O dinheiro que o Estado nos vai levar ainda é menos do que os juros que lhe pedem para emprestar o dinheiro que nos paga. Parece confuso, mas a economia vive destas confusões. Para simplificar, diríamos que estamos nas mãos dos credores, tal como a maioria dos Estados, e temos de fazer o que eles querem.
Os credores são os bancos, aquelas instituições sem as quais, pelos vistos, já não se pode viver. E tanto assim é que, quando se lhes adivinha a falência, fabrica-se dinheiro para eles, ao contrário de tudo o resto e do próprio Estado.
Assim, no mundo em que vivemos, os bancos e os banqueiros são mais importantes do que os Estados e os políticos. Seria então oportuno mudar as regras da democracia. O primeiro-ministro seria rotativamente escolhido entre os presidentes dos bancos.
Habituados a gerir recursos humanos, encontrariam um bom ministro das Finanças e escolheriam os outros ministros entre os seus advogados, informáticos e publicitários. A cobrança de impostos seria agilizada sem o risco de fuga ao fisco. Todos fariam a mesma política, pelo que podiam alternar no poder de dois em dois anos.
Já o Presidente da República implica credibilidade externa. Por isso mesmo, entregava-se a sua escolha aos mercados.
De entre uma série de personalidades conhecidas escolher-se-ia a de maior cotação no mercado. E não me engano muito ao prever que, para grande alegria nossa, teríamos Mourinho a Presidente.
J.L. Pio Abreu, Destak, 30-09-2010
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