1. Lula, quando presidente,
não perdoava o Senado, alegando que atrapalhava seu governo, citando como
clímax a não prorrogação da CPMF. Lula assinava acordos e convênios
internacionais e depois era avisado que tinham que passar pelo Senado. Garantiu
a Chávez, em Montevidéu, que a Venezuela entraria no Mercosul. Mas o Senado não
votava. A CPI – dita – dos Bingos pegou financiamentos não declarados à
campanha de Lula. Um assessor íntimo de Palocci estava ali mesmo na CEF. A CPMI
– dita – dos Correios abriu as vísceras de seu governo, cujo último ato veio
agora no STF.
2. Em 2010, Lula estabeleceu
duas máximas prioridades: eleger Dilma para segurar a “herança não declarada” e
assumir com ampla maioria o Senado. Nos dois casos fez campanha pessoal e direta.
No caso da eleição para o Senado, foi a cada Estado onde estava a oposição com
seus principais vocalizadores.
3. As agressões foram de um
nível tão baixo, que se poderia repetir o seu refrão: “Nunca antes nesse
País...”. Curiosamente, todos esses alvos de Lula abriram a campanha numa das
duas vagas e todos ficaram de fora: Artur Virgílio no Amazonas, Heráclito
Fortes no Piauí, Marco Maciel em Pernambuco, Efraim Morais na Paraíba, Tasso
Jereissati no Ceará, Cesar Maia no Rio de Janeiro...
4. Lula conseguiu o que
queria: uma ampla maioria no Senado, a quase eliminação da oposição política de
fato e com voz, com as exceções de regra.
5. E agora Lula completou o
serviço. Precisava na presidência do Senado um “profissional”. Sarney já não
tinha a mobilidade, a “independência” para isso. Então, ninguém melhor que
Renan Calheiros. E Dilma, silente, com um leve sorriso no canto da boca.
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