Caro Jim,
Coincidência ou não, depois
de ler o seu post (não confundir com o poste que desgoverna o Brasil), recebi este
artigo do Rodrigo Constantino, que vai abaixo com a sugestão de que o cão
viciado divulgue.
Veja como são sacanas esses
franceses: depois da 2ª Guerra Mundial, os Estados Unidos, que haviam
libertado a França dos nazistas junto com a Inglaterra, entregou ao novo
governo da nação um plano pronto de recuperação do país arrasado pela guerra
e uma montanha de dólares para que eles pudessem executar o plano pois
terminara a guerra falida. A França, dez anos depois, estava entre as cinco
nações mais ricas do planeta e se tornara uma potência atômica.
Apesar do status conquistado
com o Plano Marshall, os comunistas franceses, então travestidos de socialistas
(para mim ambos os termos significam a mesma merda), ganharam o governo com
François Miterrand e desde então criaram com o dinheiro dos que trabalham e
produzem uma nação de ociosos que trabalham pouco, ganham muito, se aposentam
cedo e estão sempre dispostos a ir às ruas protestar quando surgem rumores de
que o governo vai cortar algumas das benesses de que desfrutam.
Os resultados de tal
política só não os reconhecem os burros e fanáticos esquerdistas do mundo
todo que ainda acreditam que o comunismo/socialismo é o caminho. É claro que
é o caminho, mas o caminho do inferno como está descrito abaixo neste
excelente artigo do Rodrigo Constantino, prevendo o que acontecerá com o
Brasil – e já começou a acontecer – caso tal política suicida seja mantida.
O que ocorre, meu caro, é
que os esquerdistas representam a parcela da humanidade que, juntamente com
todas as demais espécies de totalismo, foram criados imunes à evolução
natural da espécie humana. Eles se recusam a perceber que o
comunismo/socialismo só nivela os dirigidos por baixo enquanto os dirigentes
mantêm o seu estilo de vida bem acima das massas empobrecidas.
Estão a caminho do desastre pois, como bem disse Margareth Tatcher, “O socialismo só dura enquanto durar o dinheiro dos outros”.
Imagine quem vai querer
investir em um país onde quem ganha acima de um milhão de euros será tungado
em 75%, significando isto que 3/4 do seu trabalho e de seus talentos serão
entregues para um governo socialista sustentar os acomodados e ociosos.
Aliás, já tem gente preferindo ir morar na Rússia, como Gerard Depardieu.
Grande abraço,
Otacílio Guimarães, 03-04-2013
De volta do futuro
Posted: 02 Apr 2013 07:08 PM
PDT
Rodrigo Constantino, O GLOBO
O ano é 2030. Cheguei aqui com minha DeLorean, na esperança de encontrar um país mais próspero e livre. Qual não foi minha surpresa quando dei logo de cara com uma enorme estátua de Lula!
Curioso, perguntei a um
transeunte do que se tratava. Um tanto incrédulo com minha ignorância, o
rapaz explicou que era a homenagem ao São Lula, ex-presidente e “pai dos pobres”.
Havia uma estátua dessas em cada cidade grande do país. Afinal, tínhamos a
obrigação de celebrar os 150 milhões de brasileiros incluídos no Bolsa
Família.
Após o susto inicial, eu
quis saber quem pagava por tanta esmola, e se isso não gerava uma nefasta
dependência do Estado. O rapaz parece não ter compreendido minha pergunta.
Disse que estava com pressa para entrar na fila do pão, e que seu cartão de
racionamento ainda dava direito a uns bons cem gramas.
Em seguida, vi na televisão
de uma loja um rosto conhecido, ainda que envelhecido. Era o ministro Guido
Mantega! E pelo visto ele ainda era o ministro. Ele estava explicando o
motivo pelo qual sua previsão de crescimento de 5% não se concretizou. A
queda de 3% do PIB havia sido culpa da crise em Madagascar. Mas tudo iria
melhorar no próximo ano.
Notei então o preço do
aparelho de TV: 100 mil bolívares. Assustado, perguntei ao vendedor do que se
tratava, explicando que eu era de fora. O homem disse que, em 2022, após a
inflação chegar em 20% ao mês, o governo cortou três zeros da moeda. Pensei
logo no bigodudo. Como isso não funcionou, o governo decidiu adotar o
bolívar, moeda comum do Mercosul.
Descobri que os países
“bolivarianos” chegaram a adotar o escambo, depois que suas respectivas
moedas perderam quase todo o valor frente ao dólar. A moeda comum foi uma
medida urgente, pois estava difícil efetuar as trocas. O criador de gado
argentino precisava encontrar um produtor de soja brasileiro disposto a
trocar o mesmo valor de gado por soja. Era um caos!
Levantei ainda alguns dados
no jornal “Granma Brasil” (parece que o “controle democrático” da imprensa
havia finalmente passado, e o governo se tornou o dono do único jornal no
país). A inflação oficial era de “apenas” 30%, mas todos sabiam nas ruas que
ela era ao menos o triplo disso. Um centenário Delfim Netto desqualificava os
críticos do Banco Central como “ortodoxos fanáticos”.
Não havia mais miserável no
Brasil, pois a linha de pobreza era calculada com base no mesmo valor nominal
de 2010. Mas havia mendigos para todo lado. Um desses mendigos me pareceu
familiar. Eu poderia jurar que era o Mr. X! Mas não poderia ser. Afinal, ele
era um dos homens mais ricos do país, e tinha ótimo relacionamento com o
governo. O BNDES era um grande parceiro seu.
Foi quando decidi ver que
fim tinha levado o banco estatal. Soube que, após o décimo aumento de capital
na Petrobras (que agora importava toda a gasolina vendida), e vários calotes
dos “campeões nacionais”, o BNDES tinha se unido ao Banco do Brasil e à Caixa,
esta falida nos escombros do Minha Casa Minha Vida, para formar o Banco do
Povo. O símbolo era uma estrela vermelha.
O Tesouro já tinha injetado
mais de US$ 2 trilhões no banco, para tampar os rombos criados na época da
farra creditícia. Especialistas gregos foram chamados para prestar
consultoria.
Com fome, procurei um
restaurante. Todos eram muito parecidos, e tinham a mesma estrela vermelha na
entrada. Soube então que era o resultado de um decreto do governo Mercadante
em 2018. Em nome da igualdade, todos os restaurantes teriam que fornecer o
mesmo cardápio pelo mesmo preço. Frango era item de luxo, e custava muito
caro. Continuei faminto.
Veio em minha direção uma
multidão de mulheres desesperadas protestando. Quis saber o que era aquilo, e
me explicaram que, em 2014, quase todas as empregadas domésticas perderam
seus empregos por causa de mudanças nas leis. Havia ficado proibitivo
contratá-las. Desde então, elas vagam pelas ruas protestando e mendigando,
sem oportunidades de emprego. “O inferno está cheio de boas intenções”,
pensei.
Um rebuliço começou perto de
mim, e uma tropa de choque surgiu do nada e arrastou um sujeito até a cadeia.
Descobri que ele foi acusado de homofobia e enquadrado na Lei Jean Willys,
pegando 10 anos de prisão por ter dito abertamente que preferia um filho
heterossexual a um filho gay. A pena foi acrescida de 2 anos pelo uso do
termo gay, em vez de “homoafetivo”.
Desesperado com tudo, eu
ajustei minha máquina de volta para 2013, decidido a fazer o que estivesse ao
meu limitado alcance para impedir um futuro tão maldito do meu país.
Rodrigo Constantino, 02-04-2013
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Olá Rodrigo, maravilhoso seu texto! Se tivesse recursos, finaciaria seu livro,pois certo que seria um best seller! Concordo plenamente com você! Parabéns, Parabéns! Luciano Daniel Assumpção de Souza, Psicólogo e Professor. Visite meu site: www.psicologodacrianca.com.br
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