Roupas usadas são cada vez mais comuns, algumas em péssimo estado de conservação, o que tem revoltado frequentadores tradicionais da feira, sempre lotada
Amanda Raiter
Foto: Luiza Ferreira/Janelas Abertas |
Na internet, a página “Feira de Antiguidades da Praça XV- RJ” traz o desabafo de uma colecionadora. “Fico triste em ver a tradicional feira sendo dominada por roupas usadas e perdendo sua característica“, diz a postagem. Os móveis bonitos, cristais, pratarias e curiosidades cada vez mais perdem espaço para o “shopping chão” com quinquilharias e resquícios do que um dia foram peças de roupa, principalmente junto à estação das barcas. Junto ao Paço Imperial? É um brechó mais caprichado. As antiguidades ficam junto ao Arco do Teles e a Primeiro de Março, um pouco espremidas pelo bagulhódromo.
Antes da modernização da
região, entregue em 2016 tinindo de nova, a Feira de Antiguidades já trazia
relíquias, algumas delas de valor histórico, como documentos da Família Real,
desde a década de 70, embaixo do então Viaduto da Perimetral, que
saía da Ponte Rio-Niterói e terminava nas proximidades
do Aeroporto Santos Dumont. A tradição é seguida, todo sábado,
às 6h e fica até às 15h, atraindo curiosos e compradores de várias partes do
mundo. A organização inicial conta com barracas padronizadas e fica sob
responsabilidade do Instituto das Feiras Culturais do Brasil. Tudo
ao lado do Paço Imperial, que é a maior referência histórica do
local, e de frente pro antigo Convento do Carmo.
Em nota, a Secretaria
Municipal de Ordem Pública (Seop) informou que vai enviar uma equipe
lá para verificar a denúncia e conversar com o organizador da feira.
Título e Texto: Amanda
Raiter, Diário do Rio, 13-7-2023
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