segunda-feira, 1 de julho de 2019

Bloco também parte e esboroa

Telmo Azevedo Fernandes

A suposta superioridade moral e ética dos dirigentes do Bloco de Esquerda foi desmistificada de forma evidente no episódio da venda do prédio de Ricardo Robles ou das contratações do ex-vereador de Lisboa. O mesmo se passou com as notícias sobre a atividade e as contradições entre discurso e prática que o caso encerra. Ou ainda por via das notícias de deputados bloquistas que deram moradas de residência diferentes da efetiva obtendo por essa via benefício financeiro.

Catarina Martins, Dirigente do Bloco de Esquerda
A sua proximidade ao poder e o facto de ao longo dos últimos anos o BE ter vindo a servir de suporte ao governo tornou notório o carácter burguês do partido e a sua lógica de procura de conquista de posições de privilégio, comando e distribuição de sinecuras.

Internamente, os episódios de contestação à liderança da agremiação têm colocado também a nu o carácter distópico e neofascista da sua própria orgânica.

Lembro o ruidoso abandono do BE de um grupo de 26 militantes, entre os quais dois irmãos de Francisco Louçã e fundadores do partido. Referiram na altura que pouco restava do projeto original do Bloco de Esquerda. Mais curiosas foram as notas que estes dissidentes quiseram publicitar sobre os processos internos de “estaticismo de decisões”, “progressiva ausência de pensamento crítico”, “hostilização da divergência” e “profundo sectarismo”. Ainda mais grave se revelaram as críticas deixadas à “perseguição e expulsão de militantes” e “manipulação de eleições internas”. Sintetizaram afirmando que “o Bloco se tornou numa organização hierárquica e cristalizada onde imperam os acordos de cúpula”.

Muito recentemente veem-se novos exemplos do modo de atuar descrito acima através da guerra aberta que se instalou no BE. Voltaram as denúncias de “pressão inaceitável” da Direção de Catarina Martins sobre as estruturas locais e a postura pidesca e intimidatória de Pedro Filipe Soares em Santarém, onde as bases rejeitaram de forma clara os nomes indicados por Lisboa para as listas de candidatos a deputados.

Até no círculo do Porto por onde a própria Catarina Martins será cabeça de lista a contestação interna é bem audível e já não disfarçável.

Serve o acima exposto de alerta sobre a metodologia e carácter do código de conduta que seria transposto para a sociedade caso assim fosse concedida a oportunidade ao Bloco de nos governar de forma mais abrangente do que aquilo que já nos consegue impor através da sua influência na geringonça.

Os militantes do BE já o estão a sentir na pele. É que o feitiço se vira contra o feiticeiro sempre que for útil e logo que seja necessário à oligarquia de esquerda.
Título, Imagem e Texto: Telmo Azevedo Fernandes, Blasfémias, 30-6-2019

Um comentário:

  1. É bom lembrar com frequência o verdadeiro carácter deste esterco, chamado BE.

    O PCP, o partido mais rico de Portugal, dizem, que não quer pagar IMI, mas os outros são obrigados, e por quê?, a fazer o mesmo, conhece-se bem. No PCP estão os teimosos, atrasados, criminosos de sempre. A lua será sempre quadrada. Mas a maioria das pessoas sabe o que ali está. Só a morte os vencerá.

    Agora, o esterco do BE, é ainda pior do que o PCP. Temos que proibir e destruir o BE. Senão eles dão cabo deste país. Um partido, que aplica abertamente a perversidade, que quer ver o progresso em pôr uma cenoura no cu de uma mulher o de um homem, promover a infidelidade, a traição, é a decadência total, das massas ricas em Portugal. Quem educou essa canalha merecia pancada no corpo, durante vinte anos.

    Portugal não merece tanta maldade. O PCP já chegava. O PS quer-se transformar num PCP, mais tarde ou mais cedo. Mas este BE é vago, esterco, profundamente arrogante, falso etc.

    Não, eu não sou injusto ou duro com este BE.

    Só os asnos, que negam a existência do mal, é que vão discordar. Mas esses não interessam.

    E o grupo de 26 militantes, entre os quais dois irmãos de Francisco Louçã e fundadores do partido, que estão descontentes, não o fariam muito melhor. Por isso, nem uma lágrima para esses desorientados.

    Ahh!! E o terrorismo do ambiente devemos também a esses incultos arrogantes do BE. Claro. A cultura da cenoura e do cu não tomou bem atenção nas aulas da ciência exata.
    Jornaleco
    30 junho, 2019 18:44

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