quarta-feira, 17 de abril de 2013

A minha Margaret Thatcher

Maurício Barra
O Portugal de 2013, em muitos aspectos, está em condições idênticas àquelas que Thatcher encontrou em 1979 quando chegou à chefia do Governo no Reino Unido.
Controlo sindical sobre grandes áreas que afectam o quotidiano dos cidadãos ( lá como cá sobretudo no sector público, e no UK o sector mineiro ), país intervencionado pelo FMI, um Estado sobredimensionado e ineficaz, uma economia disfuncional, retrógrada, dependendo dos grandes contratos com o Estado, o sector laboral defendido com legislação leonina que sustentava uma baixa produtividade. E com um partido trabalhista controlado pela sua ala esquerda, ideologicamente marxista, sobrepondo a luta de classes aos interesses comuns nacionais.
Era um país rico que, após perder um Império, estava então a perder o seu poder económico.
A Senhora Thatcher cortou a direito.
Defendendo a iniciativa e os direitos individuais dos britânicos, restaurou a responsabilidade individual em detrimento da dependência do Estado, alterou o sistema burocrático e administrativo que impedia a iniciativa privada dos seus cidadãos, enfrentou os grandes interesses económico/sindicais que usavam o Estado britânico, e, nas Falkland, defendeu uma comunidade que uma ditadura tinha decidido eliminar. Assim como, assumindo as circunstâncias do seu tempo, ajudou a partir os dentes ao controlo soviético na Rússia e nos países do leste europeu.
Passados vinte e três anos compreendemos o ódio que a esquerda não democrática ainda vota à Senhora.
Passados vinte e três anos ainda sofremos em Portugal as consequências da influência que o mesmo tipo de esquerda não democrática tem na Constituição Portuguesa ( da qual fez uma trincheira, onde os direitos individuais dos portugueses não são defendidos) e no controlo ideológico de parte do PS, impedindo-o de negociar com os partidos democráticos um pacto de regime representando 80% dos cidadãos portugueses, no qual se estabeleça uma plataforma política nacional que nos salve de uma forma pragmática e auto-sustentada desta situação de emergência económica e financeira  em que estamos atolados.
É esta a minha Margaret Thatcher.
É aquela que lembro no dia do seu funeral. Em 2013, a viver em Portugal.
Título e Texto: Maurício Barra, Forte Apache, 17-04-2013

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.

Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.

Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-