O filme não tem diálogos, nem efeitos especiais. Apenas se limita a seguir a vida de quatro bebés ao longo do seu primeiro ano de vida, em quatro países diferentes: Estados Unidos, Japão, Mongólia e Namíbia. A obra chama-se simplesmente "Bebés". Estreia agora nos cinemas portugueses.
Quando o realizador francês Thomas Balmes começou a filmar os bebés estava longe de imaginar que ao seu documentário se transformaria num sucesso planetário. O filme foi uma das grandes surpresas nos Estados Unidos, especialmente depois de ter estado em destaque no programa de televisão de Oprah Winfrey.
Neste documentário, os espectadores puderão ver as diferenças culturais na forma de criar os bebés. Hattie, nasceu em S. Francisco, Estados Unidos e os pais são ambientalistas e desde cedo a colocam em aulas de Ioga. Mari, do Japão, está habituada à confusão, aos aparelhos electrónicos e os pais fazem-lhe quase todas as vontades.
Bayarjargal, da Mongólia, vive numa quinta isolada, passa horas sozinha ou apenas com a companhia dos rebanhos de cabras dos pais. A pequena Panijao, da Namíbia, é criada com vários irmãos, no meio da savana africana e tem como únicos brinquedos os paus e as pedras da sua cabana.
São histórias feitas de contrastes, mas que no final se resumem à atracção irresistível que toda a humanidade tem por bebés. O filme é feito com simplicidade e afecto. Talvez seja esse o segredo do seu estrondoso sucesso mundial.
Luís Silvestre, revista Sábado, 6-10-2010
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