Financial Times, The
Economist, New York Times e Wall Street Journal já separaram linhas
no último ano para tecer críticas à condução do país
Marlos Ápyus
Numa tentativa de atrair
investimentos para o Brasil, a presidente Dilma foi ao Fórum Mundial de
Economia de Davos, uma organização internacional independente que tem o
objetivo de atrair líderes políticos e empresários. Contudo, o tiro saiu pela
culatra. De acordo com o Financial Times, o país foi o grande perdedor do encontro: “o menos
mencionado na lista ‘quente’ de Davos“.
Aos poucos a imprensa
internacional desperta para a realidade econômica do Brasil. Em 2013, algumas
publicações estrangeiras colocaram em evidência a decadência do que antes
parecia ser um mercado promissor. Após, em 2009, dedicar uma capa à “decolagem”
brasileira, ano passado a britânica The Economist deu destaque ao desgoverno que tomou conta da nossa economia.
“Desde 2011, o Brasil teve um
crescimento de apenas 2% ao ano. Seus cidadãos estão descontentes – em junho,
eles tomaram as ruas para protestar contra o alto custo de vida, serviços
públicos pobres e a ganância e corrupção dos políticos”, disse a publicação.
Pouco tempo depois, o New York Times e o Wall Street Journal engrossaram as críticas.
O primeiro atacou a falta de estrutura, a concentração de renda e os impostos,
e apontou ainda que a presidente não cumpriu as promessas feitas após os
protestos de junho. O segundo, por sua vez, deu foco ao endividamento da classe
média brasileira, à redução das exportações e à inflação alta.
No passado, quando o governo
Lula era exaltado por tais publicações, a imprensa nacional era chamada de
golpista por não reconhecer os supostos avanços do Brasil. Talvez por se
apegarem apenas a números, os jornalistas estrangeiros não percebiam que o país
se segurava não por uma boa estratégia econômica, mas por apostar num arriscado
estímulo ao consumo que podia gerar – e gerou – endividamento da população, inflação e até mesmo o caos urbano, uma vez que automóvel foi um dos produtos com
a venda mais estimulada.
Caso Larry Rohter
Nem só de elogios ao “B” do
BRICS vivia a impresa estrangeira. É sempre válido lembrar o caso do jornalista
americano Larry Rohter. Em 2004, o correspondente do New York Times
escreveu matéria em que falava sobre os hábitos etílicos do então presidente Lula. O fato provocou sua expulsão do país, o que foi
muito repercutido e criticado pelo mundo. Nesta ocasião, por
óbvio, a militância governista se colocou contra o ponto de vista gringo.
Título e Texto: Marlos Ápyus, Implicante,
04-02-2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-