Globo: órgão de propaganda da esquerda e extrema-esquerda

Leandro Ruschel

Todo regime autoritário requer um órgão de propaganda para manipular o público. A Globo tem vasta experiência neste papel, e tem mentido de forma cada vez mais desenvergonhada nos últimos tempos.

Não há uma única verdade no comentário da militante de redação, abaixo:

1) Ainda não está claro o que aconteceu, há versões divergentes e apenas as partes envolvidas testemunharam. Não foi apresentada nenhuma prova, de um lado ou de outro, até o momento. O papel da imprensa deveria ser apresentar os fatos, ao invés de defender agressivamente um lado. 

2) Atribuir o incidente à "extrema-direita" é comprovadamente incorreto, visto que o investigado já fez campanha para prefeito ao lado de Lula, e é filiado ao PSD, integrante da base do atual governo. 

3) "Extrema-direita" é a difamação preferida da militância de redação, essa sim de extrema-esquerda, para criminalizar conservadores. Eles não usam o termo "extrema-esquerda" nem mesmo para designar os mais radicais socialistas, o que deixa evidente a desonestidade intelectual. 

4) Não foi a direita que "botou um X" nas costas do ministro, mas justamente o contrário. Há anos que inquéritos considerados inconstitucionais por renomados juristas produzem a perseguição a CENTENAS de pessoas alinhadas à direita. 

5) "Técnica" é o adjetivo que não pode ser usado para a investigação comentada. Há sérias dúvidas sobre a competência de a justiça brasileira investigar o incidente ocorrido no exterior. E mesmo se fosse o caso, não há registro de medidas como busca e apreensão em suposto crime de injúria. Além disso, os investigados não têm foro privilegiado, ou seja, a investigação deveria estar correndo na primeira instância, e não na corte superior. 

6) Investigação para "desestimular covardes de extrema-direita" não é algo compatível com o Estado Democrático de Direito. O que a militante de redação deixa claro na fala é o desejo por uma PUNIÇÃO EXPRESSA, ao arrepio dos direitos fundamentais, como a presunção da inocência e o direito à ampla defesa. Punição essa que serviria para deixar as pessoas com ainda mais medo de fazer críticas legítimas às autoridades, como ocorre em qualquer regime autoritário. 

7) Se fosse parte da "estratégia de extrema-direita calar aqueles que discordam", nós teríamos visto no governo Bolsonaro, a quem ela atribui a pecha, uma série de medidas para censurar e perseguir a imprensa e opositores. O que se viu nos últimos anos foi justamente o inverso: censura, bloqueio de contas, prisão, exílio e outras medidas sempre CONTRA A DIREITA. Quem de fato tem medo de se expressar hoje em dia é a direita, com razão, pois há risco real de retaliação. 

O que a militante de redação produz é mais um exemplo da chamada inversão revolucionária ensinada por Lênin: "acuse-os do que você faz, xingue-os daquilo que você é".

Texto: Leandro Ruschel, Twitter, 19-7-2023