Reinaldo Azevedo
Deixem-me corrigir um número
para reforçar a substância do que escrevi: não são apenas dois ex-membros do
Poder Executivo que estão na lista, mas cinco: além dos ex-ministros Gleisi
Hoffmann (Casa Civil) e Edison Lobão (Minas e Energia), há também Antonio Palocci
(Casa Civil), Aguinaldo Ribeiro e Mário Negromonte — ex-ministros das Cidades.
Atenção! O que pesa contra
Gleisi nada tem a ver com o seu período no ministério, como se pode ver pela
petição 5.257. Ela é acusada de ter recebido dinheiro do
esquema para a campanha eleitoral. Antonio Palocci (e ainda vou voltar a esse
caso – petição 5.263) vai ser investigado por ter, segundo delação,
pedido dinheiro ao esquema para a campanha de Dilma em 2010. Estava fora do
governo.
A maioria das acusações contra
os ex-ministros Mário Negromonte e Aguinaldo Ribeiro diz respeito também ao
período em que eram parlamentares (veja petições petições), embora, tudo indica, as safadezas tenham
continuado quando estavam no cargo. O único cuja irregularidade teria sido
flagrantemente cometida quando no exercício da função executiva é mesmo Edison
Lobão (petição 5.255): teria, como ministro, pedido R$ 2 milhões para
a campanha eleitoral de Roseana Sarney. A acusação de que teria recebido R$ 10
milhões para si mesmo faria parte da delação premiada de diretores da Camargo
Corrêa e não consta do pedido de inquérito.
Assim, querido leitor, você tem
todo o direito de acreditar que o maior escândalo de que se tem notícia no país
foi cometido sem o concurso do Poder Executivo. Sei que os “companheiros”
do Ministério Público querem me levar às lágrimas com tal tese, mas eu resisto
bravamente.
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Só não enxerga quem não quer: se dependesse de Janot e Teori não haveria Operação Lava Jato. Quando Janot foi a Curitiba observar in loco o trabalho dos Procuradores regionais sentiu que não teria como abortar a operação.
ResponderExcluirO trio Janot, Teori e Cardoso atua coordenadamente com o intuito reduzir o quanto puder o estrago no governo sem causar reação da mídia e da opinião pública. Mas vai ser difícil daqui para a frente segurar a barra do desgoverno dilmanta/lularápio. O Petrolão é apenas um infinitésimo em face do O BNDESÃO, que constituirá o próximo alvo dos procuradores e do juiz Sérgio Moro, do que se pode chamar de a Nova (esta sim !) República de Curitiba.
Batalha