segunda-feira, 1 de setembro de 2025

[Atualidade em xeque] 79 anos – Uma vida sem conhecer a tranquilidade política

José Manuel

Há 136 anos atrás foi dado um golpe inexplicável na "soberania" brasileira.

Esta sim, uma real soberania, porque havia um soberano, não a que nos querem impingir hoje em dia e que não se sustenta.

Inexplicavelmente e sem razão alguma, um militar que até então se dizia amigo do imperador D. Pedro II e monarquista, por incrível que possa parecer, traiu-o covardemente, o que não é novidade visto o que ocorre nos dias de hoje, algo não muito diferente nas casernas espalhadas pelo mundo.

As razões apresentadas para essa ignomínia, como soldos militares, questão religiosa e abolicionista não se sustentam à luz de um estudo mais aprofundado. 

Foi apenas o golpe pelo golpe.

1º) Soldos militares sempre foram baixos no Brasil e no mundo todo, tanto no Império quanto nos dias atuais, não sendo nenhuma novidade para um golpe, bastando que a caserna se posicione adequadamente frente ao governo central para a resolução do problema. 

2º) A questão religiosa, também não se sustenta, uma vez que a nossa Monarquia sempre teve uma relação estreita com a religião católica e a prova disso é que continuamos a ser uma nação católica em maioria.

A ordem do Imperador para a que os bispos não obedecessem ao Vaticano diretamente, mas sim ao poder vigente, significava reduzir a força de um poder paralelo religioso que frequentemente se imiscuía nos poderes constitucionais da Monarquia como acontecia em outras nações religiosas.

A separação de política da religião é imperiosa para que não haja o desvirtuamento do poder estabelecido 

D. Pedro II era um visionário e estava certo quanto a isso.

3º) A questão abolicionista foi usada como massa de manobra para o golpe a ser dado.

As alegações de que o Brasil não se desenvolveria sem os escravos também não se sustenta. 

D. Pedro II era um visionário abolicionista e escreveu a base para que sua filha a Princesa Isabel decretasse a Lei Áurea, assinada e promulgada em 13 da maio de 1888, portanto, mais de um ano antes do golpe.

O Brasil foi o último país da América do Sul a terminar com a escravidão, e a alegação dos senhores da elite agrária e escravagistas também não se sustenta, visto que outras nações se desenvolveram com outros métodos que não o escravagismo, vide a América do Norte.

4º) A questão republicana, onde grupos de intelectuais, advogados, jornalistas e a classe média urbana nas cidades viam a monarquia como um sistema ultrapassado e incapaz de atender às novas demandas da sociedade.

A mim parece que também não se sustenta visto termos hoje em dia a nossa República com os mesmos problemas daquela época e sem solução à vista com os problemas políticos se sucedendo em cascatas.

Com relação ao desenvolvimento monárquico atual é só estudar as monarquias europeias em especial a Inglesa que vão de vento em popa com seus súditos não querendo ver formas republicanas nem de perto.

A Monarquia brasileira sob o comando de D. Pedro II foi uma das mais evoluídas a seu tempo e o desenvolvimento trazido por D. Pedro II, foi imenso como a integração do território via estradas de ferro, numa das maiores extensões no mundo, consolidação da economia cafeeira como pilar, impulsionando a modernização da infraestrutura com as ferrovias, os telégrafos, correios, navegação a vapor, artes, coisa bastante rara nas novas nações emergentes.

A produção industrial também começou a germinar, havendo avanços significativos na educação, 

E principalmente ao longo de quase 50 anos de mandato Imperial, o Brasil foi um país que deteve a calma e a tranquilidade necessária ao seu desenvolvimento.

Dito isto, este que aqui escreve com 79 anos de República nunca assistiu a períodos políticos tranquilos, pelo contrário foram 79 anos de golpes e contragolpes desaguando na situação política em que nos encontramos atual e preocupante, não me parecendo que a República tenha sido uma boa opção.

A família Imperial do Brasil existe e os descendentes capacitados também. 

Basta que façamos a escolha consciente, correta baseados em nosso histórico. 

Quem sabe, não seria a solução para o nosso país? 

Título e Texto: José Manuel, agosto de 2025 

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