Mais sacrifício e menos
salários, consequências de um orçamento nacional tributariamente mais pesado e
com grandes cortes da despesa pública.
Francisco Vianna
Um editorial do magazine inglês, ‘The Economist’, usa de sarcasmo ao afirmar que a
austeridade econômica – que impõe menos ganho e mais sofrimento à população
portuguesa – causará o empobrecimento do país e poderá mudar o nome da nação
lusa de Portugal para Poortugal, que
pode ser traduzido como “Pobretugal”,
uma vez que a palavra poor em inglês
significa pobre.
Muitos portugueses poderão se
sentir um tanto ofendidos com tal sarcasmo britânico, mas já houve época em que
a Inglaterra esteve arrasada pelo bombardeio nazista e em situação extremamente
pior do que a que Portugal enfrenta hoje. Os lusitanos mais realistas e
patriotas não devem considerar o dito como ofensa, e sim como um repto, uma
espécie de desafio nacional a ser superado e vencido para mostrar aos ingleses
que são tão capazes quanto eles em dar a volta por cima.
Diz a “The Economist” que,
antes da crise do euro, o governo ‘socialistóide’ de Lisboa, para atrair os turistas
anglófonos, andou a grafar o nome do Algarve como ‘Allgarve’ e que agora alguns
críticos lisboetas estariam a sugerir que se passe a grafar o nome do país como
‘Poortugal’.
Na verdade, esse tipo de
humor, que obviamente os brasileiros herdaram de seus antigos colonizadores – o
de rir da própria desgraça – surge como uma resposta mordaz, em meio a
protestos furiosos e editoriais jornalísticos bombásticos que proliferaram na
mídia em resposta à proposta de orçamento, para 2013, apresentada pelo Ministro
das Finanças, Vítor Gaspar, no dia 15 deste mês. Tal orçamento, para satisfazer
as exigências daquilo que o povo está chamando de “troika” – a União Europeia,
o Banco Central Europeu e o FMI (da ONU) – prevê “enorme” aumento da carga
tributária, incluindo o aumento das alíquotas do Imposto de Renda em algo em
torno de um terço do que pagam as pessoas físicas e jurídicas até hoje no país.
Os que estão a protestar,
jornalistas, economistas e políticos, parecem unânimes em chamar tais planos de
austeridade como ‘brutal’, ‘um crime contra a classe média’ (que afinal é
sempre quem paga a conta dos socialistas de plantão), e até chamam o orçamento
de uma ‘bomba atômica fiscal’. O Ministro Vítor Gaspar afirma que “este é o
único orçamento possível”, mas poucos concordam com ele e estão a dizer que o
país está sendo submetido a uma “ditadura da dívida” e que a maioria dos
portugueses condena o fato de Portugal depender desses credores oficiais
indefinidamente.
No entanto, a maioria do
eleitorado lusitano há de concordar com o Sr. Gaspar de que o calote da dívida
nacional, como quer a esquerda radical, seria um evento catastrófico. Mesmo
assim, muitos alegam que o desemprego e a redução dos salários são sacrifícios
em grande parte desnecessários mesmo que propiciem no país um choque de
crescimento econômico.
A oposição socialista ao
governo do Primeiro-Ministro de centro-direita, Pedro Passos Coelho, acha que
Portugal precisa de mais um ano para “estudar melhor” as novas metas de
austeridade econômica, sob a alegação de que é “errado que o país busque seus
objetivos de redução da dívida a qualquer
custo”. Aliás, os socialistas são sempre contra quando a situação obriga à
redução de gastos por parte do estado.
O Partido Popular (CDS/PP),
conservador e apoiador do Primeiro-Ministro, quer mais cortes dos gastos
públicos (o aumento tributário está concebido para representar cerca de 80% do
ajuste fiscal para 2013). A coalizão dos dois partidos deve votar junta para
fazer passar o orçamento no Parlamento, embora o Ministro Gaspar já tenha
afirmado que “não há espaço para manobras”.
A sorte de Portugal é não
estar sob uma administração socialista, como já esteve por muito tempo e, em
parte graças a esse tipo de governo, o pequeno país europeu se endividou tanto.
Portugal, no entanto e ao que parece, é visto como um país modelo com relação
ao fato de ser ensinado a como evoluir dentro da zona do euro, exatamente ao
contrário da visão que o bloco tem da Grécia.
Tal fato deve favorecer o
diálogo com a UE, mormente quando a Espanha solicitar dinheiro novo como ajuda
a começar a se entender com a “troika” sobre até que ponto mais austeridade
fiscal poderá ser ou não suportável pelo povo português.
Outra perspectiva promissora
para Portugal é uma potencial parceria com o Brasil, para conseguir que
capitais brasileiros entrem e sejam aplicados em Portugal por meio de joint ventures privadas, coisa que
poucos socialistas consideram como viável, pois só têm olhos para o que o
“governo” queira e possa arrecadar para “investir”.
Afinal, uma regra de ouro do
capitalismo moderno é a que diz que “o capital pertence ao local onde é
aplicado, pois cria trabalho e riqueza entre os habitantes desse local”.
Título e Texto: Francisco Vianna, (com base na imprensa
europeia), 22-10-2012
Como disse o velho HORÁCIO: Est modus in rebus, sunt certi denique fines -"há uma medida em todas as coisas, existem afinal certos limites."
RESUMINDO: acabou a 'festa' socialista e, como a culpa para esses gêneros da barbárie é sempre dos outros ...- culpa-se o CAPITALISMO, que é o único sistema capaz de gerar e distribuir riqueza, assim como promover a incensada 'inclusão social' ...
Rivadávia Rosa
Como disse o velho HORÁCIO: Est modus in rebus, sunt certi denique fines -"há uma medida em todas as coisas, existem afinal certos limites."
RESUMINDO: acabou a 'festa' socialista e, como a culpa para esses gêneros da barbárie é sempre dos outros ...- culpa-se o CAPITALISMO, que é o único sistema capaz de gerar e distribuir riqueza, assim como promover a incensada 'inclusão social' ...
Rivadávia Rosa
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