Leandro Ruschel
A militância de redação opera para justificar prisões políticas, além de mentir descaradamente.
Allan Frutuozo é um jornalista
que saia de férias para a Argentina, segundo seu relato. Se ele estivesse
"tentando fugir", como afirma o UOL, não seria pelo aeroporto e
através do controle de saída da PF, não é mesmo?
É mais um caso que demonstra o
estado de exceção em curso: o seu processo é tão sigiloso que a própria polícia
não teve acesso inicialmente ao seu mandado de prisão, ao ponto de ele ter
ficado horas esperando na sala da PF até saber do que tratava o alerta ligado
ao seu nome.
Depois da confirmação da
prisão, o seu advogado declarou que não havia tido acesso aos autos.
Em seguida, a Globo noticiou que teve acesso à decisão, que havia partido de um plantão da Justiça Federal no DF em dezembro de 2022, e depois remetida ao Supremo por prevenção do ministro Moraes, o que juristas afirmam não fazer sentido.
Ele está sendo acusado de
participar da tentativa da invasão à delegacia da PF em Brasília em dezembro,
quando um cacique foi preso no âmbito dos protestos daquele mês.
Várias questões surgem: se
havia um mandato aberto desde dezembro, por que não foi cumprido? Ele tem
endereço conhecido e um canal público...
Por que está respondendo no
Supremo, se não tem foro? Por que seu advogado não teve acesso aos autos? A
transmissão de um evento, por um jornalista, equivale a participar de uma
atividade?
Alguém já viu jornalista
alinhado à esquerda sendo preso por cobrir invasão do MST?
Mais um dia no país da
"democracia relativa".
Título e Texto: Leandro Ruschel, Substack, 27-7-2023
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