplo é necessário devido à repercussão do caso e à existência de ações judiciais e relatórios técnicos envolvendo a Aldeia Maracanã e outras áreas do entorno.

O deputado apresentou à CCJ um dossiê com decisões judiciais, análises do Tribunal de Contas do Estado (TCE), da Defesa Civil e de órgãos de saúde pública que classificam a área ocupada pela Aldeia como insalubre.

Deputados divergem sobre constitucionalidade das emendas

Vasco emenda pior sequência no Brasileirão e vê pressão sobre Fernando Diniz aumentar

Cruzmaltino chegou a quatro derrotas seguidas no torneio

O Dia

O Vasco atravessa seu momento mais delicado desde o início do Campeonato Brasileiro. Pela primeira vez na competição, a equipe soma quatro derrotas consecutivas, resultado que eleva a pressão sobre o técnico Fernando Diniz e amplia o clima de preocupação em São Januário. 

A má fase se agravou nas últimas semanas. O time iniciou a série negativa com o revés por 2 a 0 para o São Paulo, em casa. Na rodada seguinte, sofreu sua derrota mais dura no período: 3 a 0 para o Botafogo, no Nilton Santos. Depois, mesmo atuando novamente diante da torcida, o Vasco voltou a decepcionar e foi superado pelo Juventude por 3 a 1. O quarto tropeço ocorreu contra o Grêmio, na última quarta-feira (19), em Porto Alegre, pelo placar de 2 a 0.

Além da sequência sem pontos, o desempenho ofensivo preocupa. O time marcou apenas um gol nesses quatro jogos e sofreu dez, evidenciando fragilidade tanto na criação quanto na fase defensiva — fatores que intensificam a cobrança sobre Diniz. Internamente, o treinador ainda conta com respaldo, mas a pressão externa cresce a cada rodada.

Boycott Leroy Merlin

Puisque Leroy Merlin a décidé de faire de la politique et ne souhaite pas recevoir des lecteurs de droite dans ses magasins, j’invite ces derniers à se diriger vers leurs concurrents en cas de besoin: 

🫵🏻 Castorama
@castorama_fr

🫵🏻 Brico Dépôt :
@bricodepot

🫵🏻 Mr. Bricolage & tant d’autres. 😉 

Bleu Blanc Rouge!, X, 18-11-2025, 12h30

 

19-11-2025: Oeste sem filtro – Governo Lula triplica gastos em publicidade nas redes sociais + Câmara derrota o governo e aprova o marco legal do combate ao crime organizado + Secretário do PT é sócio de empresa ligada às fraudes no INSS


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Começou em 1918, na URSS-União das Repúblicas Socialistas Soviéticas…

Cristiano Ronaldo na Casa Branca 👏

[Daqui e Dali] O mono palrador

Humberto Pinho da Silva

O grande Aquilino [foto] encontra-se um pouco esquecido, todavia é dos maiores prosadores da língua portuguesa. 

Pena é, a meu ver, que o nome do extraordinário prosador, esteja manchado por atividade política pouco recomendada, e pelo facto de ser testemunha no testamento de Manuel Buiça, realizado três dias antes do regicídio, segundo Rocha Martins, e registrado por António Manuel Ferreira, no livro "De Marquês de Pombal ao Dr. Salazar”.

"Ora o Mestre Aquilino em "Escritor Confessa-se", afirma "Na nossa terra, basta esbracejar, dar murros na mesa, bramar, romper contra a corrente do bom senso, armar em teso, para ganhar fama de valente ou superioridade, e fama que não é fácil extirpar com duas razões, no bestunto do nosso próximo."

É o que fazem, em geral, sindicalistas e alguns políticos, que arrastam multidões...

Essa valentia lusa é igualmente utilizada por cabeças ocas, que passam por sábias, e abundam pelas empresas, impressionando dirigentes “medrosos”, que ocupam cargo por favor do partido que militam, cuja ideologia asseveram acreditar.

Ninguém melhor os retratou do que o nosso Bocage, em "O Macaco Declamador": 

quarta-feira, 19 de novembro de 2025

Mais experiências soviéticas…

Aleksandr Soljenítsin

(…)

Na guerra com a Finlândia fez-se uma primeira experiência: julgar como traidores à Pátria os nossos soldados que caíram prisioneiros. Primeira experiência na história da humanidade! – mas vejam lá, nós não demos por nada!

Terminaram o ensaio – e precisamente começou a guerra e com ela uma grandiosa retirada. Na Lituânia foram abandonados à pressa unidades militares inteiras, regimentos, divisões de artilharia e de defesa antiaérea – mas conseguiram deslocar vários milhares de famílias de lituanos suspeitos.

Esqueceram-se de evacuar fortalezas inteiras, como a de Brest, mas não se esqueceram de fuzilar os presos políticos nas celas e nos pátios das prisões de Lvov, Rovensk, Tallin e muitas outras prisões das regiões ocidentais. Na prisão de Tartu fuzilaram 192 pessoas e atiraram os corpos para um poço.

Em 1941 os alemães cercaram e isolaram tão depressa Taganrog, que na estação ficaram vagões de mercadorias carregados de presos para evacuação. Que fazer? Não vamos agora libertá-los. Nem entregá-los aos alemães. Mandaram vir cisternas cheias de petróleo, regaram os vagões e depois deitaram fogo. Todos morreram queimados vivos.

Na retaguarda, logo a primeira torrente da guerra foi a dos propagadores de boatos e semeadores do pânico. Depois fia a vaga dos receptores de rádio ou peças de aparelhos de rádio. Por uma lâmpada de rádio encontrada (por denúncia) aplicavam dez anos.

Polícia do RJ devolve aos donos 1,6 mil celulares que tinham sido roubados ou furtados

A polícia do Rio de Janeiro devolveu aos donos 1.600 celulares que tinham sido roubados ou furtados. A ação faz parte da maior operação de combate ao comércio ilegal de aparelhos no estado.

A operação lotou a Cidade da Polícia e marcou a maior devolução já registrada no Rio.

Desde maio, 12 mil celulares foram recuperados, quase 3 mil devolvidos aos donos e mais de 700 pessoas foram presas.

Segundo o Instituto de Segurança Pública, neste ano um aparelho foi roubado ou furtado a cada sete minutos no estado, que teve 19.780 registros de roubo de celular.

Ukraine’s Corruption Scandal Might Pave The Way For Peace If It Takes Yermak Down

Andrew Korybko 

He’s Zelensky’s powerbroker so his downfall could undo the already shaky alliance between the armed forces, the oligarchs, the secret police, and parliament that keeps Zelensky in power, thus pressuring him into peace, especially if his warmongering grey cardinal is no longer pushing him to keep fighting

It was earlier assessed here that Ukraine’s $100 million energy graft scandal might only result in a cabinet reshuffle at most, the sentiment of which RT chief Margarita Simonyan shared when writing on X “But we all know it won’t” in response to The Spectator predicting that it might bring Zelensky down. The events of the past week warrant a re-evaluation after members of the ruling party demanded the resignation of his powerful Chief of Staff Andrey Yermak on the grounds that he knew about this racket.

This coincided with Axios’ report that the US and Russia have been secretly working on a framework agreement for ending the Ukrainian Conflict, which Politico then reported could be agreed to “by the end of this month — and possibly ‘as soon as this week.’” The latter’s source also allegedly told them that “We don’t really care about the Europeans. It’s about Ukraine accepting”, which they said it might very well do since the plan will essentially “be presented to Zelensky as a fait accompli.”

Politico’s reporter elaborated that “They feel that Ukraine is in the position right now, given the corruption scandals that have been plaguing Zelenskyy, given where the battle lines are at this moment, that Ukraine is in a position where … they feel they can get them to accept this deal.” Accordingly, it can be reassessed that this corruption scandal championed by the US-backed “National Anti-Corruption Bureau” might facilitate an end an end to the conflict, especially if Yermak goes down as a result.

O pseudo-antifascismo contra a democracia portuguesa

Lourenço Ribeiro 

À altura em que escrevo, muitos devem pensar que já decidi o meu voto nas eleições presidenciais. Mas, na verdade, ainda não decidi.

Isto porque considero que Gouveia e Melo tem feito uma figura cada vez mais triste. Primeiro, lembrou-se, muito provavelmente por conveniência, de informar o país de que passara a precisar de militares que caiam na “tentação da política”, dispensando “cordas” para os “enforcar”. Lá se vai o que dissera a 28 de Outubro de 2021. Depois, expressou o orgulho pelo seu próprio país ao afirmar que “passados 10 anos, um imigrante é tão português como nós”. E, por último, para que ninguém se esquecesse de que cai facilmente nas armadilhas de André Ventura, acusou o seu concorrente de ter entrado num “corrupio de xenofobismo e racismo” e de adotar comportamentos que a “democracia não deve tolerar”.

Aproveitou também para agitar o fantasma do etno-nacionalismo, insinuando que, em Portugal, existe uma epidemia de políticos e outras pessoas convencidas de que a imigração se deve definir “pela cor ou pelos trajes” das pessoas que nós, portugueses, acolhemos. Como se o nosso antigo império tivesse sido situado por completo na Europa latina, caucasiana ou eslava.

E não escapou à fórmula da histeria anti-Ventura, tendo comentado que os cartazes “Isto não é o Bangladesh” e “Os ciganos têm de cumprir a lei” correspondem a um tipo de comunicação de “racismo puro e duro”, próprio de um discípulo de Salazar ou de um imitador de Hitler, conforme as circunstâncias sejam ditadas pelo mediatismo e por essa corrente de “pseudo-antifascismo”. Pelos vistos, não passa pela cabeça de ninguém que o líder do Chega está apenas a recorrer a uma frase retirada de um videoclipe criado com inteligência artificial por um anónimo evidentemente desdenhoso de tudo o que ele representa, e a usá-la em proveito próprio, mostrando que, numa democracia, é preciso saber ter sentido de humor e até transformar as paródias feitas pelos seus críticos numa vantagem política.

Diplomacia de Boteco: Eduardo Paes e o preço da imaturidade

Após chamar Friedrich Merz de “filhote de Hitler vagabundo” e “nazista” nas redes, Eduardo Paes expõe desequilíbrio político e risco diplomático com a Alemanha, parceiro estratégico do Rio de Janeiro, em plena fase de busca por investimentos e reconstrução de imagem internacional

Quintino Gomes Freire

Que a política brasileira, e em especial a carioca, está ladeira abaixo há tempo, ninguém nega. Mas até agora, Eduardo Paes ao menos fingia vestir a pele de estadista. Esse verniz se desfez hoje em pó: ele jogou no lixo todo o suposto equilíbrio emocional para correr atrás de holofotes e fazer papel de “patriota” barato, insultando o chanceler alemão de nazista, algo tão populista quanto infantil. 

É inegável que Friedrich Merz pisou na bola ao minimizar o Brasil, dizendo que os jornalistas alemães ficaram “felizes” de deixar Belém após a COP30. Mas a reação descontrolada de Paes, como se fosse um vendaval emocional de alguém prestes a disputar o governo, revela algo muito mais profundo: um despreparo assustador. Ele não está defendendo o Brasil, está explorando a provocação para se autopromover.

E aqui mora o perigo dessa relação entre Rio (e Brasil) e a Alemanha: não é só sentimentalismo mal colocado. A Alemanha é uma das grandes investidoras no Brasil e no Rio. Não basta bater no peito e gritar “defesa nacional”: uma declaração bombástica pode custar mais caro do que ganhar manchetes. Paes demonstrou que sua retórica nacionalista é superficial, uma prioridade egoísta mais próxima do powerpoint eleitoral do que de uma estratégia de Estado.

Rua no Centro do Rio é eleita a mais 'cool' do mundo em 2025

Essa é a primeira vez que uma via da América Latina alcança o topo do ranking

O Dia

A Rua do Senado, no Centro da cidade, foi eleita a mais "cool" (legal, na tradução em português) do mundo em 2025 pela revista internacional "Time Out". Essa é a primeira vez que uma via da América Latina alcança o topo do ranking. 

Foto: Time Out

No levantamento, o endereço carioca aparece à frente da Rua Orange, em Osaka; Rua do Bonjardim, no Porto (Portugal); Rua Fanghua, em Chengdu (China); e a Sherbrooke Oeste, em Montreal (Canadá). Além delas, o top 10 ainda inclui locais em Brisbane, Berlim, Salónica, Nova Iorque e Ho Chi Minh. 

Para elaborar a lista, a equipe global de viagens da revista, formada por editores e especialistas locais, indicou os pontos que melhor representam suas cidades e os avaliou segundo critérios como gastronomia, bebidas, cultura, diversão e espírito comunitário.

A publicação destaca que a Rua do Senado vive um processo de transformação: "Outrora conhecida por suas lojas de antiguidades e atmosfera boêmia, o local está passando por uma revitalização cheia de estilo. O clássico Armazém Senado, aberto desde 1907, continua servindo chope gelado e promove animadas sessões de samba aos sábados. Mas, ao lado de casas históricas e bares tradicionais, há uma série de novos espaços trazendo uma energia renovada."

"Nenhuma dessas críticas foi realmente contestada pelo regime brasileiro. Em vez disso, transformou-se a constatação de problemas reais em pauta de ofensa 'patriótica'."

Karina Michelin

O Senado Federal aprovou nesta terça-feira,18 de novembro, um voto de censura contra o chanceler alemão Friedrich Merz, acusado de “ofender o Brasil” ao afirmar que sua delegação deixou Belém aliviada após a COP30. A decisão foi apresentada como um gesto de defesa da “dignidade nacional”. Na prática, porém, revela muito mais sobre o estado emocional da política brasileira do que sobre qualquer desrespeito vindo da Alemanha. 

A fala de Merz - dura, direta e desconfortável - foi apenas um diagnóstico do que delegações internacionais testemunharam na sede do evento climático: infraestrutura improvisada, insegurança nas ruas, atraso nas obras e caos logístico. Nenhuma dessas críticas foi realmente contestada pelo regime brasileiro. Em vez disso, transformou-se a constatação de problemas reais em pauta de ofensa “patriótica”. 

Ao mirar na Alemanha, o Senado escapa de mirar no espelho; é mais fácil censurar um chanceler estrangeiro do que admitir que Belém não estava pronta para receber a COP30 e que o país falhou em entregar o que prometeu ao mundo. A censura simbólica funciona como cortina de fumaça: produz manchete, rende discurso inflamado, mas não resolve nenhum dos problemas reais expostos pelo próprio evento. 

"A palavra 'limpa' perde o sentido quando quem define a limpeza é o dono da vassoura."


Karina Michelin

Lula decidiu subir no palanque hoje para garantir que as eleições de 2026 serão “limpas”, “democráticas” e sem “chororô”. O mesmo Lula que governa apoiado na mais agressiva máquina de coerção institucional da história recente, e que testemunhou - silenciosamente - a perseguição judicial de opositores, jornalistas, militares, ativistas e até cidadãos comuns. 

Lula fala como se o Brasil não tivesse assistido a uma novela de vitimismo político do PT durante anos - de prisões a narrativas de “golpe”, passando por choros em cadeia nacional, caravanas de solidariedade e até “resistência no sindicato”. 

Eleições limpas” — ditas pelo beneficiário da maior assimetria institucional já vista. 

Difícil falar em “eleição limpa” quando: um lado não pode ser preso, não pode ser investigado e age com blindagem absoluta. Enquanto o outro lado é enquadrado até por post de rede social. Quando o TSE funciona como departamento jurídico do regime - censurando, multando, removendo postagens e cassando adversários; e o sistema eleitoral é discutido por apenas um lado - o lado que manda e pune quem discordar. 

A palavra “limpa” perde o sentido quando quem define a limpeza é o dono da vassoura. 

18-11-2025: Oeste sem filtro – Lula sugere boteco ao Chanceler alemão que criticou Belém + Dono do Banco Master é preso


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O Lula acorda todos os dias e pensa: como eu posso humilhar mais ainda os brasileiros hoje? 🤡 

[Quadro da Quarta] Les Sabines

"Les Sabines" é uma pintura neoclássica de 1799 do artista francês Jacques-Louis David, que retrata a intervenção das mulheres sabinas para interromper uma batalha entre os Romanos e os Sabinos. A obra, que levou quase quatro anos a completar, simboliza a reconciliação e a paz após conflitos violentos, como a Revolução Francesa. Está exposta no Museu do Louvre em Paris. 

Título e tema: A pintura intitula-se "A Intervenção das Mulheres Sabinas" (L'intervention des Sabines) e ilustra uma lenda da fundação de Roma, onde as mulheres sabinas, que tinham sido raptadas pelos Romanos, intervêm para impedir uma guerra entre os dois povos.

Contexto e simbolismo: David concebeu a pintura para ser uma alegoria sobre a reconciliação e a vitória do amor sobre o conflito, um tema que ele começou a trabalhar após a sua libertação da prisão, inspirado pela reconciliação com a sua mulher. A obra também foi interpretada como um apelo à reconciliação do povo francês após o derramamento de sangue da Revolução.

Estilo e período: A obra pertence ao movimento neoclássico.

Dimensões e localização: O quadro original, pintado a óleo sobre tela, mede 385 x 522 cm e é propriedade do Estado francês, estando em exibição no Museu do Louvre em Paris.

Produção: O quadro foi concluído em 1799, após ter sido iniciado em 1796. 

Jacques-Louis David, 1789 – Wikipédia

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terça-feira, 18 de novembro de 2025

Começou em 1918, na URSS-União das Repúblicas Socialistas Soviéticas…


Aleksandr Soljenítsin

(…)

E teria sido impossível levar a cabo essa limpeza sanitária, ainda por cima, nas condições de guerra, usando as antiquadas formas processuais e normas jurídicas. Mas adotou-se uma forma completamente nova: a repressão extrajudicial, trabalho ingrato que foi abnegadamente assumido pela Tcheka, Comissão Extraordinária de toda a Rússia – Sentinela da Revolução –, único órgão de repressão na história da humanidade a acumular nas suas mãos: a vigilância, a detenção, a instrução do processo, a acusação, o julgamento e a execução da sentença.

(…)

Texto: Aleksandr Soljenítsin, in “O Arquipélago Gulag”, página 49; Digitação: JP, 18-11-2025

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[Livros & Leituras] O Arquipélago Gulag

Aleksandr Soljenítsin, traduzido do russo por António Pescala, Sextante Editora, Porto, janeiro de 2023, 592 páginas. 

Escrito clandestinamente de 1958 a 1967, o manuscrito de "O Arquipélago Gulag" foi descoberto pelo KGB em 1973, na sequência da prisão de Elizabeth Voronskaïa, uma colaboradora de Soljenítsin que o datilografava.

Na sequência disso, Soljenítsin, que tinha sido galardoado com o Prémio Nobel em 1970, decide publicar o livro no exterior.

Uma primeira edição em russo é publicada em Paris ainda em 1973 e depois finalmente a edição francesa, no verão de 1974.

Soljenítsin fora, entretanto, preso, acusado de traição, despojado da nacionalidade soviética e enviado para o exílio, onde estará vinte anos, até ao seu regresso à Rússia em 1994. 

Para realizar este extraordinário livro, Soljenítsin foi ajudado pelo testemunho de 227 sobreviventes dos campos do Gulag.

O livro agora publicado pela Sextante, no âmbito do projeto de edição em língua portuguesa das principais obras do autor, é a versão abreviada, num só volume, preparada por Soljenítsin e por sua mulher, Natália, com o objetivo de tornar mais acessível este livro aos leitores estrangeiros e a novos leitores.

Proprietário cobra mais de R$ 1,7 milhão de Oruam por dívidas e danos em mansão do Joá

Empresário diz que a casa de luxo foi deixada com danos e cobra aluguéis atrasados, multa, lucros cessantes e prejuízo de imagem (Ora, esperava o quê?!)

Victor Serra

A disputa entre o rapper Oruam e o dono da mansão onde ele viveu no Joá chegou à Justiça. O empresário Wagner de Oliveira Bizerra cobra do artista mais de R$ 1,7 milhão em aluguéis atrasados, multas, danos ao imóvel e até indenização por prejuízo de imagem, alegando que o endereço foi exposto negativamente enquanto o cantor morava ali. 

O contrato, firmado em abril de 2024, previa aluguéis entre R$ 120 mil e R$ 150 mil. A relação começou a desandar com atrasos recorrentes e uma série de notificações. Segundo o jornal O Globo, em maio de 2025, as partes assinaram uma confissão de dívida de R$ 1,76 milhão, mas segundo o proprietário apenas a primeira parcela foi quitada no prazo. Um saldo de R$ 300 mil continuou aberto.

Poland’s Railroad Sabotage Incident Is Highly Suspicious

Andrew Korybko 

This might be a false flag to undermine the partial de-escalation of Polish-Belarusian tensions and provoke a worsening of Russian-US ones. It also comes six weeks after Russian spies warned about a joint Polish-Ukrainian “simulated (false flag) attack on critical infrastructure in Poland”

Polish investigators claim that a railroad connecting Warsaw with Lublin was damaged by what they believe to have been an explosion. Prime Minister Donald Tusk wrote on X that “Blowing up the rail track on the Warsaw-Lublin route is an unprecedented act of sabotage targeting directly the security of the Polish state and its civilians. This route is also crucially important for delivering aid to Ukraine. We will catch the perpetrators, whoever they are.” The context surrounding this incident is very relevant.

Earlier that day, Poland had just reopened two border crossings with Belarus, which it closed in September in response to that month’s Zapad 2025 drills between Russia and Belarus. On the same day, Chief of the General Staff of the Polish Armed Forces Wieslaw Kukula also said that “(Russia) has begun the period of preparing for war. They are building an environment here intended to create conditions favourable for potential aggression on Polish territory.” This followed Tusk’s comments from last week:

“I don’t want to go into details, but I am in no doubt that recent attacks on several digital systems, not just [electronic payment system] BLIK, are the result of deliberate, planned sabotage. And there will be ever more, all over Europe. Because the war Putin is waging against the West is also taking place inside our societies. Putin has tools that can destroy the European Union as an organization, but also Europe as a cultural phenomenon. These tools are Russia’s fifth columns, present in every country of Europe.”

Islamisme : l’effrayante fracture générationnelle


Sophie Mestral

Les chiffres publiés par l’Ifop dessinent une réalité que beaucoup pressentaient, mais que peu osaient formuler clairement : une partie significative de la jeunesse musulmane française glisse vers une vision rigoriste de l’islam, et, pour une fraction non négligeable, vers une sympathie assumée pour l’islamisme. Non plus l’islam traditionnel, discret, souvent ancré dans les cultures familiales ; mais un islam dur, militant, revendicatif, qui place la charia au-dessus des lois de la République.

À lire les résultats de l’enquête, conduite de 1989 à aujourd’hui, le contraste entre générations frappe immédiatement. Les musulmans âgés de 15 à 24 ans affichent des niveaux d’orthopraxie et de radicalité qu’on ne retrouvait jusqu’ici que dans certains pays du Golfe ou dans les mouvances intégristes internationales. La France découvre, stupéfaite mais bien tardivement, qu’une partie de sa jeunesse musulmane ne se contente plus de vivre sa foi : elle veut la faire primer sur l’ordre républicain.

Une religiosité qui explose chez les jeunes

Les chiffres parlent d’eux-mêmes. En trente-six ans, la fréquentation de la mosquée chez les moins de 25 ans a été multipliée par près de six, passant de 7 % en 1989 à 40 % aujourd’huiLe respect strict du ramadan atteint 83 % chez les 15-24 ans. Le port du voile bondit à 45 % chez les jeunes femmes, contre 16 % en 2003. Des données qui montrent une rupture nette avec leurs aînés, beaucoup plus proches d’une pratique religieuse modérée.

Ce n’est pas seulement un renouveau spirituel. C’est une affirmation identitaire farouche, nourrie par l’idée, largement répandue dans cette tranche d’âge, que la société française serait hostile à l’islam. Ce sentiment alimente la construction d’un entre-soi culturel et religieux où la rupture avec le monde environnant devient une norme.

La tentation islamiste : un seuil inquiétant

Plus préoccupant encore : 42 % des jeunes musulmans interrogés déclarent éprouver de la sympathie pour l’islamisme. Ce chiffre doublait déjà la proportion enregistrée en 1998. Le phénomène ne touche plus seulement une marge radicalisée, mais s’enracine au cœur d’une génération entière.