José Manuel
Há 136 anos atrás foi dado um
golpe inexplicável na "soberania" brasileira.
Esta sim, uma real soberania, porque
havia um soberano, não a que nos querem impingir hoje em dia e que não se
sustenta.
Inexplicavelmente e sem razão
alguma, um militar que até então se dizia amigo do imperador D. Pedro II e
monarquista, por incrível que possa parecer, traiu-o covardemente, o que não é
novidade visto o que ocorre nos dias de hoje, algo não muito diferente nas
casernas espalhadas pelo mundo.
As razões apresentadas para
essa ignomínia, como soldos militares, questão religiosa e abolicionista não se
sustentam à luz de um estudo mais aprofundado.
Foi apenas o golpe pelo golpe.
1º) Soldos militares sempre
foram baixos no Brasil e no mundo todo, tanto no Império quanto nos dias
atuais, não sendo nenhuma novidade para um golpe, bastando que a caserna se
posicione adequadamente frente ao governo central para a resolução do
problema.
2º) A questão religiosa, também
não se sustenta, uma vez que a nossa Monarquia sempre teve uma relação estreita
com a religião católica e a prova disso é que continuamos a ser uma nação
católica em maioria.
A ordem do Imperador para a
que os bispos não obedecessem ao Vaticano diretamente, mas sim ao poder
vigente, significava reduzir a força de um poder paralelo religioso que
frequentemente se imiscuía nos poderes constitucionais da Monarquia como
acontecia em outras nações religiosas.
A separação de política da religião
é imperiosa para que não haja o desvirtuamento do poder estabelecido
D. Pedro II era um visionário e estava certo quanto a isso.
3º) A questão abolicionista
foi usada como massa de manobra para o golpe a ser dado.
As alegações de que o Brasil não
se desenvolveria sem os escravos também não se sustenta.
D. Pedro II era um visionário
abolicionista e escreveu a base para que sua filha a Princesa Isabel decretasse
a Lei Áurea, assinada e promulgada em 13 da maio de 1888, portanto, mais de um
ano antes do golpe.
O Brasil foi o último país da
América do Sul a terminar com a escravidão, e a alegação dos senhores da elite
agrária e escravagistas também não se sustenta, visto que outras nações se
desenvolveram com outros métodos que não o escravagismo, vide a América do
Norte.
4º) A questão republicana,
onde grupos de intelectuais, advogados, jornalistas e a classe média urbana nas
cidades viam a monarquia como um sistema ultrapassado e incapaz de atender às
novas demandas da sociedade.
A mim parece que também não se
sustenta visto termos hoje em dia a nossa República com os mesmos problemas
daquela época e sem solução à vista com os problemas políticos se sucedendo em
cascatas.
Com relação ao desenvolvimento
monárquico atual é só estudar as monarquias europeias em especial a Inglesa que
vão de vento em popa com seus súditos não querendo ver formas republicanas nem
de perto.
A Monarquia brasileira sob o
comando de D. Pedro II foi uma das mais evoluídas a seu tempo e o
desenvolvimento trazido por D. Pedro II, foi imenso como a integração do
território via estradas de ferro, numa das maiores extensões no mundo, consolidação
da economia cafeeira como pilar, impulsionando a modernização da infraestrutura
com as ferrovias, os telégrafos, correios, navegação a vapor, artes, coisa
bastante rara nas novas nações emergentes.
A produção industrial também começou
a germinar, havendo avanços significativos na educação,
E principalmente ao longo de
quase 50 anos de mandato Imperial, o Brasil foi um país que deteve a calma e a tranquilidade
necessária ao seu desenvolvimento.
Dito isto, este que aqui escreve
com 79 anos de República nunca assistiu a períodos políticos tranquilos, pelo contrário
foram 79 anos de golpes e contragolpes desaguando na situação política em que
nos encontramos atual e preocupante, não me parecendo que a República tenha
sido uma boa opção.
A família Imperial do Brasil
existe e os descendentes capacitados também.
Basta que façamos a escolha
consciente, correta baseados em nosso histórico.
Quem sabe, não seria a solução para o nosso país?
Título e Texto: José Manuel, agosto de 2025
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