Prazer e alegria em reencontrá-lo e relê-lo. Nosso papo anterior foi em agosto de 2021:
Algum arrependimento, esclarecimento, lamento, xingamento…? 😀
Pessoalmente, sinto esta realidade de forma intensa, por fazer parte deste povo. É difícil não me incomodar com a falta de exigência crítica, com a apatia cívica e com a ausência de um verdadeiro espírito de participação democrática. Falta vontade de intervir, de exigir uma sociedade diferente, mais transparente, com políticos que sirvam genuinamente o país, em vez de se servirem dele.
O que me custa, também, é ver como as verbas europeias são tantas vezes mal aproveitadas: concentradas no desenvolvimento material, enquanto o investimento cultural, intelectual e cívico continua a ser negligenciado.
O português médio é, infelizmente, pouco cívico e pouco crítico. Prefere calar, obedecer, resignar-se. Reclama apenas em privado, com os amigos, ou nas redes sociais, em monólogos inconsequentes. E, no entanto, cada um parece ter a solução para todos os males do mundo, resolveria tudo com facilidade, mas não é capaz de cuidar do seu próprio quintal.
Lembro-me das palavras de Jordan Peterson: “Antes de tentares mudar o mundo, põe o teu quarto em ordem.” Uma sociedade não se transforma com fórmulas mágicas, mas com responsabilidade individual, exigência coletiva e coerência entre o que se diz e o que se faz. Talvez aí resida o nosso maior desafio.
Como foi a sua Noite verde em Portugal?
Sou Sportinguista, já antes de nascer, e serei mesmo depois de morrer, fiz desporto no clube, tenho uma filha atleta do clube, por isso vivo sempre com grande intensidade os feitos do Sporting, não só no futebol, mas em todas as modalidades desportivas. Digamos que sou doente do Sporting, mas já fui mais doente da bola.
Fala ou entende outro(s) idioma(s) além do português?
Falar, talvez menos, mas entender e ler, sim, espanhol, francês e inglês.
No domingo, 18 de maio, saiu de casa, mais ou menos a que horas?
De manhã estive por casa, o filho estava numa competição desportiva no estrangeiro e estive a acompanhar, sair depois de almoço, fazer uma compras para a semana, e sim, fui votar, pelas 18 horas.
A seu ver, procede esta afirmação: Três milhões, trezentos e nove mil, quatrocentos e quatro sadomasoquistas?
Os 3 309 444 presume que se refere aos votantes nas eleições portuguesas. Sadomasoquistas são apenas os que votaram no sistema que em 51 anos persiste em manter Portugal como um dos países mais atrasados e pobres da Europa Ocidental. O socialismo português.
Já só existe este tipo de socialismo em Portugal e Espanha, no espaço da Europa Ocidental.
O PSD é também um partido socialista, aliás, os seus líderes, desde 76 de Sá Carneiro a Balsemão, sempre afirmaram esse socialismo e esquerdismo, e até Pedro Passos Coelho e Rui Rio explicavam já no século XXI que o PSD não é de direita.
Não há também liberalismo em Portugal, o partido liberal (IL) é um liberalismo socialista.
Portugal bem que precisava de umas boas doses de liberalismo neste país ainda dominado pelo socialismo e estatismo. Portugal, se retirarmos os biliões que vieram da União Europeia, estaria ainda ao nível da Albânia no período soviético.
Está ainda difícil libertar-nos deste sarro de elites medíocres, astutas e corruptas dominadas pelo socialismo e de um tipo de cultura de clã. Neste sentido, todos os votos no Chega!, mas também no Livre, um novo partido de esquerda, são votos de esperança e muito pouco sadomasoquismo.
Tenho muita pena de não existir um partido verdadeiramente liberal… este é um país falhado, nos últimos 10 anos saíram de Portugal 1,2 milhões de jovens, os mais qualificados, e entraram 2 milhões de infelizes, desqualificados, sem qualquer qualificação, que vêm para serem explorados entre eles e por gente sem escrúpulos. Este foi mais um exemplo da gestão socialista.
A União Europeia, ou melhor, a Comissão Europeia, não é socialista?
A União Europeia teve o início promissor, uma união econômica foi um projeto importante. A ideia de uma união política e até cultural é absurda, Portugal tem mais em comum com Marrocos ou Brasil que em comum com Alemães ou Polacos.
Não há no presente qualquer identidade cultural europeia, isso é falso. Foram as igrejas, cristã e protestante, que legitimaram alguns pontos em comuns, hoje não há nada. Ou melhor, há, esta U.E. transformou-se numa sucursal, num entreposto de um poder hiperliberal progressista que queria transformar um mundo num supermercado, baseado na exponenciação da produção e do consumo e da acumulação de lucro infinito para as oligarquias econômico-financeiras globalistas e os seus serventuários dos médias e da cultura.
Esta U.E. é uma espécie de uma carcaça de um animal morto, mas em que o seu interior é controlado por parasitas. Esta U.E. atualmente não é democrática, é um poder sem escrutínio, que serve os mercados e os seus acionistas vergando as soberanias nacionais e os seus cidadãos.
Impõe também um modo de pensar e viver, monitorizando o pensamento e controlando a liberdade de expressão, onde tudo é tipificado do tamanho das maçãs, às redes de pesca, aos preservativos…
É uma ditadura, por enquanto, soft.
Por que os militantes nas redações, autonomeados e aclamados por muita gente como “jornalistas” zombam do partido Chega!, seu presidente e outros integrantes?
No Ocidente surgiram expressões antissistema, ora, o sistema como está perante visões dissidentes que não controla, demoniza-as. Os médias, salvo algumas exceções são apenas megafones e agência de propaganda. Já não informam, nem são plurais, fazem lembrar os jornais das ditaduras soviéticas e nazis com o seu pensamento único e designando como "ratos" os judeus e os capitalistas.
As pessoas normais e comuns estão cansadas, o povo de esquerda migrou para essas forças antissistema.
A ideologia globalista deslocalizou o trabalho para onde paga salários de miséria enquanto no ocidente nada com as bandeirinhas lgbt. As pessoas estão fartas, querem trabalho, bons salários, viver melhor, e não saber se somos todos trans, homofóbicos, racistas ou colonialistas.
Nunca considerei o PSD/PPD de direita (Votei em Pedro Passos Coelho duas vezes). O PSD, como tantos outros partidos ditos e/ou vendidos como de Direita, d’aqui e d’além-mar, é de ‘direita’ consentida, pela esquerda.
Partido de Direita, de verdade, que caga e anda para o que a esquerda acha ou deixa de achar, é imediatamente apodado por esta, de extrema-direita, nazista, fascista, ciclista, malabarista… insultos que são ventriloquados pelos seus bonecos militantes nas redações…
Exatamente os mesmos que afirmam que o atual presidente de Portugal é de direita!?
Sim, Portugal é um país socialista e esquerdista... O estatismo predomina e os seus clãs, até a iniciativa privada vive controlada pelo estatismo e pelo trânsito dos políticos do poder entre as empresas privadas e o poder político.
Portugal está precisando de revisão constitucional?
O texto constitucional é importante. Na constituição ainda consta que Portugal está no rumo do socialismo. É um texto escrito por comunistas e esquerdistas, está desatualizado…
Os partidos que o podem rever não se vão entender, e deviam, deixam de parte as diferenças e centravam-se no que os une.
Não há nenhum país socialista que tenha funcionado.
O socialismo como dizia Nelson Rodrigues é um mural de miséria, morte e excrementos. Por cá, a esquerda assumida, 7% dos votos querem controlar 70% dos votos, e conta com a média que vive numa bolha irreal.
Na França, existem revistas de Direita e/ou “soberanistas”, além de alguns portais; no Brasil, revista digital “Oeste”, a Rádio Auriverde… não sei de revistas ou jornais de papel… e em Portugal? Existe revista ou jornal de Direita?
Portugal é um deserto completo, e o que existe, regra geral são revistas de grupos de amigos. Destaco, contudo, um trabalho notável na defesa da cultura portuguesa e do pensamento em Portugal, que é aquele que leva a cabo Renato Epifânio, no caso particular das revistas, com a Revista Nova Águia...
O panorama, mesmo dos jornais, é desolador.
Portugal é um país pequeno, e a mentalidade e cultura é ainda mais exígua...
Não há verdadeira pluralidade. Por exemplo, não há imprensa que se afirme de direita, seria logo acusada de tudo e mais alguma coisa...
O Observador, no início ainda teve algumas menções que seria de direita, mas não, tirando um caso ou dois é nitidamente socialista.
O socialismo domina o quadro mental português, nem que seja, porque os jornais vivem de estagiários, etc, que vêm da doutrinação esquerdista das universidades de ciências sociais e humanas. O único exemplo excepcional, até agora, é o semanário SOL, que, de facto, tem uma visão plural dos temas e onde podemos não só encontrar visões sobre a sociedade do centro, ou de esquerda, mas também de direita.
Na literatura, é uma miséria, havia um Jornal de Letras, não sei se ainda existe, que era uma coisa de amigos, eu escrevo sobre ti, tu escreves sobre mim, um pequeno grupo. Penso que é capaz de haver uma ou duas revistas, mas com o mesmo esquema, não vale a pena ler, nem perder tempo com isso. Boas revistas temos as publicações francesas, inglesas, norte-americanas e, claro, também brasileiras. Portugal é mesmo um deserto.
Já recebi a Nova Águia, nº 35, 1º semestre de 2025. 😉
Sobre o Observador: quando surgiu, me entusiasmei por causa dos cronistas Rui Ramos, José Manuel Fernandes, Helena Matos… Alberto Gonçalves… Assinei. Mas a Redação, mera amplificadora e repetidora da Lusa, pelo amor de Deus! Cancelei a assinatura.
É muito complicado, principalmente em Portugal, isto é uma aldeia, e os meios de comunicação pagam um preço elevado pela liberdade e independência, a dependência de "apoios" é determinante, depois são sempre os mesmos que passam por quase todos os jornais e revistas, são todos amigos e "inimigos", no fundo são uma pequena confraria...
Independente conheço o "Sol", falo por interesse próprio, pois escrevo no Sol, mas é um espaço em que nunca, mas nunca, me impediram de escrever o que penso e escolher o tema que decido... Essa liberdade é fundamental, e regra geral, como dizia Cioran, quem quer ser livre morre à fome, por cá é triplamente verdade. Mas a liberdade não tem preço.
Li o último SOL, e gostei, sim senhor!
Hoje, 26 de maio de 2025, de modo a conferir a ‘imparcialidade’, assisti aos primeiros minutos do telejornal da RTP1 (Estatal) até à matéria sobre a bofetada de Brigitte em Emmanuel…
Noutras palavras: vocês, espectadores, não é o que vocês estão vendo, não é nada disso! É só ‘cumplicidade amorosa’…
PQP! Imaginai a manchete de rodapé, à janela, em cima do telhado, se fosse a ‘cumplicidade’ de Michelle Bolsonaro ou a de Melania Trump.
À vomir…
Exatamente, foi o que pensei, a excitação e o bolsar pavloviano, o espectador progressista a salivar com o toque da sineta dos média do sistema com um caso deste com Trump e Melania, ou Bolsonaro e mulher... este exemplo dá para perceber que o que é uma grande parte da média ocidental.
João, qual a sua perspectiva sobre esta campanha, de 2021?
O multiculturalismo, a ideia de um mundo Benetton, regra geral é forjada por idiotas e para idiotas. O mundo não é o Imagine de John Lennon, há religiões, valores e culturais que são incompatíveis e não misturáveis...
Estamos em 2025 e as pessoas matam-se por crenças religiosas, políticas, filosóficas e até futebolísticas diferentes, e assim será sempre enquanto existirem seres humanos... o importante é defendermos concepções fortes e superiores de valores.
Sim, há valores superiores, os valores e as culturas não são todas iguais. Uma cultura que apedreja alguém por adultério é inferior à que não o faz, nesse aspecto, mas também uma cultura que banaliza a vida, até da ideia de aborto como equivalente de jogar um par de ténis fora, ou a eutanásia também é inferior à que protege crianças e idosos.
Ou seja, os valores ocidentais já foram superiores, hoje o ocidente nem tem valores, tem consumo e espetáculo.
Por que os jornais, revistas, TVs, recebem dinheiro (nosso)para ajudar os ‘jornalistas’, e as empresas de construção civil e remodelações nada recebem para ajudar os pedreiros, eletricistas, encanadores…?
São perguntas muito complexas. Opto pelo método do Ockham: a resposta mais simples é a melhor.
Num estado socialista e estatista (o PSD e o CDS são também socialistas, até o Partido Liberal em Portugal é socialista) tudo o que pode ter influência na opinião e nas escolhas deve ser controlado e tutelado de modo indireto ou direto pelo Estado socialista. Os pedreiros, eletricistas etc… são pessoas individuais, quanto muito influenciam o grupo de amigos ou a família.
Um jornal, uma televisão, como meios de propaganda, podem influenciar muita gente. Em Portugal quase todos são agências de informação ao serviço do socialismo.
Meu caro João, deixa eu dizer uma coisa: o tal do Ocidente é um feixe de covardões muito amantes entre si.
Cada vez que tive o privilégio de viajar por Portugal com meus descendentes, sempre apontei para as igrejas, catedrais, castelos e fortalezas… lembrando a eles como Portugal se construiu… um belíssimo país, uma história cativante, desprezada e violentada por uma cambada de políticos que se apoderou de Portugal… que até os brasões do Império quiseram apagar, lá na Praça em frente aos Jerônimos… aliás, há muito tempo que não vou lá, eles conseguiram?
Não sei ao certo, penso que se mantêm, mas valeu pela tentativa de imposição da visão importada dos EUA do wokismo, de que o passado deve ser julgado com as lentes do presente, que a história deve ser reescrita, apagada, censurada, refeita e adulterada como é típico das ditaduras comunistas e nazis...
Os movimentos progressistas atuais são uma traição ao progresso e são verdadeiramente totalitários, inquisitoriais, ignorantes e perigosos. Não se deve ter qualquer tolerância para estes intolerantes. Estes esquerdistas elitistas movem-se apenas em distopias contra a realidade. Não se preocupam em lutar pela melhoria das condições de vida das pessoas que acordam às seis da manhã, passam horas em transportes públicos, com greves permanentes, sem tempo para as famílias e mal remuneradas. Querem, sim, é sinalizar a virtude com atos simbólicos absurdos.
As pessoas querem vidas mais dignas e decentes, e não a propaganda que uns são todos racistas e outros todos vítimas eternos.
Este ativismo progressista é principalmente uma doença mental.
“Não se deve ter qualquer tolerância para estes intolerantes.” Disse tudo. 👏
Na minha infância, nas aulas de catecismo, lá no Cemitério Novo, na Estrada do Catete, em Luanda, aprendi que o diabo/demônio também era conhecido como Lúcifer ou Belzebu. Agora, muitos anos depois, já véinho, sou informado de outro nome: Donald Trump...🤔
Exato, Trump é a personificação do diabo, as peças de diabolização do homem são diárias, só tem defeitos, nem uma qualidade. Trump faz lembrar a tela em branco do psicanalista onde projetamos todos os nossos fracassos, traumas, falhas e paranóias...
Se Trump incomoda tanto, é porque está a mexer com aspectos fundamentais do "caldo putrefacto" em que se transformou esta imensa fábrica de consumo e produção de espetáculos que é o Ocidente...
Trump faz lembrar o vilão Goldenstein do 1994 de Orwell... Nem se sabe se o vilão existe, mas ele personifica o mal projetado nas teletelas da distopia progressista de 1984...
Diariamente são produzidos minutos de ódio onde a população projeta a sua raiva nessa figura produzida pelo poder. Ele é o responsável por tudo de negativo, o supremo mal, mas, na verdade, talvez nem exista...
Essa figura serve para produzir o consenso e a homogeneidade, e simultaneamente desviar a psique das pessoas dos verdadeiros problemas e projetá-lo num outro, o negativo absoluto. Acho graça aos portugueses que chamam "burros" aos americanos, Trump foi eleito democraticamente, Trump tem centenas de prémios nobeis, e uma potência mundial em todas as áreas, mas o portuguesinho é que sabe que os outros são "burros".
Como avalia este pensamento de Sartre?
“Porque, no primeiro tempo da revolta, é preciso matar; abater um europeu é matar dois coelhos de uma só cajadada, é suprimir ao mesmo tempo um opressor e um oprimido: restam um homem morto e um homem livre; o sobrevivente, pela primeira vez, sente um solo nacional sob a planta dos pés.”
Jean-Paul Sartre, Prefácio de Les Damnés de la Terre, de Frantz Fanon (1961)
« Car, en le premier temps de la révolte, il faut tuer : abattre un Européen c'est faire d'une pierre deux coups, supprimer en même temps un oppresseur et un opprimé : restent un homme mort et un homme libre ; le survivant, pour la première fois, sent un sol national sous la plante de ses pieds.”
Sartre é um tipo sinistro, a sua filosofia não tem pés nem cabeça, assenta num conjunto de asserções falsas. ficou conhecido também por apoiar tiranos e facínoras simplesmente porque eram de esquerda. Nesse prefácio, Sartre está em França e vive da sociedade que passou a vida a criticar, mas nunca a abandonou para ir viver para os paraísos que defendia.
Alberto Gonçalves enlouqueceu?
“O PS não deve ser ajudado de nenhuma forma. O PS deve ser castigado”
“Em 2015, o PS, que perdera as eleições, preferiu aliar-se a dois partidos comunistas do que juntar-se de alguma forma ao PSD. Em 2025, o PS, que voltou a perder as eleições e arrisca a irrelevância, exige uma aliança com o PSD – para evitar a “radicalização do regime” (um acordo do PSD com o Chega, em língua de trafulhas).
O PS tem poucos votos, mas imensa lata. E o pior não são as exigências patéticas dos socialistas: o pior é haver no PSD quem as ouça.
O PS não deve ser ajudado de nenhuma forma. O PS deve ser castigado. Foi isso que o eleitorado fez, e é isso que os partidos em quem o eleitorado votou devem fazer.”
Alberto Gonçalves, Ideias feitas, 28-5-2025
Acabar com o socialismo é fundamental. O socialismo significa estatismo, tachismo, clientelismo e favorecimento dos seus. Portugal torna-se um país mais respirável e próspero quando acabar com o socialismo, que na Europa ocidental já só existe em Portugal e Espanha.
João, quem é o Almirante Gouveia de Melo?
Uma pergunta que me faz sorrir. Não faço ideia, é daquelas singularidades portuguesas, do mais do mesmo, mas que se apresenta como uma grande novidade...
Note-se, a esquerda até agora já nem candidato tem, e depois surge Marques Mendes, um tipo completamente nulo e dispensável politicamente, e esta figura do Almirante, sempre naquela tradição, a pior tradição portuguesa, do homem solitário e forte que vai resgatar o país da "bagunça", e da "chico-espertice" permanente.
Como explicar que um cara socialista, perde as eleições em Portugal e logo é catapultado ao posto de presidente do Conselho Europeu?!?
Perceber isso, é perceber por que motivo os partidos, ideias e personalidades antissistema estão em grande ascensão.... Essas manobras fazem parte da podridão em que se transformou a União Europeia...
No caso do socialista português, é importante terem alguém que podem manipular e que não está filiado a um país poderoso, assim é um mero títere. Nas instituições poderosas europeias escolhem-se estas figuras, pois só obedecem, não causam problemas.
Tem acompanhado a obstinada perseguição a Jair Bolsonaro, familiares e apoiantes, sob o pretexto de… “defesa do Estado Democrático de Direito”?...
Tenho, nós até tivemos um “choque” sobre Bolsonaro 😊, foi um dia complicado, mas falando a sério e sem emoções, considero o que está a acontecer a Bolsonaro e família uma perseguição típica de regimes totalitários, tipo regime soviético.
Vi o elenco que julgará Bolsonaro, desde juízes que foram advogados de Lula, a juízes de "mão" de Lula... Um nojo... considero Lula das criaturas mais antidemocráticas e execráveis do panorama político mundial...
Na Europa estaria preso.
Nem uma palavrinha do palrador-mor da República Portuguesa, nem de nenhum partido da Direita consentida…
Este presidente, Marcelo, foi o pior presidente da República que Portugal já teve, e mostra bem o grau de decadência a que chegou a política por cá. Aliás, é ele o responsável pela confusão total de eleições permanentes, desde a de Costa, à de Montenegro, às próprias eleições nos Açores e Madeira...
É uma criatura risível, e o pior inimigo de uma democracia genuína, mas é o que temos. 😢
João, qual a sua visão sobre a guerra na (da?) Ucrânia?
É apenas um simples "achismo", um acho que... Divido a resposta em vários pontos:
Os ucranianos têm direito ao seu território e a viverem em paz e a serem donos do seu destino... mas, penso que o problema não é apenas a Rússia, ou até a Rússia, mas quem, também, no ocidente, avaliou mal a situação e facilitou a ideia de que a Rússia podia ser afrontada sem consequências... Havia uma ideia mais ou menos tácita sobre a neutralidade da Rússia, e um certo ocidente começou a "controlar" a Ucrânia, e a Rússia tinha de reagir...
Mas faço notar que os Ucranianos têm o direito a viver em paz e de modo independente, não só dos russos, mas também desta astuciosa e hipócrita União Europeia... Repare que em 2024, os negócios da U.E. com a Rússia foram superiores ao apoio à Ucrânia.
Sobre os apoios importava saber quanto dinheiro já foi para a guerra, e euro a euro e dólar a dólar quem ficou com ele...
Há também um tipo de elite da UE que decide o que fazer com o dinheiro dos europeus, sem perguntar a estes o que pensam deste uso.
Você viu as imagens do que aconteceu em Paris socialista e noutras cidades da França? Reparou na cútis dos “manifestantes” e nas bandeiras que brandiam?
Um certo liberalismo e principalmente o progressismo caracterizam-se por um ódio a si próprios, um poderoso ódio ao ocidente. Esse é um ódio patológico pois estamos a mutilar-nos e a suicidar-nos.
As culturas que abrimos as portas odeiam o modo de vida ocidental, odeiam os lgbtês, o feminismo desembestado, etc, que são os seus principais defensores. É um estranho paradoxo.
A derradeira mensagem:
Que cada um cuide de si, como diziam os antigos, que cada um cuide do seu jardim e, como repetiu, muito bem, Jordan Peterson, não vale a pena querer mudar o mundo se nem somos capazes, adaptação minha, de nos relacionarmos numa reunião de condomínio ou no estacionamento de automóveis.
Obrigado, João! 😉
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