quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Os boatos sobre o inexorável

Francisco Vianna
Novos boatos recrudescem na Internet sobre a inexorável morte do déspota e oligarca comunista de Cuba, Fidel Castro, e tais boatos começam dentro da própria ilha, como se o evento estivesse sendo avidamente esperado por todos para que o povo cubano trate de ter uma nova vida, um reencontro com o progresso e o desenvolvimento, que só o capitalismo privado é capaz de proporcionar. 

Uma das últimas fotos tiradas de Fidel Castro há pouco mais de um mês
 Na verdade, o comandante, que ultimamente vem sendo referido como “Coma Andante”, já deveria ter parado de andar há muito tempo, se levarmos em consideração a sua idade provecta e as severas enfermidades que o têm vitimado nos últimos anos.
Ultimamente, mais em Cuba do que fora da ilha cárcere dos Castros, se tem cogitado que o ditador já está morto há mais de duas semanas, embora o politiburo de Havana nada tenha dito a respeito, nem para confirmar, nem para refutar a boataria.
Há quem diga, inclusive, que tais boatos são verdadeiras fábulas criadas pela própria cúpula do Partido Comunista de Cuba, PCC, que, coincidentemente tem a mesma sigla de um conhecido bando do crime organizado de São Paulo (o Primeiro Comando da Capital).
Não duvido que, mais algumas semanas e o Coma Andante resurgirá num novo discurso trêmulo e exaltado. Como dizem alguns admiradores dos ditadores, “Fidel é um sujeito que inspira pânico até à morte. Vai acabar acontecendo, é claro, mas como demora em pegar um sujeito carne de pescoço como ele”!
A cada onda desses boatos, ou fábulas da cúpula castrista, milhões de cubanos na ilha e fora dela renovam as esperanças de que, desta vez, depois de tantas outras farsas e factoides, finalmente a morte da fera do Caribe se confirme como fato consumado. É engraçado como a morte de ditadores provoca uma alegria tão intensa, embora bem escondida, no seio de seus povos, suas únicas vítimas. No caso de Cuba, mesmo quando esse fato natural vier a acontecer, haverá ainda por algum tempo uma incredulidade residual no ar o tempo suficiente para que as autoridades tirem todas as bebidas alcoólicas dos bares, para impedir um porre geral da população em comemoração por tão ditoso acontecimento... 
Com a prática desses boatos, o regime comunista da ilha cárcere dos Castros tem habitualmente tirado vantagem dessas pseudomortes de seu ditador, reforçando, destarte, a imagem do “grande líder”, ridicularizando os que festejam a falsa notícia, e desviando a atenção do público dos problemas reais que são decorrentes do rosário de fracassos do governo socialista.
Essa “necessidade” de fazer o ‘Coma Andante’ ressuscitar, vez por outra qual “fênix da revolução” e, a cada vez, faz o miserável e ignaro povo cubano renovar sua atenção nas promessas ocas que Havana já recita de cor há muitos anos, abusando da boa-fé dos menos favorecidos. 
Motivos para novos boatos sempre os há, como, por exemplo, apoiar Chávez em seu novo mandato – que venceu (?!) pela primeira vez tendo pelo menos a metade do eleitorado contra si – e tentar esconder as agudas dissidências internas e mostrar ao povo, sobretudo o venezuelano e o cubano, que “a revolução não morreu e está mais forte do que nunca”, assacando suas tiradas ideológicas com as quais os caudilhos ainda hipnotizam a mente popular dos que não leem jornal, mas se limpam com eles.
A segurança do regime tem como maior preocupação a segurança de Hugo Chávez – de onde provém o petróleo da revolução cubana doado, de mão beijada, à custa da pobreza venezuelana – que jamais deixaria de tirar proveito de tais boatos para dar alento a ambos os países e à ilusão socialista que se apossou de seus governos e que infelizmente, como uma epidemia dessa reconhecida sociopatia, se alastra através das ‘medidas sociais’ adotadas pela maioria dos povos da América latina.
Assim como Fidel Castro explorou ao máximo a morte do facínora e frio assassino Che Guevara, os regimes de Caracas e de Havana, estão tirando o máximo proveito da boataria em torno da morte e ressurreição repetidas do Carrasco do Caribe, pois a norma principal da propaganda comunista é transformar assassinos mortos em símbolos, bem como derrotas e fracassos em vitórias.
Ainda que muitos acreditem que os boatos atuais são mais do mesmo, outros acham que dessa vez a coisa é pra valer, tendo em vista a avançada senectude e a pouca saúde do ditador. O fato de ele não ter aparecido ou nada falado na noite da reeleição chavezista, ou sequer nos dias que se seguiram, para elogiar ou simplesmente comemorar a permanência de seu pupilo no poder, lhes aumenta a certeza. Outro fator reforçador do boato consiste na medida adotada pelo regime de dispensar aautorização do governo para quem quiser viajar para o exterior por até 24 meses.
Caso sua morte tenha sido real, tal fato não poderia ser anunciado antes das eleições na Venezuela, o que seria um grave obstáculo para Chávez se reeleger. Se Fidel Castro já passou dessa para melhor (ou pior!) em breve saberemos, pois mesmo que o fato naturalmente aguardado tenha realmente ocorrido, o politiburo de Havana, precisa de um tempo útil para armar em torno do evento todo o circo pomposo para tirar ainda o máximo proveito propagandístico da morte de um dos piores facínoras que a humanidade já conheceu e que atrasou o desenvolvimento de Cuba e quase um século.
Título e Texto: Francisco Vianna, 17-10-2012

Caro Francisco, consultando a íntegra dessa nova lei dos passaportes, a gente conclui (não poderia ser diferente vindo de onde vem) que é mais uma falácia, uma  enganação socialista científica: o povo cubano vai continuar na miséria sem meios para sequer pensar em dar uma volta fora de Cuba. São tantas as exceções que, sinceramente, não sei quem vai conseguir tirar/obter um documento BÁSICO em países livres, com povos livres!

Relacionados:

Um comentário:

  1. De Francisco Vianna:
    Jim,
    Valeu o comentariozinho...
    Concordo amplamente com ele, e acho mesmo que as novas normas são sutis apenas permitir ao restrito círculo do politiburo castrista -- que ainda são os que têm algum poder aquisitivo -- viajar e fazer turismo no exterior, principalmente nos EUA, destino favorito dos comunistas sulamericanos, que vivem a custa do estado e para onde vão usufruir as benesses e os prazeres da democracia e do capitalismo.
    Cambada de vagabundos!
    Abração,
    Francisco Vianna

    ResponderExcluir

Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.

Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.

Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-