Olavo de Carvalho
A democratização do ensino é a
fraude constitutiva do mundo moderno. Ela prometia distribuir a um número cada
vez maior de pessoas as criações mais elevadas do espírito humano, mas, […]
está provado que ela não fez nada disso e sim exatamente o contrário […].
Se tivesse sido possível
ampliar quantitativamente a rede de ensino assim constituída, sem quebra da
exigência qualitativa, a democratização teria sido uma benção para a
humanidade. Em vez disso, foi um flagelo. Por quê?
Porque a educação não foi só expandida quantitativamente e sim transmutada: passou a atender a necessidades novas e completamente diversas, que terminaram por abolir suas finalidades próprias […]. Fornecer mão-de-obra para a burocracia estatal e a indústria em expansão, distribuir às classes afluentes os novos emblemas convencionais da ascensão social, forjar e impor novos padrões de conduta adequados aos valores políticos do momento, adestrar massas de eleitores e militantes – são alguns dos novos objetivos a que a educação teve de se adaptar.
Mais recentemente, as escolas tornaram-se uma rede auxiliar da distribuição de
comida e assistência médica num mercado privilegiado para o comércio de drogas.
Digitação: JP, 14-7-2023
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[Livros & Leituras] Contra a Escola
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