quarta-feira, 3 de abril de 2013

Os mal-agradecidos franceses e "De volta do futuro"

Caro Jim, 
Coincidência ou não, depois de ler o seu post (não confundir com o poste que desgoverna o Brasil), recebi este artigo do Rodrigo Constantino, que vai abaixo com a sugestão de que o cão viciado divulgue.
Veja como são sacanas esses franceses: depois da 2ª Guerra Mundial, os Estados Unidos, que haviam libertado a França dos nazistas junto com a Inglaterra, entregou ao novo governo da nação um plano pronto de recuperação do país arrasado pela guerra e uma montanha de dólares para que eles pudessem executar o plano pois terminara a guerra falida. A França, dez anos depois, estava entre as cinco nações mais ricas do planeta e se tornara uma potência atômica.

Apesar do status conquistado com o Plano Marshall, os comunistas franceses, então travestidos de socialistas (para mim ambos os termos significam a mesma merda), ganharam o governo com François Miterrand e desde então criaram com o dinheiro dos que trabalham e produzem uma nação de ociosos que trabalham pouco, ganham muito, se aposentam cedo e estão sempre dispostos a ir às ruas protestar quando surgem rumores de que o governo vai cortar algumas das benesses de que desfrutam.

Os resultados de tal política só não os reconhecem os burros e fanáticos esquerdistas do mundo todo que ainda acreditam que o comunismo/socialismo é o caminho. É claro que é o caminho, mas o caminho do inferno como está descrito abaixo neste excelente artigo do Rodrigo Constantino, prevendo o que acontecerá com o Brasil – e já começou a acontecer – caso tal política suicida seja mantida.
O que ocorre, meu caro, é que os esquerdistas representam a parcela da humanidade que, juntamente com todas as demais espécies de totalismo, foram criados imunes à evolução natural da espécie humana. Eles se recusam a perceber que o comunismo/socialismo só nivela os dirigidos por baixo enquanto os dirigentes mantêm o seu estilo de vida bem acima das massas empobrecidas.

Estão a caminho do desastre pois, como bem disse Margareth Tatcher, “O socialismo só dura enquanto durar o dinheiro dos outros”.
Imagine quem vai querer investir em um país onde quem ganha acima de um milhão de euros será tungado em 75%, significando isto que 3/4 do seu trabalho e de seus talentos serão entregues para um governo socialista sustentar os acomodados e ociosos. Aliás, já tem gente preferindo ir morar na Rússia, como Gerard Depardieu.
Grande abraço,
Otacílio Guimarães, 03-04-2013


De volta do futuro
Posted: 02 Apr 2013 07:08 PM PDT
Rodrigo Constantino, O GLOBO 
O ano é 2030. Cheguei aqui com minha DeLorean, na esperança de encontrar um país mais próspero e livre. Qual não foi minha surpresa quando dei logo de cara com uma enorme estátua de Lula!
Curioso, perguntei a um transeunte do que se tratava. Um tanto incrédulo com minha ignorância, o rapaz explicou que era a homenagem ao São Lula, ex-presidente e “pai dos pobres”. Havia uma estátua dessas em cada cidade grande do país. Afinal, tínhamos a obrigação de celebrar os 150 milhões de brasileiros incluídos no Bolsa Família.
Após o susto inicial, eu quis saber quem pagava por tanta esmola, e se isso não gerava uma nefasta dependência do Estado. O rapaz parece não ter compreendido minha pergunta. Disse que estava com pressa para entrar na fila do pão, e que seu cartão de racionamento ainda dava direito a uns bons cem gramas.

Em seguida, vi na televisão de uma loja um rosto conhecido, ainda que envelhecido. Era o ministro Guido Mantega! E pelo visto ele ainda era o ministro. Ele estava explicando o motivo pelo qual sua previsão de crescimento de 5% não se concretizou. A queda de 3% do PIB havia sido culpa da crise em Madagascar. Mas tudo iria melhorar no próximo ano.
Notei então o preço do aparelho de TV: 100 mil bolívares. Assustado, perguntei ao vendedor do que se tratava, explicando que eu era de fora. O homem disse que, em 2022, após a inflação chegar em 20% ao mês, o governo cortou três zeros da moeda. Pensei logo no bigodudo. Como isso não funcionou, o governo decidiu adotar o bolívar, moeda comum do Mercosul.

Descobri que os países “bolivarianos” chegaram a adotar o escambo, depois que suas respectivas moedas perderam quase todo o valor frente ao dólar. A moeda comum foi uma medida urgente, pois estava difícil efetuar as trocas. O criador de gado argentino precisava encontrar um produtor de soja brasileiro disposto a trocar o mesmo valor de gado por soja. Era um caos!
Levantei ainda alguns dados no jornal “Granma Brasil” (parece que o “controle democrático” da imprensa havia finalmente passado, e o governo se tornou o dono do único jornal no país). A inflação oficial era de “apenas” 30%, mas todos sabiam nas ruas que ela era ao menos o triplo disso. Um centenário Delfim Netto desqualificava os críticos do Banco Central como “ortodoxos fanáticos”.

Não havia mais miserável no Brasil, pois a linha de pobreza era calculada com base no mesmo valor nominal de 2010. Mas havia mendigos para todo lado. Um desses mendigos me pareceu familiar. Eu poderia jurar que era o Mr. X! Mas não poderia ser. Afinal, ele era um dos homens mais ricos do país, e tinha ótimo relacionamento com o governo. O BNDES era um grande parceiro seu.
Foi quando decidi ver que fim tinha levado o banco estatal. Soube que, após o décimo aumento de capital na Petrobras (que agora importava toda a gasolina vendida), e vários calotes dos “campeões nacionais”, o BNDES tinha se unido ao Banco do Brasil e à Caixa, esta falida nos escombros do Minha Casa Minha Vida, para formar o Banco do Povo. O símbolo era uma estrela vermelha.

O Tesouro já tinha injetado mais de US$ 2 trilhões no banco, para tampar os rombos criados na época da farra creditícia. Especialistas gregos foram chamados para prestar consultoria.
Com fome, procurei um restaurante. Todos eram muito parecidos, e tinham a mesma estrela vermelha na entrada. Soube então que era o resultado de um decreto do governo Mercadante em 2018. Em nome da igualdade, todos os restaurantes teriam que fornecer o mesmo cardápio pelo mesmo preço. Frango era item de luxo, e custava muito caro. Continuei faminto.

Veio em minha direção uma multidão de mulheres desesperadas protestando. Quis saber o que era aquilo, e me explicaram que, em 2014, quase todas as empregadas domésticas perderam seus empregos por causa de mudanças nas leis. Havia ficado proibitivo contratá-las. Desde então, elas vagam pelas ruas protestando e mendigando, sem oportunidades de emprego. “O inferno está cheio de boas intenções”, pensei.
Um rebuliço começou perto de mim, e uma tropa de choque surgiu do nada e arrastou um sujeito até a cadeia. Descobri que ele foi acusado de homofobia e enquadrado na Lei Jean Willys, pegando 10 anos de prisão por ter dito abertamente que preferia um filho heterossexual a um filho gay. A pena foi acrescida de 2 anos pelo uso do termo gay, em vez de “homoafetivo”.
Desesperado com tudo, eu ajustei minha máquina de volta para 2013, decidido a fazer o que estivesse ao meu limitado alcance para impedir um futuro tão maldito do meu país.
Rodrigo Constantino, 02-04-2013

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Um comentário:

  1. Olá Rodrigo, maravilhoso seu texto! Se tivesse recursos, finaciaria seu livro,pois certo que seria um best seller! Concordo plenamente com você! Parabéns, Parabéns! Luciano Daniel Assumpção de Souza, Psicólogo e Professor. Visite meu site: www.psicologodacrianca.com.br

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