Francisco Vianna
Novos boatos recrudescem na
Internet sobre a inexorável morte do déspota e oligarca comunista de Cuba,
Fidel Castro, e tais boatos começam dentro da própria ilha, como se o evento
estivesse sendo avidamente esperado por todos para que o povo cubano trate de
ter uma nova vida, um reencontro com o progresso e o desenvolvimento, que só o
capitalismo privado é capaz de proporcionar.
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Uma das últimas fotos tiradas de Fidel Castro há pouco mais de um mês |
Na verdade, o comandante, que
ultimamente vem sendo referido como “Coma Andante”, já deveria ter parado de
andar há muito tempo, se levarmos em consideração a sua idade provecta e as
severas enfermidades que o têm vitimado nos últimos anos.
Ultimamente, mais em Cuba do
que fora da ilha cárcere dos Castros, se tem cogitado que o ditador já está
morto há mais de duas semanas, embora o politiburo de Havana nada tenha dito a
respeito, nem para confirmar, nem para refutar a boataria.
Há quem diga, inclusive, que
tais boatos são verdadeiras fábulas criadas pela própria cúpula do Partido
Comunista de Cuba, PCC, que, coincidentemente tem a mesma sigla de um conhecido
bando do crime organizado de São Paulo (o Primeiro Comando da Capital).
Não duvido que, mais algumas
semanas e o Coma Andante resurgirá num novo discurso trêmulo e exaltado. Como
dizem alguns admiradores dos ditadores, “Fidel é um sujeito que inspira pânico
até à morte. Vai acabar acontecendo, é claro, mas como demora em pegar um
sujeito carne de pescoço como ele”!
A cada onda desses boatos, ou
fábulas da cúpula castrista, milhões de cubanos na ilha e fora dela renovam as
esperanças de que, desta vez, depois de tantas outras farsas e factoides,
finalmente a morte da fera do Caribe se confirme como fato consumado. É
engraçado como a morte de ditadores provoca uma alegria tão intensa, embora bem
escondida, no seio de seus povos, suas únicas vítimas. No caso de Cuba, mesmo
quando esse fato natural vier a acontecer, haverá ainda por algum tempo uma
incredulidade residual no ar o tempo suficiente para que as autoridades tirem
todas as bebidas alcoólicas dos bares, para impedir um porre geral da população
em comemoração por tão ditoso acontecimento...
Com a prática desses boatos, o
regime comunista da ilha cárcere dos Castros tem habitualmente tirado vantagem
dessas pseudomortes de seu ditador, reforçando, destarte, a imagem do “grande
líder”, ridicularizando os que festejam a falsa notícia, e desviando a atenção
do público dos problemas reais que são decorrentes do rosário de fracassos do
governo socialista.
Essa “necessidade” de fazer o
‘Coma Andante’ ressuscitar, vez por outra qual “fênix da revolução” e, a cada
vez, faz o miserável e ignaro povo cubano renovar sua atenção nas promessas
ocas que Havana já recita de cor há muitos anos, abusando da boa-fé dos menos
favorecidos.
Motivos para novos boatos
sempre os há, como, por exemplo, apoiar Chávez em seu novo mandato – que venceu
(?!) pela primeira vez tendo pelo menos a metade do eleitorado contra si – e
tentar esconder as agudas dissidências internas e mostrar ao povo, sobretudo o
venezuelano e o cubano, que “a revolução não morreu e está mais forte do que
nunca”, assacando suas tiradas ideológicas com as quais os caudilhos ainda
hipnotizam a mente popular dos que não leem jornal, mas se limpam com eles.
A segurança do regime tem como
maior preocupação a segurança de Hugo Chávez – de onde provém o petróleo da
revolução cubana doado, de mão beijada, à custa da pobreza venezuelana – que
jamais deixaria de tirar proveito de tais boatos para dar alento a ambos os
países e à ilusão socialista que se apossou de seus governos e que
infelizmente, como uma epidemia dessa reconhecida sociopatia, se alastra
através das ‘medidas sociais’ adotadas pela maioria dos povos da América
latina.
Assim como Fidel Castro
explorou ao máximo a morte do facínora e frio assassino Che Guevara, os regimes
de Caracas e de Havana, estão tirando o máximo proveito da boataria em torno da
morte e ressurreição repetidas do Carrasco do Caribe, pois a norma principal da
propaganda comunista é transformar assassinos mortos em símbolos, bem como
derrotas e fracassos em vitórias.
Ainda que muitos acreditem que
os boatos atuais são mais do mesmo, outros acham que dessa vez a coisa é pra
valer, tendo em vista a avançada senectude e a pouca saúde do ditador. O fato
de ele não ter aparecido ou nada falado na noite da reeleição chavezista, ou
sequer nos dias que se seguiram, para elogiar ou simplesmente comemorar a
permanência de seu pupilo no poder, lhes aumenta a certeza. Outro fator
reforçador do boato consiste na medida adotada pelo regime de dispensar aautorização do governo para quem quiser viajar para o exterior por até 24
meses.
Caso sua morte tenha sido
real, tal fato não poderia ser anunciado antes das eleições na Venezuela, o que
seria um grave obstáculo para Chávez se reeleger. Se Fidel Castro já passou
dessa para melhor (ou pior!) em breve saberemos, pois mesmo que o fato
naturalmente aguardado tenha realmente ocorrido, o politiburo de Havana, precisa
de um tempo útil para armar em torno do evento todo o circo pomposo para tirar
ainda o máximo proveito propagandístico da morte de um dos piores facínoras que
a humanidade já conheceu e que atrasou o desenvolvimento de Cuba e quase um
século.
Título e Texto: Francisco Vianna, 17-10-2012
Caro Francisco, consultando a íntegra dessa nova lei dos passaportes, a gente conclui (não poderia ser diferente vindo de onde vem) que é mais uma falácia, uma enganação socialista científica: o povo cubano vai continuar na miséria sem meios para sequer pensar em dar uma volta fora de Cuba. São tantas as exceções que, sinceramente, não sei quem vai conseguir tirar/obter um documento BÁSICO em países livres, com povos livres!
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ResponderExcluirJim,
Valeu o comentariozinho...
Concordo amplamente com ele, e acho mesmo que as novas normas são sutis apenas permitir ao restrito círculo do politiburo castrista -- que ainda são os que têm algum poder aquisitivo -- viajar e fazer turismo no exterior, principalmente nos EUA, destino favorito dos comunistas sulamericanos, que vivem a custa do estado e para onde vão usufruir as benesses e os prazeres da democracia e do capitalismo.
Cambada de vagabundos!
Abração,
Francisco Vianna