segunda-feira, 17 de julho de 2023

[Atualidade em xeque] O momento atual e a história

José Manuel

O conhecimento da história é importantíssimo para saber o desenrolar do nosso futuro. Aquele que ignora seu passado histórico não deveria nem se olhar no espelho.

Não me refiro à história contada a nós pelos bancos escolares, mas à história pesquisada por quem tem realmente vontade de conhecer sua ancestralidade e entender o que se passou com a nossa Nação ao longo dos séculos.

A partir deste momento único estamos aptos a entender como enfrentar nosso futuro, mesmo quando ele pareça tomar um rumo não desejável.

E acima de tudo, entender que os momentos da história, bons ou maus, são intercambiáveis em espaços de tempo segundo a vontade das sociedades, únicas responsáveis por uma Nação evoluída ou decadente.

A par do desleixo governamental por décadas de noite intelectual, há muitos bons escritores que nos reportam com seriedade a verdade do nosso início como Nação. Para não nos estendermos muito ao passado, na atualidade temos Laurentino Gomes nos três excelentes livros, 1808, 1822 e 1889 que trazem luz ao nosso digno passado, com análises isentas de paixão, falso patriotismo e tendências obscuras

Na década de 70, dois cineastas, Carlos Coimbra e Oswaldo Massaini, mais um elenco de primeira, brindaram o nosso país com o filme espetacular Independência ou Morte, que correu mundo graças às atuações fantásticas da equipe de atores, e mostraram à sociedade uma história um pouco diferente da que aprendemos em bancos escolares.

Só nestes quatro exemplos de visualização moderna, honesta, do nosso passado, já era para não nos equivocarmos tanto com as nossas escolhas.

Há, como não poderia deixar de ser e equivocadamente, tendências obscuras e fatos como uma chanchada protagonizada por uma atriz metida a cineasta, que devastou a nossa história com um filme de título Carlota Joaquina. E o pior disso para o país como um todo foi que muitos acreditaram nas bobagens apresentadas. 

Essa sem noção, tendenciosa, que tentou denegrir ao máximo nosso primeiro Rei e sua esposa, só esqueceu propositalmente, claro, de mostrar que o tímido príncipe português passou a perna no maior soldado da Europa. Fato inclusive admitido pelo próprio Napoleão Bonaparte em suas memórias por volta de 1820, quando o corso declarou a respeito de D. João:

“Ele foi o único que me enganou!”

A partir daí, temos um futuro brilhante em desenvolvimento de todas as áreas, sobejamente conhecidas e que não cabe aqui exemplificar.

Esta introdução, serve para entendermos que temos um passado de glórias, um passado de vitórias, um passado aglutinante como Nação, um passado intelectual soberbo que está nos corações e mentes da nossa sociedade, como uma marca indelével, em nosso DNA.

E nada, nada nos subtrai o futuro, porque nossa origem, a brava gente Lusa, não o permite.

Somos aglutinantes e o tamanho do nosso país o comprova.

Não somos fragmentados como a colonização espanhola que dividiu o butim da América recém conquistada em dezenas de países caudilhescos, como o mapa da América Latina mostra hoje em dia tão bem.

Os espanhóis Hernan Cortez e Francisco Pizarro colocaram os pés na América para dizimar civilizações milenares como a Azteca no México e a Inca no Peru.

A nossa história não passa nem perto dessas tragédias sociais, mas parece que essas criaram raízes caudilhescas por aqui em nosso entorno, e bem fortes.

Quem acha que nos colocará no mesmo nível de uma colonização sanguinária e apenas extrativista, está muito enganado, e o melhor seria ler um pouco mais a respeito do nosso passado, coisa difícil a mentes obliteradas, eu sei, mas, caso contrário, vão perder a carruagem da história e quando acordarem será tarde.

Bonaparte, com um formidável exército de 700 mil homens, submeteu a Europa, incluso a Espanha vizinha. Portugal não, e não seria agora que aventureiros após três séculos iriam nos submeter.

Jamais!

Título e Texto: José Manuel, julho de 2023

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