quinta-feira, 1 de maio de 2025

[Viagens & Destinos] Ciclovia São Conrado/Barra da Tijuca


Anteriores:

Praia dos Amores, um charmoso cantinho da orla da Barra da Tijuca 
Ilha de Paquetá: Igreja e Praia do Roque + Baobá Maria Gorda 
Ilha de Paquetá 
Passando de carro por Copacabana, Vila Isabel, Vila da Penha e chegando em Nova Iguaçu 
De São Cristóvão até Botafogo 
Um clube no centro do Rio de Janeiro

[Daqui e Dali] Parentes pobres e parentes ricos

Humberto Pinho da Silva

Quando era menino, meu pai resolveu visitar pequeno povoado, para os lados de Penafiel.

Soubera, por familiares, que os ascendentes, por parte materna, eram desse lugarejo. A informação acicatou-lhe a curiosidade.

Ao chegar à aldeia procurou indagar se ainda existiam parentes.

De inculca em inculcas, descobriu que havia humilde alfaiate casado com mulher cujo sobrenome era igual ao da sua bisavó.

Bateu-lhe ao ferrolho e, após curta conversa, veio a saber que a dona da casa era realmente parente, embora afastada.

A mulher ficou contentíssima por conhecer que tinha parentes, que viviam na cidade, e que a procuravam para lhe dar um abraço de amizade.

Escancarou, sem receio, a modesta casa e, como lhe gabassem as expelidas begónias que possuía, apressou-se a oferecer uma.

A filha, lavradeira, que morava perto, ao conhecer a nossa chegada, veio ligeira ao nosso encontro, convidando-nos a visitar a sua casa de lavoura: "É pobrezinha, mas limpinha. Temos pão e vinho em abundância, graças a Deus..."

Fomos. Na farta e rija mesa de madeira coberta com alva toalha de linho, havia iguarias do campo, e excelente vinho verde, acabado de ser retirado na fresca adega.