quarta-feira, 11 de março de 2015

Crônica de Shangri-La: a maldição do número 39

José Manuel

Em outubro de 2014 perdeu-se a grande oportunidade para o que já estamos e vamos passar ao longo dos próximos anos fosse perfeitamente evitado.

É claro que mesmo com a troca de governo e ao mesmo tempo partidária, teríamos problemas com a lambança econômica e assistencialista do PT, pois o que foi gasto com, por exemplo, a Copa do Mundo, distribuição de bolsas família sem critério e eleitoreiras, jamais terá retorno, isso sem falar nos assaltos a empresas públicas, como vemos nos escândalos que se sucedem.

Porém, só a simples troca de mando, teria dado um alívio a todos, o humor e o astral  mudariam totalmente, facilitando assim uma recuperação ainda que lenta, mas muito menos sofrida.

Como efeito imediato à reeleição, só em janeiro houve uma perda de 81 mil postos de trabalho, isso em termos de 2015, que estamos ainda no início e a curva está ascendente, pois à medida que as obras vão parando como as do PAC, por exemplo, ou as de refinarias sob suspeição, fica evidente que o número de desempregados será uma catástrofe mais do que anunciada.

O empresariado aguardava com ansiedade por essa troca ou renovação política para poder investir com segurança e traçar metas para o futuro, que acabou não vindo.

Em outubro de 2014, um quarto da população apta a votar, ou seja, entre as abstenções, brancos e nulos, 39 (trinta e nove) milhões de votos foram jogados pelo ralo, votos esses  que poderiam ter salvo o país da bancarrota e das quadrilhas instaladas em todo o setor público.

Hoje já se sabe que não só a Petrobras foi lesada pelos assaltos frequentes, mas o setor elétrico, o banco de desenvolvimento social, e os fundos de pensão estatais estão sob suspeita de terem também sido vítimas de assaltos.

Já desde 2010  vislumbrava-se a crise econômica futura, que lentamente mostrava com todos os gráficos demonstrativos estar tomando o rumo sul, o rumo da recessão, e só não viu quem não quis.

Agora em 2015 estamos às portas de uma séria crise institucional, pelos desdobramentos que estamos assistindo com relação à Lava Jato e à imobilidade em que o governo se encontra face a tantas denúncias de corrupção em sua área de ação, diga-se as estatais e as suas nomeações governamentais, bem como as políticas totalmente equivocadas em relação à economia. Foram cinco anos em o que não faltou foram avisos e alertas do caminho perigoso que estava sendo trilhado.

Só para exemplificar como se jogou dinheiro fora na copa passada, a arena Mané Garrincha em Brasília custou ao país R$ 1,4 bilhão, a mais cara da copa, para acabar se tornando um estacionamento de ônibus, igreja e escritórios do governo, com um custo de manutenção de R$ 600 mil/mês, pagos por nós, os trouxas de plantão.

Formatura da PM no Mané Garrincha foi um dos eventos ‘diferentes’ do estádio

Ou seja, isso estava certo que iria acontecer, foi alertado, mas assim mesmo continuaram com a obra e jogando dinheiro pelo ralo, que agora está fazendo falta, mas nós é que temos que pagar por tamanha irresponsabilidade.

Também a farra supérflua e não devidamente explicada como isso acontece, de um gasto de US$ 80 bilhões por brasileiros no exterior ao longo de 2014, nos leva a crer que estamos brincando com coisa séria e não estamos dando a devida atenção ao nosso futuro. É a síndrome da banda do Titanic.

Os Estados Unidos, a maior potência do planeta, tem 15 (quinze) departamentos ou ministérios.

O Chile, o país  que tem o maior índice de desenvolvimento humano (IDH) da América Latina, tem 20 (vinte) ministérios.
Os dois juntos tem um total de 35 (trinta e cinco).

Nós aqui esbanjamos com 39 (trinta e nove) e ficamos quase empatados com o Gabão, aquela potência africana, vizinho da parceira Guiné Equatorial, que nos supera com ‘apenas’ 40.
Janeiro de 2015

Essa "brincadeira" custa aos cofres públicos nada mais, nada menos, do que R$ 58 bilhões por ano, para que nada seja feito e aí estão a saúde e a educação que o provam literalmente.

Aí, vem a presidenta, depois dessas barbaridades cometidas para com a Nação, e diz que agora nós vamos ter que apertar o cinto e temos que cooperar e outras baboseiras sem graça nenhuma.

No mês em que se comemora o dia internacional da mulher, ao que tudo indica mulheres como Margaret Tatcher ou Angela Merkel, ainda são um sonho impossível aqui pelos trópicos, mesmo com a ajuda de 39 ministérios.
Título e Texto: José Manuel, 11-3-2015

Nota: a descritiva nas crônicas por mim publicadas é o resultado de pesquisa em notícias veiculadas em mídia nacional idônea, apenas compondo um pensamento lastreado em liberdade de expressão e ancorado no Artigo 5 inciso IX, da constituição Federal de 1988.

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3 comentários:

  1. Caro cão tabagista, muito bom, joguei na tormenta.
    Rijo abraço
    José Moletta

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  2. O texto fala em poderíamos ter nos livrado do "PT": Não! Jamais poderíamos nos livrar, sem que tivéssemos um pleito limpo e seguro. Com as URNAS ELETRÔNICAS de 1a. Geração e Sem a Impressora, jamais a DITADURA BOLIVARIANA arredará pé. Desde 2003 está na Rede o Manifesto dos Professores e Cientista da Computação, e por mais incrível que possa parecer, até o CÃO QUE FUMA não conseguiu vislumbrar a Verdade: www.votoseguro.org

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  3. Parabéns José Manuel!!!
    Edson Fernandes

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