Vitor Cunha
Mérito seja dado a Fernanda
Câncio: não é qualquer um que arranja um tribunal que publicite dois parágrafos esquecidos de um livro. Assim,
com a decisão judicial, a jornalista, ex-namorada e atual coordenadora da
opinião do “eu vendo quase doze mil exemplares, se correr bem” DN, consegue
assegurar que toda a gente fique a saber que o seu ex-namorado, adepto de
fotografia, tirava umas fotos durante sexo que deixava espalhadas pela casa, à
vista da empregada. Entendo o golpe publicitário, mas a história diz-nos que,
para alcançarem fama, pessoas como a Paris Hilton ou a Kim Kardashian têm mesmo
que publicar as fotos, não é só andarem a demonstrar em tribunal que as fotos
existem. É que, Fernanda, não faltam por aí fotos de sexo por publicar: basta
estar no metro e roubar quatro ou cinco telefones.
Por falar em sexo: a direção
da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da Universidade Nova de
Lisboa é composta por coninhas. Então, numa universidade, cujo propósito é expor
a alunos ideias diferentes, são os palermas dos estudantes quem decide se há ou não uma conferência? E
a direção fica-se, aceita a decisão, por cagaço de distúrbios? Distúrbios? Mas,
que mal viria ao mundo por as forças de autoridade partirem à bastonada as
cabeças de pirralhos da extrema-esquerda? Parece-me consensual que tal seria
considerado um imperativo moral pela Humanidade. Mas pronto, a direção preferiu
arriar as calças para um triste olhar cego ao céu antes da perfuração que
alarga o horizonte da miséria (eu disse que era sobre sexo).
Título, Imagem e Texto: Vitor Cunha, Blasfémias,
7-3-2017
Relacionados:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-