Praça do Lido, em Copacabana, é um espaço em decomposição a céu aberto

Desmontada há mais de um ano por más condições de conservação, a Academia da Terceira Idade (ATI) até hoje não foi reinstalada

Patricia Lima

Quem olha para a Praça do Lido, em Copacabana, na Zona Sul da cidade, fica estupefato como um local tão aprazível e que sedia uma escola pública importante, como a Escola Municipal Roma, pode estar tão abandonada.

Uma vista realizada pela Associação de Amigos de Copacabana (SAC), na última semana, verificou que a situação do local é calamitosa. Por toda a praça foi encontrado muito lixo, dejetos humanos e de animais. Bancos sujos e quebrados, muitos amarrados com fitilho.

O espaço para atividades, como carteado e outros jogos, está com a estrutura do caramanchão e da cobertura das mesas com os vergalhões à mostra e com o reboco caindo, podendo causar um acidente e machucar quem ousar se sentar no local, mesmo que seja para um rápido descanso.

Usar os banheiros ali instalados é impossível, pois estão interditados por conta do péssimo estado de conservação. Os banheiros estão sob a responsabilidade administrativa da empresa Paineiras-Corcovado, que conta com uma bilheteria na Praça do Lido.

Até mesmo levar os cachorros para se divertirem ou socializarem no Parcão é uma tarefa inglória, diante das más condições de conservação locais. A tela de proteção do equipamento, por exemplo, está em péssimo estado. Colocar um animal para brincar no local representa um risco de ferimento ou de fuga do cão.

O desmantelo da Praça do Lido não para por aí. Desmontada há mais de um ano por más condições de conservação, a Academia da Terceira Idade (ATI) até hoje não foi reinstalada, deixando dezenas de idosos e outros usuários sem cuidar da saúde.

Segundo a SAC, o então secretário de meio ambiente, Eduardo Cavaliere teria sido contatado pela entidade para tomar providências em relação ao estado do espaço. Na época, Cavaliere, que atualmente é secretário da Casa Civil, teria prometido a reforma das praças do Lido e Serzedelo Corrêa. O contato ocorreu há mais de um ano, de acordo com a Associação de Amigos de Copacabana, e até agora não houve uma sinalização sequer do poder público municipal.

As informações e as imagens são da página da Sociedade Amigos de Copacabana (SAC).

Título e Texto: Patricia Lima, Diário do Rio, 25-7-2023