quinta-feira, 16 de outubro de 2025

"O que Moraes chama de 'política do avestruz' é, na verdade, o direito das famílias de proteger seus filhos."

Karina Michelin

O ministro Alexandre de Moraes tenta justificar a imposição ideológica de “discussões de gênero” nas escolas com base em estatísticas distorcidas e um raciocínio falacioso. Ele alega que o aumento da violência contra pessoas LGBT seria consequência da “política do avestruz” - ou seja, da recusa em abordar ideologia de gênero em sala de aula. Isso é falso em três níveis. 

Não há um único estudo científico que comprove relação direta entre o ensino de ideologia de gênero e a redução da violência. A criminalidade, os assassinatos e as agressões estão ligados a fatores como impunidade, falhas policiais e desigualdade social - não à ausência de doutrinação sexual nas escolas. Usar a violência como pretexto para impor conteúdo ideológico é manipulação emocional, não política pública. 

A Constituição é clara, compete aos pais decidir sobre a formação moral e sexual de seus filhos (art. 229 e art. 12 do Pacto de San José da Costa Rica, que tem status constitucional no Brasil). Ao invadir o currículo escolar para impor a pauta de gênero, o STF age fora de sua competência, substituindo o Legislativo e desrespeitando o direito das famílias. Isso é ativismo judicial travestido de moralidade social. 

Moraes tenta apresentar o debate como se fosse “atraso” reconhecer diferenças biológicas e como se fosse “progresso” confundir identidade de gênero com ciência. Mas o verdadeiro avanço civilizatório está em proteger a infância, não em sexualizá-la. Ninguém está “fingindo que pessoas trans não existem”; o que se defende é que crianças em formação não sejam expostas a pautas ideológicas que lhes roubam a inocência e confundem sua identidade. 

O que Moraes chama de “política do avestruz” é, na verdade, o direito das famílias de proteger seus filhos da politização precoce e da imposição de valores contrários à sua fé, à sua cultura e à biologia. O que ele chama de “educação” é engenharia social. E o que ele chama de “progresso” é controle ideológico. 

Essa fala mostra o quanto o Supremo abandonou a neutralidade jurídica para assumir o papel de tutor moral da sociedade, algo que jamais esteve nas mãos de onze ministros não eleitos. 

Texto e Vídeo: Karina Michelin, X, 15-10-2025, 23h32

Um comentário:

  1. Está na hora de o Brasil exigir que o Supremo Tribunal Federal volte a ser uma Corte composta por juízes de carreira!
    Hoje, dos 11 ministros, apenas 1 prestou concurso. Os demais chegaram lá por indicação política.
    Chega de militantes travestidos de juízes! O país precisa de magistrados experientes, com décadas de vida no Judiciário, e não de agentes de governo.
    Juiz de carreira no STF, JÁ!

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