Sexta-feira a RTP emitiu uma
pequena reportagem sobre uma fotografia do meu amigo Alfredo Cunha tirada há 28
anos, numa altura em que o FMI também estava em Portugal. A reportagem tenta
passar a ideia de que entre o que se passava (e como se vivia) nessa altura e o
que se passa hoje não há quaisquer diferenças.
A fotografia é, no entanto, elucidativa. O que aquela mãe recorda, também. Hoje os dias são difíceis – mas mesmo nestes dias difíceis nada é realmente comparável ao que era Portugal nesses dias, nesses anos. Pena é que memória seja curta e a vontade de tornar tudo ainda mais negro muito grande. Pena é, também, que quem então pensava que “Portugal habituara-se a viver, demasiado tempo, acima dos seus meios e recursos”, hoje entenda que “nunca houve tanta pobreza, tanta miséria e tanto desespero por parte da população”. Nunca? Nunca digas nunca…
A fotografia é, no entanto, elucidativa. O que aquela mãe recorda, também. Hoje os dias são difíceis – mas mesmo nestes dias difíceis nada é realmente comparável ao que era Portugal nesses dias, nesses anos. Pena é que memória seja curta e a vontade de tornar tudo ainda mais negro muito grande. Pena é, também, que quem então pensava que “Portugal habituara-se a viver, demasiado tempo, acima dos seus meios e recursos”, hoje entenda que “nunca houve tanta pobreza, tanta miséria e tanto desespero por parte da população”. Nunca? Nunca digas nunca…
Título e Texto: José Manuel Fernandes, Blasfémias,
28-04-2013
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