quinta-feira, 11 de setembro de 2025

[Daqui e Dali] Onde se fala de imigrantes e incêndios

Humberto Pinho da Silva

Estando a ver canal de televisão, não me recordo quando, nem qual, apenas sei que foi há muitos anos, escutei o seguinte:

Jornalista fora passar férias ao campo, era em Trás-os-Montes, e deparou com rapazinho a pastorear seu rebanho.

Francesco Londonio, 1764

Como era menino, indignou-se por ser tão jovem e estar a trabalhar.

Investigou de quem era filho, e resolveu ir inquerir o pai. Este, ficou surpreso e repostou: o filho andava na escola, mas gostava de permanecer na serra, guardando o rebanho paterno.

Acrescentou que não lhe faltava nada, pois sua casa era farta.

O jornalista foi para a capital indignado e, perante as câmaras, insurgiu-se por haver, no seu país, crianças que trabalhavam. Talvez com apoio de telespectador, levou o garoto à capital, para ver um jogo de futebol.

Agora, na época dos incêndios, todos se lamentam de não haver cabras e rebanhos, para "limparem" os terrenos...

Recentemente, escutei comentador declarar: "Paguem cinco mil euros e não faltará quem queira ser pastor". Até doutores, digo eu, se ofereceriam para essa humilde tarefa...

[Viagens & Destinos] Visita ao Solar Real - Santa Teresa


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Rua Coração de Maria - Ruas do Méier 
Pisando na Areia de Copacabana - Sons da Praia em 3D 
Passeio em Copacabana 
Rio de Janeiro sem cortes [4K] 
Centro do Rio de Janeiro

"Bloqueiem Tudo": Protestos anti-Macron voltam a mergulhar a França no caos

Paulo Hasse Paixão 

As ruas das cidades francesas voltaram a conhecer o caos e a violência, com tumultos decorrentes da campanha antigovernamental “Bloqueiem Tudo“, que inclui greves e protestos que se espalharam pelo país. 

Às 8h de 10 de setembro, foram registadas até 50 detenções em Paris, com a polícia a afirmar que “a maioria dos detidos estava a ameaçar a ordem pública”. Manifestantes tentaram paralisar ligações vitais de transporte, incluindo o terminal do Eurostar na Gare du Nord, e entraram em confronto com a polícia de choque, erguendo barricadas e obstruindo cruzamentos em cidades como Bordéus e Marselha.

A agitação é motivada pela raiva, à esquerda e à direita, contra o Presidente Emmanuel Macron e o seu recém-nomeado primeiro-ministro, Sébastien Lecornu, que substituiu François Bayrou após o colapso do seu governo, em consequência de um um voto de confiança chumbado na Assembleia Nacional.

The Reported Russian Drone Incursions Into Poland Might Have Been Due To NATO Jamming

 Andrew Korybko 

It’s unlikely that Russia would risk rallying the West around a no-fly zone over Ukraine by staging a deliberate provocation against Poland or even just carrying out a recon mission in NATO airspace

Poland claimed to have shot down several Russian drones on Wednesday morning that reportedly crossed into its airspace during the latest large-scale strikes against Ukraine. This occurred amidst the ongoing Polish, Lithuanian, and NATO drills involving 30,000 Polish troops and just ahead of the upcoming Russian-Belarusian Zapad 2025 drills. Some therefore suspect that this was either a deliberate provocation by Russia or a botched recon mission, but it might have just been due to NATO jamming.

It was recently argued that “There Might Be More To The Von Der Leyen-GPS-Russia Hoax Than Scoring Cheap Infowar Points” after the dramatic claim that Russia supposedly jammed her plane while it attempted to land in Bulgaria was debunked by Sofia itself and Western media. The alternative theory put forth was that this false narrative was meant to justify aggressive signals jamming in Kaliningrad, though this could also be directed towards Belarus given its hosting of the upcoming Zapad 2025 drills.

Such interference might have thus caused Russian drones to veer off course into Poland during the latest large-scale strikes against Ukraine. Aggressive signals jamming could also precede implementation of reported plans for imposing a no-fly zone over at least part of Ukraine in connection with the West’s security guarantees for that country. Although nowhere as foolproof as patrols over Ukrainian airspace and authorizing NATO-based Patriots to protect its skies, it would carry much less of an escalation risk.

O PS que não aprende


Henrique Pereira dos Santos

Nas democracias há eleições (não basta haver eleições para haver uma democracia, mas não há democracia sem haver eleições). 

As eleições não servem para escolher os melhores e muito menos os mais puros, servem, em primeiro lugar, para remover os que as pessoas não querem no poder e, em segundo lugar, para escolher quem as pessoas querem ver, naquele momento, no poder. 

As eleições são amorais, não são plebiscitos morais. 

O PS, que perdeu a sua ligação à sociedade, evoluindo para um mero grupo de ocupação do poder, tem muita dificuldade em lidar com a ausência de poder, até porque não acredita que no quadro normal do combate político as suas hipóteses de voltar rapidamente ao poder sejam grandes. 

Como confunde o que aparece na comunicação social com a sociedade, tem vindo a procurar ocupar o poder sem verdadeiramente convencer os eleitores, até porque teve um enorme êxito na última vez em que conseguiu fazer isso, quando António Costa, sem avisar os eleitores, formou um governo com um inesperado acordo político com forças políticas que no dia das eleições toda a gente estava convencida de que eram seus adversários. 

Nessa altura, a generalidade da comunicação social engoliu a ideia de que era normal fazer-se uma coisa diferente do que o eleitorado pensava quando votou e o PS achou que o método dava menos trabalho que ganhar eleições, o que se tem manifestado numa deriva populista a propósito de questões morais, quer no caso Spinumviva, quer agora, a propósito do desastre do elevador da Glória. 

Canalhas! Mil vezes canalhas!!! Globo Lixo!!!


Ludmila Lins Grilo

Charlie Kirk era um grande debatedor conservador americano. Promovia eventos com os jovens nas faculdades, onde sempre levava uma placa com os dizeres “prove me wrong” (prove que eu estou errado).

Fundou o think tank Turning Point USA, influenciando positivamente milhares de jovens. Foi assassinado hoje, durante um de seus eventos.

Você não vê direitistas tentando matar esquerdistas, mas o contrário ocorre o tempo inteiro: a esquerda tentou matar Jair Bolsonaro e Donald Trump, matou Miguel Uribe (Colômbia), e agora matou Charlie Kirk. Enquanto finge empatia e tolerância, a esquerda jorra ódio e morte.

Assim, a Justiça no Brasil não tem jeito

Pedro Almeida Vieira

Há um momento em que um observador estrangeiro, mesmo o mais benevolente, deixa de suspender o juízo e começa a franzir o sobrolho: a justiça no Brasil não tem jeito. Não é apenas um lugar-comum; é uma constatação empírica de quem conhece, com algum detalhe, a génese desse grande país unificado artificial e miraculosamente (sabem quantos países saíram das colónias espanholas na América?) e acompanha, há anos, os desdobramentos de um sistema judicial que se tornou, simultaneamente, protagonista e encenador da vida política.

Aquilo que por cá, em Portugal, ainda chamamos de sistema de Justiça – mesmo assim com demasiados defeitos e falhas –, lá assume um figurino peculiar, quase barroco, em que os magistrados do topo não se limitam a interpretar leis e julgar litígios: são eles próprios personagens centrais da narrativa pública. E o pior é que parecem saborear esse estatuto de protagonistas.

Não se trata aqui de uma denúncia ideológica, nem de uma defesa de qualquer corrente política, seja a esquerda lulista ou a direita bolsonarista. A questão é outra e bem mais séria: é o Estado brasileiro enquanto tal, é a credibilidade das instituições, é o pacto social que se fragiliza cada vez que um julgamento se transforma num reality show televisivo, com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) a darem entrevistas, a trocarem farpas em plenário, a medirem a popularidade nas redes sociais e a decidirem o destino de candidatos que polarizam o país. É certo que as democracias precisam de tribunais constitucionais fortes. Mas não precisam de tribunais-vedeta.

O STF é, em teoria, o guardião último da Constituição. Na prática, tornou-se um ator político de primeiro plano. Cada ministro detém um poder quase imperial sobre os processos que relata: decide quebras de sigilo, prisões preventivas, diligências de busca e apreensão, medidas cautelares de grande impacto, e depois, no julgamento, apresenta o seu voto – o qual serve de guia para os demais ministros, que o acompanham na maioria dos casos. É um sistema que mistura investigação e julgamento numa única pessoa, criando o risco óbvio de pré-julgamento. Em democracias maduras, essas funções estão separadas: quem investiga ou supervisiona a legalidade da investigação não deve ser quem julga o mérito. Mas isso não se circunscreve ao STF – é visível noutros níveis.

Charlie Kirk assassinado

Charlie Kirk foi assassinado durante um dos seus eventos "Prove me wrong" em que debatia com jovens nos campus universitários

Lourenço Bray 

É sinistra, mas expectável a reação de muitos media no profile enviesado e superficial de Charlie Kirk ou no habitual varrer para debaixo do tapete da "polarização política" americana. Insinuam uma espécie de simetria. O Público, por exemplo, escreve na capa "Novo episódio de violência política nos EUA" como se isto fosse pingue-pongue num país em que o atual presidente foi vítima de duas tentativas de homicídio na última campanha.

A simetria não existe. Nem na contabilidade mórbida da atual violência que podia encher duas páginas se incluirmos coisas como vandalização de Teslas ou assassinatos de CEOs, nem no território competitivo e livre dos social media: a contabilização de followers de figuras de direita conservadora é devastadora para a extrema-esquerda.

O sucesso de Charlie Kirk baseava-se na sua enorme preparação feita de estudo e prática ao longo de muitos anos. Ouvi há poucos meses uma longa entrevista biográfica a Jordan Peterson e fiquei ainda mais impressionado com o "freak" que ele foi, um puto que decidiu apenas estudar a fundo os temas e fazer da sua missão debater em contextos altamente hostis, filmando os debates. O sucesso dos conteúdos estava alicerçado na incapacidade cómica dos seus interlocutores em rebater os seus argumentos de forma lógica, pesar de terem a oportunidade de o fazerem 1 para 1.

How the EU Pays Mainstream Media to Promote Its Narratives

Robert Williams 

§  The report also shows that the EU runs a highly sophisticated "EU media complex" through which it gets to shape media narratives about itself and its agendas.

§  The European Commission has, it seems, has literally paid off almost everything and everyone in the media world -- meaning that everyone, from news agencies to media outlets, public broadcasters and other media organizations, sits in the pocket of the European Commission to greater or smaller degrees.

§  These abundant examples of media and news organizations are just those within the EU. The EU, however, is also operating a large-scale influence operation outside of the EU....

§  There is nothing transparent about any of this funding. According to the report, it is opaque and difficult to uncover.

§  "The EU's ever-expanding system of media financing...creates financial dependencies, incentivises narrative conformity and fosters an ecosystem in which dissenting voices are marginalised – all under the virtuous banners of 'fighting disinformation', 'promoting European values' and 'building a European public sphere'" — Thomas Fazi, "Brussels's media machine: European media funding and the shaping of public discourse," June 2025.

§  The EU sadly appears to be a deeply corrupt and undemocratic regime, which desperately clings to power through influence-peddling and the imposition of heavy-handed censorship. Hundreds of millions of Europeans continue to put up with these tactics. When will they please wake up?

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Moro: "Ministro Fux tem razão."

O voto de Fux e a defesa da legalidade

Gazeta do Povo

Depois dos previsíveis votos de Alexandre de Moraes e de Flávio Dino, surgiu uma bem-vinda voz discordante: a de Luiz Fux, que apresentou um voto histórico nesta quarta-feira (10), quarto dia do julgamento do chamado núcleo 1 da suposta tentativa de golpe de Estado, e que tem como principal réu o ex-presidente Jair Bolsonaro. 

Foto: Rosinei Coutinho/STF

Com clareza e rigor técnico impecável, Fux expôs um voto que se distingue pela defesa intransigente do devido processo legal – uma verdadeira lufada de bom senso em uma corte que, lamentavelmente, tem se afastado cada vez mais da Justiça para abraçar o justiçamento. Sua postura, ao defender a anulação da ação penal desde a origem, recoloca no centro do debate a necessidade de que a Justiça se mantenha fiel à lei – uma obviedade que, no Brasil, deixou de sê-lo.

Outra advertência valiosa de Fux foi o lembrete de que o julgador deve ter 'humildade para absolver quando houver dúvida' – um princípio que ecoa como hino à presunção de inocência e à prudência judiciária, ambos relegados nos processos relativos ao 8 de janeiro

O argumento de Fux é incontornável. O Supremo Tribunal Federal não tinha competência para conduzir o processo, já que os denunciados não detinham mais prerrogativa de foro. “Concluo assim pela incompetência absoluta para julgamento deste processo, na medida que os denunciados já haviam perdido seus cargos”, afirmou o ministro, lembrando que a mudança de entendimento do STF sobre a matéria, posterior aos fatos apontados pela PGR, contaminou todo o andamento da ação penal e impôs, na avaliação de Fux, a “declaração de nulidade de todos os atos decisórios praticados”.

Fux é alvo de ofensas antissemitas; Wajngarten reage: “crime inafiançável”

Hermano Freitas 

Foto Fellipe Sampaio/STF

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi alvo de ofensas antissemitas nas redes sociais nesta quarta-feira (10), enquanto lia seu voto pela anulação do julgamento do chamado “núcleo 1” da ação penal em análise pela Corte. As postagens, publicadas no Instagram e no X, em formato de obituário, traziam críticas e referências a ele ser judeu e “sionista”.

“O excelentíssimo jurista menor e judeu sionista, ministro Luiz Fux, faleceu hoje, ao vivo diante das câmeras da TV Justiça, logo após declarar seu voto de anulação do processo contra o miliciano e assassino Jair Messias Bolsonaro”, escreveu um blogueiro de esquerda com mais de cem mil seguidores. 

"Fux é jud€u. Os sionistas não aguentaram e tiraram o disfarce. Vão fazer tudo para livrar o golpista puxa-saco dos genocidas dos palestinos”, escreve outro perfil no X.

10-9-2025: Oeste sem filtro – Fux rebate Moraes e desmonta farsa sobre 'golpe' + Governo americano acompanha julgamento de Bolsonaro + PT quer investigar a presença da bandeira dos EUA na Paulista

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quarta-feira, 10 de setembro de 2025

A história oficial dos novos democratas

Rafael Nogueira

Autoridades descobriram, assanhadas, o ofício de ensinar história oficial. A nova tendência tem personagens ilustres: ora o Presidente da República declara que a independência verdadeira foi em 2 de julho; ora perfis governamentais reapresentam o sentido das cores e dos símbolos da bandeira; e agora, um ministro do STF invoca a Constituinte de 1823 e a Revolução de 1930 para iluminar o presente.

Arte: Paulo Márcio

O problema é que, quando a história vira argumento de autoridade, conceitos de hoje são projetados em épocas distintas e casos complexos viram parábolas morais convenientes. Assim, o método — pesquisa, crítica de fontes e prudência conceitual — cede lugar à narrativa legitimadora.

O primeiro tropeço é o anacronismo. Aplicar “Estado de Direito” a 1823 significa transportar um conceito amadurecido no Brasil ao longo do século XX para um país ainda em consolidação. Naquele contexto, havia um arranjo em disputa: de um lado, uma Assembleia nascente, de base social estreita, empenhada em limitar a Coroa; de outro, um imperador que, apoiado em prerrogativas que culminariam no Poder Moderador, buscava centralizar para estabilizar o Estado. Julgar aquele momento por categorias atuais não esclarece: confunde.

Daí vêm os paralelos fáceis. Em 1823, D. Pedro I não era um outsider; era o próprio poder constituído, com comando sobre as Forças Armadas e a máquina administrativa. Projetar esse quadro sobre circunstâncias recentes — em que um líder derrotado e politicamente isolado apareceria como “novo Pedro I”, enquanto instituições hoje robustas posariam de “constituinte vulnerável” — inverte papéis sem apoio na evidência histórica.

A imprensa chama o que está acontecendo no Nepal de protesto

Silvio Grimaldi

Botaram fogo no parlamento. 

Botaram fogo nas casas dos políticos do partido comunista. 

Arrastaram o ministro das finanças de cuecas pelas ruas e o espancaram. 

Queimaram viva a ex-primeira-dama. 

O primeiro-ministro comunista renunciou e o governo revogou a censura ao X e ao Facebook. 

A população ignorou o toque de recolher e foi para o confronto com a polícia nas ruas de Katmandu. 

Isso é Protesto. 

Aqui, uma tia escreve com batom naquela estátua horrorosa e macabra na frente do STF, é chamada de terrorista, pega 17 anos de cadeia por tentativa de abolição do Estado, e a imprensa aplaude e repete: terrorismo, golpe de estado.

Título, Imagem e Texto: Silvio Grimaldi, X, 9-9-2025, 18h03

O juiz fez um acerto de contas com o réu...

A naturalidade com que a militância de redação do regime noticia um réu sendo julgado pelo seu desafeto e vítima:

Título, Imagem e Texto: Leandro Ruschel, X, 9-9-2025 

9-9-2025: Oeste sem filtro – Como previsto, Moraes condena Bolsonaro + Dino (PT/PCdoB/PSB) aplaude e inclui rejeição à anistia

[Quadro da Quarta] A Liberdade guiando o Povo

 A Liberdade guiando o povo (em francês: La Liberté guidant le peuple) é uma pintura de Eugène Delacroix em comemoração à Revolução de Julho de 1830, com a queda de Carlos X.

Uma mulher representando a Liberdade, guia o povo por cima dos corpos dos derrotados, empunhando a bandeira tricolor da Revolução francesa numa mão e brandindo um mosquete com baioneta na outra.

A pintura é talvez a obra mais conhecida de Eugène Delacroix. Wikipédia 

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La Songeuse (A Pensativa) 
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La libération d’Orléans par Jeanne d’Arc

terça-feira, 9 de setembro de 2025

“O Ocidente é hoje um hospício repleto de tribos, turbas histéricas…”

João Maurício Brás

(…)

O Ocidente vive um surto de novo jacobinismo com a respectiva sobranceria moralista. A vitude e o terror estão de novo de mãos dadas em nome do grande bem. Voltamos a assistir a taras purificadoras, e autos-de-fé diários e condenações sem julgamento.

Gritamos histericamente nas redes sociais, na mídia e nas ruas o gozo infantil e sádico das nossas denúncias e punições. O controle e a vigilância, a boa, a normopatia é zênite civilizacional.

Sê puro, sê neutro, sê assexuado, sê vítima e estarás a salvo de ser preso e reeducado ou exterminado. Já não sabemos ser livres nem responsáveis, nem tomar a nossa vida nas próprias mãos. O Estado vai nos proteger e defender até de nós próprios.

O manicômio americano e a regulamentação sinistra de Bruxelas, a destruição da comunidade e do bem comum, o indivíduo solitário e neurótico triunfaram.

O Ocidente é hoje um hospício repleto de tribos, turbas histéricas e insanidade bem patente num beatismo insano e totalitário, a que chamamos progressismo. Uma mistura de estalinismo e nova inquisição sobressai entre gente vulgar que odeia e se odeia, sedenta de vingança e instintos sádicos que vivem para criminalizar o mundo.

Cena de "Um estranho no ninho/Voando sobre um ninho de Cucos"

O que nos define já não é o que escolhemos, não é o que nos distinguiu por esforço, mérito e sacrifício, mas o que nos fizeram e o quanto de mau nos aconteceu.

[Livros & Leituras] A Igreja Católica e a Outra – Artigos sobre a crise da Igreja

Gustavo Corção, Editora Permanência, 50 anos, Niterói, setembro de 2018, 142 páginas. 

Gustavo Corção foi um escritor e pensador católico brasileiro, autor de diversos livros sobre política e conduta, além de um romance. Foi membro da antiga União Democrática Nacional (UDN) e um expoente do pensamento conservador no Brasil.

Sua obra é influenciada pelo Distributismo, a apologia católica do escritor inglês G.K. Chesterton, influência extensamente explicada no seu ensaio Três Alqueires e uma Vaca. Entretanto, uma outra influência sobre o seu pensamento veio do filósofo Jacques Maritain.

Formado engenheiro, Corção só obteve notoriedade no campo das ideias aos 48 anos, ao publicar o livro A Descoberta do Outro, narrativa autobiográfica de sua conversão ao catolicismo (influenciado por Alceu Amoroso Lima).

Como engenheiro, era um apaixonado pela eletrônica. Foi durante anos professor dessa disciplina na Escola Técnica do Exército, atual Instituto Militar de Engenharia. O amor à eletrônica e à música sacra levou-o a ser um estudioso e intérprete de órgão Hammond. Este instrumento musical tornou-se uma de suas paixões, tanto pela engenhosidade de sua construção como por sua sonoridade.

Sua produção literária e seu estilo foram considerados por muitos na mesma altura da de Machado de Assis, autor que o inspirou a produzir e publicar uma antologia (de Assis).

Sobre Gustavo Corção, Raquel de Queiroz afirmou em 1971: “A maioria dos brasileiros conhecem duas faces de Gustavo Corção. Uma, a do escritor exímio, a usar como ninguém a língua portuguesa, o autor que, vivo ainda, graças a Deus, é um indiscutível clássico da literatura nacional. [...] A segunda face é a do anjo combatente, de gládio na mão, a castigar os impostores que vivem a gritar o nome de Deus e da Sua Igreja, não para os louvar, antes para apregoar na feira inocente-útil do ‘progressismo’.

França: Assembleia Nacional faz cair terceiro governo em 21 meses

Paulo Hasse Paixão

Como o ContraCultura tinha previsto na semana passada, o terceiro governo francês desde Janeiro de 2024 não sobreviveu a uma moção de confiança na Assembleia Nacional.

A França está assim – e de novo – mergulhada no caos político, com o primeiro-ministro François Bayrou a ver chumbada por um diferencial de 174 votos a moção que ele próprio convocou para galvanizar o apoio ao seu plano orçamental de 2026.

Bayrou, nomeado pelo presidente Emmanuel Macron em dezembro do ano passado, expressou recentemente a sua exasperação com o cenário político fragmentado do seu país, numa entrevista em que protestou assim:

“Qual é o sentido de derrubar o governo? São grupos políticos que não só não concordam em nada, mas, pior ainda, estão a travar uma guerra civil aberta entre si”.

O impasse na legislatura francesa é resultado da tentativa dos partidos de extrema esquerda e do estabelecimento globalista de excluir do poder executivo o partido nacionalista Rassemblement National, liderado por Marine Le Pen, apesar de este ter se tornado o maior partido na Assembleia Nacional, depois de Macron ter convocado eleições legislativas antecipadas no ano passado.

Carro de frete atravessa Ponte Rio-Niterói com pilha de eletrodomésticos no teto

Veículo carregava diversas geladeiras, fogão e até uma máquina de lavar

O Dia

Um carro de frete completamente abarrotado com diversos eletrodomésticos empilhados foi flagrado carregando enquanto atravessava a Ponte Rio-Niterói. A cena inusitada foi protagonizada por um Ford Versailles Royale, modelo que parou de ser fabricado em 1996.

Nas imagens, que circulam nas redes sociais, é possível observar que o carro, que chegava a estar rebaixado devido ao peso, carregava ao menos três geladeiras, fogão e máquina de lavar, que juntos formavam uma pilha enorme. O flagra foi feito no sábado (6) por quem passava pela via.

No porta-malas, que estava com o vidro quebrado, é possível ver que mais eletrodomésticos foram posicionados dentro do veículo. 

Ecoponte, concessionária responsável pela Ponte Rio-Niterói, informou apenas que foi verificado pelo Centro de Controle Operacional que o veículo cruzou a Ponte no sábado (6).

Veja o vídeo:

Alguns não gostaram da bandeira dos EUA na Paulista…

Nossos mais bem pagos analistas do bem, do amor, da democratura, nossos experts em hipocrisia sobre todas as coisas, bastiões horizontais da grande e velhaca imprensa caolha… todos eles fazendo troça da bandeira dos EUA na manifestação de 7 de setembro na Avenida Paulista…, mas ZERO, NEM UMA, NENHUMA, palavra sobre a bandeira da Palestina no 7 de setembro dos filhos do 7 peles. 

Texto e Imagem: Pavinatto, X, 8-9-2025, 16h38