Os comandos das respectivas
redações estão cochilando, podem acreditar. Há um outro país nascendo nas ruas,
e eles não estão vendo. (Estão vendo sim, só não é o que eles gostariam de ver.
Daí, ignoram)
Reinaldo Azevedo

E que se note: os que pregam
essa tolice são uma absoluta minoria entre os que pedem o impeachment de Dilma.
Nota à margem: o Movimento Brasil Livre literalmente expulsou do acampamento um
grupelho que apareceu por lá com essa proposta. Não foi notícia.
Nesta quarta, obedecendo a uma
convocação de Sibá Machado (AC), líder do PT na Câmara, Guilherme Boulos e João
Pedro Stedile convocaram seus fascistas para cercar e espancar os jovens do MBL
e do Vem Pra Rua. Sim, tratou-se de uma joint-venture: as camisetas que vestiam
eram do MTST, e os militantes, do MST, oriundos de Planaltina, no Distrito
Federal.
A cobertura da imprensa, na
média, foi nojenta, asquerosa mesmo, como se nada houvesse acontecido. Como
sempre, cumpre indagar o que se teria dito se fosse o contrário: imaginem um
acampamento com 50 esquerdistas, reivindicando isso ou aquilo, cercado por
adversários contrários à esquerda — nem precisariam ser de direita… Seria um
caos, um deus-nos-acuda. Alguém logo falaria em escalada fascista. Os mais
ousados lembrariam o espancamento de atores que representavam a peça Roda-viva,
no dia 9 de novembro de 1968…
Como os que apanharam são
apenas um grupo de jovens assumidamente liberais, ora bolas!, por que eles não
podem apanhar um pouco? Como se sabe, a história confere aos esquerdistas o
monopólio da porrada, e cumpre a seus adversários sofrer calados. Uns sabem por
que batem; outros, por que apanham.
Raramente vi comportamento tão
vergonhoso, e os poucos que deram destaque a algo tão grave ainda tentaram
caracterizar tudo com um empate moral. Não! Não era, não!
O MBL está na área com
autorização das Mesas da Câmara e do Senado. Não ocupou aquele espaço para
bater, depredar, incendiar…
A reação fria da imprensa
chega a ser criminosa. Vejam um vídeo do MBL que está no YouTube, reiterando
que Sibá é líder do PT na Câmara, não do governo.
Os comandos das redações estão
cochilando, podem acreditar. Há um outro país nascendo nas ruas, e eles não
estão vendo. A decadência em curso, ou já prenunciada, de alguns veículos não
decorre de revoluções tecnológicas ou sei lá o quê. É que a imprensa está insistindo
em ser porta-voz de grupelhos de pressão, orientados ideologicamente à
esquerda.
Ninguém precisa concordar com
o Movimento Brasil Livre para dar ao ocorrido a devida gravidade. Basta apenas
concordar com os pressupostos da democracia.
E reitero: a omissão é ainda
mais dolosa porque o MBL resistiu pacificamente, sem dar um único soco, um
único tapa, um único chute.
Título e Texto: Reinaldo Azevedo, VEJA, 29-10-2015
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Não dá para ler tudo que esse boçal rolabosta escreve.
ResponderExcluirEle não tem ética e é muito partidarizado.
Um coitado.
.John Jahnes.
John Jahnes