quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Médicos e advogados nunca erram? Erram sim, e muito.

Jim Pereira
Médicos e advogados estão imunes (e impunes) às consequências dos seus desastrosos atos. Isto é,  quando eles erram, profissionalmente falando, você não tem como saber. Tem? Não. Você sofre as consequências da negligência e/ou da incompetência deles, mas não sabe apontar a causa. Portanto, não consegue responsabilizá-los.
Os médicos, ainda muito timidamente – até porque você precisa de um deles para testemunhar – são questionados e acionados judicialmente.
E os advogados? Você  fica sabendo que perdeu a  causa porque ele esqueceu/não soube apontar/sublinhar determinada incongruência? Você fica sabendo que ele perdeu o prazo de recurso? Você fica sabendo que a petição inicial dele foi rejeitada simplesmente ou por excessos de erros de inguagem tornando-a indecifrável, ou por absoluta incoerência legal?
Você fica sabendo que ele queimou 60% das possibilidades de ganho porque esqueceu/não soube, lá no começo, pedir uma peritagem?
No Brasil, existe um exame à Ordem (OAB – Ordem dos Advogados do Brasil). Exame esse que, se bem sucedido, habilita o bacharel ao exercício da advocacia. Certo?
Em Portugal, pelo que entendi, o atual bastonário quer implantar também um exame de acesso à Ordem. Mas os bacharéis são contrários. Por quê?
De qualquer maneira, se esse exame pode impedir, teoricamente, o exercício da advocacia aos muito ruins, não impedirá os futuros crimes profissionais. Disse teoricamente porque ninguém pede ao advogado que mostre a carteira da Ordem.
Costumo dizer que se a Lei fosse clara, não precisaríamos de tradutores/intérpretes, os advogados.
Alguns causídicos se obstinam em sua própria interpretação, não olham para os lados, a vaidade lhes tolda a razão, perdem a ação (ou vão perdê-la e eles sabem por quê), culpam o juiz(es), culpam Deus e todo o mundo. E os clientes acreditam(?!). Alguns chegam a agradecer tão pungente sacrifício e se alinham atrás do causídico desferindo também flechas contra os juízes, Deus e todo o mundo.
Ah, voltando aos médicos, estes, coitados, dão muito azar quando esquecem o estetoscópio… no corpo do paciente. Mas, se “esquecem” dez gramas de creolina, vá lá saber que você morreu por isso…
Inté!

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