O Portugal de 2013, em muitos aspectos, está em condições idênticas àquelas que Thatcher encontrou em 1979 quando chegou à chefia do Governo no Reino Unido.
Controlo sindical sobre
grandes áreas que afectam o quotidiano dos cidadãos ( lá como cá sobretudo no
sector público, e no UK o sector mineiro ), país intervencionado pelo FMI, um
Estado sobredimensionado e ineficaz, uma economia disfuncional, retrógrada,
dependendo dos grandes contratos com o Estado, o sector laboral defendido com
legislação leonina que sustentava uma baixa produtividade. E com um partido
trabalhista controlado pela sua ala esquerda, ideologicamente marxista,
sobrepondo a luta de classes aos interesses comuns nacionais.
Era um país rico que, após
perder um Império, estava então a perder o seu poder económico.
A Senhora Thatcher cortou a
direito.
Defendendo a iniciativa e os
direitos individuais dos britânicos, restaurou a responsabilidade individual em
detrimento da dependência do Estado, alterou o sistema burocrático e
administrativo que impedia a iniciativa privada dos seus cidadãos, enfrentou os
grandes interesses económico/sindicais que usavam o Estado britânico, e, nas
Falkland, defendeu uma comunidade que uma ditadura tinha decidido eliminar.
Assim como, assumindo as circunstâncias do seu tempo, ajudou a partir os dentes
ao controlo soviético na Rússia e nos países do leste europeu.
Passados vinte e três anos
compreendemos o ódio que a esquerda não democrática ainda vota à Senhora.
Passados vinte e três anos
ainda sofremos em Portugal as consequências da influência que o mesmo tipo de
esquerda não democrática tem na Constituição Portuguesa ( da qual fez uma
trincheira, onde os direitos individuais dos portugueses não são defendidos) e
no controlo ideológico de parte do PS, impedindo-o de negociar com os partidos
democráticos um pacto de regime representando 80% dos cidadãos portugueses, no
qual se estabeleça uma plataforma política nacional que nos salve de uma forma
pragmática e auto-sustentada desta situação de emergência económica e
financeira em que estamos atolados.
É esta a minha Margaret
Thatcher.
É aquela que lembro no dia do
seu funeral. Em 2013, a viver em Portugal.
Título e Texto: Maurício Barra, Forte Apache,
17-04-2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-