terça-feira, 28 de setembro de 2010

Dilma cai para 46% e Serra mantém 28% (terça-feira, 28 de setembro)


A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, tem 46% das intenções de voto, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira pela jornal "Folha de S. Paulo". A petista caiu três pontos em relação à pesquisa anterior, em que somava 49%. O tucano José Serra manteve os 28% e Marina Silva (PV) subiu um ponto e tem agora 14%.
Segundo a pesquisa, a soma dos outros candidatos não chega a 1%. Os votos brancos e nulos são 3%. O índice de eleitores indecisos é de 7%.
Nos últimos cinco dias, Dilma perdeu três pontos percentuais entre os votos válidos. A petista caiu de 54% para 51%. Como a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, Dilma pode ter 49% dos votos válidos, o que a levaria a um segundo turno, ou 53%.
Considerando-se apenas os votos válidos, o candidato do PSDB subiu de 31% para 32%. Marina também oscilou positivamente, passando de 14% para 16%.

Se considerar os votos válidos, a diferença entre Dilma e os outros candidatos caiu de 14 pontos para dois pontos.
Na simulação de segundo turno entre Dilma e Serra, a petista venceria com 52% e Serra chegaria a 39% da preferência do eleitorado.
A candidatura de Dilma sofreu queda em todos os estratos da população, nos cortes por sexo, região, renda, escolaridade e idade.
Uma das maiores baixas, de 5%, se deu entre os eleitores que ganham de 2 a 5 salários mínimos, que são 33% da população brasileira.
Dilma vem perdendo votos desde a segunda semana de setembro, quando o escândalo envolvendo tráfico de influência na Casa Civil levou ao pedido de demissão de sua ex-assessora Erenice Guerra.
A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 32913/2010.
O Globo,28-09-2010

2 comentários:

  1. Jornal "Público", 28-09-2010:

    Dilma fecha campanha com apelo à serenidade e a falar à classe média

    Dilma Rousseff fechou ontem a campanha eleitoral às presidenciais brasileiras a pedir serenidade. Ao lado de Lula, apelou ao voto na “continuidade”. Prometeu erradicar a pobreza e falou à classe média. Hoje, uma sondagem aponta para a queda da candidata petista em todas as regiões. Aumentam as hipóteses de uma segunda volta.

    A seis dias da primeira volta da eleição presidencial, no Brasil, a candidata do Partido Trabalhista (PT) encerrou a campanha no estado de São Paulo, na segunda-feira, a dirigir-se à classe média e a prometer derrotar o ódio que diz ter sido característica da campanha eleitoral.
    Num apelo à serenidade, e rodeada de apoiantes paulistas, Dilma Rousseff apelou ao voto na continuidade das políticas do Presidente Lula da Silva, que subiu ao palanque do comício para ouvir a sua antiga chefe da Casa Civil dizer: “Queremos que o Brasil inteiro seja composto por classe média forte, pujante.”
    Perante os milhares que lotaram o sambódromo onde decorreu o comício na capital económica brasileira, Dilma assumiu a “promessa de erradicar a miséria e de fazer deste país uma nação e um povo desenvolvidos.”
    No discurso final, nenhum dos oradores fez referência aos casos de alegada corrupção que envolvem o Governo de Lula – a violação de sigilo da Receita Federal e a saída da sucessora de Dilma da Casa Civil, Erenice Guerra –, temas que entraram nas últimas semanas de campanha eleitoral.
    Dilma perde vantagem sobre a soma de Serra e Marina
    Já hoje, a mais recente sondagem revelada pelo diário "Folha de São Paulo" confirma a tendência de queda de Dilma desde a segunda semana de Setembro. A candidata petista recuou para os 51 por cento de votos válidos, quando, há cinco dias, estava na casa dos 54 por cento.
    A candidata do PT regista assim uma queda de dois pontos sobre a vantagem que detém sobre a soma dos dois outros candidatos, José Serra, do Partido da Social Democracia Brasileira, e Marina Silva, dos Verdes.
    A ida a uma segunda volta ou a consagração à primeira dependem da margem de erro, que se situa nos dois por cento – para mais ou para menos.
    Isto significa que, considerando os votos válidos, se Dilma ficar nos 49 por cento, vai ser obrigada a disputar uma segunda volta com José Serra. Mas se alcançar os 53 por cento, dispensa nova votação.
    Serra cresce positivamente, de 31% para 32%. E Marina Silva passa dos 14 para os 16 por cento.
    A sondagem da Datafolha para o jornal de São Paulo mostra ainda que a candidata do PT oscila de forma negativa em todos os estratos da população e em todas as regiões do Brasil.

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  2. De Reinaldo Azevedo:
    Dilma perde votos em todas as regiões e grupos, e vantagem cai de 14 para 2 pontos em duas semanas; cresce chance de 2º turno; rejeição a petista vai a 27%
    Pesquisa Datafolha publicada na Folha desta terça mostra que, a seis dias da eleição presidencial de 3 de outubro, a disputa está muito perto do segundo turno. Em cinco dias, a intenção de voto na petista Dilma Rousseff caiu de 49% para 46%; o tucano José Serra se manteve estável em 28%, e Maria Silva, do PV, oscilou de 13% para 14%. Há cinco dias, Dilma tinha 54% dos votos válidos; agora, tem 51%. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos para mais ou para menos.
    Em duas semanas, a vantagem de Dilma sobre os demais concorrentes caiu de 14 para apenas dois pontos. Ela cai ou oscila negativamente em todas as regiões e estratos da população. A petista também atingiu seu índice mais alto de rejeição: 27%.
    Informa a Folha:
    “Uma das maiores baixas [de Dilma] (queda de 5 pontos nas intenções de voto) se deu entre os que ganham de 2 a 5 salários mínimos (entre R$ 1.021,00 e R$ 2.550,00). Cerca de 33% da população brasileira se encaixa nessa faixa de renda. Dilma vem perdendo votos desde a segunda semana de setembro. Foi quando o escândalo envolvendo tráfico de influência na Casa Civil levou ao pedido de demissão de sua ex-principal assessora, Erenice Guerra.
    De lá para cá, o total das intenções de voto em Dilma caiu de 51% para 46%. Já a soma de seus adversários subiu de 39% para 44%. (…) A pesquisa mostra também que houve forte “desembarque” da candidatura Dilma entre as mulheres (queda de 47% para 42%) e entre os eleitores mais escolarizados, com curso superior. (…) A queda foi de sete pontos, de 35% para 28%. (…). Nessa faixa de escolaridade, Dilma já é a terceira colocada na disputa presidencial (tem 28%), atrás de Serra (34%) e Marina (30%).”
    Segundo turno
    A distância entre Dilma e Serra também caiu na simulação de segundo turno: há cinco dias, ela tinha 55% das intenções de voto; agora, tem 52%. Serra, que tinha 38%, aparece agora com 39%. A diferença, que já chegou a ser de 22 pontos, é agora de 13. Caso haja o segundo turno e os números sejam mesmo esses, Serra teria de tirar perto de sete pontos de Dilma para vencer.
    O passado e os números
    Em 2006, o primeiro turno da disputa ocorreu no dia 1º de outubro. O Datafolha publicou, então, uma pesquisa no dia 22 de setembro. Lula aparecia com 49% das intenções de voto, e o tucano Geraldo Alckmin, com apenas 31%; Heloísa Helena, do PSOL, vinha com 7%. O petista contava com 55% dos votos válidos — na pesquisa ao menos, a situação era mais confortável do que a de Dilma hoje.
    No dia 27, um dia antes do debate na Globo, Lula mantinha os mesmos 49% (53% dos válidos), e Alckmin aparecia com 33%; Heloísa Helena ia a 8%. Três dias depois, na véspera da disputa, o tucano saltava para 38%, e o petista ia a 50%, com Heloísa Helena chegando a 9%. Computadas as urnas no dia seguinte, o candidato do PSDB obteve 41,64% dos votos válidos; o petista, 48,61%, e a candidata do PSOL, 6,85%.
    O que vai acontecer?
    Já disse que não sei. Se vocês lerem os textos anteriores, vão ver que me nego a dar uma de adivinho — tenho deixado isso, CURIOSAMENTE, para alguns (ir)responsáveis por certos institutos de pesquisa, que já não se contentam em divulgar os números que apuram: comportam-se também como pitonisas — na hipótese de que não se comportem como um táxi, é claro.

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