José Manuel
O conhecimento da história é
importantíssimo para saber o desenrolar do nosso futuro. Aquele que ignora seu
passado histórico não deveria nem se olhar no espelho.
Não me refiro à história
contada a nós pelos bancos escolares, mas à história pesquisada por quem tem
realmente vontade de conhecer sua ancestralidade e entender o que se passou com
a nossa Nação ao longo dos séculos.
A partir deste momento único
estamos aptos a entender como enfrentar nosso futuro, mesmo quando ele pareça
tomar um rumo não desejável.
E acima de tudo, entender que
os momentos da história, bons ou maus, são intercambiáveis em espaços de tempo
segundo a vontade das sociedades, únicas responsáveis por uma Nação evoluída ou
decadente.
A par do desleixo
governamental por décadas de noite intelectual, há muitos bons escritores que
nos reportam com seriedade a verdade do nosso início como Nação. Para não nos
estendermos muito ao passado, na atualidade temos Laurentino Gomes nos três
excelentes livros, 1808, 1822 e 1889 que trazem luz ao nosso digno passado, com
análises isentas de paixão, falso patriotismo e tendências obscuras
Na década de 70, dois cineastas, Carlos Coimbra e Oswaldo Massaini, mais um elenco de primeira, brindaram o nosso país com o filme espetacular Independência ou Morte, que correu mundo graças às atuações fantásticas da equipe de atores, e mostraram à sociedade uma história um pouco diferente da que aprendemos em bancos escolares.
Só nestes quatro exemplos de
visualização moderna, honesta, do nosso passado, já era para não nos
equivocarmos tanto com as nossas escolhas.
Há, como não poderia deixar de ser e equivocadamente, tendências obscuras e fatos como uma chanchada protagonizada por uma atriz metida a cineasta, que devastou a nossa história com um filme de título Carlota Joaquina. E o pior disso para o país como um todo foi que muitos acreditaram nas bobagens apresentadas.
Essa sem noção, tendenciosa,
que tentou denegrir ao máximo nosso primeiro Rei e sua esposa, só esqueceu
propositalmente, claro, de mostrar que o tímido príncipe português passou a
perna no maior soldado da Europa. Fato inclusive admitido pelo próprio Napoleão
Bonaparte em suas memórias por volta de 1820, quando o corso declarou a
respeito de D. João:
“Ele foi o único que me
enganou!”
A partir daí, temos um futuro
brilhante em desenvolvimento de todas as áreas, sobejamente conhecidas e que
não cabe aqui exemplificar.
Esta introdução, serve para
entendermos que temos um passado de glórias, um passado de vitórias, um passado
aglutinante como Nação, um passado intelectual soberbo que está nos corações e
mentes da nossa sociedade, como uma marca indelével, em nosso DNA.
E nada, nada nos subtrai o
futuro, porque nossa origem, a brava gente Lusa, não o permite.
Somos aglutinantes e o tamanho
do nosso país o comprova.
Não somos fragmentados como a
colonização espanhola que dividiu o butim da América recém conquistada em
dezenas de países caudilhescos, como o mapa da América Latina mostra hoje em
dia tão bem.
Os espanhóis Hernan Cortez e
Francisco Pizarro colocaram os pés na América para dizimar civilizações
milenares como a Azteca no México e a Inca no Peru.
A nossa história não passa nem
perto dessas tragédias sociais, mas parece que essas criaram raízes
caudilhescas por aqui em nosso entorno, e bem fortes.
Quem acha que nos colocará no
mesmo nível de uma colonização sanguinária e apenas extrativista, está muito
enganado, e o melhor seria ler um pouco mais a respeito do nosso passado, coisa
difícil a mentes obliteradas, eu sei, mas, caso contrário, vão perder a
carruagem da história e quando acordarem será tarde.
Bonaparte, com um formidável
exército de 700 mil homens, submeteu a Europa, incluso a Espanha vizinha.
Portugal não, e não seria agora que aventureiros após três séculos iriam nos
submeter.
Jamais!
Título e Texto: José Manuel,
julho de 2023
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