sexta-feira, 21 de julho de 2023

[Aparecido rasga o verbo] Como a forja e a matriz

Aparecido Raimundo de Souza 

A TERRA É COMO O BARRO e o barro é morro e nuvem é céu. Tudo provém lá do mais alto e longínquo firmamento. Ou diretamente do Altíssimo, uma vez que o Altíssimo, indubitavelmente, é Deus. Deus é espírito, como, no mesmo sentido, é amor e amor é algo como O Senhor de nossas vidas. Ele não morre nunca. É eterno, sagrado e luculento. Sobre todas as coisas, resplandece e celebra em nosso âmago uma concretude inter-relacionada que nada mais é que a alma e o espírito fundidos, grudados, amalgamados num só corpo e inseridos harmoniosamente no planeta em que vivemos. 

Deveríamos todos estar “lincados” ou direcionados na rota da Paz. A Paz é direção, comando e lenidade. Mesmo modo, a serventia, a gerência, ou a gestão de vivermos cotidianamente em sintonia meridiana com a natureza. De roldão, jamais nos esquecermos de cultivar a graça da serenidade e da complacência. Em senda idêntica, não sermos prolixos, entediantes e difusos, nem nos deixarmos vencer pelos muitos vícios que nos fazem descambar para o buraco negro da derrota. Carecemos de acreditar num porvindouro melhor, onde todas as coisas são possíveis e alcançáveis, bastando apenas que lutemos com perseverança, força de vontade irrestrita e afinco incondicional. 

O amor é por excelência a ponte sobre um rio amplo, longo e de águas límpidas. Uma torrente que nos levará através dessa ponte, ao sucesso, que nos unirá ao futuro, que afastará de nossos corações as horas ásperas e repletas de melancolias amarescentes. Termos em conta, sempre, haja o que houver, e absorvermos e afiançarmos, a ideia de que não existe nada rotulado de “ruim” ou “péssimo” para o nosso corpo, se não quisermos. Assim como inexiste a perniciosidade, se estivermos abertos somente para as coisas boas e carismáticas que a vida nos oferece. 

As coisas excelentes que a vida nos oferece, de graça, é de alvitre necessário alinharmos, agem em nós como fluídos renovadores que vêem do espaço, bastando, unicamente, que saibamos abrir as portas e as janelas do nosso universo pessoal, ou espaço sideral, como melhor entenderem, na hora precisa. Todas as vantagens e as benesses as mais dadivosas e caridosas estarão latentes e presentes em cada um de nós. Por assim, se concordarmos que os fluídos da infinita grandeza entrem e se espalhem em nosso “eu interior”, e, da mesma forma, permitirmos, sem restrições, preencham todos as reentrâncias que se acharem vazias e ociosas, seremos prósperos, felizes, afortunados e realizados.

Mesmo tom (nenhum dos cinquenta cinzas, logicamente), mas o branco ebúrneo e alvacento, o casto e o lácteo, sempre tendo na mente que o Criador de todas as coisas nos dá, a cada novo amanhecer (sem nada pedir em troca, repetindo, de graça e sem custos), chuvas abundantes e infinitas de bênçãos as mais poderosas... em outras palavras, Ele derrama sobre as nossas cabeças, benfazejas ações multiplicadoras de incomensuráveis prosperidades... basta, todavia, que saibamos a hora exata, o minuto propício de sairmos em campo e mostrarmos as nossas caras e os propósitos de sermos felizes e jubilados. 

E não só o ato de sairmos de nossos esconderijos. Igualmente de agirmos seguindo de espírito erguido a linha pontilhada do amor sem fronteiras.  Logicamente, sabermos discernir (e isto é a coisa mais importante) e sem meios termos, notadamente entendermos e diferenciarmos uma chuva comum e destrutiva, de uma enxurrada de feições maviosas e fagueiras. Estas chuvas corteses e amenas, sem sombras de dúvidas, vêm diretamente dos desígnios Santos do Pai Maior. Dito de forma mais direita: Deus é aquele ser mágico e Onipotente que nos modela em sua Onisciência, para sermos, vida afora, à sua Semelhança mais Justa e Perfeita. 

Título e Texto: Aparecido Raimundo de Souza, da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro. 21-7-2023 

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