sábado, 27 de abril de 2013

Liberdade criativa...

Alberto de Freitas
Gosto de ver cinema brasileiro. Sempre que surge oportunidade, vasculho a net na busca de novos filmes (se calhar é ilegal, mas quero que se lixe). Década de 70, 80, 90, já vi tudo o que havia para ver. Agora, vasculho o que se faz no século XXI. Aconteceu o que temia: apanhei um filme punheta.
A arte subsidiada, conforme exigência dos artistas, permite a “criatividade” livre do condicionamento das preferências dos espectadores.
Com o argumento do interesse público, permitiu-se o aparecimento da arte estatizada. No caso, o cinema. O subsídio destina-se a permitir que o povo tenha acesso à cultura; evita o risco financeiro do artista; mostra que o governo tem política cultural. Tudo pago pelo erário público, o que permite ao artista “masturbar-se”, indiferente ao facto do público pagante, não “gozar”.
Uma realidade que nos habituámos em Portugal. Talvez por influência da “Nouvelle Vague”, o cinema português deixou de “contar” uma história, para passar uma “mensagem”. Que quanto mais indecifrável, mais dignifica a “obra”.
Indo ao assunto: vi o filme “A erva do rato”. Quem pagou? Pois quem “havera” de ser: “Seleccionado pelo Programa Petrobras Cultural”.



E o que pagou a Petrobras? Um filme chato, chato, chato, pleno de mensagens. Subliminares, mas mensagens.
Vou dar o link: “http://www.youtube.com/watch?v=eKuUBo6gm2U” - mas para não me chamarem “amigo da onça”, vou contar só uma parte: a personagem feminina, estando na cama a dormir, é “visitada” por uma ratazana de esgoto que se passeia sob o lençol. Não, não é para meter medo, é mesmo para gozar: a ratazana proporcionou à adormecida um orgasmo, ou, pelo tempo de durou, devem ter sido orgasmos múltiplos.
Enquanto houver petróleo, “cultura” é coisa gozada...
Título e Texto: Alberto de Freitas, 26-04-2013

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